Fragile - Sizzy escrita por Teddie


Capítulo 1
Isabelle


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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— Professor Aldertree, permissão para não participar da coleta de sangue.

— Ora, Mackenzie, não seja um maricas — o professor ralhou com o garoto branco e magricela na frente da sala. — Imagine que você sofreu um acidente, se você receber o sangue errado, você morre.

— Eu tenho certeza que nessas ocasiões eles apenas dão sangue O, professor.

O menino pulou de susto quando o professor bateu na mesa.

— Você sabia que o tipo O está em falta e ele tem que ser usado com quem realmente precisa? É isso que você quer, matar os outros, Mackenzie? — o menino tremia, mas abriu a boca para responder — Pare de me aporrinhar e fure logo essa porcaria desse dedo. É só um furo, seu bebê chorão.

Alguns alunos riram de Mackenzie, que precisou de ajuda para furar o dedo indicador, desmaiando com o processo. Aldertree negou, bufando, e mandou deixá-lo ali mesmo, que não tinha necessidade de levá-lo até a enfermaria.

No fundo da sala, Isabelle Lewis furava o dedo calmamente ao lado da melhor amiga Clary Morgenstern. As duas eram amigas desde os quatro anos, quando Clary impediu que Isabelle desse uma surra em um menino que tentara roubar sua boneca favorita. Depois Isabelle deu uma surra em uma menina que empurrara Clary do balanço e então as duas se tornaram praticamente inseparáveis.

Clary e Isabelle, além de morarem muito perto uma da outra, sempre, tiveram sorte por cair na maior parte das aulas em St. Xavier juntas. Elas fizeram karatê juntas até Clary decidir que ela gostava de ficar com os dedos inteiros para desenhar. Jocelyn, mãe de Clary, sempre amava receber Isabelle em sua casa, enquanto Elaine sempre ficava feliz em ver a ruiva, principalmente porque a mãe da morena acreditava que a menina era uma ótima companhia para sua filha.

O que inteiramente verdade.

— Esse professor está cada vez pior — comentou Clary — Eu acho que se ele gritar com o Mackenzie mais uma vez o menino tem um ataque de pânico.

— Antes ele do que eu — Isabelle colocou um pedacinho de algodão no dedo para estancar o sangramento no furo que ela fez — Porque ele implicando com Mackenzie se esquece de mim. Eu estou apenas um caso de assédio sexual para denunciar esse babaca na delegacia.

— Ele vai usar seu sangue no altar dedicado a você que ele tem — Clary zombou e Isabelle a empurrou levemente — Dia 23 de maio, Isabelle furou o dedo e guardei a lâmina com o sangue dela. Agora sempre terei uma parte da minha amada comigo.

Isabelle riu alto sendo acompanhada por Clary, o que infelizmente chamou a atenção de Aldertree.

— Morgenstern, Lewis, algum problema ai atrás?

— Não, senhor — Clary respondeu ainda segurando a risada. Aldertree fez uma careta estranha, demorando seu olhar mais tempo do que o aceitável em Isabelle, mas voltou a infernizar os alunos da carteira da frente.

Isabelle fingiu vomitar e Clary revirou os olhos. Tinha sido assim a vida toda das duas desde que podiam se lembrar. Isabelle tinha sido o porto seguro de Clary quando seu pai fora preso por conta da morte de seu irmão e Clary tinha sido o porto seguro de Isabelle em todas as confusões e brigas em que ela se metia e em todos os problemas que a morena tinha com a mãe, já que o relacionamento entre Isabelle e Elaine era complicado.

A verdade é que em seus dezesseis anos, Isabelle nunca tinha se encaixado muito bem na sua família, principalmente depois da morte de seu pai, com quem ela era mais chegada. Ela não conseguia seguir o judaísmo como o resto da sua família, ela não tinha o gene bondoso e compreensível de sua família e, por Deus, ela nem se parecia com a sua família. Enquanto Elaine era loira e todos seus parentes tinham olhos claros, ela tinha vindo com cabelos e olhos negros e sem nenhuma característica de sua família.

Elaine costumava dizer que Isabelle se parecia com os parentes de seu pai, que eles não tinham muito contato depois que Joshua Lewis morreu. Depois de um tempo, Isabelle só aceitou e parou de se importar. Genética era um porre e ela nunca prestava atenção nas aulas de biologia mesmo.

O barulho do sinal trouxe Isabelle de volta a realidade, com todos os alunos recolhendo suas coisas e entregando as coletas de sangue para o professor, Clary a olhava como se ela tivesse algum problema. Ela imitou os colegas de classe, Aldertree segurando a mão dela mais tempo que o necessário. Isabelle se preparou para dar um chute com suas botas de salto onde doía mais, só que Clary foi mais rápida e a puxou.

