Nothing Lasts Forever escrita por Tatá
Notas iniciais do capítulo
Alguém aí viu o vídeo que a Gwyneth postou ontem pra gritar comigo depois daquele spoiler (???) LINDO?
O tempo passou, e logo chegou ao povo a informação sobre a fuga na prisão em que os ex Vingadores estavam. Cada um deles agora era considerado um fugitivo extremamente perigoso, e as buscas por eles eram vigorosas.
Tony representou o que restou dos Vingadores na primeira coletiva de imprensa realizada no complexo e explicou toda a situação, finalizando o evento com a revelação chocante de que venderia a torre em Manhattan.
Pepper contratou especialistas confiáveis para tirarem fotos do imóvel para o catálogo, revelando o quanto tudo era acolhedor e aconchegante, mas sem expor demais a privacidade dos antigos moradores, que ainda tinham pertences por lá.
Mas é claro que nada daquilo seria necessário. Dezenas de ricaços demonstraram interesse na torre desde o segundo em que Stark anunciou a venda. Quem não iria querer ser dono do prédio onde os Vingadores viveram por anos? Quem não iria querer dormir no quarto do Thor? Malhar onde o Capitão América malhou? Trabalhar no laboratório em que Bruce Banner trabalhou? Dar festas na grande sala em que Tony Stark comemorou vitórias, aniversários e finais de campeonato?
A procura foi grande, e cada um dos candidatos foi muito bem avaliado. Com isso, dois meses se passaram até que encontrassem o mais novo proprietário.
Então veio a próxima fase: esvaziar o local.
Tony entrou em sua suíte e deu de cara com malas sobre a cama. De longe, logo soube que as roupas não eram dele; então seguiu até o closet, onde encontrou Pepper esvaziando sua parte do local.
— Hey.
— Jesus, Tony! — ela se assustou.
— Foi mal! Sexta-Feira não tem mais acesso aqui, não pôde anunciar minha chegada.
— Tudo bem... Eu também estava distraída. — ela respondeu mais calma.
— Por que está aqui? Contratamos pessoas para fazer isso. — ele apontou para o monte de camisetas dobradas que estava nas mãos dela.
— Eu sei... — ela passou direto por ele e pôs as roupas em uma mala. — Mas não gosto da ideia de ter homens suados segurando as minhas roupas íntimas.
— Você veio dizer adeus.
— Eu vim dizer adeus... — Pepper confessou, inclinando o corpo na direção da mala. Seu cabelo solto tampou seu rosto, impedindo que Tony o visse.
— Por que? Ainda tem várias torres por aí.
— Essa foi a que começou tudo... — a mulher se ergueu e voltou ao closet. — Só queria dar uma última olhada! — ela sentiu que Tony havia a seguido e encarava suas costas, então virou o corpo para encará-lo. — E você? Por que está aqui? Com certeza não para ter um momento nostálgico...
— Definitivamente não. — ele concordou; então apontou para uma mancha em sua camiseta. — Acidente com guacamole.
— Na próxima vez, deveria usar um babador...
— Vou tentar lembrar disso. — ele disse, a observando procurar por algo que combinasse com sua calça azul e tênis laranja.
— Tira isso. — ela ordenou, já com a camiseta selecionada em mãos. Então Tony travou. — O que foi?
— Eu deveria me virar? Ou pedir para você se virar? Ou deveria ir ao banheiro?
— Você pode se trocar na minha frente. Não se preocupe, eu não vou pular em você. — ela sorriu fraco.
— Tá brincando? Eu adoraria que fizesse isso! — ele disse e tirou a camiseta, assim não vendo a mulher rolando os olhos. Então entregou a peça suja e aceitou a limpa, a vestindo imediatamente. Quando terminou, Pepper já o entregava um blazer.
— Eu não...
— Estamos em outubro, está frio lá fora. Vista.
— Sim senhora. — ele obedeceu imediatamente, só percebendo que a peça ainda estava com etiqueta quando já era tarde:
— A porcaria da etiqueta prendeu no meu colar. Me ajuda aqui? — ele pediu; então a mulher imediatamente se pôs atrás dele e arrancou a etiqueta com todo cuidado.
— Pronto. — ela avisou. Então o homem virou o corpo, voltando a ficar de frente para ela. — O preço estava muito acima da média, para esse modelo de blazer. — ela ergueu a etiqueta.
— Sabe que eu não olho essas coisas... — Tony também segurou o pedaço de papel. — Obrigado...
— Não há de quê…
Eles trocaram olhares, tendo assim um contato mais profundo do que o simples toque de seus dedos, que ainda seguravam aquele pedaço de papel. Olhando nos olhos do outro, foi possível ler todos seus pensamentos, que obviamente, diziam a mesma coisa dos da pessoa que os lia:
Eles sentiam falta um do outro. Não aguentavam mais aquele tempo que estavam dando. E, acima de tudo, eles queriam desesperadamente beijar a pessoa que estava à sua frente.
Seus rostos se aproximaram devagar. Parte da conciência deles dizia que ainda não era o momento certo para fazerem aquilo, afinal, eles deram um tempo por um bom motivo. E aquele motivo ainda não tinha sido resolvido.
Mas o desejo e a saudade falavam mais alto. Então o casal aproximou os rostos cada vez mais, até que fosse possível sentir suas respirações...
— Chefe, os operários chega...O que caralhos vocês estão fazendo? — Happy perguntou, ao entrar no closet e se deparar com a cena.
— Nada! — os dois responderam ao mesmo tempo, se afastando. Tony sorriu frustrado e olhou para a mulher, que puxou o ar, passando a encarar o funcionário.
— Happy… Que bom que está aqui; eu queria te dar algumas instruções... — ela caminhou para fora do closet, sendo seguida pelo mais novo gestor de ativos. — As roupas naquelas caixas que deixei perto da porta são para doação. Já essas malas aqui são minhas, e quero que mande tudo para minha casa.
— Brentwood?
— Sim, por favor. Mas só envie quando tiver certeza que não tem nada meu por aí. Eu acho que consegui juntar tudo, mas nunca se sabe... — a mulher empurrou a tampa da grande mala de metal com prateleiras cheias de sapatos, e a mesma se trancou sozinha. — Não vou estar em casa nas próximas quatro semanas, então mande os seguranças deixarem tudo no hall, e eu resolvo quando voltar.
— Aonde você vai? — Tony se interessou.
— Tirar férias. — ela respondeu, antes de voltar a encarar Happy. — Dum-E e U estão aqui, eles podem ajudar com o empacotamento. Mas vigie-os o tempo todo. Sabe como eles são desastrados...
— Certo.
— Não se esqueça dos restos da Verônica lá em baixo. E, por favor, peça que tenham extremo cuidado com os pertences do Thor. Não sabemos o que metade daquelas coisas fazem.
— Certo.
— Você já marcou o vôo?
— Pepper. Tá tudo certo. — Happy a garantiu. — Confia em mim.
— Eu confio. Mas estamos falando dos pertences dos Vingadores, incluindo armas. Nada pode dar errado.
— E o que poderia dar errado? — Tony perguntou, pondo uma mão no ombro de Pepper, que automaticamente pôs uma mão em cima da dele, mas logo a tirou. — Aproveite as férias. Já estava na hora de você descansar um pouco.
— Obrigada. — ela disse sorrindo. Então eles trocaram beijos na bochecha e Tony deu tapinhas no ombro de Happy, antes de ir embora.
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