Unidos pelo acaso escrita por May Prince


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Será que isso é mesmo certo? pensei olhando para o vestido vermelho esticado na cama. Eu nunca tinha usado ele. Comprei por insistência de Curtis que disse que eu ficava maravilhosa. Então porque eu queria usá-lo hoje? Eu não queria ficar maravilhosa para o Queen, ou queria?

Suspirei e me vesti. Fiz cachos no meu cabelo e uma maquiagem leve, coloquei um salto 10 preto. Sorri ao ver meu reflexo no espelho, eu realmente estava maravilhosa. Passei a mão pelo vestido que ia até a metade da coxa e parei a mão na barriga ainda lisa.

É, meu amor, hoje vamos matar essa vontade louca que estamos de comer uma massa, pensei.

E por falar em vontade louca, eu estava com uma vontade louca de comer tudo a toda hora. Ninguém me avisou sobre essa fome sem freio. Senti minha barriga roncar. É, eu não vou conseguir esperar até o Oliver chegar. Layla disse que ele é bem conhecido por seus atrasos.

Sai do meu quarto e segui o corredor até a cozinha, abri um pacote de biscoitos e me sentei no sofá. Se eu continuasse nesse ritmo eu ia explodir! Então quando eu coloquei o último biscoito na boca, a campainha tocou.

— Aí meu Deus, ele chegou! – corri feito uma desesperada até a cozinha para jogar o pacote no lixo, e depois corri para abrir a porta. – Oi, chegou cedo... – sorri quando meus olhos bateram nele. Ele estava lindo, mais do que já era. Estava com um blazer preto, uma camiseta branca por baixo, a barba rala feita e com um sorriso no rosto. O sorriso era pra mim... Não, ele estava rindo de mim. – O que foi? - Perguntei arregalando os olhos passando as mãos no cabelo e na roupa para ver se estava tudo no lugar.

— Não conseguiu me esperar chegar e já fez sua refeição com biscoito? – ele falou rindo e esticando a mão para passar na minha boca, o toque me fez arrepiar. Corei de vergonha, eu não acredito que a minha boca estava toda suja e farelo.

— Ai meu Deus! Entra. – sorri - Espera um minutinho – ele gargalhou quando eu sai correndo para o banheiro. Corei ao ver meu reflexo no espelho. Meu batom estava cheio de farelo grudado, como eu não senti? Tratei logo de escovar os dentes e repor o batom. Que vergonha!

(...)

— Você está muito bonita hoje! – disse Oliver enquanto caminhávamos para o restaurante. Ele não era muito longe da minha casa, era um quarteirão de distancia, então optamos por ir andando. Na verdade eu insisti muito.

— Obrigada – sorri olhando para ele

— Na verdade você é linda, mas hoje está especialmente linda. – coçou a nuca – E esse vestido... É demais! Vermelho é a sua cor!

— Obrigada – falei já ficando encabulada com tantos elogios. Eu estava acostumada com o Oliver atrevido e com resposta na ponta da língua para tudo. Essa versão “carinhosa” estava me assustando. O que ele queria afinal?

— Nada – sorriu, por um momento eu achei que ele havia respondido minha pergunta mental – Comprou esse vestido só para sair comigo? – levantou uma sobrancelha

— Não se ache tanto assim, convencido!

— Isso foi um “sim” – passamos por debaixo de um andaime que só cabia uma pessoa por vez, fui à frente e Oliver ficou atrás de mim – Você esqueceu de tirar a etiqueta com o preço.

— Oi? – parei de andar arregalando os olhos para ele

— Vem cá, deixa que eu tiro – ele se posicionou atrás de mim e colocou meu cabelo para o lado. O vento frio bateu na minha nuca me fazendo arrepiar. Ele passou os dedos na minha nuca, seu toque dando pequenos choques por onde passava fez meu coração bater mais acelerado.

— Eu comprei esse vestido a um tempo e nunca usei, só esqueci de tirar a etiqueta. – falei quando ele saiu de trás de mim e parou na porta do Margot. Ele assentiu sorrindoVocê não é tão especial assim!

— É mesmo? – seu sorriso aumentou, provavelmente rindo de alguma piada interna. Deixei passar porque já estava envergonhada demais. Primeiro o farelo na boca, e agora isso com a etiqueta. Meu Deus! Ele se distanciou e foi falar com o maitre do restaurante que estava parado na porta. Eles se cumprimentaram e o senhor entregou uma chave a Oliver. Ele voltou até mim sem dizer nada e me puxou até uma porta de ferro ao lado do restaurante em que dizia “Apenas Funcionários! Oliver abriu a porta com a chave e parou com os braços cruzados me olhando. – O que você dizia sobre ser especial?  

