O Líder Da Máfia escrita por Liah Rothchild


Capítulo 21
Possessão


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores ! Como estão ?
Gente do céu, esses capítulos estão... Sem palavras. Sério, tô amando muito escrever eles e amando ainda mais todo o apoio de vocês, muito obrigada !
Enfim, espero que gostem desse capítulo e não deixem de comentar o que acharam.

Boa leitura !



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 – Como é que é ?! - ele indagou com uma expressão de surpresa e descrença.

— Você ouviu. - falei enquanto me sentava na cama, ainda vestindo a camisa branca - E depois que aprender a atirar, quero uma arma.

— A resposta é não. - ele disse, como se fosse óbvio. - Não tem necessidade você aprender a atirar, muito menos ter uma arma.

— "Não tem necessidade" ? - esbravejei, me levantando e indo em sua direção - Você me trouxe para essa vida da máfia, Alecssander. Eu já me acostumei a ser perseguida e a fugir por sua causa ! - ele estava prestes a retrucar, mas eu o interrompi - E você esqueceu do que aconteceu ontem ? Tinha um homem apontando uma arma para a minha cabeça ! E se você não estivesse lá ? Eu seria morta ? - ele estremeceu e desviou o olhar. - Eu quero aprender a me defender sozinha ! E conto com você pra me ajudar com isso. Você disse que me daria um presente de aniversário e que poderia ser qualquer coisa e aí está o que eu quero. Agora, quero saber se você é ou não um homem de palavra.

Ele ficou em silêncio, parecia pensar sobre o assunto. Quando fez menção de responder, alguém bateu na porta do quarto. Nós nos entreolhamos. Ele franziu o cenho, pegou a arma em sua cintura e colocou o dedo em frente à boca, me pedindo para fazer silêncio. Eu assenti e ele foi andando vagarosamente até a porta, com a arma ao lado do corpo. Abriu uma fresta com a mão esquerda, deixando a arma pronta caso precisasse usá-la. Depois de olhar pela fresta, suspirou e relaxou a postura, abrindo a porta por inteiro e dando espaço para a pessoa entrar.

— Bom dia - Grace cumprimentou com um sorriso, vestindo seu terninho de sempre e o cabelo preso. Segurava uma caixa grande nas mãos - Espero que tenham dormido bem.

— Sim, obrigado. - Alecssander respondeu, fechando a porta.

— Ótimo. Trouxe algumas roupas para vocês. - ela disse indicando a caixa com a cabeça - Armas e munição também.

— Obrigada - agradeci pegando a caixa de suas mãos e a colocando em cima da cama.

— Relatório de ontem ? - Alecssander perguntou à Grace.

Ela suspirou.

— Cinco agentes feridos, dois gravemente. Rosalya e outros agentes conseguiram retirar todos do lugar antes que algum inocente fosse ferido. Roubaram algumas armas, munições e até documentos. Pareciam estar atrás de algo. - ela franziu o cenho - De qualquer forma, precisamos voltar lá para buscar o que restou e encontrar outro lugar.

Alecssander suspirou e massageou as têmporas.

— Certo - disse, depois de alguns minutos em silêncio. - Faremos isso ainda hoje. Me espere na recepção do hotel, desço em alguns minutos.

Grace assentiu antes de sair do quarto.

— Vamos voltar ao escritório ? - perguntei.

— "Vamos" não. - ele corrigiu enquanto carregava a arma - Eu vou, e você vai voltar para o apartamento. Pode ter mais deles pelo escritório. Não vou arriscar sua segurança.

— E você não tem garantia alguma de que eles não estarão no apartamento ou em qualquer lugar que eu vá. - revirei os olhos - Se eu for junto, você pode me proteger. E já que se recusa a me ensinar a atirar, digamos que você não tem muita escolha.

Ele suspirou. Pude ouvir um click indicando que a arma estava totalmente carregada.

— Vai se trocar. - disse, sem me encarar.

Peguei algumas roupas das que Grace trouxe e fui até o banheiro. Vesti uma calça de couro preta e uma regata com estampa militar. Nos pés, coturnos pretos sem salto. Deixei o cabelo solto jogado para o lado direito.

