Beije-me, Sangwoo. 

Toque-me. Este calor que preenche meu frágil coração quer alastrar-se por todo o meu corpo e só você pode fazê-lo. Me torne o fogo de suas entranhas, a parte que o torna inteiro. Deixe-me ocupar o vácuo que sei que existe em seu peito.

Não tens noção do quão é intensa a minha mente, antes sã, agora pertubada por um turbilhão de pensamentos que não querem cessar nem por um segundo. Ah, se a minha palavra fosse lei como a sua... Quem sabe este amor, que tinha tudo para ser tão belo, não me parecesse um pesadelo todas as vezes em que me deparo com o teu olhar soturno, e talvez até os roxos espalhados por minha pele pálida não me embrulhassem o estômago.

Mas porque? Se o que tanto almejei encontra-se aqui, à minha mercê, porque essa profunda dor insiste em me fazer mal? Já não bastava corroer-me vendo-o ao longe em braços alheios, agora meu eu interior desmorona-se ao chamá-lo de "meu". 

Não. Não me machuque. Eu não quero. Não me olhe assim. Não me julgue. Não se aproxime. Não me torture com este amor deturpado. Inclusive, eu o amo, meu bem; mas não posso, e nem devo, ficar com você. E como meu medo impede-me de fazê-lo por si só, fica aqui um apelo:

Deixe-me, Sangwoo.