Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 8
Capítulo 8 - Uma História Inacabada, Uma Despedida


Notas iniciais do capítulo

Oii, amores! ❤ Estamos de volta com o próximo capítulo. Esperamos muito que vocês gostem. ❤

Desculpem a demora pra postar, houve alguns probleminhas com a finalização do capítulo, mas agora já está tudo certo ❤

*** Queremos agradecer de coração as lindas que comentaram e favoritaram:

- Infinity Love
- Leitora Tinista
- Duh Leon
- Violetta S2
- Gabriella Santos
- Júlia
- Germangie 17
- Imperium Tinista Br

Muito obrigada, lindas. Vocês nos incentivaram muito a escrever!

POSTAREMOS O PRÓXIMO CAPÍTULO COM MAIS 7 COMENTÁRIOS ❤

Não deixe de comentar o que acharam. A opinião de vocês é muito importante pra gente! ❤

Boa leitura ❤



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                                 "Send my love to your new lover
                                  Treat her better
                                  We've gotta let go of all of our ghosts
                                  We both know we ain't kids no more"


                                                 * Send My Love
                                                       ( Adele )

 

                                             GERMAN

 

Nossos olhares permaneciam vidrados um no outro. Seus olhos claros me fitavam, de maneira que parecia que só com aquele olhar ela podia descobrir todos os meus segredos.

 

Continuamos por mais alguns segundos na mesma posição, até que Angie abaixou a cabeça.

 

Como se minha mão criasse vida própria, toquei o rosto de Angie, que fechou os olhos e colocou uma de suas mãos sobre a minha.

 

O toque não durou mais que alguns segundos, já que Angie elevou seu olhar a mim. Estávamos mais próximos ainda.

 

Meu olhar recaiu sobre os lábios avermelhados de Angie. Se nos aproximassemos mais alguns poucos centímetros…

 

Involuntariamente me aproximei.

 

Angie fechou os olhos. Eu estava prestes a fazer o mesmo e encurtar a distância entre nós, mas quando toquei novamente o rosto de Angie, o anel de noivado refletiu no meu dedo.

 

Me afastei abruptamente.



      O que estava acontecendo comigo ultimamente? Eu era noivo de Priscilla, não de Angeles.

 

Isso era injusto com Priscilla.

 

Angie abriu os olhos e me fitou sem dizer nada. Não era preciso, ambos sabi­amos o que deveríamos falar, mas não ti­nhamos coragem suficiente para fazê-lo.

 

Angie suspirou, como se estivesse cansada.

 

— Até quando vamos continuar com isso? - Tristeza banhavam suas palavras. - Nós dois sabemos que não somos mais crianças, German.

 

— Eu sei. - Confirmei o óbvio.

 

Angie deu alguns passos a frente, ficando a exatos dois passos de distância de mim.

 

— Está na hora de um de nos dois dar o passo final, de acabar com isso. - Ela falou, seus olhos tristes me fitando. - Eu tomei uma decisão.

 

— Posso saber qual? - Perguntei, com certo medo da resposta que receberia, Angie estava séria e para uma pessoa que costumava ser tão alegre, isso não me parecia um bom sinal.

 

— Eu vou voltar pra França. - Disse num tom firme, sem deixar margem para discussão.

 

— Não, não vai. - Ela estava louca, não precisava se sacrificar desse jeito.

 

Ela riu amarga e ironicamente.

 

— E quem você pensa que é para dizer o que eu posso ou não fazer?! - Sua voz subira alguns decibéis. Uma das coisas que Angie mais odiava no mundo era quando lhe davam ordens com as quais ela não concordava.

 

Ignorando seu comentário mais ácido do que eu esperava, disse:

 

— Você não precisa mudar sua vida dessa maneira. Você não pode ir embora - Tentei convence-la.

 

— Por que? Você quer que eu fique aqui pra ver seu noivado, pra ver você se casar, ter filhos e seguir com a sua vida? Eu não vou ficar pra assistir tudo isso de camarote, German! - Gritou exaltada, seu rosto apresentava uma clara vermelhidão, recém surgida com nossa discussão.

 

Frustrado, passei as mãos pelo cabelo, gesto do qual eu vinha repetindo muito ultimamente. As coisas entre nós estavam saindo do controle com facilidade.

