UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo... Se vcs não comentarem, como vou saber se vale a pena continuar postando?... rsrs.... Bjs!



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—Elisa, ainda não consigo acreditar que você irá se casar com o príncipe Antonio de Castelamontes! Ele é um dos solteiros mais cobiçados de todo o continente! _ disse Felícia eufórica enquanto empilhavam algumas vasilhas nas prateleiras do Empório na manhã seguinte. _Quando será o casamento?
—Ainda não sei Felícia. _respondeu Elisa. _Antonio ainda não mencionou nada sobre isso. Além do mais eu já lhe disse que será apenas de aparências.
—E você acha que isso dará certo, Elisa? Pelo menos comigo nunca daria. Esse negócio de se casar apenas no papel sem ter uma relação conjugal de verdade, ainda mais casada com um homem como aquele. Ah, amiga duvido que esse casamento de vocês será puramente de aparências. Será impossível Elisa! _gracejou Felícia rindo.
—Claro que será apenas aparente Felícia; Antonio precisa de uma esposa assim como precisaria de uma secretária se fosse o caso; entende? Não pense que ele nutra algum outro sentimento por mim Felícia; além do mais eu disse a ele que nunca aceitaria a ajuda dele para libertar o meu pai se eu não pudesse pagar de alguma forma, então fizemos este acordo. _disse Elisa preferindo não mencionar a amiga o fato de estar apaixonada por Antonio.
—Pode até ser Elisa... Mas você já observou o jeito como ele te olha? Você precisava ver ontem o olhar como que ele olhou o Francis quando meu irmão te abraçou; se olhar matasse meu irmão já estaria mortinho. Era como se ele dissesse: Ela é minha!
—Pare com isso Felícia! _respondeu Elisa envergonhada, observando o luxuoso carro preto que parava diante do Empório. Dentre todos os carros do mundo ela ainda seria capaz de reconhecer o carro de Antonio.
O príncipe desceu do carro e encaminhou até o interior do Empório, onde Elisa já o aguardava diante do balcão.
—Bom dia senhorita Felícia! _cumprimentou ele.
—Bom dia príncipe Antonio! _respondeu a moça.
—Bom dia Elisa! Pensei que tínhamos um compromisso hoje.
—Tínhamos? Quero dizer, você não me disse o horário que iríamos nos ver; além do mais eu tenho um trabalho.
—Tinha; pois você não precisará trabalhar aqui ou em lugar algum de agora em diante.
—Mas...
—Elisa o que eu disse sobre visitas no horário de trabalho? _perguntou a mãe de Felícia vindo dos fundos do Empório, porém logo se acalmou ao reconhecer Antonio. _Oh, perdoe-me, não havia visto que era o senhor!
—Sou eu quem deve pedir-lhe desculpas senhora, por estar causando-lhe aborrecimentos; vim apenas buscar Elisa. Pensei que ela havia dito a senhora que não trabalhará mais aqui.
—Elisa não disse nada.
—Então espero que não haja inconvenientes que ela deixe o emprego agora. Como nos casaremos no próximo sábado, ainda temos inúmeras coisas para resolver. A senhora entende não é?
"Sábado?" _pensou Elisa olhando para Antonio sem acreditar no que ouvira.
—O senhor irá mesmo se casar com Elisa? _perguntou Dona France olhando Elisa com desdém.
—Desde que ela concedeu-me a honra de aceitar o meu pedido de casamento sim. _respondeu Antonio como se fosse a coisa mais natural do mundo, já começando a se irritar com a mãe de Felícia. _Vamos querida?
—Claro; vamos sim. _respondeu Elisa tirando o avental do Empório. _ Te ligarei informando o horário do casamento quando eu ficar sabendo, Felícia. Tchau!
Dizendo isso Elisa saiu acompanhando Antonio até o carro onde ele abriu a porta para que ela entrasse, sob os olhares incrédulos da mãe de Felícia.
—O que está acontecendo? _perguntou Antonio notando o silêncio de Elisa.
—Tenho certeza de que dona France deve estar pensando que eu estou grávida!
—Por que você acha que ela pensaria isso?
—Por qual outro motivo pessoas sensatas se casariam em uma semana?
—Por amor? _perguntou Antonio provocando-a.
—O que não é o nosso caso. _respondeu Elisa.
"Pelo menos não é o seu caso." _completou ela em seu pensa-mento.
—Ela não precisará saber disso. Mudando de assunto: para você! _disse ele jogando uma pequena caixa sobre as pernas de Elisa.
