Kizuke yo, Baby escrita por Mikki


Capítulo 1
Kizukeyo, Baby


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira one-shot de Akatsuki no Yona. Quaisquer erros de português por favor me avise. Tenha uma boa leitura. Contém spoilers do mangá.



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Kizukeyo, Baby 

 

Saiba, querida, que não importa onde eu esteja, eu ainda estaria olhando para você 

E querida, eu nunca poderia dizer que eu estou com medo 
Olhe  mais para mim, com o seu olhar aquecido, e eu vou me deixar no seu doce abraço 
Tão apertado, que eu perderia minha forma novamente

 

 ☾ ♦ ♣

 

Não esperava que ela presenciasse tudo naquele dia. Ainda lembro-me dos olhos frios e sem vida da princesa diante do cadáver do rei II e sem acreditar no que acontecia.  

— Você não sabe de nada, Yona-hime. 

 

 ☾ ♦ ♣

 

Na primeira luta contra o império Kai, lá estava ela com seus novos amigos. Tinha a visto de longe, de relance. Sabia que ela tinha sido umas das responsáveis por tê-lo ajudado quando o antigo general da tribo do fogo, Kan-Soo-Jim, conspirou com o nobre Li Hazara para tomar o poder. Mesmo que aparentemente dispensável, eu sei que a vida de muitos dos meus homens e de pessoas inocentes de Kouka foram poupadas graças as ações daquela garota e de seus amigos.  

Ela também fora a responsável por levar as sementes de Iza à tribo de fogo, e uma das responsáveis por reduzir a pobreza e a fome daquele lugar. 

Quando fora investigar a ocorrência do Nadai, a dama Lili contou a respeito de uma garota ruiva que estava a ajudando junto com uns amigos chamativos dela, ela os descreveu como artistas itinerantes. Só podia ser ela.  

Ela certamente também estava envolvida com os piratas que salvaram a cidade de Awa, o poupando de gastar tempo e recursos.  

E entre os pertences dos prisioneiros que foram levados para a fortaleza Mosaico, estava aquela presilha.  

Então percebi que Yona estava o tempo todo presente, e sempre um passo à minha frente.

 

 ☾ ♦ ♣

 

Nunca imaginei que meu exército seria pego desprevenido por uma emboscada do império Kai.  Eles realmente não desistiriam da ambição de conquistar Kouka e obter a minha cabeça.

O general Ju-doh se encontrava agachado ao meu lado, gravemente ferido e sem forças. Ele fora atingido por uma flecha no ombro direito e havia um corte profundo em suas costas. A batalha não estava sendo fácil, e estávamos a ponto de sermos massacrados. Olhando ao redor percebi que ainda restavam poucos soldados e havia baixas em ambos os lados. Os generais de quase todas as tribos ainda continuavam lutando bravamente, embora que o ritmo deles estivesse diminuindo e muitos deles estavam gravemente feridos.  

Meu braço esquerdo estava ensanguentado e eu continuava lutando sem forças. Perdi muito sangue e estava temendo que o pior fosse acontecer. Não poderia me dar ao luxo de morrer, não agora, não terminei tudo tinha para fazer e estávamos prestes a sermos derrotados. 

E então, quando estava a ser empalado pelo inimigo, algo inesperado aconteceu. 

Um vulto de cabelo vermelho surgiu, e em um movimento gracioso, cortou o homem que estava prestes a me matar. E então como quem dançava com o vento, ela cortou outro homem, e com movimentos precisos e incansáveis mais outro, e então mais dois homens em um único movimento rápido de espada. 

Os cabelos dela, agora curtos na altura dos ombros, brilhavam com a luz do crepúsculo, como se estivessem em chamas. Tudo que via era uma guerreira graciosa que lutava com a força de um general. Eu observava tudo, hipnotizado. Ela definitivamente não era a mesma garota que fugiu do castelo, não era a Yona frágil e inocente que eu havia conhecido. 

 

 ☾ ♦ ♣ 

 

— Soo-won, você está bem? 

 

 ☾ ♦ ♣ 

 

Eu não consegui falar, não pude me mover. Minha vista estava turva, me encontrava sem forças, mas não era apenas isso.

Nem sequer acreditei no que estava acontecendo.  

Ela estava me carregando nas costas,  meio sem jeito e tropeçando com meu peso, enquanto os dragões e o besta trovão davam cobertura, se juntando a batalha e virando a luta ao nosso favor.  

— Yona hime-sama, deixa que eu seguro ele, vá para longe de batalha – embora eu estivesse de cabeça baixa e sem poder me levantar, conhecia aquela voz grave e familiar. Tão familiar que chegava a doer. Senti ressentimento naquela voz.

— Você viu quantos eu derrotei sozinha? Não me trate como uma criança! Sei me virar, Hak! - Respondeu a princesa, irritada, fazendo beicinho, enquanto entregava o meu corpo ferido para o nosso amigo de infância. Mesmo depois de tanto tempo, era como um déjà vu. Não contive e deixei escapar um sorriso sutil.  

☾ ♦

Gostaria de ter perguntado o porquê deles terem me salvado naquele dia. Entretanto, eu estava completamente humilhado e demasiadamente melancólico para dizer o que quer que seja. Apenas fui levado para um lugar seguro pelo meu ex-melhor amigo e ex-general da tribo do vento.

Era como se por um breve instante tivéssemos voltado aos velhos e bons tempos.  

Nós três caminhamos juntos em silêncio enquanto o dia continuava despedindo com os últimos raios solares, tingindo um céu em um tom vermelho e roxo magnífico, escurecendo aos poucos, dando lugar a noite. 

 ☾ ♦

Yona era uma pessoa melhor do eu que poderia ser em eras.  

A encarnação do dragão vermelho, a legítima rainha de Kouka.  

Então percebi que quem não sabia de nada era eu. 

 

☾ ♦ ♣


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Notas finais do capítulo

Kizukeyo, Baby é uma música de The Oral Cigarretes. Viciante por sinal e-e
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