 

— Nós vamos dar um jeito. - Disse, tentando passar uma confiança que eu não tinha. Como eu conseguiria me manter longe de Angie se o passado sempre seria a ponte que nos manteria ligados? Só de pensar em me afastar de Angie, uma dor que eu nunca tinha sentido, despontava em meu peito.

 

Angie olhou pra mim, seus olhos um dia tão cheios de fogo e vivacidade, agora me fitavam gélidos, frios.

 

— Como? - Questionou irritada. - Você não percebe? Nós somos como um trem descarilhado. Juntos somos sinônimo de falta de controle.



          Ela cruzou os braços e continuou:

 

— Estou cansada de me machucar, você não entende? Você acha que eu não me sinto péssima em saber que a melhor forma de acabar com seja lá o que temos é voltar pra França, desistir de voltar pro Studio e o pior de tudo, ficar longe de Violetta novamente?! - Confessou, mais exaltada que o normal. - Eu não quero ser egoísta a esse ponto, mas não vejo outra alternativa.

 

— Não, você não precisa tomar uma decisão dessas agora com a cabeça quente. - Aconselhei.

 

— E o que devemos fazer? - Ela inquiriu, se recostando no carro novamente - Ultimamente tudo o que fazemos é discutir e isso não está nos levando a lugar algum.

 

— E você acha que eu não sei? - Foi minha vez de me exaltar. - Você acha que eu gosto de discutir com você?

 

— Se você não tivesse me beijado naquele dia, não estarí­amos discutindo.

 

— Então a culpa de termos nos beijado foi só minha? - Questionei, me aproximando de Angie.

 

— Claro que foi! - Desferiu.

 

Eu ri amargamente, igual Angie havia feito no início da discussão.

 

— Convenhamos, Angeles! Você também correspondeu ao beijo se eu bem me lembro. Você é que está agindo como uma criança!

 

Angie me lançou um olhar mordaz, como se quisesse bater minha cabeça com força no capô do carro, coisa que ela parecia mesmo querer fazer.

 

— Eu não sou uma criança - Ela se aproximou e apontou o dedo indicador em direção ao meu peito. - Você sabe que eu não sou!

 

— Então pare de agir como uma. É simples.

 

Angie fechou os olhos e respirou e expirou profundamente, para depois me encarar, com os olhos mais complacentes.

 

A loira me encarou, e para minha total surpresa, disse:

 

— Eu não quero mais discutir. - Confessou, séria. - Podemos pelo menos por hoje deixar isso de lado e nos concentrarmos apenas no bem-estar de Violetta? - Propôs.

 

— Eu concordo.

 

Angie estava certa. Era mais sensato. Devíamos estar cuidando de Violetta, não ali perdendo o tempo discutindo pela milésima vez. Mas eu tive a sensação de que aquela conversa não havia acabado. Não ainda.

 

                                               (…)

 

                                      NARRADORA

 

O trajeto de volta até a mansão fora silencioso, mesmo que o ar tenso instalado entre os dois tivesse persistido o caminho todo.

 

Logo que saiu do carro, Angie percebeu que o seu carro já não estava mais ali. Antes que ela pudesse dizer algo, German explicou:

 

— Enquanto você arrumava suas coisas eu pedi a Ramalho que levasse seu carro ao mecânico. Não se preocupe, em pouco tempo você já o terá de volta.

 

Angie ainda estava um tanto brava com German, mas ainda assim não pode deixar de agradecer:

 

— Obrigada, German.

 

Ele não disse nada, apenas assentiu com a cabeça como se não fosse nada demais.

 

Depois disso, entraram na mansão. E seguiram direto para o quarto de Vilu, onde Ludmila cantava uma música acompanhada por Federico que tocava um violão. Vilu só observava os amigos com um leve sorriso no rosto.

 

German e Angie permaneceram na porta, apenas escutando os namorados cantarem.

 

Angie suspirou de alívio ao ver que a aparência da sobrinha estava bem melhor do que dá última vez que ela a vira. German compartilhava do mesmo sentimento. Era como se um peso tivesse saído de seu peito, ver a filha melhor era um grande alívio.

 

Esperaram parados um ao lado do outro até a música terminar, e quando isso aconteceu, os dois entraram no quarto batendo palmas.