—O que é isso? _perguntou ela.
—Abra a caixa Elisa; é um celular.
—O que eu disse sobre presentes Antonio?
—Não é um presente Elisa, é uma necessidade; assim posso te encontrar a qualquer hora sem precisar dirigir por toda Londres a sua procura como hoje.
Elisa abriu a caixa sem muita vontade e lá dentro encontrou um fino celular de última geração com tela gigante.
—Será inútil, já que levarei um século para me adaptar a isso! _disse ela se referindo ao celular.
—Você que acha! Será tão simples quanto aprender a andar de bicicleta. _respondeu ele rindo.
—Mudando de assunto: você estava falando sério sobre nos casarmos no próximo sábado? _perguntou Elisa.
—Nunca falei tão sério Elisa, à menos que você queira mudar de ideia, é claro. Preciso estar em Monsália no máximo segunda de manhã para começarmos a fertilização nos solos.
—Mas dará prazo de organizarmos toda a papelada necessária?
—É por isso que fui te buscar. Teus documentos estão com você?
—Sim, sempre os trago em minha bolsa.
—Ótimo, pois precisaremos deles para levarmos ao cartório e ao meu advogado que irá legalizar o contrato nupcial.
—Tudo bem.
—Elisa, você tem certeza de que não quer que eu consiga uma licença para que seu pai compareça a cerimônia?
—Não se preocupe Antonio. _respondeu Elisa; não teria coragem de assinar uma certidão de casamento de mentira diante do pai. _Quero dizer, não quero que ele pense que estamos casando para toda a vida e se decepcione depois, se me entende.
—Claro, como você achar melhor, Elisa. _respondeu ele a olhando por um momento. _Será sempre como você achar melhor.
O dia passou voando: quando saíram do Empório foram diretamente ao cartório para oficializar os papéis do casamento, logo depois seguiram até o advogado de Antonio que lavrou as cláusulas do contrato nupcial, aonde Antonio e Elisa iriam se casar em comum acordo pelo prazo de três meses, onde após o término da data de encerramento do contrato, o casamento seria anulado automaticamente perante a lei dos dois países.
—De acordo? _perguntou Antonio a Elisa.
—Por mim, tudo bem.
—Então enviarei uma cópia do contrato ao Conselho para que o avaliem e amanhã assinaremos.
Eram quase duas horas da tarde, quando conseguiram um tempo para almoçarem no mesmo restaurante onde almoçaram no dia anterior; Elisa pediu novamente a deliciosa costelinha ao molho.
—Elisa... _Começou Antonio quando já estavam na sobremesa.
—Sim?
—Aluguei um apartamento para você.
—Por que você fez isso? _perguntou Elisa parando de comer.
—Porque o condomínio onde você mora não é seguro e muito menos adequado agora que você é minha noiva.
—Acho meu apartamento ótimo para mim.
—Por favor, Elisa, será inútil discutirmos sobre isto. Ou você vai para o apartamento que aluguei ou para a mansão comigo!
Elisa estava mais que irritada com o modo que Antonio achava que podia decidir sua vida. Ele estaria pensando que era dono dela?
—E então? _insistiu ele.
—Eu insisto que gostaria de ficar em meu apartamento. Além do mais nosso casamento não é um acontecimento que todos saibam.
—O que você me diz disso? _perguntou Antonio estendendo um jornal a ela.
Elisa logo notou uma pequena nota sob uma foto perfeita de Antonio na primeira página:

"Parece que enfim o cobiçado coração do herdeiro do trono de Monsália foi capturado. Fontes seguras afirmam que o príncipe contrairá núpcias com jovem inglesa desconhecida."

—Você mandou publicar isto? _perguntou Elisa aliviada por não terem revelado seu nome.
—Claro que não Elisa. Caso eu tivesse mandado publicar uma nota sobre o nosso casamento teria ao menos revelado o nome da noiva com certeza. Não tenho dúvidas de que essa nota foi ideia de Elga; então já que nosso casamento já é de conhecimento público, prefiro mantê-la segura e em um lugar mais adequado.
—O que você quer dizer com manter-me segura? Por acaso eu corro algum perigo ao me casar com você? Ou aquela sua amiga é uma espécie de psicopata? _ gracejou Elisa sorrindo, achando aquilo tudo um exagero.
—Sou um homem de muitas responsabilidades Elisa, e como você sabe grandes responsabilidades trazem consigo grandes riscos. _respondeu ele enigmático_ Mas não se preocupe, eu nunca colocaria sua vida em perigo, se este fosse o caso.
