Teresa - Paixão e Poder escrita por Amber Dotto


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

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Armando e Refúgio observaram Teresa entrar no táxi de Mariano e partir. O velho mecânico alisou a cabeça, deu alguns passos em direção ao carro que a filha havia ganhado, e voltou seu olhar para a esposa, que parecia não estar surpresa com a situação. Ele preferiu não dizer nada, pois sabia que iniciariam uma briga, e focou seus pensamentos em Arturo. O pobre noivo que mal sabia que havia sido acabado de ser abandonado no altar.

Após um longo silencio, ambos entraram no carro, e pediram ao chofer que os conduzissem até a igreja. O trajeto foi mais rápido do que eles imaginavam, por ser fim de semana, o transito estava tranquilo. Ao chegarem, uma multidão se aglomerou e começou a bater palmas, pensando que Teresa finalmente havia chegado. Os pais da noiva saíram do carro, e Arturo rapidamente veio até eles.

— Onde está Teresa?! Estou ansioso para vê-la. — Falou Arturo.

— Arturo, você não pode ver a noiva antes do casamento. Dá azar! — Repreendeu Joana.

— Professor, será que podemos ir até a sacristia para conversar? — Respondeu Armando ignorando a pergunta do mesmo.

— Porque? Aconteceu alguma coisa com a Teresa? — Perguntou o noivo assustado.

Luísa estava bem próxima ao sacerdote que realizaria a cerimônia, na entrada da igreja. Quando viu o carro de Teresa e o nervosismo do irmão, logo tratou de ir acalma-lo.

— O que foi Arturo? Porque esse nervosismo todo? — Questionou Luísa. — Você não é o primeiro e nem o último homem a casar, e tem sorte de ter encontrado uma mulher fantástica como a Teresa.

— Eu já disse a ele para ficar calmo. — Enfatizou Joana novamente.

 — Vamos até a sacristia professor. Já disse que eu preciso lhe dizer algo. — Falou Armando novamente.

Arturo, Luísa e Armando seguiram para a igreja. Ao vê-los entrar, o coroinha bem ligeiro correu para um canto da sacristia, e se escondeu como toda criança travessa, que tenta ouvir a conversa dos adultos.

Arturo mal esperou que Luísa fechasse a porta e novamente pôs-se a perguntar o que estava acontecendo. Armando sem ter outra alternativa, falou envergonhado sobre os fatos que haviam ocorrido algumas horas atrás.

— Teresa não virá. Eu sinto muito professor, estou muito envergonhado. — Prosseguiu Armando que evitava olhar para Arturo. — Eu deveria ter feito algo para impedir que ela partisse.

— O que?! — Questionou Luísa atônita. Arturo olhava para o ex-sogro e tentava assimilar a notícia. Ser abandonado pela segunda vez, não estava nos planos dele. — Eu não posso acreditar. Teresa não seria capaz de fazer algo do tipo. — Prosseguiu a jovem.

— Infelizmente é verdade Srta. Luísa. — Ele reafirmou.

— O Sr. Deve ter se confundido Sr. Armando, não tem outra explicação. Eu falei com a Teresa agora pouco, e ela disse que estava terminando de se arrumar para vir para a igreja.

— Sim, eu estava na casa da Aurora quando vocês falaram por telefone; ela realmente estava se arrumando. Na verdade, estávamos prontos para sair.

— E o que aconteceu para que ela mudasse de ideia? — Questionou Luísa.

— Refugio e eu aguardávamos no jardim, quando Mariano entrou na casa feito louco, subiu até o quarto de Aurora para falar com a minha filha.

— Espera, Mariano o taxista?! O que ele tem a ver com isso? — Interrompeu Arturo.

— Tudo. Mariano insistiu para que Teresa lhe desse uma chance, na verdade ele chegou a implorar que ela fosse embora com ele.  Como minha filha disse que não iria, ele a pegou no colo e disse que a levaria, mesmo contra sua vontade.

— Está querendo dizer que o taxista levou a Teresa a força? — Foi a vez de Luísa o interromper.

— Não foi a força, porque eu intervi, mas Teresa acabou dizendo que iria com ele, acho que fez isso para evitar um problema ou fez por medo, eu não sei dizer.

— Eu vou acabar com aquele infeliz! Mariano, Mariano... Sempre Mariano. Esse maldito taxista. Deveríamos denuncia-lo a polícia, por sequestro. — Disse Arturo descontrolado. — Como ele se atreve?!

— Arturo, não! Se acalme, por favor. — Implorou Luísa. — Sejamos sensatos. Se ele está com a Teresa, temos que ter cuidado. Não sabemos qual a intenção dele.

— Se ele machucar a Teresa, juro que vai se arrepender.

— Vá com calma professor. Sei que Mariano agiu mal, mas ele não é um criminoso. Ele ama minha filha. — Falou Armando.

— Isso não é amor! É obsessão. — Respondeu Arturo.

Os três continuaram conversando, mas o coroinha saiu de trás das cortinas e pôs-se a correr em direção à entrada da igreja. Ao encontrar o padre o garoto começou a gritar:

— Não vai mais haver casamento. A noiva foi embora com outro homem! — Falou eufórico, dando pequenos pulinhos ao compartilhar a fofoca com o padre. — E o senhor disse que essa seria minha primeira missa como seu ajudante. Mentiu para mim.

— Menino, pare de falar besteiras. — Disse o padre repreendendo-o quando percebeu que alguns convidados olhavam a cena.

— Não são besteiras. É a verdade, a noiva não vem! E se não acredita, pode perguntar ao noivo. Ele está na sacristia a irmã e o sogro.

— E você estava espionando a conversa deles? — Perguntou o padre em tom de desaprovação, antes de ser interrompido por Aída.

— Eu ouvi bem que ele disse? A noiva fugiu com outro? — Questionou Aída, se aproximando dos dois.

— Foi exatamente isso que eu disse, que ela foi embora com outro. Um tal de Mari... Mari...

— Mariano. — Ela completou.

— Isso! — Exclamou o garoto. — Mariano, ele taxista.

— Agora já chega. — Interviu o padre. — É melhor você me esperar dentro da igreja Jorge. — Prosseguiu dando ao ordem ao coroinha. — E você minha jovem, não deve se meter nos assuntos dos outros. Seus pais não lhe ensinaram?

Embora o sacerdote tentasse manter o controle da situação, Aída fazia questão de mostrar sua satisfação ante a falha do casamento da rival. Deu as costas para o padre e começou a falar.

— Viram, a rata de periferia percebeu finalmente que esse não é o lugar dela. Que ela não pertence a esse mundo e que nunca vai pertencer. O que me deixa impressionada é o fato de alguém tão distinto como Arturo querer casar com uma mulherzinha feito aquela.

— Olha aqui garota, eu não admito que você fale assim de minha afilhada! — Disse Joana ferozmente. — A minha Teresa pertence ao lugar que ela quiser, você deveria ser menos invejosa.

— Eu com inveja da Teresa? Era só o que me faltava.

— Sente inveja sim. Sente inveja dela porque ela é inteligente, é bonita e tem muitos amigos. Coisa que uma pessoa mesquinha como você não tem. — Rebateu a costureira. — Você não deveria nem estar aqui, mas já que veio, é melhor que fique com a boca fechada. — Finalizou deixando-a sozinha e indo em direção a Refúgio.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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