 

— Eu adorei a música. - Angie foi logo dizendo, como professora de música não podia deixar de opinar e elogiar.

 

— Obrigada. - O casal agradeceu animado.

 

— Essa era a música que queríamos te mostrar, tia. - Violetta entrou na conversa.

 

— Ficou muito boa, realmente. - Angie sentou-se na cama. - Fico tão orgulhosa quando olho pra vocês e vejo que pude fazer parte da carreira brilhante que vocês tem pela frente. - Ela olhou para cada um dos adolescentes, que um dia foram seus alunos.

 

— Você está certa, Angie. - Ludmila concordou. - Nós somos mesmo estrelas binárias! - Completou, fazendo com que todos no quarto rissem.

 

— Como está se sentindo, querida? - Angie perguntou, dirigindo-se a sobrinha.



       - Estou ótima! O remédio que o médico recomendou fez mesmo efeito. Estou quase novinha em folha.

 

Angie riu com a reação da sobrinha. Era tão bom ter a Vilu animada e cheia de vida de volta.

 

                                           (…)

 

                                       ANGIE

 

O dia transcorreu melhor do que começara. Vilu já estava muito melhor e passou a tarde inteira na companhia de Leon e de todos os amigos do Studio, que logo que souberam que ela não passou bem, fizeram questão de vir para mansão.

 

Eu passei a tarde toda ajudando Olga com o que ela precisasse. Ela provavelmente estranhou eu estar sendo tão prestativa, mas não disse nada, apenas aceitou a ajuda que eu oferecia.

 

Eu mal tirei meus pés da cozinha. Não queria correr o risco de acabar tombando com German. O mais sensato era me manter longe dele, mesmo que meu coração não concordasse com isso.

 

As horas passaram voando, que quando me dei conta já era cinco da tarde. Os pessoal do Studio fora embora há alguns minutos, então decidi ir ver minha sobrinha.

 

Logo que adentrei o quarto, Vilu me cumprimentou com um de seus lindos sorrisos.

 

— Angie! Já estava sentindo sua falta.

 

— Quem vê até parece que não nos vimos hoje. - Sentei na cama, ao lado de Vilu que abriu espaço no colchão para que eu me acomodasse.

 

— Você é minha tia, eu sempre vou querer você por perto. - Disse verdadeiramente, o que fez com que eu me sentisse mal por dentro.

 

Ainda naquele mesmo dia eu havia cogitado a ideia de voltar pra França. Como eu pudera ser egoísta ao ponto de pensar em me separar de uma das melhores coisas da minha vida?

 

Encarando os olhos brilhantes de Vilu, percebi que não conseguiria deixa-la. Eu daria um jeito de me afastar de German, sem ter que me afastar de Violetta.

 

— Eu vou sempre estar perto de você. - Afirmei verdadeiramente.

 

— Eu sei, tia. - Alegou. - Hoje foi a única exeção, não é?

 

— Por que diz isso? - Perguntei confusa. Suas palavras não faziam sentido pra mim.

 

Vilu revirou os olhos, como se a resposta fosse óbvia.

 

— Tenho a impressão de que hoje você passou o dia mais com o papai do que comigo. - Ela me lançou um sorriso acompanhado de um olhar de como quem sabe das coisas.

 

Vilu estava praticamente certa, mas eu não admitiria isso.

 

— Você está enganada, mocinha.

 

— Eu vou fingir que acredito em você, Angie. Só dessa vez, porque estou com muito sono para discutir sobre o assunto. - Ela bocejou. - Mas da próxima você não escapa.

 

Bati continência e Vilu sorriu, balançando a cabeça.

 

— Você não tem jeito mesmo, Angie.

 

Dei de ombros.

 

— Eu sei que eu sou insubstituível. - Brinquei.

 

— Convencida.

 

Nós duas rimos, até que Vilu bocejou novamente.

 

— Acho que está na hora de você descansar.

 

— Eu concordo. - Vilu disse sonolenta.

 

Eu ajudei Vilu a se acomodar e deitei ao seu lado. Comecei a fazer cafuné até Vilu dormir, o que não demorou muito já que ela parecia bem cansada.

 

Bocejei.

 

Eu não sabia que eu estava tão cansada, mas naquele momento dormir me pareceu tão agradável... que acabei adormecendo também.