—Tudo bem Antonio, me mudarei para esse apartamento se você acha necessário, mas hoje não será possível, pois precisarei organizar minhas coisas para a mudança.
—O apartamento já está todo mobiliado, Elisa, sendo assim você não precisará levar nada, apenas algumas coisas pessoais que você deseje. Tenho que resolver alguns assuntos, porém Estevan ficará a tua disposição para leva-la ao novo apartamento quando desejar.
—Tudo bem... Há alguma coisa que você ainda não tenha planejado? _perguntou ela irônica.
—Só se for a nossa noite de núpcias. _devolveu ele sorrindo ao vê-la corar. _Agora vamos?
Após deixar Elisa organizando suas coisas em seu apartamento, Antonio voltou para a mansão, não sem antes deixar Estevan do lado de fora do condomínio para garantir-lhe a segurança. Antonio pensou consigo mesmo que Elisa deveria estar achando-o controlador e possessivo, porém ela nunca entenderia que sua vida poderia realmente estar correndo perigo ao aceitar se casar com ele: Jácomo não tinha dúvidas de que havia uma conspiração para acabar com a família real de Monsália, havia suspeitas de que o acidente de Enrico fora criminal e se confirmaram quando Antonio sofrera um atentado alguns meses depois que assumira o trono de Monsália. Como não havia sofrido mais atentados Antonio esquecera por um momento aquela história de conspiração até que fora perseguido por um carro quando chegara a Londres há dois dias e qual não foi seu espanto ao ver um carro idêntico àquele parado diante do condomínio onde Elisa morava, quando fora procura-la de manhã; quando o motorista os avistou saiu em disparada e Estevan não conseguiu alcança-lo, porém ao questionar a dona do condomínio ela dissera que o carro misterioso esteve parado ali toda a manhã. Antonio ligara para Jácomo contando-lhe do ocorrido, porém o ministro disse que poderia ser apenas uma mera coincidência, já que como não haviam divulgado o nome de Elisa na nota de jornal, poucas pessoas em Londres ligariam o nome de Elisa ao seu, mas Antonio preferiu não colocar em risco a segurança de Elisa.

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Iriam dar seis horas da tarde quando Estevan e Sebastian chegaram a casa de Elisa para leva-la ao novo apartamento que ficava em um dos hotéis mais caros e luxuosos de Londres. Elisa resolveu levar apenas suas roupas, alguns objetos pessoais e o grande urso de pelúcia; ligara para Felícia ajuda-la na pequena mudança, a amiga ficou radiante ainda mais quando viu Estevan, porém o rapaz era sério e profissional demais para corresponder aos flertes de Felícia.
O apartamento era simplesmente maravilhoso em cada detalhe, desde os móveis de ótima qualidade à decoração de bom gosto indiscutível. Elisa estava se sentindo como um peixe fora d’água, já Felícia parecia uma criança deitada na enorme cama, mudando os canais da enorme televisão.
—O que foi Elisa? Por que está tão pensativa? _perguntou Felícia preocupada desligando a tevê e puxando Elisa para sentar-se com ela na cama. _Você se arrependeu?
—Não é isso Felícia; apenas tenho medo de estar cometendo um grande erro.
—Em relação ao príncipe Antonio? Você não confia nele?
—Claro que eu confio Felícia! Ele já me deu provas mais do que suficientes de que é uma pessoa correta, mas...
—Mas o quê? O que está te preocupando amiga? Que mulher não gostaria de viver um conto de fadas Elisa?
—Mas o que estamos vivendo está mais para uma mentira Felícia!
—Ora, deixe disso Elisa! Finja que você é a Cinderela que se apaixona pelo príncipe encantado. _ brincou Felícia.
—O problema é que eu me apaixonei de verdade Felícia...
—Você está falando sério Elisa? _perguntou Felícia preocupada que a amiga pudesse sair magoada daquela situação. _Você está realmente apaixonada pelo príncipe Antonio?
—Mais do que apaixonada, eu o amo Felícia; não ao príncipe, mas ao homem que ele é. Como vou conseguir manter um casamento de mentira se eu o amo de verdade?
—Eu não sei, amiga, sinceramente não sei o que dizer. _disse Felícia abraçando a amiga.

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Elisa acordou na manhã seguinte com o som do celular tocando. Era Antonio.
—Bom dia Elisa! Desculpe-me por acordá-la.
—Não se preocupe! _bocejou ela. _ Já iria mesmo levantar.