Ao sair, Alecssander já estava vestido com uma calça jeans e uma camisa cinza de botão. Joguei a camisa branca em sua direção e depois de prontos descemos até a recepção, sem dizer nenhuma palavra. Grace nos aguardava junto dos agentes Thompson e Collins, e informou que já havia pagado a hospedagem do hotel com documentos falsos. 

Entramos no carro, sendo Alecssander no motorista, Grace no passageiro e eu no meio de Thompson e Collins no banco de trás. Na saída do centro para a parte mais afastada da cidade, ouvimos tiros e de repente, motoqueiros já estavam nos perseguindo.

— Ah, fala sério ! - resmungou Alecssander. - Esses caras nunca vão nos deixar em paz ?!

Alecssander acelerou o carro e começou a desviar dos que estavam na pista com violência, me fazendo cair em cima das pernas de Collins.

— Ei, vai com calma. - ele disse para Alecssander, mas ficou me encarando com um sorriso de canto.

Eu assenti vagarosamente e arrumei a postura no meu lugar. Ao olhar rapidamente para frente, percebi Alecssander encarando Collins, e quando percebeu que eu o observava, voltou a prestar atencão no trânsito. 

Quando recomeçaram os tiros, tive que levar minha cabeça até os joelhos enquanto Collins, Thompson e Grace abriam as janelas e começavam a atirar, com Alecssander dirigindo o carro violentamente.

— Acho que demos conta. - anunciou Thompson, fechando a janela.

— Ei, já pode levantar. - disse Collins colocando a mão em meu ombro e me empurrando delicadamente para trás.

Me levantei e percebi Alecssander cerrar os dentes e apertar aos mãos em volta do volante. Parecia irritado.

Não demorou muito para que chegássemos na rua do prédio, deixando o carro estacionado à algumas quadras de distância, por precaução.

Grace foi na frente, seguida por Alecssander, Thompson, eu e então Collins. Decidimos entrar pela porta dos fundos, que era o caminho mais rápido até o escritório.

— Ei - Collins me chamou enquanto passávamos por um corredor estreito - Sabe usar uma dessas ?- ele apontou com a cabeça para seu revólver.

— Já atirei uma vez, mas isso não conta porque tive ajuda. - respondi, dando de ombros.

— Eu posso te ensinar, se quiser - ele deu de ombros.

— O qu- 

Não pude terminar minha frase pois acabei tropeçando no que parecia ser o restante de uma decoração da festa, e pensando que logo eu daria de cara no chão, fechei os olhos. Para minha completa surpresa, fui sustentada por dois braços. Ao abrir os olhos novamente, dei de cara com o rosto de Collins a centímetros do meu, o que, devo admitir, me causou certo desconforto já que Alecssander estava a apenas alguns passos de nós.

— Cuidado - Collins disse com um sorriso, me ajudando a levantar. - Você está bem ? 

— Ela está ótima - Alecssander disse entre dentes se aproximando de nós. Ele segurou meu braço com força e me puxou para longe de Collins - E a partir de agora ela vai na minha frente. Venha Darella.

— Ei ! - protestei - Você... Ai ! Está me machucando !

— Qual é, cara ?! - Collins disse colocando a mão no ombro do babaca - Não é nada demais.

Alecssander fuzilou Collins com o olhar antes de assumir uma expressão fria e segurar a gola da camisa do amigo com força e o empurrar com brutalidade contra a parede.

— Não se esqueça de que você está falando com seu chefe, Matthew. É senhor, e não cara. Com tantos anos na máfia, achei que já soubesse. - ele disse com uma voz ameaçadora. Collins engoliu em seco - E se continuar dando em cima da minha... - Alecssander se interrompeu como se tivesse parado para pensar - Se continuar dando em cima da Darella, não vou ser tão gentil como estou sendo agora. Espero que entenda o recado, porque não vou falar duas vezes.

— Me desculpe, senhor. Não irá se repetir. 

— É o que eu espero.

Collins apenas abaixou a cabeça em silêncio, o que serviu para encerrar o assunto e Alecssander voltar a me puxar para longe de Collins, tão longe que ficamos até na frente de Grace.

— Não precisava ter sido tão rude. - falei.

— Não se meta nisso. - ele disse sem me encarar.

— Ele não fez nada ! - continuei - Você está agindo como um completo...

— Um completo o quê, Darella ?! - ele esbravejou, finalmente me encarando - Vamos, fale ! 

