Underwater escrita por JuremaDoMar


Capítulo 19
Lua de Prata




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—O que houve Escura?- Viljami perguntou ao perceber minha quietude, eu estava em silêncio desde que Demetra me dissera aquelas palavras e me olhara de jeito raivoso, ultimamente eu estava com um imã de ódio gratuito.- Não vai me responder mesmo?- Olhei para frente onde Demetra e Val dançavam alegremente qualquer musica agitada cujo o nome eu não sabia, neguei com a cabeça a pergunta dele e ele bufou.- Assim não da Clara, eu te chamei porque eu odeio festas de família e pelo menos teria você para amenizar a tortura.

—Desculpa.- Murmurei. Para ser sincera Demetra não era única coisa a me deixar desanimada, aquele lugar em si estava um saco, aquelas pessoas me eram estranhas, o clima era ruim e a comida era boa, mas serviam ela em pequenas quantidades.- Eu to com fome!- Deitei minha cabeça no ombro de Viljami e ele me olhou sorrindo travesso.

—Vem cá.- Ele se levantou em um pulo e me puxou para segui-lo, não questionei apenas segui.

 Ele me arrastou para o outro lado do salão onde a cozinha estava, não entendi exatamente o que ele estava acontecendo, continuei sem questionar.

  -Douglas!- Ele gritou quando entramos na cozinha e eu arqueei as sobrancelhas, o que estávamos fazendo na cozinha? E porque exatamente ele estava gritando por um alguém aleatório na cozinha?

  -Senhor Viljami.- Um homem baixo e gordinho se aproximou de nós dois com um sorriso e de braços abertos pronto para abraçar Vagner. Quando os olhos verde do senhor Douglas me analisaram um arrepio de medo percorreu meu corpo, engoli em seco.- Vejo que trouxe uma amiga.- Ele sorriu estranho.

—Ela está com fome.- Viljami lançou-lhe um olhar indecifrável para mim, mas não para Douglas que abaixou o olhar constrangido e submisso, o que estava acontecendo?- Pode servi-la?- Viljami soltou um sorriso amigável para o homem que assentiu hesitante.

—O-o que deseja, senhorita?- Ele perguntou hesitante e acolhido.

 -Qualquer coisa que tive peixe está ótimo. - Sorri amigável para o velho senhor. Tal qual o ignorou e seguiu até os armários pronto para pegar algum ingrediente.

 Dei de ombros e me sentei em um cadeira que ali tinha, Viljami olhou para a janela e fez cara feia, cruzando os braços acima do peito em uma postura rígida.

    -O que foi Vagner?- Perguntei olhando-o curiosa.

    -Lua cheia.- Ele grunhiu. Ergui a sobrancelha não entendo o porque dele falar nesse tom sobre a lua.- Odeio lua cheia.- Ele grunhiu de novo e eu senti o clima pesar, tinha algo por trás do ódio dele pela lua, mas eu não iria perguntar, não agora.

  -Sabe.- Pulei da cadeira e caminhei até ele.- Talvez a partir de agora a lua cheia seja algo bom.- Foi a vez dele erguer a sobrancelha desentendido.-Foi quando nos conhecemos.- Sorri e ele retribuiu.

  - É… Talvez... -Ele voltou o olhar para a lua e eu também.- ...Talvez…- Sua voz se tornou distante leve, como um sussurro melodioso, cada vez mais longe, cada vez mais desinteressante, cada vez mais inexistente e do nada o silêncio se veio até mim, não tinha mais música abafada pelas portas da cozinha, não tinha mais panelas batendo, não tinha mais água borbulhando.

            Era eu e a lua.

  Senti que ela me chamava, tudo a minha volta fora iluminada por ela em um brilho prateado e azul, logo a minha frente, cada fibra do meu corpo se entregou para aquela luz, eu estava feliz, muito feliz, feliz em um nível absurdamente alto,eu ia explodir ali mesmo, jurei que por instantes vozes se mesclam em uma só em um coro e cantam uma bela canção de ninar, a qual pôs minha sanidade para dormir, um sorriso preencheu meus lábios pintado de rosa pêssego e eu suspirei animada, aquela seria uma longa noite.