 

                                         (…)

 

                                  GERMAN

 

Eu estava terminando de enviar um e-mail para um cliente, quando a campainha tocou.

 

Geralmente era Olga quem atendia as visitas, mas como os amigos de Violetta passaram a tarde aqui e ela fez questão de os encher de guloseimas, ela deveria estar cansada. Então, eu mesmo atendi a porta.

 

— Olá, meu amor! - Priscilla me cumprimentou com um selinho.

 

— Como vai, Priscilla? - Abri espaço pra que ela entrasse.

 

— Estou bem, querido. E você? Soube que a Vilu passou mal, mas infelizmente não pude vir antes, aconteceu um grande imprevisto em uma de minhas empresas e eu tive de resolver. - Explicou. - Eu queria poder ter estado aqui.

 

— Agora estou bem, obrigado. Não precisa se preocupar, Vilu já está melhor.

 

— Que bom! - Ela sorriu e foi logo entrando no meu escritório.

 

— O que está procurando, meu amor? - Eu quis saber.

 

— Os convites, temos de enviá-los logo. Já atrasamos demais.

 

Droga! Eu havia esquecido completamente de assinar os convites do noivado.

 

Antes que eu pudesse me manifestar, Priscilla encontrou os convites. E logo que seus olhos bateram nos mesmos e deram falta da minha assinatura, ela cerrou os olhos e me dirigiu um olhar que pedia uma boa explicação.

 

— Vamos, German. Estou esperando uma ótima explicação para a ausência de sua assinatura. - Cruzou os braços, irritada. - Por que você deve ter uma e muito boa, não?

 

— Priscilla, eu…

 

— Nem venha me falar que não teve tempo, pois desde o dia que os convites estão com você dava muito bem para você ter assinado.- Ela explicou e saiu do meu escritório exaltada.

 

— Priscilla - Chamei, mas ela nem pareceu escutar. Seu olhar estava sobre a bolsa de Angie.

 

— De quem é? - Quis saber. - Não me lembro de ter uma bolsa nesse modelo.

 

— É da Angie. - Respondi.

 

Priscilla riu, irônica.

 

— Ah, claro, a Angie! - Escarneceu. - Como eu não adivinhei antes? Pelo jeito ela vai passar a noite aqui, eu suponho.

 

— Não precisa ficar assim, Priscila. - Tentei acalmá-la. - É só por essa noite.

 

Priscilla riu novamente.

 

— Você não acha que essa mulher tem dormido muito nessa mansão ultimamente? Eu pensei que ela tivesse uma casa. - Se exaltou - Essa mulher tem passado muito tempo aqui e pelo jeito, você têm feito compania à ela já que não teve tempo para assinar os convites do seu NOIVADO. - Ela deu ênfase a última palavra.

 

— Priscilla, me deixa explicar. - Pedi, mas ela ignorou.

 

— Eu acho que nós dois precisamos de um tempo para pensar. - Declarou, a voz ainda claramente irritada, mas amena. - Vamos cancelar o noivado por hora. Eu preciso de um tempo.

 

— Se é isso que você quer. - Dei de ombros. Se era isso o que ela precisava, eu não poderia negar. Eu não tinha o direito de discordar da decisão dela.

 

— É o que eu quero. - Confirmou, a voz seca. E saiu da mansão.

 

Eu não queria machucar Priscilla, talvez fosse melhor assim. Ela era uma mulher maravilhosa e merecia o melhor.

 

Eu precisava me acalmar, então subi as escadas para ir ver minha filha.

 

Logo que cheguei lá, encontrei Ludmila parada na porta. Um sorriso lhe curvava os lábios.

 

Queria saber o que ela observava, então caminhei até ela. Quando segui seu olhar, acabei sorrindo também. Violetta e Angie dormiam, Angie abraçava Vilu como uma verdadeira mãe faria. A cena era comovente.

 

— Elas até parecem mãe e filha, não? - Ludmila disse, sem olhar pra mim.

 

— Parecem mesmo.

 

Ludmila sorriu melancolicamente dessa vez. Ultimamente ela parecia bem triste. O único que conseguia lhe arrancar um sorriso verdadeiro era Federico.

 

— Eu ouvi você e minha mãe. Acho que vocês fizeram bem em dar um tempo.