— Um completo idiota ! 

Ele cerrou os dentes e me lançou um olhar furioso, mas não respondeu e continuou a andar.

Felizmente durante o resto do percurso até a sala, não encontramos ninguém além de alguns roedores. 

— Thompson, vigie a porta. Collins, pegue todas as armas e munições que encontar. - Alecssander ordenou assim que entramos em seu escritório. 

— Mas senhor, eu sou suficientemente capacitado para vigiar a porta - Collins protestou.

— E eu mandei você procurar por armas e munições. - o idiota disse fuzilando Collins com o olhar. - Tem certeza que quer desobedecer uma ordem minha ?

— Não, senhor. - ele disse antes de sair da sala.

— Vou ver se acho algo nas outras salas do andar. - disse Grace antes de sair do escritório.

Alecssander estava concentrado pegando alguns documentos espalhados por toda a sala, enquanto eu estava sentada na cadeira atrás da mesa, em silêncio, apenas observando.

— Merda. - Alecssander praguejou - Deixei o restante dos documentos na outra sala, preciso buscar. Thompson, certifique-se de que Darella não sairá dessa sala até eu voltar.

— Sim, senhor. - disse Thompson prontamente.

Revirei os olhos. Agora eu tinha até uma babá particular de dois metros de altura.

Enquanto passava os olhos distraidamente pelos documentos jogados por cima da mesa, notei algo que me chamou a atenção: "Caso 547: John Melbourne." 

Franzi o cenho. Meu pai ? Mas o que meu pai estaria fazendo no meio de uns documentos da máfia ?

Peguei a pasta e passei os olhos rapidamente pelos escritos do primeiro papel, que parecia conter informações básicas como altura, idade, endereço e coisas do tipo. Até meu nome e uma foto minha estavam ali marcados em "Família". Estranho.

Quando estava prestes a passar para a próxima página, Alecssander entrou na sala e minha primeira reação foi esconder a pasta de documentos atrás do corpo.

— Algum problema ? - ele perguntou, certamente depois de ver minha expressão de quem estava bisbilhotando. 

— Não - dei um sorriso amarelo e forçado para disfarçar meu nervosismo - Nenhum.

Ele me analisou por alguns segundos, desconfiado, até dar de ombros e voltar ao que estava fazendo. Dobrei a pasta e a escondi dentro do sutiã; analisaria atentamente esses papéis em outra hora.

Depois de pegar tudo que precisavam, começamos a voltar todo o caminho percorrido pelos corredores estreitos, com Alecssander na frente me puxando pelo pulso com força; aquilo ficaria marcado. 

De repente, quando estávamos prestes a virar no corredor que levava à saída, ouvi o som de algo cortando o vento e o idiota soltou um resmungo antes de dar três passos para trás. Ele fez sinal com a mão para que Grace fosse até a frente dele e examinasse o perímetro. Ela disse que parecia ter um franco-atirador em algum lugar do prédio ao lado, e que não daria para mata-lo a não ser que tivéssemos a mesma arma que ele ou então no mesmo prédio.

Tivemos que passar agachados pela janela que estava na mira do franco-atirador e rapidamente conseguimos chegar até a saída, e depois até o carro; dessa vez, Alecssander fez Grace e eu trocarmos de lugar.

Fomos até o apartamento do idiota para pegar algumas coisas e ir para outro hotel, por precaução. 

Nos despedimos dos demais agentes e subimos o elevador num silêncio mortal. Ao chegar no apartamento, cada um foi direto para seu quarto, onde guardei a pasta no fundo de uma gaveta, e depois desci até a cozinha pegar algo para comer. Minutos depois, o babaca apareceu lá com um curativo ao redor do braço esquerdo e uma cara emburrada.

— O que é isso ? - perguntei, apontando com a cabeça para seu braço.

— Um curativo, não dá pra ver ? - ele respondeu de costas para mim enquanto abria a geladeira para pegar algo.

Revirei os olhos.

— E por quê tem um curativo no seu braço ?

— A bala do franco atirador. - ele disse simplesmente.

Engoli em seco.

— Te... Acertou ? - perguntei, com a voz falha. Se tivesse acertado, estaria doendo muito e aquele curativo mal feito que ele fez não adiantaria de nada.