 Ah sim! Seria uma longa noite.

 Mas algo faltava, ela me disse que algo faltava, eu sentia que algo faltava. Claro! Que estupidez a minha! Água, era isso que eu precisava, olhei em volta, o lugar era… Caótico, a água faria muito bem! Lembrei que uma vez tinha visto em um filme, canos espirravam água por todo lado, ergui minha cabeça e me decepcionei, nenhum desses  “canos”. Droga!

  Não importava, eu iria para a água.

  -Onde vai?- Viljami me perguntou, ele estava engraçado, seu rosto era branquinho como uma nuvem.

  -Branquinho, que nem uma nuvem.- Deslizei os dedos pelo seu queixo e subi lentamente até seus lábios, depois deslizei até suas bochechas vermelhas, era engraçado, pareciam um monte de  nuvens no por do sol! Gargalhei inocentemente como uma criança.

               -Do que você está rindo?- Ele perguntou exaltado e eu ri mais.- V-você ta perto demais Clara!

               Gargalhei não entendo.

               -Eu...Sou...Uma fada!- Eu gritei embriagada pela lua, peguei uma colher de sopa que estava por ai.- Pli pilim plim! Eu sou fodin! Plim pililim plim da biscoito pra mim.- Dancei pela cozinha ganhando algumas risadas e um olhar torto, ao percebê-lo mostrei a língua e o dedo do meio, era Douglas que ficou hiper bravo largando meu peixe e jogando seu chapéu no chão.

               -Chega!- Ele bradou.- Eu cansei, que morram o rei, que morram esses jovens mal educados, que se exploda tudo!- Ele saiu pela porta da frente bravo. dei de ombros, aquilo não era problema meu.

               Todos pararam o que faziam para me olhar, todos antônimos, logo uma salva de palmas foi ouvida.

      -Graças a Deus.- Uma mulher gritou.

      Peguei meu peixe e o comi em duas mordidas, olhei fixamente para meu amigo e sorri de canto.

      -Ta afim de estragar uma festa?- Perguntei travessa e ele sorriu maldoso.

      -Super.

      Eu não estava muito normal, na verdade eu estava em um penhasco, bem na pontinha dele, se eu caísse minha sanidade ia embora se eu desse meia volta e me segurasse, nada aconteceria. Eu disse a mim mesma que no fundo do penhasco havia água e lá eu pulei, eu agora não tinha sanidade alguma, eu era apenas um fantoche comandada pela lua.

  -Quer um pouco de diversão?- Ela perguntou com sua voz doce e melodiosa, sorri olhando-a, linda e prata.

  - Claro.- Respondi para o nada.

  -Você está bem?- Vagner perguntou erguendo uma sobrancelha e olhando para a mesma direção que eu, para para a lua.

   -Sim.- Meu sorriso aumentou.- Melhor impossível.

   Antes que ele respondesse dei um pulinho e me virei rapidamente em direção para a porta da cozinha, mais especificamente para a pista de dança, se estava em uma festa era pra arrasar, não tardou para que eu me juntasse a Demetra e Val na pista de dança, não sabia como exatamente dançar, mas apenas me deixei ser levada pela música e pelo meu instinto.

  Movi o quadril dando uma leve rebolada, jogando o cabelo para trás com toda sensualidade de uma sereia, sem nem mesmo perceber comecei a mexer meus quadris em uma dança lenta, como a dança do ventre, como o movimento que eu fazia quando submersa, entreabri meus lábios e sem perceber uma linda melodia saiu de meus lábios lenta e baixinha, um garoto de olhos verdes e cabelos loiros se aproximou de mim completamente extasiado, mas parei bruscamente quando braços me rodearam pela cintura e ele me puxaram para longe da pista de dança.

     -Fica longe dela babaca!- Viljami gritou para o loiro bonito, não alto o suficiente para causar um alvoroço, mas alto o suficiente para que o loiro bonito ouvisse e fizesse uma cara feia.