 

— Ludmila, pensei que a fase de querer estragar meu namoro com a sua mãe já tivesse passado...

 

— E já passou. Acredite. - Ela respondeu e eu acreditei em suas palavras. Ludmila estava falando a verdade. - É que eu não entendo.

 

— O que você não entende? - Perguntei, curioso.

 

— Olhe para você, Vilu e Angie. Vocês são uma família de verdade. Qualquer um nota o amor que existe entre vocês. - Explicou, me surpreendendo com suas palavras. - Se você se casar com minha mãe essa conexão que vocês três possuem vai ser abalada.

 

— Ludmila... - Comecei, mas ela me interrompeu.

 

— Eu ainda não acabei. - Ela me encarou seriamente. - Você tem certeza que quer mesmo se casar com minha mãe um dia?

 

— Sim, eu acho… Por que está me perguntando isso, Ludmila?

 

— É que toda vez que eu olho pra você e pra Angie, tenho a impressão de que a história de vocês ainda não terminou. Vocês se amam, eu sei. - Afirmou certa de si e de suas palavras.

 

— Como pode ter tanta certeza disso? - Quis saber, intrigado.

 

— O jeito como vocês se olham… É especial. - Disse sorrindo docemente. - Você olha pra Angie da mesma forma que eu olho pro Frederico e eu amo aquele italiano mais que tudo nesse mundo.

 

Balancei a cabeça, negando.

 

— Eu e Angie ficamos no passado. Eu estou noivo da sua mãe agora.

 

— Eu sei, mas… Uma história nova não pode começar sem que outra tenha terminado. Não é possível seguir em frente se ainda há coisas que te ligam ao passado. Uma história inacabada pode machucar.

 

Ludmila me deixou completamente sem palavras. De onde ela tinha tirado tudo aquilo que me disse? Eu sabia que ela não disse o que disse para que eu questionasse meus sentimentos por sua mãe. Ela realmente estava mudando.

 

— Bom, eu já vou indo. - Ludmila anunciou. - Tchau, German.

 

Ludmila se aproximou e me abraçou. Eu retribui.

 

Quando a garota estava prestes a descer a escada, ela parou e olhando carinhosamente pra mim, disse:

 

— Não se esqueça do que eu disse. - Ela falou, sorrindo levemente. E descendo as escadas logo após, sem esperar por uma resposta.

 

Ludmila estava certa. Eu tinha certeza de que as palavras dela não me deixariam tão cedo.

 

                                         (…)

 

                               NARRADORA

 

O relógio marcava meia-noite em ponto, mas German ainda não havia pregado os olhos.

 

As palavras de Ludmila ficavam martelando em sua mente:



       "Não é possível seguir em frente se ainda há coisas que te ligam ao passado. Uma história inacabada pode machucar"

 

Ele sabia que Angie e ele precisavam de uma despedida, um término na sua história que se iniciara anos atrás. Quem sabe assim eles conseguiriam seguir em frente depois disso, depois de colocarem um ponto final em sua história.

 

German decidiu tomar um ar fresco. Ele gostava de sentar-se perto da piscina para pensar.

 

E foi o que ele fez, mas logo que se aproximou da piscina quase levou um susto. Angie permanecia sentada na beira da piscina.

 

German caminhou até ela, e seguiu o exemplo da loira, sentando-se ao seu lado.

 

Angeles nem percebeu a movimentação do moreno. Encontrava-se imersa em pensamentos que alternavam entre presente e passado. Era fácil se perder quando as memórias que ela vivera com German vinham à sua mente.

 

German estranhou a falta de reação dela. O olhar da loira era altivo, ela não olhava para um ponto específico. Parecia hipnotizada.

 

— Angie... - German chamou, tocando levemente o pulso dela.

 

Angie despertou imediatamente de seus devaneios e o encarou surpresa.

 

— O que você está fazendo aqui? - Ela questionou.

 

— Eu poderia lhe fazer a mesma pergunta. - German atalhou.

 

— Eu não estava conseguindo dormir. - Angie respondeu. - Então, decidi vir aqui fora pra pensar um pouco. E você?

 

— Acho que a insônia veio visitar nós dois. - German disse sorrindo levemente e Angie retribuiu. - Posso te fazer uma pergunta?

 

Angie deu de ombros.

 

— Sim, se eu puder responder...