— Passou de raspão. - falou, ainda sem se virar de frente para mim.

Suspirei de alívio. Passar de raspão era menos mal do que ter acertado, mas mesmo assim deveria estar ardendo muito.

— Você precisa refazer esse curativo. Está sangrando muito. - falei enquanto olhava seu braço.

— Não precisa. Deve aguentar mais um pouco. - ele respondeu, marrento.

Suspirei.

— Sim, precisa ou vai infec-

— Eu já disse que não precisa ! - ele esbravejou finalmente ficando de frente para mim. 

Arregalei os olhos e soltei um gritinho de surpresa.

Ele estava com um corte abaixo do olho esquerdo e parecia ter levado alguns socos.

— Você... Está bem ? - perguntei, tocando seu rosto delicadamente. - O que houve ?

Ele retirou minha mão com certa brutalidade e se virou de costas novamente.

— Estou ótimo ! - esbravejou.

Suspirei.

— Deixa eu fazer um curativo nessas feridas.

— Porra, eu já falei que não precisa ! - ele socou o balcão em sua frente.

— Por favor... - falei com a voz baixa tocando suas costas com a ponta dos dedos. Ele estremeceu com o toque, mas não disse nada. Passei os braços ao redor de seu corpo e o abracei pelas costas - Me deixa cuidar de você. - sussurrei, tão baixo que acho que ele nem ouviu.

Ele ficou em silêncio, mas não me afastou. Parecia surpreso, mas continuou parado. 

Depois de um longo suspiro, enfim respondeu:

— Certo - murmurou.

Me afastei dele e fui até o banheiro do segundo andar, pegando um kit primeiros socorros no armário. Ao descer as escadas novamente, o encontrei sentado no sofá, de costas para mim. Fui até ele e me sentei ao seu lado, retirando a bandagem ensanguentada que ele chamava de curativo. Limpei todo o sangue que saía da ferida e peguei o remédio para não infeccionar e coloquei uma boa quantidade num algodão.

— Isso vai arder. - avisei antes de encostar o algodão na ferida.

Ele soltou um urro de dor e recuou de início, mas depois me deixou terminar. Tive que dar alguns pontos, e depois, enrolei uma bandagem em seu braço e amarrei com força para estocar o sangue que ainda insistia em sair. 

Para finalizar, dei a ele remédios para dor e coloquei bandaids nos cortes do rosto.

— E é assim - comecei, enquanto colocava o último bandaid - Que se faz um curativo de verdade. Já sabe das regras. Sem esforços com esse braço.

— Valeu. - ele disse com uma expressão séria encarando um ponto fixo em sua frente.

Suspirei, colocando o kit em cima da mesinha de centro.

— Até quando vai agir assim ? - perguntei.

— Assim como ? Estou perfeitamente normal. - ele se levantou do sofá.

— Só o fato de nem olhar nos meus olhos enquanto fala já prova que não está normal. - falei, me levantando também. - Você está assim desde que comecei a conversar com Collins. Por que essa cisma se ele não fez nada ?!

Ele finalmente me encarou.

— "Não fez nada" ?! Ele estava dando em cima de você na minha frente ! - esbravejou - E por que está defendendo ele ? 

— Estou defendendo ele porque ele não estava dando em cima de mim ! Isso é coisa da sua cabeça ! 

— Não ! - ele deu uma risada curta e sarcástica. - Você que é cega demais para perceber quando um homem gosta de você ! 

Aquilo me fez congelar no lugar e perder a voz. Ele estava se referindo a si mesmo naquela frase ou foi impressão minha ?!

— E-eu... - gaguejei.

Ele suspirou, passando a mão pelos cabelos. Em seguida, veio em minha direção, colocou as mãos em minha cintura e me puxou pelo passador da calça, me colando ao seu corpo.

— Você me pertence. - disse com uma expressão séria, olhando no fundo dos meus olhos.

— Então você é possessivo ?! - revirei os olhos.

Ele deu um sorriso malicioso de canto.

— E você gosta. 

Virei a cabeça para o lado para não precisar encarar seus olhos, mas não neguei nem confirmei. Eu gostava ? Gostava. Mas ele não precisa ter o gosto de saber disso.

Ele segurou meu queixo e virou meu rosto em sua direção com brutalidade, me obrigando a encarar seus olhos.