—Gostou do apartamento? _perguntou Antonio tentando afastar de sua imaginação a imagem de Elisa enrolada apenas em lençóis naquele momento.
—É bem diferente do que estou acostumada, mas tudo bem. _brincou ela.
—Estou ligando para dizer que não nos veremos por agora, pois estarei bastante ocupado durante todo o dia. Marquei um jantar à noite aí no restaurante do hotel mesmo com Jácomo e os advogados para assinarmos o contrato. Estarei aí ás sete; tudo bem? E antes que eu me esqueça basta apenas ligar no restaurante do hotel que eles entregarão o teu café da manhã, o teu almoço, e o que mais você desejar.
—Tudo bem Antonio.
—E Elisa se você precisar comprar alguma roupa ou qualquer outra coisa que deseje, basta me ligar.
—Obrigada Antonio, mas não preciso de nada. Te espero ás sete, então.
Elisa sorriu lembrando-se do vestido que Felícia lhe dera. Não haveria oportunidade melhor para usá-lo...
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Passavam das seis e meia quando Elisa olhou-se no espelho pela centésima vez naquele início de noite e já havia se arrependido por ter escolhido aquele vestido; não que ele fosse indecente demais, porém parecia exuberante demais para ela: o vestido ia até os joelhos, terminando em uma franja plissada, o decote era em V, evidenciando seus seios, as alças finas, já as costas ficavam expostas por um elegante decote que ia da nuca até quase na cintura. Elisa havia prendido os cabelos deixando-os caírem em cachos pelas costas. Faltavam dez minutos para as sete horas quando Elisa ouviu tocarem a campainha, a vontade que ela teve foi de fingir que estava dormindo, porém criou coragem e abriu a porta.
Antonio estava perfeito usando um smoking preto, assim como a calça e uma camisa verde esmeralda que realçava seus olhos penetrantes, Jácomo estava ao lado dele em uma animada conversa.
Quando Elisa abriu a porta Antonio a olhou como se fosse a primeira vez que a via. "Desde quando Elisa tornara-se tão sedutora?" _se perguntava ele.
—Boa noite! _cumprimentou Elisa envergonhada pela maneira como Antonio a olhava.
—Boa noite senhorita! _respondeu Jácomo. _Está gostando das acomodações?
—Sim ministro! _disse Elisa grata pelo fato do ministro ter acompanhado Antonio.
Ela já estava se irritando com o silêncio de Antonio. Estaria tão horrível assim para ele olha-la como se ela fosse de outro mundo?
—Você está... diferente. _disse Antonio finalmente.
Antonio sabia que diferente não expressava nem de perto o que Elisa estava: ela estava linda, perfeita, encantadora. Como se já não bastasse o quanto ela já o cativava. O vestido lilás caía como uma luva evidenciando cada detalhe do corpo perfeito da moça. Por um momento Antonio desejou poder trancar-se naquele quarto com Elisa e esquecer todos os problemas que pareciam desaparecer apenas quando ele estava perto dela.
—Vamos? _sugeriu Jácomo tirando-o de seus pensamentos.
—Claro! Vamos Elisa? _Disse Antonio oferecendo o braço a ela.
Elisa colocou seu braço no de Antonio tentando ignorar as aceleradas batidas de seu coração, enquanto desciam a escadaria rumo ao restaurante do hotel, Jácomo havia retomado o assunto interrompido com Antonio.
Quando chegaram ao restaurante, dois homens já os aguardavam, Elisa reconheceu os dois advogados que visitaram no dia anterior. Após os cumprimentos Antonio pediu o jantar; Elisa mal conseguiu jantar porque Antonio parecia não desviar os olhos dela.
—Posso ler o contrato? _perguntou o advogado após o jantar.
—Claro. _respondeu Antonio.
Então advogado leu as cláusulas do contrato onde Elisa e Antonio concordavam em se casar de livre e espontânea vontade no próximo sábado em uma união apenas contratual livre de obrigações conjugais a não ser as aparentemente necessárias, o casamento chegaria ao fim perante as leis dos dois países em três meses; dando assim o casamento por terminado.
—Concordam? _perguntou o advogado.
—Por mim, tudo bem! _disse Antonio. _Elisa?
—Por mim também. _respondeu ela sem muita convicção.
—Podem assinar então.
Antonio assinou o contrato nupcial seguido por Elisa e logo depois Jácomo assinou como testemunha. Conversaram mais um pouco e logo depois os advogados se despediram e foram embora.
