Mudanças escrita por carolze


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que voltava antes do findi acabar... Leiam sem moderação!



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Cecilia não sabia bem onde estava. Estava deitada, e ouviu um choro baixo e vozes sussurradas.
– Filha ela tá bem, você ouviu o médico! Calma meu amor.
– Ela não abre os olhos papai! Não abre!
Cecília sentiu um aperto no peito. Devia ter desmaiado na frente de Dulce.
– Eu não abre os olhos porque estava descansando, apenas isso.
– Mamãe!
A menina jogou-se dos braços do pai para poder chegar até a mãe.
– Mamãe você caiu durinha na minha frente! Eu achei que você tivesse morrido! Todo mundo correu! O Papi foi mais esperto e foi chamar o Dr. André! Você tá bem?
Dulce Maria não sabia o que faria da sua vida, se alguma coisa acontecesse com a sua mãe. Ela não sabia como se explicar mas sentia seu coração do tamanho de uma azeitona.
– Eu estou sim meu amor, eu tô bem!
Ela notou que Gustavo não falava nada. Continuava calado, encarando a parede.
– Filha você faz um favor pra mamãe?
– O que você quiser!
– Pede a uma enfermeira pra te acompanhar até seu quarto, você pega as lições pra gente acabar aqui, enquanto esse soro não acaba. Eu que vou ficar no tédio! Assim a gente se ajuda! Tudo bem?
– Sim pi ri rim! Mantenha os olhos abertos!
– Pode deixar!

Cecilia sabia que tinha minutos, não era tempo o bastante.
– Eu pedi pra você se cuidar! Você faz ideia do que eu senti quando te vi caindo desmaiada?! ... Cecilia pelo o amor de Deus! Eu não brinco, quando eu digo que você e a Dulce são a minha vida. O que eu faria sem você?!
– Eu não viu a lugar nenhum! Tenho certeza que esse desmaio foi causado pelo estresse.
Ela deu a sua mão para que ele segurasse. Ele fez de bom grado.
Gustavo se abaixou, e beijou a namorada, que não queria que ela fosse mais namorada, já a queria como esposa.
A porta foi aberta, e não foi Dulce quem entrou. E sim André.
– Trago notícias! Não tem nada com o que se preocupar.
– Eu falei pro Gustavo que era estresse! Tá tudo bem amor!
– Cecilia eu não disse que você não tinha nada...
– Você disse que não tinha nada com o que se preocupar... Eu não estou entendendo.
– Aqui está seu exame. Eu vou deixa-los a sós e vou levar a Dulce até a sala de brinquedos. Pra vocês poderem conversar.
Cecilia queria que as palavras do André fizessem sentido. Ela não se sentia doente.
Pegou o exame e o abriu. Era um absurdo o que estava lendo. Não podia acreditar. Aquele exame estava errado.
Gustavo estava parada e atônito atrás dela. Ela sabia que ele havia lido por cima do seu ombro.
– Isso é possível?! Você me disse que foi ao médico e desde de então nós...
– Eu fui!
– E então... Meu Deus você tá grávida! Nós vamos ser país! Mais uma vez! Meu Deus!
O coração dela errou uma batida. Ela sabia, não era ingênua ao achar que nenhum método contraceptivo era cem por cento eficaz. Mas isso!
Ela foi desperta dos pensamentos pelos braços e os lábios de Gustavo a beijando onde alcançasse.
– Você não está feliz?
– Eu estou em choque! É o máximo que eu posso dizer no momento!
– Você já pensou no quanto a Dulce vai ficar feliz?! Já posso imaginar!
– Calma Gustavo, antes de contarmos essa novidade, temos uma outra mais urgente. Uma coisa de cada vez!
– Você tem razão. Ei, eu sei que foi no susto! Mas eu tô muito feliz!
– Eu sei! Eu também!
Eles sorriram um para o outro. Beijarem-se mais uma vez. Cecilia era um misto de sentimentos. Era verdade que estava em choque, mas já havia um sentimento novo, novo não, duplicado. Ela podia estar em choque, mas já amava esse bebê. Da mesma forma que amava Dulce.