— Acho que vou ter que te fazer lembrar a quem pertence. - sussurrou.

Ele não me deu chance de falar ou fazer qualquer coisa, pois atacou minha boca iniciando um beijo feroz, que eu retribui sem nenhuma dúvida.

Ele colocou as mãos em meus ombros e me empurrou para trás, interrompendo o beijo. Soltei um gemido devido à colisão das minhas costas com a parede, mas o gemido foi abafado pela boca de Alecssander que logo retomou o beijo. Ele prendeu meus pulsos acima da cabeça com apenas uma das mãos e foi descendo a mão livre pela minha cintura, dando um leve aperto na minha bunda e depois apertando minha coxa e a puxando até a altura da sua cintura.

Alecssander tirou meus pulsos da parede e me jogou com violência no sofá, onde me deixou deitada com os braços para cima, isso sem parar o beijo. Ele colocou a mão por dentro da minha blusa e deu um aperto forte no meu peito esquerdo, por cima do sutiã. Soltei outro gemido abafado, e ele resolveu interromper o beijo por alguns minutos para retirar sua camisa, e depois a minha. Começou a beijar, chupar e a passar a língua no meu pescoço e na clavícula, e infelizmente eu não pude deixar de soltar um suspiro alto enquanto fincava as unhas em suas costas, as arranhando até o cós de sua calça, o que o deixou ainda mais animado. Ele soltou os botões da minha calça e a retirou sem hesitar.

— Não acha que estamos nos precipitando ? - perguntei, ofegante.

— Eu deixei você falar ? - ele retrucou com uma expressão séria, e então começou a dar beijos nos meus calcanhares - Você têm sido uma mocinha muito rebelde - subiu os beijos para minhas pernas - E o que aconteceu hoje não foi nada legal - subiu para minhas coxas onde começou a chupar e lamber - Agora você vai aprender - subiu para minha barriga, criando uma trilha de beijos até o pescoço - Que pertence apenas à mim.

Ele deu um sorriso malicioso e fez uma trilha de beijos do meu pescoço até a boca, onde mordeu meu lábio inferior e puxou com força. Então ele simplesmente parou, se levantou como se nada tivesse acontecido, vestiu a camisa sem abotoar e me encarou com aquele sorriso malicioso brincando em seus lábios.

— Espero que tenha entendido o recado - falou antes de sair. Ouvi seus passos subindo as escadas até parar de repente - Ah, suas aulas de tiro começam amanhã. Esteja pronta às oito, e não vou tolerar atrasos.

Ele subiu o restante das escadas, me deixando ali sozinha, jogada no sofá, estupefata com um grande ponto de interrogação estampado no meu rosto.

— Darella, Alecssander ? Vocês estão em casa ? - Rosalya disse, entrando no apartamento. O babaca havia dado uma  cópia da chave à ela já que ela morava mais aqui do que em sua própria casa.

Levantei a mão para que ela pudesse ver que eu estava no sofá de costas para a porta e ouvi seus saltos se aproximando.

— Achei que não estavam, ninguém respo... Meu Deus, o que houve aqui ? - ela disse analisando a bagunça que estava a sala com almofadas jogadas no chão, o sofá amarrotado e minhas roupas perdidas em algum lugar. Ela me olhou e arregalou os olhos - Uou, você e o Alecssander transaram ? - neguei rapidamente com a cabeça - Meu Deus ! Não me diga que tem outro homem aqui ?!

— Não, Rosalya ! Nada disso ! - falei, rindo e me sentando no sofá. - Eu e Alecssander fizemos algumas coisas, só isso.

— Então pode ir me contando o que houve. - ela sentou num canto decente do sofá.

— Cada detalhe ? - perguntei, arqueando uma sobrancelha.

— Não ! Cada detalhe não né, poupe-me ! - ela disse rapidamente mostrando a língua. - Mas eu acho que dormi por uns vinte anos, porque ainda me lembro de você falando que o odiava e agora estão se pegando loucamente pelo sofá ? Sua safada ! Não perde tempo, hein ?! 

Revirei os olhos e ataquei uma almofada nela, que apenas ria.


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Notas finais do capítulo

(AQUELA CARINHA)
Gostaram ? Não ? Comentem !
Até o próximo capítulo !



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