 

— Você acha que merecemos uma despedida? Um término na nossa história, para que possamos seguir em frente.

 

Angie ficou surpresa e sem palavras por um momento. Nunca poderia adivinhar que German iria dizer aquilo.

 

— Tudo que tem um começo merece um término. - Angie confessou. - Acho que é justo.

 

German colocou-se de pé e estendeu uma mão para Angie.


      - Vamos? - Ele sorriu, e Angie teve certeza de que com ele pedindo assim, ela aceitaria ir pra onde ele quisesse.

 

— Pra onde vamos? - Ela aceitou a mão estendida a ela, e German ajudou-a se colocar em pé.

 

— É surpresa. - Ele sussurrou como se estivesse contando um segredo a ela, o que arrancou um riso da loira.

 

— Eu adoro surpresas, mas odeio ficar curiosa.

 

— Então não fique. - Ele piscou pra ela, brincando.

 

— Como se fosse fácil. - Ela disse e deixou que German a guiasse pra onde quer que ele quisesse.

 

Ela confiava em German e queria que a despedida deles fosse especial. Quem sabe assim, ela poderia seguir em frente…

 

                                            (…)



         - Vai demorar muito pra gente chegar? - Angie quis saber, sentindo um misto de curiosidade e ansiedade tomarem conta de si.

 

German riu com a ansiedade dela.

 

— Angie, faz apenas cinco minutos que estou dirigindo. - Respondeu em bom tom, humorado.

 

— Você sabe. Surpresas me deixam maluca, enquanto não descubro o que é não consigo sossegar.

 

— É, acho que já percebi.

 

— Posso ligar o rádio? - A loira pediu. Música sempre a acalmava.

 

— Claro.

 

Angie ligou o rádio, que os fez companhia por mais bons minutos, enquanto não chegavam ao seu destino.

 

Quanto antes Angie esperava, German estacionou o carro.

 

— Posso tirar a venda? - A loira perguntou percebendo que o carro parara de andar. Quando faltava apenas alguns minutos para chegarem ao seu destino, German pedira a ela que colocasse uma venda para não estragar a surpresa.

 

— Ainda não. Mas em breve. - Explicou. - Eu vou te guiar, não se preocupe.

 

German saiu do carro, deu a volta no mesmo, abriu a porta de Angie e ajudou-a sair.

 

German a guiou até certo ponto, e quando achou que já era hora de revelar a impaciente Angeles sua localização, retirou cuidadosamente a venda dela.

 

Angie abriu os olhos e maravilhada, disse:

 

— Eu não acredito! Você me trouxe à praia. - Ela olhou ao redor. - Eu nunca teria imaginado.

 

— E foi por isso que te trouxe aqui. - German completou.

 

— Bem que eu pensei ter ouvido as ondas do mar se chocando, mas achei que fosse coisa da minha imaginação. - Ela segurou a mão de German, puxando-o. - Vem, eu quero caminhar a beira do mar. Faz tempo que não faço isso.

 

German a seguiu, contagiado pelo animação dela.

 

Caminharam de mãos dadas por alguns minutos, em silêncio. O único barulho era o das águas, que molhavam seus pés descalços.

 

— Me conta um segredo. - Angie disse de repente, interrompendo o silêncio confortável entre eles.

 

— Um segredo? - Perguntou surpreso.

 

— Isso, um segredo. - A loira confirmou. - Deve existir algum fato que ninguém conheça sobre German Castillo.

 

— Okay, me deixa pensar um pouco… - Ele fingiu estar muito concentrado, fazendo Angeles sorrir. - Eu adoro cozinhar.

 

— Sério? - Angie perguntou, incrédula. Ela mesma, não gostava de cozinhar mesmo que tivesse tempo para fazê-lo, e German sendo o homem ocupado que era, não parecia apreciar culinária. Mas German sempre acabava surpreendendo-a. De um jeito ou de outro.

 

— O que? Não me olhe assim, Angie. Quando se está cursando a faculdade e mora sozinho, você tem de aprender a se virar. Não dá pra viver só de miojo.

 

Angie riu da última frase.

 

— Nunca imaginei que fosse um amante da culinária. - Ela acrescentou. - Nunca o vi cozinhando.

 

— É porque, como você sabe, não tenho muito tempo livre.