      -Hey!- Eu gritei me jogando para trás. Ele me puxou para trás me prendendo em seus braços, me debati, mas ele é forte foi como se eu nem me mexesse.- Me solta, ele tá na minha!- Exclamei brava.

       -Um caralho! - Ele gritou bravo.- Menina ele tem vinte anos.

        -E dai?- perguntei cruzando os braços brava, finalmente ele me largou, estávamos do lado de fora da festa, sorri ao ter contato com a luz da lua.

      - E daí? E DAÍ CLARA? E daí que é pedofilia e bla, bla, bla…- Ele começou a tagarelar como um adulto chato, nem era pedofilia eu tenho quatorze, a lei permite.

     Revirei os olhos e comecei a andar até a festa, me poupe de ficar aqui ouvindo sermão de pessoa que nem deve se mais velho que eu, eu sou uma sereia e linda a propósito, vou causar e com estilo, olhei para a lua que estava cintilante, linda e prata.

  -Clara!- Ele gritou para mim, olhei-o.

  -O que foi?- O licor da lua estava me afetando muito mais, faltava menos de duas horas para o ápice da lua, causar na festa teria de esperar.

   -Você está me ouvindo? Por favor fica longe dele. - Ele pegou minhas mãos e me trouxe pra perto.

    -Desculpa príncipe,  mas essa noite é minha.- Deslizei minha mão até seu queixo e o puxei levemente para baixo, fiquei nas pontinhas dos pés, um algo bem desnecessário, e beijei seus lábios, um selinho bem rápido.

 Sorri da sua cara de espanto e me virei de costas, sai rebolando, não sem antes virar para ele e lhe lançar uma piscadela. Gargalhei sapeca voltando para a pista de dança.

  Faltava duas horas para o ápice da lua, não faria mal causar um pouquinho.

   Quando entrei no salão vi o loiro bonito beijando a Demetra, meu sangue ferveu, sorri maldosa e disfarçadamente estendi minha mão para sua direção, seus lábios que antes se mexiam loucamente travaram e eles param de se beijar e quando tentaram separar  era como se suas bocas estivessem grudadas com cola, gargalhei perante a cena e Val me olhou confusa, tal qual estava do meu lado e nem percebi.

  -Você tá bem Clara?-  Ela me perguntou franzindo o cenho.

  -Eu? Bem? Meu amor eu estou ma-ra-vi-lho-sa.- Gargalhei, tudo era divertido e engraçado. Enganchei meu braço nos seu e olhei-a sorrindo.- Vamos dançar!- Gargalhei a arrastando para a pista de dança.

  E dançamos, dançamos e dançamos, até que um arrepio me correu a espinha.

   -Micaal.- Sibilei seria.

   - Que?- Val perguntou enquanto dançava.

   -Eu tenho que ir.- Comecei a me mexer roboticamente até a porta.

   Ela me seguiu.

    -Onde?

    -Pra casa.

    -Espera.- Ela segurou meu braço.- Meu irmão vai levar você.

    Neguei com a cabeça, ninguém me levaria para casa, eles no iriam para lá, aquele é meu lugar.

     -Porque não?- Ignorei sua pergunta e segui para a porta.- Eles não vão te deixar sair Clara, tá na hora do parabéns.

        (Apartir de agora será narrado na terceira pessoa)

       Clara só queria sair do baile, reunião, festa, o que fosse aquilo, ela queria ir embora, nadar pelo profundo mar, estar na Lagoa Azul, ambas as chamavam a Lagoa e a lua.

        A morena ignorou o aviso de Val continuou indo em direção a porta sendo barrada por um segurança alto e forte, uma muralha na visão dela. Ele não a deixaria sair, ela o tiraria dali, mas não com tanta gente por perto, nem com tanta gente olhando.

  Viljami estava em um canto qualquer, não estava entendendo exatamente nada, desde que saíram da cozinha ela estava estranha, tinha comido um peixe inteiro cru, dado uma de louca, várias vezes focava o olhar em alguma janela ou prato e permanecia em silêncio para depois voltar três vezes pior é mais e estranha e...  E o beijo. Ele levou as mãos aos lábios.

