The Flames escrita por Katherine


Capítulo 9
Lutas


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Mil desculpas pela demora, as coisas estão bem corridas.
Obrigada por todos os comentários, amo ler o que estão achando.
Amo essa fanfic e esse casal tão improvavel, na verdade.
Achei interessante escrever esse capitulo pra mostrar um pouquinho do quanto a familia terá importancia em todo o decorrer da fanfic.
Boa leitura.



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— Não é uma boa hora para discussão, mãe – a ruiva sussurrou ao telefone, enquanto sua mãe continuava a tagarelar desesperadamente do outro lado da linha – Estou com o Scott, ele precisa mais do que você no momento. E, fica tranquila, eu vou ao casamento! Só não me obrigue a gostar da ideia.

Enquanto Melissa arrumava o quarto vago, para que seu ex-marido pudesse ter uma boa estadia, seu filho encontrava-se ainda na cozinha, observando a garota ao telefone, no lado de fora da casa. Sentia os olhos de seu pai sobre si, mas não se importava, não queria conversar com ele e, muito menos, sobre ele. Porém, o mesmo não parecia compartilhar das mesmas ideias. O céu não tinha estrelas, tão pouco conseguia-se ver a lua em meio a tantas nuvens escuras, mas qualquer pessoa poderia dizer que não havia nada mais escuro do que o clima terrível  dentro daquela casa. O jantar foi tranquilo, conversaram pouco, descontraídos, mas nenhuma palavra saiu da boca de Scott. As coisas estavam bem, mas confusas, ninguém sabia por onde começar a se redimir por seus erros, que não eram poucos.

— Ela me parece ser uma boa menina – o mais velho tornou a dizer, recebendo uma breve encarada do filho, que logo voltou total atenção para a menina – Estão juntos a quanto tempo?

Scott rolou os olhos, descruzando os braços.

— Vai precisar bem mais do que algumas semanas para saber de tudo o que aconteceu na minha vida nos últimos sete anos – rebateu, secamente.

— Estou tentando concertar as coisas, filho – disse encarando o garoto – Espero que entenda.

— Eu não entendo – respondeu, seguindo em direção ao seu quarto, sem que mais nada fosse dito.

Melissa pode ouvir a porta do quarto de Scott sendo batida com força. Suspirou pesadamente, descansando os ombros enquanto caminhava para mais uma sessão de tortura com os dramas adolescentes de seu único filho. Não que achasse que o mesmo não estivesse certo na maior parte das  vezes, mas ele tinha que no mínimo tentar escutar o que seu pai tinha a dizer.

Entrou sem bater, encontrando o menino sozinho, deitado em sua cama de qualquer jeito, enquanto agarrava-se a um dos travesseiros.

— Posso? – perguntou, referindo-se a cama. Ele não respondeu, então ela sentou mesmo assim – Quer me contar?

Com um breve aceno, o moreno negou, encarando-a com os olhos carregados.

— Scott, você não precisa me contar nada, mas quero que me escute! – puxou o menor para si, depositando seu braço sob os ombros dele. Mãe nenhuma aguentava ver o filho chorar, Melissa não era diferente – Seu pai não fez tão mal a ninguém no mundo quanto à mim, você sabe disso. Não, eu não o perdoei e nem acho que um dia vá ser capaz disso. Mas, aceito!

Ele franziu o cenho.

— Não faz sentido.

— Sim, filho – concordou – Não faz sentido nenhum. Seu pai não é o mesmo de anos atrás e tenho que reconhecer isso. Ele sumiu por anos, foi covarde, deixou toda a responsabilidade de criar você pra mim. Eu aceitei seu pai exatamente do jeito que ele é, assim como aceitamos você e, aceitaremos Lydia se for importante. Não conseguimos mudar as pessoas, então, daremos chances, até que essa atitude tenha que partir dela.

O moreno ergueu o rosto, encarando a mulher nos olhos.

— Não sei se consigo – deixou a frase morrer no ar, suspirando cansado.

— Não acho que vá conseguir, nem estou pedido isso – disse – Mas, preciso que tente. Isso fará bem para todos nós, Scott.

Ele assentiu lentamente, dando-se por vencido.

No andar de baixo, Lydia percebeu que Scott não estava mais ali no momento em que viu o mais velho, de cabelos escuros, sentado na mesa, sem nenhuma companhia. Relutou por um momento, antes de caminhar até a mesa, sentando na cadeira a frente do homem, que levantou o olhar, sorrindo por um momento para a menina.

— Olha onde você se meteu – brincou, com humor, mas ela não riu – Acho que já esteja arrependida.

— Todos temos problemas – deu de ombros – Scott não se meteu em um lugar muito melhor.

O homem riu pelo nariz.

— Pode parecer estranho eu dizer isso, quando na verdade quem deveria é o seu pai para o meu filho – encarou a garota, com o cenho franzido – Mas, faça-o feliz.

Lydia suspirou.

— Não me leve a mal, Senhor Mccall – disse – Mas, faça você! Digamos que, meu pai cometeu erros bastante parecidos com os seus, e tudo o que eu queria era que alguém dissesse isso a ele, exatamente o que estou fazendo agora. Independente do que eu e Scott temos, ele é um cara legal e merece alguém que lute por ele.

O mais velho sorriu para a garota que se levantou da cadeira.

— Você merece alguém que lute por você, Lydia – falou, fazendo com que a menina engolisse seco – Lamento que não seja seu pai e, fico feliz que seja meu filho.

— Boa noite – desejou.

A garota subiu as escadas, conhecendo o caminho, mesmo que tivesse passado por ali poucas vezes. Encontrou-se com Melissa no corredor, saindo do quarto do filho. A enfermeira lançou um sorriso na direção da ruiva, desejando boa noite para a mesma, que retribuiu antes de entrar no quarto do moreno, que estava deitado em sua cama.

— Desculpa ter te deixado sozinha – pediu, enquanto a mesma deitava ao seu lado, passando a mão pelos cabelos escuros do mesmo.

— Eu não estava sozinha – sussurrou, esbarrando seus lábios com os dele – Obrigada.

O moreno franziu o cenho, sem entender do que ela estava falando. Mas, passou suas mãos envolta da cintura dela.

— Tudo bem? – perguntou e ela assentiu – Por quê está me agradecendo.

— Por lutar por mim.


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Notas finais do capítulo

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Beijos.



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