— Por que me impediu? Eu ia mostrar para aquele desgraçado como eu consegui minha faixa preta em karatê.

— Porque se você o agride na escola, sobra para você. Usa a cabeça, Lewis.

— Tem razão. — Isabelle bufou.

Clary olhou para a amiga e deu um sorriso.

— Não faça essa cara, Isabelle. Vamos, quais são seus planos para hoje à noite?

— Meliorn foi convocado de novo, então eu estou planejando assistir Project Runaway até cansar.

— Quer que eu vá assistir com você? — Clary se ofereceu e Isabelle sabia que era porque ela estava preocupada com Meliorn.

Sempre que ele tinha que servir ao exercito, Isabelle ficava com o coração na mão. Apesar de respeitar os soldados, ela não entendia porque seu namorado tinha que ser um deles. Meliorn era novo demais, tinha a vida inteira pela frente, não era para ele se arriscar indo para Deus sabe onde podendo perder a vida. Ainda assim, era uma decisão dele e Isabelle não podia fazer nada além de respeitar. Meliorn amava o exército, e Lewis nunca faria nada para impedir o namorado de fazer o que ele amava.

— Não precisa, sei que tem planos com Jace hoje.

— Jace desmarcou — Clary fez um gesto displicente com a mão — Parece que o melhor amigo dele teve algum problema.

— Vocês iam sair juntos, não? Os três?

— Sim — Clary concordou — Eu finalmente ia o conhecer, já que Jace já te conhece e eu e ele meio que estamos ficando sérios.

— Às vezes esse amigo é gay e está apaixonado por Jace, então ele está arrumando desculpas para afastar os dois.

Clary riu e as duas pararam m frente ao armário da ruiva, que deixou alguns livros lá dentro.

Apesar de estar brincando, Isabelle não duvidava de que isso pudesse acontecer. Jace era muito bonito (apesar de ser loiro demais, egocêntrico demais e Jace demais para o gosto de Isabelle) e as pessoas eram estranhas. O amigo de Jace sempre vinha arrumando desculpas para não encontrar-se com Clary e Jace apenas achava normal. Era, sem exageros, a sexta vez que ele desmarcava.

— Não sei — Clary suspirou, batendo o armário — Pelo que Jace falou foi algo sério. Esse amigo inclusive está passando uns dias na casa dele, parece que teve problemas com a família.

— De qualquer jeito, acho muito chato ele sempre desmarcar — Isabelle cutucou uma pele solta ao lado da unha perfeitamente pintada de preto — Parece que somos só eu, você, Heidi Klum, Tim Gunn e dezesseis aspirantes a estilistas.

— Soa como um bom encontro.

(...)

Não é como se Isabelle não gostasse de Rebecca, ela amava a irmã, era sua única irmã e as duas sempre se deram bem apesar das implicâncias. O problema era que Rebecca tinha acabado de ingressar em Columbia e estava no ápice do orgulho pela universidade. Se Isabelle ouvisse mais uma vez sobre quão boas as lixeiras do lugar eram, ela iria jogar a lixeira de casa em cima da irmã.

— E você, Isabelle? — Elaine perguntou, tirando os olhos de Rebecca pela primeira vez na noite — O que anda acontecendo de bom no seu colégio? Parece que faz anos que não conversamos.

É porque você só sabe falar sobre a Rebecca, mãe, Isabelle pensou, mas não expressou isso. Ao invés, ela disse:

— Está tudo certo. Eric acha que pode ser o primeiro a ganhar um Grammy por fazer música completamente horrível, eles mudaram o professor de Física e recebemos o resultado dos exames de sangue que fizemos semana passada, meu tipo sanguíneo é B negativo. Aparentemente é raro ou alguma coisa assim. — ela cutucou a ervilha em seu prato para o canto do mesmo. Ela não era muito fã de ervilhas e sua mãe sabia disso, porém com a visita de Rebecca era óbvio que Elaine esqueceria.

Não é como Isabelle se ressentisse da mãe ou algo do gênero, ou que tivesse ciúmes de Rebecca, era que ela e sua mãe nunca tiveram muita conexão, sempre parecia que faltava algo entre as duas, algo que sempre foi muito visível entre sua irmã mais velha e sua mãe. Antigamente Isabelle ficaria chateada com isso, principalmente depois que seu pai morreu, uma vez que Elaine focou muito mais em Rebecca do que nela, no entanto, eram águas passadas e hoje em dia Isabelle já não ligava mais.

Ela sempre se sentiu desconectada de sua família, então não fazia muita diferença quem era a filha favorita.

— Isso é impossível — Elaine abaixou os talheres e a olhou nos olhos — Meu tipo sanguíneo e de seu pai era A positivo.

