Sempre foi você escrita por Ayane Yanoy


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

One feita aos trancos e barranco para o nosso SasuSaku Month O/
Dia 23/07 - Sempre foi você
Espero que curtam ;)

Agradecimento especial a parça de sempre, Pan. Um beijo enorme no seu coração escorpiano ♥



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A noite caia lentamente e com ela o som do silêncio que sagazmente tomava conta de tudo. Konoha estava em paz, isso não podia ser negado, embora ameaças ainda a cercassem. No entanto, nesse momento Sasuke aceitou a paz, deixando para fora dos portões da vila todo o mal que estava o rondando. Deixou seu fardo de proteger a todos e em especial sua família para ser apenas...Uchiha Sasuke, um homem comum que volta para casa após um dia exaustivo de trabalho, volta para sua família que o aguarda ansiosamente.

O cheiro de flores o toma por completo assim que passa pela porta principal, e consegue ouvir as risadas da filha e esposa, um grande aperto se faz em seu peito e dessa vez é um aperto bom, do tipo que faz acelerar e causa arrepios por todo o corpo, o calor que se espalha é sem igual.

Há quanto tempo esteve longe de tudo isso? O quanto ele negou a si mesmo no passado?

Conforme adentrava a casa, mais seu coração se aquecia e, ao chegar a sala, pôde ver os dois motivos de sua existência, Sakura com as costas no sofá e Sarada deitada sobre um amontoado de travesseiros com a cabeça entre as pernas da mãe, observavam álbuns de fotos e gargalhavam tanto que chegava a causar certa inveja no Uchiha.

Ao notar sua presença, Sakura lhe direciona um olhar surpreso e contente ao mesmo tempo.

— Sasuke-Kun, você já chegou! — exclama já se levantando partindo em direção marido.

Sarada antes mesmo de falar qualquer coisa já está agarrada a cintura de Sasuke que a olha surpreso.

— Okaeri, papai — diz com o rosto mergulhado em sua capa.

Sasuke, surpreso com a situação, olha para Sakura sem saber o que fazer.

— Ela estava falando muito de você ultimamente. Estava com saudades, Sasuke — diz olhando firmemente para os olhos desiguais de seu marido esperando que o mesmo compreenda.

Entendendo o que acontecia ali, o Uchiha se abaixa até estar na altura da filha e lhe acaricia a face, agora rubra e com o rastro de uma lágrima.

— Tadaima, Sarada — sorri caloroso para a mesma que sem se conter alarga o sorriso e se enrosca no pescoço do mesmo. — Também senti sua falta, filha. Muita, mas estou aqui agora — acalma a pequena que se solta e olha na direção da mãe que comovida com a cena entre pai e filha se ajoelha e beija a testa da pequena.

— Nós te amamos, Sarada.

Após tomar um banho e arrumar seus equipamentos ninja, Sasuke vai ao encontro das duas pela casa e as acha na cozinha enfunadas com um pequeno livro, que ao olhar bem descobre se tratar de um livro de receitas.

— Ah Sasuke-kun! Estamos tentando fazer algo novo para o jantar. — Diz Sakura ao notar o olhar curioso no marido ao pequeno livro.

— Hn, e o que estão planejando? — indaga já próximo as duas.

— Ne, Papa, vai ser torta de tomate com queijo, vai ficar delicioso. Shannaro! — exclama a pequena não contendo a empolgação de finalmente estar cozinhando algo para o pai depois de tanto tempo. Apenas acena e deixa as duas entretidas com o trabalho, ao longe fica a observar o quanto são sincronizadas, mãe e filha.

Sentia falta disso, do entrosamento em família e era em momentos como esse que mais doía. No entanto, dizia a si mesmo que era necessário, para elas e por elas faria qualquer coisa mesmo que tenha que se ausentar por longos períodos e perder grande parte do crescimento de sua filha.  

Logo após o jantar Sarada já dá sinais de sono e acaba por adormecer no sofá.

— Espertinha, fugindo do trabalho para arrumar as louças. — diz uma Sakura risonha indo em direção a cozinha para arrumar a bagunça.

A se ver sozinho com a filha, Sasuke se aproxima e percebe que a mesma está fingindo, sabendo que jamais conseguiria enganar o pai a jovem abre os olhos e junta as mãos em frente ao corpo.

— Por favor, papai, só hoje. — implora para o mais velho que não consegue acreditar no poder de persuasão da pequena Uchiha, acenando senta ao lado da mesma e passa a mão por seus fios negros e instantaneamente a vê caindo no sono.  

Por Sakura estar ocupada na cozinha, Sasuke pega Sarada em seu colo e a leva para o quarto, não deixando passar o quanto ela cresceu nesse tempo, parece que foi ontem quando a trouxeram para casa e ela ainda adormecia em seu pequeno berço ao lado da cama deles.