Tomada pela curiosidade, passei por ele e entrei, entendi que ali era os fundos do restaurante, um pequeno jardim privado. Lá jazia um gazebo de madeira rústica com várias luminárias penduradas , mesa posta para dois, várias velas e flores ao redor que davam um ar romântico para todo o locar. Estava tudo completamente maravilhoso!

Olhei para ele e sorri, meu sorriso foi retribuído. Oliver fechou a porta e veio até mim

— Olha só esse lugar! Eu nem sei o que dizer!

— Finalmente! – falou pegando a minha mão e me arrastando em direção a mesa.

— O que quis dizer?

— Nada. Só “que bom”. Não diga nada, só sente aqui comigo.

— Você acha que eu falo muito? – olhei pra ele levantando uma sobrancelha

— Não. – sorriu – você é muito rápida. Tem sempre uma resposta pra tudo, o que me agrada... – puxou a cadeira pra mim – Mas hoje é só curtir a surpresa – assenti e me sentei. Ele puxou o guardanapo de pano e colocou no meu colo. Sorri com isso. Em cima da mesa tinha uma tampa de alumínio redonda que cobria a comida – Preparada? – assenti – Surpresa! – ele tirou a tampa revelando uma pizza napolitana – gargalhei. Era a minha pizza favorita

— Como você adivinhou?

— Tenho os meus contatos. – piscou. – Suco de uva? – falou pegando a caixa branca com uns desenhos de uva

— Você não precisa...

— Irei te acompanhar no suco. - Ele nos serviu e se sentou na minha frente.

Aquilo mexeu comigo, Oliver abriu mão de um bom vinho para beber de um suco de uva qualquer só porque sabia que eu não podia ingerir álcool. Ele pensou no meu bebê. Aquilo definitivamente mexeu comigo.

— Então você é o playboy queridinho da cidade... Eu nunca ouvi falar de você e  Layla te prendeu – falei. Já havíamos terminado de comer e estávamos jogando conversa fora. O jantar foi extremamente agradável. Oliver sabia ser um cavalheiro quando queria.

— Layla tem muita marra – sorriu – O repórter queria ver quem estava dentro do meu carro, então eu sai peguei ele e taquei ele la dentro e dei um soco no policial que veio pra cima de mim com o cassetete. E então Layla apareceu, eu não ia socar ela né – se acomodou na cadeira

— Ela já deu uma surra em um cara que tentou me agarrar a força

— Ela e John fazem um belo casal.

— Fazem sim. 

— Posso fazer uma pergunta? – assenti – Porque esse desejo de ser mãe? Não é por causa do relógio biológico, você é nova.

Todos que me faziam essa pergunta, eu já respondia dizendo que estava ficando velha e não tinha encontrado o par ideal, os outros aceitavam a resposta e se calavam. Oliver viu além, eu não estava tão velha assim, eu tinha quase 27 anos.

Fechei os olhos e suspirei.

— Meus pais morreram em um acidente quando eu era muito nova. Lembro pouco deles, mas todas as recordações são cheias de amor. O irônico era que minha mãe tinha câncer, o câncer estava destruindo ela, mas não foi ele a causa da sua morte.

— Não precisa continuar se não quiser...

— Não, tudo bem. – sorri – Quando eles se foram a minha avó paterna cuidou de mim. Ela cuida de mim até hoje. Porém somos só eu e ela...

— E  esse bebê é a garantia de que você não ficará sozinha quando a sua avó partir.

— Sim – falei pressionando os lábios em uma linha reta

Ele assentiu e mudou de assunto.

Eu nunca tinha falado isso em voz alta. Nunca percebi o quanto isso me abalava.

Oliver me contou da sua família, disse que tem uma irmã de 20 anos, Thea, um cunhado que ele fingia não gostar, Roy, e seus pais, Moira e Robert. Oliver não morava mais com os pais na Mansão Queen, disse que não aguentava mais as brigas com o pai e decidiu se que se mudar era o melhor.

— Então um babaca teve coragem de trair você? – perguntou enquanto bebericava o suco

— Sim, foi então que desisti de achar o par perfeito - apoiei o cotovelo na mesa e a cabeça nas mãos – Eu tinha a chave da casa dele, sai entrando e vi ele com outra no sofá.