— O meu também é — Rebecca comentou de boca cheia.

— Vocês sabem o que isso significa, certo? — ela bateu na mesa um tanto quanto animada — Eu sou adotada! Isso explicaria tanta coisa.

Tanto Rebecca quanto Elaine fizeram uma cara.

— Isabelle, o que eu já disse sobre falar besteiras na hora do jantar? — Elaine bufou.

— É, irmãzinha — Rebecca concordou — Apesar de achar que faria muito sentido você ser adotada, eu me lembro da mamãe grávida e o dia que você nasceu. Foi o pior dia da minha vida.

Isabelle jogou uma ervilha na irmã, que riu.

— As duas vão simplesmente ignorar o fato de que eu tenho o tipo sanguíneo diferente dos meus pais?

— Esse teste está errado, Isabelle, fim de história.

No entanto, Isabelle não considerava aquele o fim da história, principalmente quando ela sentia que tinha alguma coisa errado com tudo aquilo, e não era o exame de sangue. Agora que ela tinha a noção que a desconexão dela com a família podia ser algo literal, ela sabia que tinha que levar a sério e descobrir se era mesmo verdade.

— E se eu fizer um teste novo? — ela sugeriu — Se der o mesmo resultado, você concorda em fazer um exame de DNA?

Elaine a olhou de um jeito que a fez se sentir menor que uma criança. Tinha raiva e decepção misturados e Isabelle pensou que fosse vomitar. Detestava desapontar a mãe, mesmo quando tinha razão.

— Te incomoda tanto assim fazer parte dessa família, Isabelle?

O problema, mãe, é que eu nunca fiz parte dela.

Mas Isabelle não falou nada, apenas abaixou o olhar e focou em sua comida.

(...)

— Então — Clary mordiscou o canto da unha, as mãos estavam sujas de giz de cera — Você me trouxe para esse laboratório exatamente para que?

Isabelle puxou a mão de Clary da boca. Odiava quando a amiga roia a unha. Era um hábito ruim e muito nojento. Ela estava cansada de falar para Clary os riscos de ingerir todas as bactérias que habitavam em suas unhas.

— Vim refazer meu exame de tipagem sanguínea.

Clary a olhou como se ela tivesse algum tipo de problema mental.

— Por que?

— Meu tipo sanguíneo é diferente do dos meus pais e de Rebecca.

— Ah. — Clary pareceu pensar — Ah... Isso é possível, não? Não existe aquilo de que os organismos de defesa da mãe tentam matar o bebê porque o tipo sanguíneo é diferente? Às vezes isso aconteceu com você.

— Não, isso é fator RH, não é tipo sanguíneo. Se meus pais são ambos tipo A, eu deveria ser tipo A também.

— Eu odeio biologia.

Isabelle revirou os olhos e pegou o celular enquanto ela esperava sua vez de ser atendida. A foto do plano de fundo era ela e Meliorn no Central Park, quando eles completaram um ano de namoro.

Ela sentia tanta falta de Meliorn que pensava que seu peito explodiria. Eles se conheceram quando ela era caloura e ele um veterano do ensino médio. Foi algo como amor a primeira vista. Não interessava que ele era três anos mais velho, ou que ele não tinha uma boa condição financeira, Isabelle amava como ele era honesto, inteligente, bom amigo e carinhoso com ela.

Por sorte, ele também correspondia os sentimentos dela, e os dois tinham se tornado o casal poderoso do colégio, todos queriam ser como os dois, porque o amor deles era verdadeiro e puro, por mais que Elaine não acreditasse muito.

Não que sua mãe fosse contra o namoro dos dois, Meliorn nunca foi nada além de um cavalheiro com sua família, mas ela acreditava que Isabelle merecia alguém melhor. Coisa de mãe, ela supunha.

Quando ele se formou, Meliorn não tinha muita perspectiva do que fazer na vida: ele não tinha conseguido bolsas para faculdade e nem tinha condição de pagar uma, ele trabalhava muito para ganhar quase nada. Por fim ele resolveu se alistar no exército e, como era novo, saudável e em ótima forma – nem tinha nada a perder, foi chamado logo.

Isabelle estava sem noticias dele tinha duas semanas, desde que ele fora convocado de novo e essa era a pior parte, ficar sem saber onde ele estava, em que meio ele estava e se ele estava vivo. Isabelle preferia nem pensar na última possibilidade, ela tinha fé que em breve ele entraria em contato com ela.

— Srta. Lewis, vamos? — a senhora responsável pela coleta a chamou e ela a seguiu, olhando rapidamente para Clary.