Dulce Maria voltou a sala onde Cecilia estava.
– Eu acho que a enfermeira queria me enrolar mamãe!
– Te enrolar? Porquê?
– Ela não queria me deixar voltar pra cá, ai eu fugi!
Foi a menina dizer isso, e uma enfermeira bem afobada acabou entrando no quarto.
– Não se preocupe, ela está aqui!
Dulce deu tchauzinho para a mesma.
– Foi errado sair sem avisar filha. Ela ficou preocupada!
– Mas eu só queria ficar perto de você!
– Tudo bem, mas se acontecer algo assim uma próxima vez, você avise que está saindo.
– Tudo bem! Mas por mim, a gente nunca mais vem num hospital.
– Veremos!
O soro de Cecilia chegou ao fim. A enfermeira afobada voltou para retirá-lo e antes que ela e Dulce pudessem sair, André e Gustavo voltaram.
– Cecilia o que você precisa é marcar uma consulta com o seu ginecologista. Pra ver se tudo anda como deve. Mas não tem nada com o que se preocupar pelos exames feitos. Parabéns!
– Mamãe?
Cecilia sentia a boca seca. Assim que ouviu o tom de pergunta da filha.
– Oi amor?
– O que é um ginecolopista...?
– Ginecologista... Ele é um médico para mulheres adultas. Apenas isso!
– E porque você ganhou parabéns?
– Porque a mamãe foi mais paciente que você esperando!
Dulce olhou para os pais e o médico e disse.
– Ué mas eu não sabia que era uma competição!
A risada foi geral.
Voltaram ao quarto de Dulce. Cecilia já começava a organizar as coisas. A filha sairia amanhã a tarde. Tudo estava bem. E ficaria muito melhor.
Gustavo entrou no quarto e foi falar com a Dulce.
– Adivinha quem vai dormir com você hoje?
– A mamãe?!
Falou num tom de que era óbvio.
– Não. O papai!
– Porque?
– Porquê a mamãe dormiu aqui na noite passada e hoje é o dia do papai! Tudo bem pra você?
– Tudo sim! Mas você é grandão e não vai caber na minha cama!
Gustavo riu, e disse que dormiria na poltrona que parecia ser bem confortável.
Ele já sabia o que lhe esperava. Ele sabia que Cecilia não iria gostar. Estava pronto pra briga.
– Filha eu vou lá fora com o papai e já voltamos!
Dulce sequer respondeu. Esta entretida demais no joguinho do tablet.

– Gustavo esse não era o combinado!
– O combinado mudou na hora que nós descobrimos que você está grávida. Não faz sentido você dormir aqui! A nossa filha está bem. Você vem cedo e a tarde vamos pra casa. Mas você vai dormir numa cama!
– Mas eu dormi numa cama a noite passada!
– Dormiu, toda torta! Você agora tem mais um pra se preocupar.
– Ei!
Ele ouviu quando ela suspirou. Sabia que tinha ganho a primeira parte.
– Você dorme lá em casa, meu apartamento.
– Porque?
– Caso você precise de alguma coisa, tem pessoas lá pra te ajudar. E na sua casa, você está sozinha.
– Meu Deus, você vai ser uma espécie de urso encima de mim, todo o tempo não vai?!
– Só estou cuidando da minha família.
Cecilia não tinha muito o que protestar. Dulce estava de acordo em dormir com o pai. E no fundo, ela sabia que Gustavo estava certo. Ela tinha dois filhos, por mais que um ainda estivesse a caminho. Ele já merecia todo o cuidado e amor.
Ela voltou ao quarto. Continuou organizando, já foi avisando que levaria algumas coisas para casa.
Tudo organizado.
Cecilia esperou que o jantar de Dulce fosse servido, a mesma disse que comeria na casa de Gustavo.
Depois do jantar, uma Dulce agitada, disse que a mãe teria que esperar ela dormir para poder ir pra casa. Nesse meio tempo foi lida duas histórias, e quando chegavam ao fim da terceira. Sua menina foi vencida pelo sono. Cecilia a cobriu, deu beijos de boa noite e pediu a Deus que tomasse conta da sua filha.

– Você vai comer assim que chegar lá em casa?
– Sim senhor! E pode ligar depois e até perguntar ao Silvestre.
– Eu não vou fazer isso... Eu confio em você!
– Tudo bem! Eu te amo! E qualquer coisa, você me liga?!
– Prometo que juro!
Eles se despediram. Foram beijos demorados. E dessa vez a mão de Gustavo, que antes tinha uma ânsia em explorar, ficou todo o tempo no seu ventre.