— Imagino o trauma. – sorriu – Felicity você tem certeza?

— De que?

— Você comprou esse vestido só pra sair comigo? – suspirei e olhei nos olhos dele chegando o meu corpo mais para frente.

— Você nunca vai saber.

Ele assentiu e sorriu sedutor. Acomodei-me na cadeira e coloquei a mão na minha barriga, isso já tinha virado um ato automático. Oliver pairou seus olhos na minha barriga e suspirou. Assumiu um olhar sério e pensativo.

Talvez ele esteja percebendo que é um absurdo ter um encontro com alguém grávida. Eu não espero que aconteça nada além desse jantar. Eu só aceitei parar ver as intenções de Oliver, por mais que eu ainda não esteja entendendo aonde ele quer chegar com tudo isso.

Por tudo que vi nas matérias da internet, Oliver é um cara sem responsabilidade nenhuma. Vive de confusões, noitadas, mulheres diferentes... O que ele via em mim? Uma futura mãe. Eu não posso e nem quero dar a ele nada do que está acostumado.

— Oliver...

— Não – meneou com a cabeça – eu falo. – Não vinha boa coisa dali. Um pé na bunda talvez? – Eu não sei nem por onde começar...

— Pode dizer que é uma loucura sair com uma grávida.

— O que? Não! – suspirou – Não é isso. De onde tirou isso?

— Do jeito que você esta me olhando talvez

— Não entenda mal, por favor! Eu só não sei por onde começar

— O que pode ser tão sério assim?

— É sobre o pai do seu filho

— O que? Foi descoberta alguma doença? O doador desenvolveu algum câncer que pode ser passado para o meu bebê? – levantei assustada e comecei a andar de um lado para o outro – É isso não é, Oliver? Tommy te contou? Meu bebê pode ter alguma doença no futuro... Tudo bem, tudo bem, ele vai ser amado de qualquer jeito e...

— O pai do seu bebê sou eu

— E sendo tratado logo ele não vai correr riscos. Pera aí... O que? – parei e olhei para ele – Você não é o pai do meu bebê, o pai do meu bebê é loiro, tem olhos azu... Ai meu Deus – coloquei as duas mãos sobre a boca. Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. Então era isso, Oliver se aproximou porque queria tomar o meu bebê de mim?

— Felicity, senta aqui – ele disse apontando para a cadeira, neguei com a cabeça dando passos para trás e limpando as lágrimas – Você ta assustada, eu entendo Acha que eu não estou? Eu não quero te fazer mal, eu não quero tirar o bebê de você, eu não quero interferir na sua vida. Senta aqui pra gente conversar. – sem falar nada, fiz o que ele pediu

— Como você pode ter tanta certeza que é pai do meu filho? Você tramou isso com Tommy? Você não vai tirar meu bebê de mim – falei abraçando a minha barriga, em uma tentativa idiota de proteger meu bebê dele

— Eu não vou tirar ninguém de você – suspirou – Eu nunca faria isso.

— Me conta o que está acontecendo – funguei

— Tommy e minha mãe decidiram que estava na hora de me forçar a ser responsável, eles estavam atrás a mãe certa para um herdeiro Queen. Alguém que não fosse ligar muito para a situação. Tommy achou você e voialá. Ele não esperava que desse certo de primeira. Ele disse que viu algo diferente em você. Acredite, eu também vi. – pressionou os lábios em um linha fina – Eu congelei meus espermas a um tempo e fiz vasectomia, eu não queria nenhum susto igual aconteceu com o Tommy, acabou que era um golpe e o bebê não era dele – agora eu entendia tudo.

Ele que te contou isso tudo?

— Não. Eu não sabia de nada até hoje à tarde. Eu juro que eu não sabia que era você até hoje. Eu desconfiava. Eu vi que na câmara de temperatura faltava um frasco meu. E eu fiz as contas do dia que bati no seu carro, até a data em que te encontrei no consultório. 3 semanas. O Tommy não marca consulta pra saber o resultado, ele espera a paciente procurar ele com as suspeitas. Porque com você foi diferente? – apontou para mim. Eu também tinha entranhado do porque Tommy querer saber da minha gravidez logo no iniciozinho – Foi diferente porque ele queria saber que essa besteira que ele fez tinha dado certo. E deu.

— Meu filho não é uma besteira. Ele é sonhado e amado.