Ela seguiu a senhora até uma sala extremamente branca onde tinham diversos aparelhos pequenos que Isabelle nem imaginava para que serviam. Isabelle apenas furou o dedo em uma lâmina de vidro, muito parecida com a que usou na escola.

Quando ela voltou, Clary falava no telefone, provavelmente com Jace. Assim que a viu, desligou o telefone, sorrindo preguiçosamente.

— Então, pronta para descobrir que na verdade você é uma alienígena ilegal vinda de um planeta ainda não descoberto pela NASA?

Isabelle revirou os olhos, torcendo o nariz.

— Você não cansa de ser nerd, não é?

Clary riu e por um tempo Isabelle esqueceu o frio na barriga que ela estava sentindo com o resultado daquele exame.

Pelo menos por um tempo.

(...)

Rebecca, Isabelle e Elaine estavam sentadas de frente para o médico no meio dos seus quarenta anos. Sua sala era clara, ampla e arejada, mas ainda assim Isabelle se sentia claustrofóbica.

Tudo bem que ela queria saber a verdade, porém ali, agora, ela só queria ir embora e nunca mais voltar a pensar nisso. Sua mãe tinha razão, era uma ideia estúpida, Isabelle era estúpida por ter sugerido algo assim.

Elaine também era por ter concordado, não era como se Isabelle fosse fazer um exame de DNA pelas costas da mãe, não interessava que o exame de sangue não tinha sido compatível de novo.

No fundo Isabelle pensava que Elaine também queria saber o que estava acontecendo, também sabia que algo estava errado. E Isabelle acreditava que Rebecca estava ali mais porque queria um motivo para gritar com a mãe por ter traído o pai delas.

— O resultado do teste foi bastante conclusivo — Dr. Scott disse — Isabelle não tem nenhuma consanguinidade com Rebecca.

— O que isso significa? — Rebecca perguntou.

— Significa que não somos irmãs — Isabelle respondeu em voz baixa.

— Isso é um absurdo — Rebecca se levantou — Quando Isabelle falou do exame eu desconfiei que ela talvez não fosse filha do papai, mas agora confirmar isso... Mãe, eu não acredito nisso.

— Rebecca, você não está entendendo? — Isabelle a segurou antes que ela resolvesse agir mais bruscamente. — Eu não tenho nenhuma relação sanguínea com você. Nenhuma.

Rebecca se sentou de novo, olhando confusa para o médico. Isabelle olhou para Elaine, que estava estranhamente quieta.

— O resultado do exame de maternidade também disse que Isabelle e Elaine não são relacionadas. Vocês, inclusive, têm uma incompatibilidade enorme no DNA.

— Isso quer dizer que... — Isabelle não conseguiu concluir, apenas encarou a mãe, que também a encarava com os olhos marejados.

— Quer dizer que não somos mãe e filha.

O silêncio recaiu na sala e a temperatura pareceu diminuir, mesmo com o sol entrando pelas janelas do consultório.

Ela já esperava aquele resultado, de verdade. Ainda assim, receber aquela noticia tinha sido muito difícil, sua vida era uma mentira, sua família não era real e de repente ela não sabia mais quem ela era. Ela sentiu as lágrimas invadindo seus olhos, mas engoliu o choro.

De chorona e descontrolada já bastava Rebecca, que chorava e encarava-a como se ela fosse algum tipo de monstro digno dos desenhos de Clary.

— Isso ainda não faz sentido — Elaine fungou, voltando-se para Dr. Scott — Eu fiquei grávida, eu tive minha filha. Se não é a Isabelle, quem é?

Dr. Scott olhava para as três com pena. Isabelle odiava aquele tipo de olhar, mas ela mesma estava com pena de si e de toda aquela situação.

— Uma possibilidade é que sua filha biológica tenha sido trocada com Isabelle na maternidade. Dezesseis anos atrás não existiam tantas maneiras de se assegurar essas coisas. Uma enfermeira cansada, um hospital em um dia cheio. A taxa de troca era bem grande, para ser completamente honesto...

Ele continuou falando, entretanto Isabelle já não prestava mais atenção. Era tudo muito confuso na cabeça dela, troca, família, DNA... Ela queria sumir e se enterrar debaixo das cobertas, de preferência com Clary por perto para falar alguma idiotice e ela se sentir melhor. Um pouco de familiaridade e normalidade no meio de tanto caos.

Contudo, no meio de tanto caos, ela também não conseguia parar de pensar que em algum lugar, alguém poderia estar passado pela mesma situação que ela. Que em algum lugar uma menina cresceu pensando que ela fazia parte de uma família e que aquilo era uma mentira.

Em algum lugar estava a família de Isabelle. A família de verdade.

E, naquele momento, Isabelle jurou que os encontraria.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Devo continuar?



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