—Vou acompanhar Elisa, Jácomo. Vai me esperar aqui?
—Sim, meu príncipe. Vou tomar mais um copo de vinho enquanto o espero.
—Tudo bem. Vamos Elisa?
Os dois foram em silêncio até chegar ao apartamento.
—Podemos conversar alguns minutos? _ perguntou Antonio sentando-se em um dos sofás. _ Sente-se aqui, por favor.
—Sou toda ouvidos! _ gracejou ela sentando-se ao lado dele no sofá.
—Você tem certeza da decisão que tomou Elisa?
—Por que me pergunta isso?
—Por que eu não quero que você faça algo do qual irá se arrepender depois. Por exemplo, Elisa, eu tenho o porquê fazer isso: amo o meu país e faria qualquer sacrifício para tirá-lo da situação em que se encontra. Mas e você?
—Antonio eu não vou me arrepender, tenho certeza disso. Você ajudou meu pai a ter uma segunda chance e eu nunca poderei lhe pagar por isto; então pelo menos deixe-me retribuir-lhe ajudando-o a salvar o teu país.
—Tudo bem; fico feliz que não tenha desistido, não deve ser agradável ser abandonado ás vésperas do casamento. _gracejou ele. _Voltando aos assuntos importantes: já providenciei seu passaporte para a viagem. Estarei viajando para Jersey amanhã e com certeza nos veremos apenas sábado, na cerimônia.
—Virá alguém de Monsália?
—Apenas minha irmã Rúbia.
—Você tem uma irmã? _perguntou Elisa.
—Sim, uma irmã gêmea, e ela está louca para te conhecer.
—Verdade? _duvidou ela.
—Absoluta. Ela estará chegando a Londres sexta de manhã, creio que vocês duas se darão muito bem.
—Assim espero.
—E agora a senhorita me responderia uma pergunta?
—Claro. Qual?
—Por que você escolheu justamente a noite de hoje para acabar com a última partícula de autocontrole que me resta? _perguntou ele pegando uma das mechas dos cachos de Elisa entre seus dedos.
—Por que diz isso? _perguntou Elisa sentindo seu coração acelerar.
—Precisava de tudo isso Elisa? _perguntou ele traçando um caminho com a ponta de seus dedos na pele das costas de Elisa exposta pelo decote. _Será que você não vê que apenas o fato de vê-la todos os dias e não poder tocá-la já é motivo mais que suficiente para me deixar louco?
—Antonio, nós não podemos... _começou Elisa quando Antonio beijou-lhe o ombro e a base de seu pescoço.
—O advogado disse que estávamos livres de obrigações conjugais, meu anjo, e nós não somos casados ainda. Além do mais diga que não me deseja também Elisa. _disse ele beijando-a com paixão.
Elisa apenas correspondeu ao beijo com igual paixão, enquanto as mãos de Antonio acariciavam suas costas, nuca e ombros.
Quando a mão de Antonio começou a percorrer dos ombros de Elisa até o discreto decote de seu vestido, ela decidiu que era hora de parar.
—Acho que o ministro deve estar desinquieto com sua demora. _disse ela se levantando do sofá. _Não quero que ele pense que eu seduzi seu querido príncipe.
—E se o príncipe em questão estiver louco para ser seduzido? _perguntou ele se levantando e a abraçando novamente.
—Por favor, Antonio, não... _começou a argumentar Elisa.
—Elisa, daqui a três dias estaremos obrigados por lei a cumprir as regras daquele bendito contrato; mas enquanto isso não acontece, nós somos livres para fazermos o que bem entendermos, meu anjo. Lembre-se: não estamos em Monsália ainda.
Dizendo isso Antonio a beijou novamente e Elisa esqueceu-se de tudo, lembrando-se apenas que estava nos braços do único homem que ela amava como nunca imaginara ser possível amar alguém.
Nesse momento o celular de Antonio tocou:
—Jácomo... _murmurou ele mordendo levemente o lábio inferior de Elisa ao reconhecer o toque da chamada do ministro. _Infelizmente, tenho que ir embora, antes que Jácomo decida vir me procurar.
—Também acho. _respondeu Elisa se afastando dele.
—Vou sentir tua falta! _disse Antonio parando na porta.
—Eu também! _respondeu Elisa, já que não podia dizer ‘eu te amo’.


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Notas finais do capítulo

Tam...tam...tam... Sinto cheiro de casamento no próximo capitulo! rsrs... Comentem caso queiram acompanhar ate o fim essa história de amor. #Elisa&Antonio.



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