Ao adentrar o quarto, é tomado pela nostalgia. Sarada já não era um bebê, não cabia mais em seus braços e nem podia niná-la até quando adormecesse. Com a imagem que tinha agora já a via como uma criança-adulta, um prodígio como seus professores da academia a chamavam e foi incapaz de não pensar em Itachi nesse momento.

Colocando-a na cama deu uma última olhada e saiu rumo a cozinha onde Sakura ainda estava enrolada com a bagunça do balcão e com um sorriso pegou o avental e foi em direção a pia.

— Oh Sasuke-kun não precisa eu… — uma Sakura esbaforida tentava argumentar a atitude do marido.

— Não seja irritante — e volta-se a pia lavando e secando as louças enquanto sua esposa apenas o olhava admirada e surpresa, não que ele nunca tenha a ajudado nas tarefas domésticas, aliás Sasuke em determinados momentos se mostrava um bom dono de casa, até melhor que ela mesma, porém dessa vez sabia que sua última missão estava sendo cansativa e tudo o que queria era dar o maior conforto possível para o mesmo, mas vendo como ele se sentia em paz no momento preferiu não argumentar e seguir com seus afazeres.

Prenderam-se em uma conversa sobre o cotidiano e Sasuke queria saber mais sobre o desenvolvimento de Sarada no que Sakura não poupou detalhes e só fazia um certo Uchiha ficar mais orgulhoso da filha e da esposa.

— Sakura… Obrigado. — diz em um tom baixo, porém firme enquanto a mulher terminava de guardar uns recipientes.

— Oh, não há o que agradecer, querido. — devolve sem jeito pelo agradecimento repentino.

— Você faz com que tudo isso seja mais fácil, para mim e para ela. Imagino que deva ser difícil — fala se aproximando da rosada que a essa hora se encontrava parada em frente ao marido o olhando com um brilho nos olhos capaz de desmontá-lo.

— É o mínimo que posso fazer por vocês.

O moreno já perto o suficiente lhe acaricia a face.

— Por nós, Sakura. — corrige já aproximando suas bocas enquanto a rosada lhe sorria satisfeita.

O toque dos lábios embora delicado fora o suficiente para acender tudo ao redor de ambos. Há quanto tempo não conversavam assim? Não se tocavam e sentiam um ao outro tão intensamente?

Aprofundando mais o momento, Sasuke a pega em seu colo e a leva para o sofá, não deixando seus lábios longe de sua pele nem por um momento. O pescoço alvo e convidativo atraia a atenção do Uchiha e a essência da colônia de flores o embriaga ao ponto de suspirar fortemente naquela área recebendo em troca um leve gemido da esposa que para não deixar barato acomoda-se melhor ao colo do marido mexendo seu quadril ao do moreno causando uma fricção naquela região. Suas mãos finas o apertam com firmeza, ao mesmo tempo em que eram suaves demonstravam força e no momento ninguém diria que essas mesmas mãos causariam danos sérios em quem lhe ousasse fazer algum mal.

Fechados em sua bolha particular os Uchihas desfrutam de toda intimidade conquistada até agora, ali mesmo no pequeno sofá se amam e se entregam por inteiro como muitas outras vezes fizeram, sem medo do passado e do imprevisível futuro, apenas vivendo o que construíram até aqui.

Ao olhar para Sakura, que agora dormia intensamente em seus braços, Sasuke se pergunta como é possível se doar por inteiro a alguém, ser alguém por e para esse alguém. Desde sempre soube que Sakura era diferente, e posteriormente que era especial, mas não acreditava que ele poderia vir a ser esse alguém para ela. Ele que sempre esteve na curva errada da vida, sempre se afastando mais e mais do que no fundo ansiava para si. Agora ali, com sua esposa nos braços e no andar de cima o fruto de todo esse amor, ele tinha a convicção de que o destino lhe sorrira e lhe dera uma segunda chance.

— Hum, Sasuke-kun, alguma coisa errada? — uma Sakura sonolenta lhe questiona visto que o mesmo se encontra distante.

E se apertando mais a mulher lhe dá um suave beijo na testa.

— Só estava pensando em tudo até agora — suspira.

— Não precisa se preocupar com isso, Querido. Nós vamos estar sempre aqui para você — lhe disse calma e sonolenta apertando as mãos ao redor das de Sasuke que repousavam em sua cintura, fazendo com que ele descansasse a cabeça na curva de seu pescoço, observando-a pegar no sono novamente.

— No fundo você sempre soube não é? Que sempre foi você, Sakura. — disse próximo aos ouvidos daquela que o acolheu como ninguém, aquela para quem ele sempre voltava no fim, apenas com a lua e a quietude da madrugada de testemunha àquelas palavras.


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Notas finais do capítulo

;)



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