— Eu não quis dizer isso, Felicity

— Mas disse. Você pode não querer ele. E pouco me importa. Você não tem que querer nada – gritei – E eu ainda vou ter que lidar com a sua mãe querendo tomar meu filho de mim!

— Se acalma! Ela nunca faria isso, eu nunca permitira. O que ela tramou com o Tommy não importa. – ele se levantou e veio até mim se agachando ao meu lado – Ninguém vai tirar o bebê de você, nunca. Já disse que não vou permitir. Você não precisa ter medo. Não quero te prejudicar – olhei em seus olhos cor do céu e pude ser sinceridade neles – E antes que pense, eu não fui atrás de você na loja por causa disso, não marquei esse jantar por causa disso. Naquele dia eu nem sabia de nada ainda.

— Marcou porque então?

— Marquei por causa disso – e então ele me beijou. Tudo começou com um simples toque nos lábios. Sua língua pediu passagem na minha boca de forma calma. Eu sabia que Oliver estava com medo da minha reação. Eu não podia beijá-lo, eu não podia me envolver, ele acabou de falar que é o pai do meu bebê, e se ele tirasse o meu filho de mim? Mesmo ele dizendo que não o faria, eu não conheço Oliver direito. Conheço o Oliver dos tablóides, conheço o Oliver implicante e inconsequente. Quem era esse cara que estava pedindo passagem com a língua para a minha boca, e eu como uma boa tola que sou, cedi?. Cedi porque o contato da sua respiração na minha pele me fazia arrepiar, cedi porque ter ele tão próximo fazia meu coração acelerar, cedi porque seu hálito de menta e suco de uva fazia minha cabeça ficar tonta. Seus lábios massageavam os meus com maestria, nossos lábios se encaixavam perfeitamente, era como se já se conhecessem a muito tempo. Mas isso não era certo. Não era certo porque ele e sua família iam tirar o meu bebê de mim. Então sem pensar duas vezes, mordi seus lábios. Ele se afastou assustado – Ai Felicity!

— Fica longe de mim! – levantei da cadeira – Eu vou embora

— Não, por favor, me escuta!

— Oliver, quem me garante que daqui a 9 meses sua mãe não vai aparecer na porta da minha casa querendo levar meu filho com ela? Ou até mesmo você? Você não entende o que ta acontecendo aqui? Essa criança é para ser só minha. Eu assinei um termo de que eu não procuraria o pai, nunca. – passei a mão no rosto – E ele aparece na minha porta pra me levar para jantar.

— Eu fico longe Felicity, eu não vou interferir em nada do beê. Não quero te prejudicar, eu já disse – levantou dando passos até mim – Qualquer decisão que precisar ser tomada, desde nome até temas de aniversário, tudo com você. Só não prive a minha família dessa criança, pedirei para que eles fiquem longe também. Conversarei com a minha mãe – fez uma careta – Ela merece uma boa bronca.

Eu estava ficando enjoada com isso tudo. Não tinha nenhum problema meu filho ter um pai. Ou tinha? Oliver não tinha culpa de nada e ele estava disposto a não me tirar da minha zona de conforto. Dava pra ver nos olhos ele que ele estava sendo sincero. Eu acreditava que ele ia me proteger da mãe dele. Céus! A mãe dele! O que essa mulher ia fazer? Ela não tinha o direito de pegar meu filho de mim, ela não podia. Esse pensamento só me deixava nervosa, trêmula e tonta.

— Estou indo embora, não estou me sentindo bem, Oliver. – falei com a voz embargada e indo até a cadeira pegar minha bolsa que estava pendurada ali.

— Ei ei, você está pálida – falou segurando no meu braço – Você não vai a lugar nenhum assim.

— Então me leva embora! – gritei chorando

— Felicity – ele suspirou me abraçando. Deixei ser tomada por aquele abraço – Vai ficar tudo bem. Ninguém vai tirar nosso filho de você.

— Não – me afastei dele – meu filho. MEU! – apontei o dedo indicador para mim. – Você pode ser um Queen, você pode ser o Papa. Mas esse filho é só meu. Sua mãe com todo esse dinheiro não vai conseguir tirar ele de mim. Eu não vou deixar!

