Cinco Sentidos escrita por Anny Taisho


Capítulo 2
Audição




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Cap. II – Audição

Abriu os olhos ainda um pouco grogue, sentindo um cheiro forte perto de seu nariz. Estava em uma sala branca e tinha uma mulher ao seu lado.

- Que bom que abriu os olhos, Tenente-coronel.

- Onde estou? – a loira levantou-se apoiando o tronco sobre os braços –

- Na enfermaria. Parece que levou um susto e tanto, chegou aqui com pressão 10 por 6... Sente-se melhor?

A loira respirou fundo e colocou a palma da mão sobre a fronte. Ainda estava um pouco tonta e confusa, mas não queria demonstrar nada.

- Claro.

Aquilo era estranho, não tinha uma pressão normal alta, mas 10 por 6 era muito baixa até mesmo para ela. Estava tudo tão confuso dentro de sua cabeça.

- Chegou aqui carregada pelo general, que sorte ele estar por perto... – a moça esboçou um meio sorriso que tentava disfarçar um tom de inveja –

- General...?

- Sim, não soube da volta do General Mustang a Central?

General Mustang na Central.

General Mustang na Central??

General Mustang na Centar?!

Claro que não sabia de nada! Céus, aquela voz... Só podia mesmo ser dele.

- Oh, claro. Só estou um pouco zonza ainda.

Ela mentiu. Nunca imaginou que Roy estivesse de volta. Mas não queria mostrar a moça que ele fora o motivo da perda dos sentidos.

Espere... Ele havia sido o motivo dessa queda súbita de pressão? Não, não podia... Brincadeira!!

Por que raios ela perderia os sentidos por causa dele?

- Com licença... – Ela viu um rosto aparecer perto da porta – Ela já está melhor?

Aquela voz. Nem precisava olhar para saber a quem pertencia.

- Sim, general. – ela caminhou até a portinha – Entre, pode falar com ela.

A moça encarava Roy admirada. Parecia uma criança que via na loja de brinquedos aquele que era seu maior sonho de consumo...

 E quer saber? A analogia era até bem engraçada, porque era exatamente aquilo. Roy era o brinquedo e a enfermeira a criança birrenta.

Era quase engraçado.

- Poderia nos dar licença, um minuto? – soltou Roy com aquele tom polido e cortês de sempre -

- Claro. – ela sorriu, mas aparentemente não gostou de ser mandada embora –

Só que ao sair, pregou o ouvido a porta. Queria saber o que aconteceu mesmo!!

- Você me assustou, está melhor?

Roy começou a caminhar em direção até ela. O som daquela voz a fez ficar fora do ar durante algum tempo. Era como se tivesse tomado algum narcótico. Estava completamente fora do ar.

Seu olhar era fixo, mas não via realmente alguma coisa.

- Por favor, não me olhe assim... Você estava com esse olhar quando desmaiou.

E assim permaneceu calada com os olhos na figura masculina Só ouvindo. O que não significava que estava escutando. Aquele amontoado de palavras jogados em uma frase não era processado em informação em seu cérebro.

As ondas sonoras apenas causavam reações involuntárias em seu corpo, tais como: coração disparado, uma leve tontura, mãos suadas, boca seca...

E por mais louco que fosse isso, era tão prazeroso. Roy tinha uma voz rouca tão convidativa. Era fácil entender porque qualquer mulher cedia ao que ele queria quando ouvia-o ao pé do ouvido.

Céus! Não conseguia pensar e muito menos entender o que lhe era dito.  Tudo o que tinha em mente era a melodia inebriante. A voz e nada mais.

- Fala alguma coisa! Eu estou ficando assustado... Por favor!

As duas pedras de ônix estavam fixas na figura feminina e aquela situação estava começando a assustar Roy. Por que ela não dizia nada?

Será que estava ignorando sua presença? Será que ela não queria mais vê-lo? Será que depois de tudo ela o abandonaria por causa de um erro que cometera?

Era terrível aquela situação. Precisava de respostas!

O que o moreno não sabia era que ela por sua vez só estava encantada... Quase uma hipnotizada.

- Desculpe, mas eu tenho que preencher a ficha. Está bem, senhorita? Quer que eu tire sua pressão de novo?

A enfermeira, que já estava impaciente do outro lado da porta, entrou assim acabando por quebrar o encanto, a hipnose (?) que dominava Riza. Trazendo-a de volta ao mundo. Voltando a consciência.

 Com um salto, a loira saltou da maca e começou a colocar a jaqueta azul sobre a blusa preta. Como se nada tivesse acontecido.

- Não é necessário, estou ótima. Minha pressão já voltou ao normal. Vamos, Tai sho?

Ela não esperou resposta, apenas começou a caminhar tranquilamente para fora da enfermaria. O homem apenas seguiu-a ainda confuso com tudo aquilo.

O que ele não sabia era que por baixo daquela máscara de absoluta calma e controle, existia uma mulher a beira de uma explosão, seus sentidos pareciam todos atrapalhados e isso somente devido a uma única presença.

To be continued...

Oi amores!!!

Voltei, mas essa semana não vai ter MUITOS postes, estou ceia de coisas para fazer da escola1!!

Vou tentar postar mais semana que vem!!

Comentem!!!

kiss kiss


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