 

— É, eu sei. - Ela concordou ainda sorrindo.

 

— Sua vez. - German falou. - Conte um segredo.

 

— Não sou loira natural. - Revelou. - Mas você não pode contar pra ninguém se não vai estragar meu disfarce. - Ela tocou os cabelos para dar ênfase ao que havia dito - Promete que vai guardar segredo? - Brincou, levantando o mindinho.

 

— Dou minha sincera palavra. - Ele envolveu seu mindinho no dela. - Pronto, agora você pode ficar sossegada. Seu segredo está a salvo comigo.

 

Angie soltou uma risada gostosa. Aquele tipo de riso que alegra até o mais amargurado coração.

 

German se viu encantado com a alegria dela. Vê-la feliz enchia seu coração de paz.

 

— Outro segredo. - Ele pediu. - Ainda não sei se esse vale.



         - Tá bom. - Ela concordou. - Adoro ler e assistir romances, daqueles bem melosos e açucarados. Onde os personagens principais sempre acabam juntos e vivem felizes para sempre. Sei que são totalmente irreais, mas não consigo deixar de os ler e assistir. - Contou. - Já deixei até de sair para poder ficar com meus livros e filmes. Mas nunca conte isso a Brenda, minha melhor amiga. Se ela não estivesse tão longe na França e me ouvisse falar isso, tenho certeza de que ficaria brava comigo.

 

— Não se preocupe. - German se pronunciou, sorrindo. - Esse segredo também está a salvo comigo. No que depender de mim, Brenda nunca saberá do que acaba de me contar. Prometo.

 

— Acho bom mesmo. - Angie atalhou.

 

                                              (…)

 

German e Angie ficaram por mais uma hora na praia. Sentaram um ao lado do outro na areia e conversaram sob variados assuntos, enquanto a luz da lua e das estrelas iluminava a praia.

 

Passado essa uma hora, decidiram voltar pra casa. A viagem fora calma, como a ida.

 

Já na mansão, querendo prolongar um pouco mais a "despedida", German sugeriu:

 

— O que acha de assistirmos um de seus filmes românticos?

 

— Agora? - Angie perguntou, sendo surpreendida novamente por German. - E se acabarmos acordando alguém?

 

— Não vamos. Vilu esta cansada e Federico e Olga tem o sono pesado.

 

Angie pensou por alguns segundos na resposta. E por fim, a vontade de ficar perto de German acabou vencendo e ela aceitou.

 

Eles assistiram o filme em completo silêncio. Apenas ficaram ali aproveitando a companhia um do outro.

 

Angie mantinha-se escorada sob o peito de German, enquanto ele a mantinha perto de si, envolvida em seus braços.

 

Era claro pra ambos que não seria nem um pouco fácil se afastarem. Mas quem disse que seguir em frente era fácil? Acreditavam que seria melhor assim. Pensavam não poder existir um futuro duradouro entre eles. O destino já os dera provas necessárias para que acreditassem nisso.

 

No final do filme, German percebera que Angie adormecera, então desligou a Tv e a pegou delicadamente no colo.

 

Logo que chegou ao quarto de hóspedes, German acomodou Angie na cama e cobriu-lhe com um lençol, já que o clima estava ameno.

 

Ele sentou-se por um momento ao lado dela, observando o belo rosto sereno de Angeles enquanto ela dormia serenamente.

 

Enquanto velava o sono de Angeles, uma conversa que tiveram ainda na praia, lhe veio a mente:



          - Você não vai mais pra França não é? - German perguntara, ansioso pela resposta. Aquela pergunta vinha o acompanhando o dia todo.

— Não, não posso. - Angeles confessara. - Minha vida está aqui. Quero seguir em frente sem ter de mudar de país outra vez.

 

Depois dessa confissão, que aliviara German mais do que deveria, Angie querendo se livrar do rumo sério que a conversa havia tomado, trocou de assunto, narrando uma de suas peripécias de quando era criança, o que fez a conversa retornar ao rumo descontraído e leve que tinha antes de German fazer a pergunta.

 

O moreno continuou ali por mais alguns minutos, encarando o anjo que repousava ao seu lado.

 

Percebendo o quão tarde era e o quão cansado estava, German decidiu que era hora de dormir.