   -Porra.- Murmurou.- Porque você fez isso Clara?

   -Oi.- Uma voz meio meiga e tímida chegou aos seus ouvidos.

  -Ah! Oi.- Ele sorriu para a garota.

  - Você quer dançar?- Ela perguntou olhando-o com olhos brilhantes e um sorriso leve em seus lábios pintados de rosa salmão.

  -Okay.- Ele sorriu.- Demetra né?- Ela assentiu.- Será um prazer acompanhá-la nessa dança senhorita.- Ele se curvou e estendeu a mão para que ela a pegasse, como um verdadeiro cavaleiro.

   A garota riu e pôs um dos cachos que caia em seu rosto atrás da orelha, entrando na brincadeira ela fez uma reverência  e pegou na mão dele.

    -Posso dizer o mesmo.- Ela disse sorrindo.

   -Saía da minha frente.- Ela grunhiu.

   Nada a muralha disse.

   Clara estava começando a se zangar. Como uma muralha como aquela ousava a barrar? Logo ela! Revirou os olhos e bufou, cruzou os braços e virou-se, sorriu a se deparar com uma torre de taças, elevou discretamente as mãos e começou a fecha-las lentamente, as taças todas cheias de champanhe começaram a sacolejar e o liquito delas a borbulhar, a atenção de todos fora levado para a torre de taças, na verdade de quase todos, a muralha continuava lá parada, parecia que borbulhar não era o suficiente, bastou apenas um movimento das mãos de Clara para que todas as taças explodissem, todos gritaram assustados e fugindo doss cacos de vidro e do líquido quente.

   Parecia que Clara finalmente tinha despistado aquela muralha, tal qual correu para ajudar algumas pessoas atingidas, com um sorriso Clara estava prestes a sair quando Viljami apareceu na sua frente, era naquela noite que ela não saia daquela porcaria.

   -Desgraça.- Grunhiu.

   -Clara você tá bem?- Ele perguntou preocupado,a sereia revirou os olhos.

   -Tô, licença.- Ela desviou dele.

    Viljami não entendeu exatamente e decidiu que seguiria a amiga, mesmo sendo uma invasão de privacidade Clara estava estranha e ele temia o pior, se algo acontecesse com ela ele não se perdoaria, afinal ela era sua melhor amiga.

     Clara correu até a praia, estava quase chegando a água, Viljami não entendia o porque da garota estar indo para lá, abaixou-se atrás de uma caçamba de lixo e…

     -Vilj?- Ele deu um pequeno saltinho de susto.- O que você está fazendo aqui?-Perguntou Demetra.

     -Ahm...Eu...E-eu..Tô.- Ele apontou para a praia.- Indo falar com a Clara.

    -Mas… Não tem ninguém ali.- Ela disse e o garoto arregalou os olhos.

      Ele saiu de trás da caçamba vendo a praia totalmente vazia, somente havia as ondas quebrando ao longe, Clara não podia estar longe podia? Droga! Ele tinha prometido para Lúcia que a levaria em segurança de volta para casa, bateu na própria testa.

     -Eu tenho que procurar a Clara.

    -Não!- Demetra falou em um tom de voz mais alto do que pretendia agarrando o braço dele, ele a olhou confuso e ela corou de vergonha.- E-eu q-quero dizer… Depois você liga para ela, vamos lá pra dentro.- Ela o puxou.

    Em uma velocidade mais que absurda Clara nadava até a ilha, seus poderes pareciam estar mais fortes e corriam em suas veias em combustão, ela poderia jurar que em qualquer momento explodiram, mas mesmo assim estavam controlados, ela nadou pelo mar escuro e sombrio somente iluminado pela lua, ela teria tido uma leve memória de quando se tornou sereia, se não fosse pela sua concentração estar completamente na ilha onde ela estava chegando. Aprofundou-se mais se escondendo entre as pedras, ela estava nadando tão rápido, era como se estivesse desesperada pela luz da lua, pela Lagoa Azul.

