A Slight Turquoise Shine escrita por Sunrise


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Preparados!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/739455/chapter/2

A entrada da loja estava repleta de policiais e agentes da perícia científica.  Rick Tork conversava com a gerente do estabelecimento, que está sentada em uma cadeira próxima a entrada, chorando copiosamente. As duas funcionárias estavam próximas aos manequins da vitrine, conversando com Kim Fischer, completamente atônitas com o que presenciaram. Uma delas gesticulava o ocorrido, enquanto a agente anotava.

Neste momento, Teresa Lisbon e Jane saíram do carro, mostrando o distintivo e crachá respectivos para um dos policiais e caminharam para o local do crime. Fischer dispensou as funcionárias e caminhou até eles.

“Lisbon. Bom tê-la de volta. Como foi em Quântico?”

“Puxado, mas valeu a pena.” Respondeu tranquila. “O que temos aqui?”

“Margareth Morgan. 46 anos.” Falou enquanto revia suas anotações. “De Dallas. Apareceu ensanguentada na loja. Acabou falecendo no sofá poucos segundos depois de uma das funcionárias permitir seu acesso a loja.”

As duas caminharam até onde o corpo jazia, sendo seguida por Jane. Teresa se curvou para puxar o lençol que cobria a vítima, enquanto Fisher concluía as informações iniciais. “Foi esfaqueada na região do tórax. O legista irá confirmar se há outras abrasões.”

“Alguma ideia de onde ela vinha?” Perguntou Lisbon.

“A polícia está encarregada de mandar o acesso aos vídeos do tráfego para Wylie. Também solicitamos a alguns estabelecimentos que tenham câmeras de seguranças na porta.” Respondeu Fischer já de luvas pegando a bolsa da mulher que estava ao lado do corpo e vasculhou por alguma pista lá dentro.

Kimball Cho se aproximou das duas agentes, enquanto Patrick Jane inclinou para analisar melhor a vítima. “Wylie acabou de receber acesso às câmeras de tráfego da região. E duas lojas vizinhas já encaminharam as senhas para ele acessar o banco de dados.”

“Por que estamos investigando este caso?” Questionou Teresa.

“Pela vítima.” Respondeu Jane. “Provavelmente por ter certa importância social. Eu diria que ela é uma espécie de curadora ou trabalha com arte. Também é provável que atue na área filantrópica.”

“O pedido veio de cima. Margareth Morgan foi casada com um dos patronos do FBI de San Antonio e seu segundo marido é um dos advogados investigados no escândalo de compra de sentenças em alguns estados. Ele foi preso mês passado pela unidade de Dallas.” Cho respondeu rapidamente.

 “O velho paradigma do status.” Disse Jane ao se endireitar, apontando para vítima. “Alguém encontrou o anel que ela usava?”

“Anel?” Perguntou Fischer se aproximando.

“Uma pessoa tão egocêntrica como era, usar um conjunto caro de diamantes e turquesa sem anel não seria de bom grado.”

As duas agentes olharam para mão da vítima. “Vamos perguntar a alguém da família. Pode ser que tenha caído enquanto se dirigia para cá.”

“Ou o assassino ficou com ele.” Sugeriu Fischer.

“Alguma ideia sobre o local do crime, Jane?” Cho questionou rapidamente.

“Provavelmente é hora de seguir os rastros.”

"Rastros?" Perguntou Lisbon encucada, seguindo da fisionomia séria de Cho.

Jane caminhou até a entrada e começou a andar pela calçada. Teresa o seguia logo atrás. O mentalista perseguia as pequenas marcas de sangue na calçada. Quando chegou a esquina, ele atravessou a rua e seguiu até parar em um beco. Adentrando mais, ele percebeu algo atrás da lixeira do prédio ao lado.

“Hum, Lisbon?” A agente se aproximou e percebeu o que Jane apontava. “Definitivamente, este é o local do crime.”

Atrás da lixeira, estava mais um corpo. Deitado de lado, com uma faca nas mãos, um rapaz vestido em um casaco aberto e uma camisa com o logo de uma escola particular de prestígio jazia sem vida ao chão.

~*~*~*~*~*~*~*~*~

Na Sede Regional do FBI, Fischer conversava com a assistente da Sra. Morgan na sala de interrogatório. Ao lado, Cho e o mentalista ouviam atentamente o que se passava.

“Onde estava esta manhã, Srta. Watanabe?”

A moça de olhos e cabelos negros ainda estava abalada com a notícia da morte de sua chefe. “Eu... eu estava no hotel. Boa parte da manhã, terminando de acertar os detalhes de um jantar beneficente. Você sabe, floricultura, buffet, decoração. A Maggie mudou de opinião de última hora. Daí fui para uma reunião no Country Club, foi quando recebi a ligação de vocês sobre... a morte dela.”

A moça voltou a chorar, fazendo a agente entregar uma caixa de lenços que estava sob a mesa.

“Desculpa, é que parece impossível que ela não esteja mais aqui.” Ressaltou a moça.

“Sabe dizer qual era a agenda da Sra. Morgan para o dia de hoje?”