— Por Deus! Ela não vai fazer isso, eu nunca permitiria! - Ele não entendia que o problema não era ele? Pelo que eu entendi Moira queria um neto para mudar Oliver. Quando ela soubesse do meu filho, eu tinha medo do que ela faria. Ta que as vezes ela nem faria nada, talvez ela propulse o mesmo que o Oliver esta propondo. Mas o que veio a seguir me pegou e surpresa - Minha família quer que eu vá a um evento beneficente nesse final de semana, um Coast City. Vou ficar na casa de praia que minha família tem por lá. Vamos comigo? Vou te mostrar que não tenho más intenções em relação a você e ao bebê.

(...)

O dia amanheceu ensolarado. Apesar da notícia de ontem, hoje eu acordei leve e de bom humor. Mesmo tendo vomitado horrores antes de vir pro trabalho, eu estava de bom humor.

Antes de ir para a loja decidi passar no asilo para contar a vovó que ela seria bis vovó. Espero que ela não surte.

— Oi, Stephen! – falei quando o vi sentado no pátio do asilo lendo um jornal.

— Oi, querida! – falou fazendo menção de se levantar

— Não se levante tudo bem – sorri

— Tudo bem – assentiu – Veio visitar a mulher que adora me enrolar?

— Sim

— Ooooh! Hoje ela está ótima. Muito animada. – falou olhando para atrás de mim.

E lá vinha a vovó, com sua roupa de ginástica, dois pesos em cada mão fazendo movimentos pra cima e pra baixo, e sendo a primeira da fila com várias idosas com as roupas iguais a dela.

— Olá, querida! – D. Katy falou com um sorriso no rosto. – Oi, amor – jogou um beijo no ar para Stephen que sorriu – Oque te trás aqui? – Falou andando e passando por mim. A acompanhei na caminhada

— Eu preciso falar com você – olhei para uma idosa que se aproximou provavelmente para escutar também – a sós.

— Oh! Maria chegue para lá – Vovó falou olhando para a senhora que estava a seu lado. A mesma saiu de perto sem graça.

Ok. Como eu falaria isso para a minha avó? Não era so chegar e dizer, estou grávida. Era? Se não fosse, ia ser.

— Estou grávida – falei perto de seu ouvido

— O que?

— Estou grávida, vovó

— O que? – perguntou enquanto fazíamos uma curva no pátio.

— Estou grávida.

— O que, não estou ouvindo querida – Vovó disse colocando o dedo no ouvido

— Oh Deus, Katerine, ela está grávida. Limpe seu aparelho auditivo! – a idosa, Maria, gritou. Corei e abaixei a cabeça sorrindo. Olhei para a vovó com um sorriso no rosto, ela me olhava boquiaberta.

Ela puxou meu braço até uma espreguiçadeira que tinha no pátio do asilo, nos sentamos e contei tudo a ela. Desde a reação de Ray para comigo até o jantar de ontem a noite. Disse o quanto estava confusa e com medo em relação ao Oliver. E falei que estava tentada a aceitar o convite para o final de semana em Coast City.

— Estou confusa, meu amor. Você não disse que não queria interrupções de um pai?

— Mas o Oliver é diferente. E ele disseque não me tiraria da zona de conforto.

— O que o torna diferente?

— Sei lá, ele... – suspirei – Eu não sei. Ele deixa tudo mais simples. Por mais que tudo seja completamente complicado. – ele revirou os olhos

— Você gosta dele?

— O que eu faço?

— Você sempre sofre por antecipação. Você mal conhece o rapaz, não sabe qual será a reação da mãe dele. Mas você tem que se permitir. Para de viver na defensiva. Ele quer viajar? Aceite.

— Ele disse que se manteria longe, e me chama para viajar...

— Pelo que eu entendi, ele disse que sem manteria longe de decisões sobre o bebê. Não de você.

— Mas o que eu li nos sites...

— Passe um tempo com ele, Felicity. Veja como ele é de verdade e esqueça os tablóides. – suspirou – Ele também pode ser grande idiota, babaca. Aí você se afasta de vez. Mas permita-se, querida.  

— É... A senhora tem razão. – sorri

— Eu sempre tenho. – então a abracei e me deixei que o amor da minha avó me acalmasse.


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Notas finais do capítulo

Gente, vou parar de postar mais de um capítulo na semana. Minhas aulas na faculdade vão voltar na segunda e vou ficar atolada. Mas toda semana estarei postando um capítulo novo. Como eu disse antes, toda segunda-feira.
Espero que gostem!
Eu não quis colocar uma Felicity surtada, ela entende que a culpa disso tudo não é do Oliver.
O que vocês acham?
Vovó Katy ajudando o nosso casal é só amor ♥
COMENTEEEEEEEM!