    Ela nadou, ainda em velocidade rápida, por entre as pedras finalmente chegando no seu destino, a Lagoa Azul, lá ela emergiu lentamente apreciando a aura mágica que ela proporciona, faltava pouco para que a lua cobrisse completamente a circunferência no topo da caverna e quando o fez a sereia soltou um suspiro, a água borbulhou a volta de clara, sua cauda estava por completo submersa e sua pele por completo exposta para a luz da lua, em determinado momento  algo aconteceu.

      A água não só borbulhou como também sacolejou, um vento rondou a piscina como um furacão forte e poderoso, um brilho azulado cintilou da água e no meio de tudo isso estava Clara estática olhando para a lua, automaticamente sua mão foi até o colar tal qual brilhou fortemente, o brilho se espalhou pelo local, o vento se dissipou ao mesmo tempo para todos os lados fazendo tudo sacolejar.

       Clara caiu desmaiada na beira da lagoa, a lua saiu lentamente do topo da caverna, a água parou de borbulhar e o brilho desapareceu, o colar no pescoço de Clara ainda sustentava um brilho porém mais fraco.

       -Sabe…-Seus lábios vermelhos se curvaram em um sorriso afiado.-  Quando você disse que ela era a portadora do colar, não acreditei até me decepcionei.- Ela se levantou da pedra onde sentava.- Mas agora que vi com meu olhos pela primeira vez em milênios.- Ela se aproximou da adolescente adormecida, deslizou suas mãos pálidas e magras pelos cabelos longos e molhados da garota.-  É excitante!- Ela passou a língua nos lábios.

         Vestida de vinho Danyelle saiu da escuridão se curvando para sua superior, tal qual acariciava os cabelos de Clara.

         -Temos pouco tempo minha senhora.- Danyelle segurava sobre sua mão um amuleto de proteção, sirenas das trevas eram proibidas de terem contato com magias sirenas e sereias pura, amuletos de proteção possibilita-as que tivessem contato com tal magia.- Seja rápida pegue o colar e vamos, esse colar nos dá nojo.- Ela disse se referindo a ela e a criança em seu ventre.

       Partenope revirou os olhos, logo que pegasse o colar tudo seria seu, essas malditas divisões teriam fim, o mundo todo em suas mãos, sereias, sirenas, humanos, lobos, fadas, vampiros, ninfas, todos estariam sob seus pés, finalmente seria a mais poderosa, mordeu os lábios ansiosa e desceu a mão do cabelo de Clara até o pescoço, o colar brilhou fortemente e olhos da sirena também ela já se imagina poderosa, sentada em um trono de ouro.

        Mas travou, parou, guinchou.

         Danyelle se encolheu perante o grito da superior, envolveu sua barriga volumosa com os braços a sirena se assustou ao ver Partenope ser jogada contra a parede mais próxima, uma luz forte clareou o local, a arroxeada olhou para a sereia antes adormecida agora muito bem “acordada”.

         Com a face levemente abaixada Clara assustava a qualquer um que olhasse, com seus cabelos negros caindo sobre a sua face seus olhos só eram visíveis por conta do brilho azul que mudava sua cor, a mulher gravida temeu sua morte quando a mão da garota foi apontada para si.

           -Vamos embora!- Partenope gritou saindo do buraco que tinha se formado quando fora jogada na parede.- Vamos ou ela te matará!- Suas asas surgiram repentinamente em suas costas como surgiram nas de  Danyelle.

            Ambas voaram rapidamente antes que fossem atingidas pela sereia na piscina que as olhava mortalmente.

           -O que faremos?- Perguntou a sirena para sua superior quando estavam longe o suficiente da ilha.

           -Olharemos de longe.- Ela disse.- Até que eu tenha um amuleto forte o suficiente para quebrar o encanto de proteção daquele colar, ficaremos olhando de longe.

            Danyelle assentiu séria focando em seu vôo, nunca tinha temido a morte como naquele dia, ela jurava que aquela garota era apenas uma mimada, uma sereia ingênua, mas nunca pensou que temeria a ela, a partir daquele dia ela teria de ficar de olho naquela garota.


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