“Ela me pediu ontem para reagendar os compromissos da semana. Ela iria para Nova Iorque se encontrar com a filha e só retornaria no sábado pela manhã. Por conta do jantar, Maggie me deixou incumbida de resolver qualquer problema aqui.”

“E por que o jantar seria realizado aqui em Austin e não em Dallas?”

A moça se ajeitou na cadeira e mordeu os lábios nervosa por um instante. “É por causa do Sr. Morgan. Os dois... bem, desde que o FBI o acusou de compra de sentenças, a fundação perdeu alguns apoios importantes em Dallas. Na verdade, boa parte dos financiadores se recusou em apoiar Maggie.”

“O Sr. Morgan está aqui?”

“Não sei. Faz alguns meses que os dois não se falam.” A mulher estava desconfortável, passando uma das mãos no cabelo. “Da última vez, eles discutiram ao ponto do Sr. Morgan sair de casa.”

“Conhece este rapaz?” A agente entregou uma foto da outra vítima encontrada no beco, mostrando à mulher que pareceu não reconhecê-lo.

“Não.” Entregou de volta. “Mas a fundação apoiava garotos em idade escolar. Especialmente os de baixa renda. A Bolsa Thomas Morgan pagava estudos nas escolas mais conceituadas de Austin, Dallas e San Antonio.”

“Só garotos?”

“Sim, era uma forma de manter a memória do filho dos Morgans. Ele faleceu aos 15 anos de leucemia.”

“Conhece alguém que poderia querer mal de sua chefe?”

A mulher ficou pensativa por um momento. “Maggie é... era muito direta quando queria alguma coisa. Às vezes, era mal compreendida, mas não acho que alguém queria matá-la.”

“Houve alguma discussão recentemente com alguém?”

“Não. Quer dizer, Melinda e ela tiveram um desentendimento semana passada, que fez Maggie tirá-la da lista de convidados VIPs do evento.” Falou pensativa. “Não sei ao certo o motivo, mas ela vivia ligando para Maggie que não retornava as ligações. As duas se encontraram ontem à tarde em um café, próximo à loja de Melinda. Até onde sei, conversaram e fizeram as pazes, porque me ligou para incluí-la novamente na lista ao final da tarde.”

“Qual o nome desta amiga?”

“Melinda Boyle.” Respondeu a mulher, enquanto Fischer terminava de anotar.

Cho olhou para Jane que apenas balançava a cabeça. “O que acha, Jane?”

“Ela esconde algo, mas não acredito que esteja mentindo.” O mentalista saiu da sala, encaminhando-se para a copa. Segundos depois, Wylie foi até Cho, repassando algumas informações sobre o rapaz encontrado no beco.

“O nome dele é Michael Tremblay. Filho de pais canadenses já falecidos e bolsista da Escola Episcopal St. Andrews, pela Fundação dos Morgans. Ele mora com um tio em East Downtown.” Wylie disse mostrando o ipod. “O exame inicial mostrou luta corporal e um ferimento a queima-roupa de uma glock.”

“Segurança?” Cho questionou.

“Ainda averiguando, mas encontraram na bolsa do rapaz oitenta gramas de maconha e alguns remédios controlados. Além de dinheiro suficiente para configurar a compra e venda de entorpecentes.” Jane terminou de preparar seu chá quando se juntou aos dois agentes. O trio caminhou até a mesa de Wylie, que continou comenentando sobre o caso.

“O tio dele tem passagem pela polícia. Jonas Elroyd Tremblay era farmacêutico e perdeu a licença por má conduta e porte de substâncias prescritas.”

“Onde está Tork e Lisbon?” Perguntou Cho.

“Eles foram ao hotel onde estava hospedada a vítima.” Jane respondeu terminando de tomar seu chá. “Eu vou com a Fischer falar com o tio do garoto assim que ela terminar o depoimento da assistente da vítima.”

“Certo, precisamos falar com o marido.”

“Bem, vai ser complicado. Terence Morgan foi solto mediante fiança, o escritório de Dallas emitiu notificação a procura dele. Já está na lista da Interpol a vinte quatro horas.” O agente loiro mostrou o cartaz com a foto de um homem grisalhos de cerca de 54 anos com o nome “procurado” logo abaixo, além das informações com o nome e telefone para contato.

“Fiança?” Cho perguntou rápido.

“Foi uma audiência emergencial. O advogado de defesa juntou novas provas que foram analisadas pelo Juiz Phillip Marshall, que autorizou a fiança.”

“Não me surpreende.” Jane fez um muxoxo e se endireitou depois de colocar a xícara sob a mesa de sua esposa. “Vou falar com a Fischer.”

“Estou aguardando o mandado para solicitar a autorização de quebra dos sigilos bancários e telefônicos da vítima e da assistente. O pessoal de Dallas está mandando os arquivos referentes a Sra. Morgan mais tarde.” Wylie seguiu com Cho para sala dele. “Algumas pastas foram lacradas e você terá que falar com o agente supervisor de defraudações, Cho. Ainda não consegui acesso aos relatórios do caso.”

O agente sênior pegou o celular e discou, olhando para o agente, ele acenou com a cabeça. “Mantenha-me informado, Wylie.”

 

 ...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo capítulo em quinze dias. Até lá!
~Sunrise



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Slight Turquoise Shine" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.