Ela foi até a sua casa de carro. A dias que usava um dos carros de Gustavo, logo depois foi para o apartamento.
Assim que chegou, foi recebida por Estefânia. Que lhe perguntou, como Dulce estava. Cecilia já sentia o carinho com o qual ela falava de sua menina. Tudo foi explicado. Mas Cecilia não sentiu-se a vontade para contar da novidade. Dulce deveria saber antes.
Cecilia comeu na cozinha, não fazia sentido, apesar dos protestos de Silvestre, colocar toda a mesa, para que ela pudesse jantar. Enquanto comia conversava com Franciely, que a fazia sorrir o tempo todo.
Estefânia e Vítor juntaram-se a elas e a conversa foi prolongada.
Mas depois de um tempo, se sentiu cansada. Deu boa noite, foi para o quarto. Esperava com ansiedade pelo o dia seguinte.
Como antes, ela dormiu quase que imediatamente.
Acordou cedo. Tomou café com o restante da família e Silvestre avisou que o Gustavo já havia ligado, pra saber se tudo estava bem...
Ela sabia o “bem”, ele queria saber se ela havia comido.
– Cecilia vocês vão vir pra cá? Ou vão pra sua casa?
– Nós vamos pra minha casa! Pra que tudo seja explicado a Dulce em um ambiente mais familiar a ela. Mas assim que tudo for resolvido, eu sei que ela vai ficar ansiosa pra conhecer os tios!
– Nós já estamos!
– Amor é melhor nós irmos, se quisermos ver essa casa!
– Casa? Achei que vocês ficariam por aqui com o Gustavo!
– Não. Cecilia, quem casa, quer casa! E como nós queremos aumentar a família em breve, não faz sentido.
– Que maravilha! Bom, bom dia pra vocês! Boa sorte com a casa!
– Obrigada cunhada! Dá um beijo na Dulce por nós, por favor!
– Pode deixar!
Depois disso, Cecília acabou de comer, não que estivesse comendo muito, mas estava se esforçando um pouco mais.
Logo saiu e foi para hospital. Lá chegando, Dulce já se encontrava de roupa trocada! Pulou no colo da mãe. Era um sorte que o pai não estivesse presente, ou ele entraria em pânico!
Ela lhe disse toda entusiasmada, que o André deu alta mais cedo! Ela podia ir naquele instante pra casa.
Gustavo voltou ao quarto. Já havia pego as coisas de Dulce e só faltava Cecilia assinar a papelada para que a Dulce fosse liberada. Toda a parte burocrática feita. Era hora de irem pra casa.

Finalmente parecia que as coisas estavam no lugar. Gustavo sentia-se feliz, nervoso mas acima de tudo entusiasmado. Era um novo capítulo na sua vida. Na vida de sua família na verdade.
Ele as deixou em casa. Dulce corria pela pequena casa, como se precisasse ver que tudo ainda estava no lugar. E estava.
Gustavo despediu-se delas, e avisou que voltaria a tarde, e traria sorvete para que pudessem comemorar!
Cecilia e a filha passaram uma tarde normal. Dulce disse que queria voltar na segunda-feira para a escola, a mãe foi completamente a favor. Tudo do que elas precisavam era da normalidade.
– Filha você quer descansar um pouco? Seu pai ainda vai demorar a voltar!
– Não. Mas a gente pode ver um filme?
– Claro!
Filme escolhido, e ambas se deitaram-se no sofá. Depois do almoço, era questão de minutos para ambas caírem no sono. E foi o que aconteceu. Cecilia acordou com a campainha tocando. Levantou e lá estava Gustavo, segurando o sorvete e com cara de nervoso.
– Ela ainda tá dormindo... A gente espera ela acordar. É melhor.
– Tudo bem.
O time não podia ser mais perfeito.
– Mamãe?!
Cecilia deu um sorriso coronado para Gustavo, ela estava nervosa, mas ele, com certeza estava pior.
– Na cozinha amor!
Dulce abraçou o pai. Perguntou pelo o sorvete, que já estava sendo servido pro Cecilia.
Ela levou a sobremesa até a sala.
– Filha vem aqui que nós precisamos conversar com você.
– Tudo bem! O que foi?
Ela os olhou inquieta.
Nenhuma dos dois sabiam por onde começar.


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Notas finais do capítulo

Bom... Não foi lá uma grande SURPRESA! Mas foi...
Não deixem uma "autora" ansiosa... Me digam o que acharam! E me digam como acham que a Dulce vai reagir... Seria novidade demais em pouco tempo?! O cês dizem?
Espero que tenham gostado!
Bjos



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