 

German se aproximou da loira, depositou um beijo casto em sua testa e sussurou:

 

— Obrigada por hoje, meu anjo. Nunca vou me esquecer dessas horas que passamos juntos.

 

Dito isso, German fora pro seu quarto, não deixando de pensar no quão difícil seria se afastar de Angeles.

 

                                              (…)

 


                                                     ANGIE



          A manhã trancorrera bem.



         Logo depois do café, eu disse que precisava ir pra minha casa já que Vilu estava recuperada e eu precisava organizar tudo para meu regresso ao Studio. German se propôs a me levar e eu acabei aceiteitando.

 

Logo que chegamos a minha casa, German me acompanhou até a entrada e nos despedimos com certa relutância.

 

Eu sabia que minha situação e a de German fora longe demais. Já passava de nosso alcance, apesar de que nossa história terminara nessa madrugada. Faltava algo para encerra-lá por completo.

 

Eu respirei fundo. Eu sabia que havia cem por cento de chance de eu me arrepender do que eu faria a seguir, mas mesmo assim segui em frente.

 

Eu sabia que German ainda não tinha entrado no carro, eu sentia seu olhar em mim, esperando que eu entrasse para depois ir embora.

 

Me virei e corri em sua direção. Ou melhor, para os seus braços.

 

German me recebeu surpreso. Mas não deixei que ele pensasse muito naquilo. Meus lábios encontraram os seus.

 

A princípio German, surpreso, não reagiu. Mas quando a surpresa passou e ele se deu conta do que acontecia, tratou de corresponder ao beijo.

 

Suspirei involuntariamente contra os lábios de German, ao sentir que o mesmo respondia ao beijo com a mesma intensidade que eu.

 

Mas dessa vez, eu senti que esse beijo fora diferente. Diferente de todos os outros beijos que trocamos. Ele tinha um ar de despedida.

 

Fora diferente do outro beijo. Dessa vez não nos beijavamos como se o mundo estivesse prestes a acabar, mas sim, com lentidão e delicadeza. Como se quiséssemos arquivar e eternizar cada momento, cada toque.

 

German acariciava minhas costas, suas mãos subiam e desciam em um movimento leve e doce.

 

Envolvi seu pescoço com meus braços. Eu queria ficar o mais próxima possível de German por uma última vez.

 

Quando eu menos esperava, senti o chão sumir de meus pés, literalmente. German me pegara no colo e me carregou até dentro de minha casa, interrompendo o beijo por alguns segundos.

 

German me carregara até o sofá e logo que sentou-se a meu lado, seus lábios retornaram aos meus com mais intensidade que antes. Dessa vez, fora eu que me vi surpresa.

 

Enquanto seus braços me envolveram, minhas mãos trilharam um caminho até seus cabelos negros, bagunçando-os, moldando-os à minha vontade.

 

O beijo que se iniciara intenso, aos poucos fora tornando-se novamente devagar, até o encerrarmos com um selinho.

 

German se afastou, para logo após colar sua testa à minha, enquanto esperávamos nossas respirações se estabilizarem.



— Está na hora de deixarmos os fantasmas do passado pra trás. - Eu disse ofegante, mantendo meus olhos ainda fechados.

 

— Eu sei. - German concordou e sua respiração tão desrregulada quanto a minha, acariciou meu rosto.

 

Abri os olhos e me afastei. Percebendo meu afastamento, German abriu seus olhos que tanto me cativavam, e me encarou.

 

Antes de dizer qualquer coisa, uni suas mãos as minhas.

 

— German… - Comecei, sentindo minha garganta seca, em antecipação das palavras que eu diria. - Quero que você saiba que sempre vai poder contar comigo. Mas é hora de seguir em frente. De deixar o passado no passado. E pra isso acontecer é melhor que tomemos uma certa distância de agora em diante.

 

Eu sabia que inevitavelmente acabariamos nos encontrando uma hora ou outra. Mas eu faria o possível para que esses "encontros" acontecessem com bem menas frequência. Aliás, como eu tentaria esquecer German se sempre acabavamos nos cruzando? Como eu seguiria em frente, se quando o via os momentos que passamos juntos vinham a minha mente? Distância era claramente o que precisávamos.

 

— Você nunca mais vai querer me ver? - German perguntou, parecendo realmente triste e um tanto aflito.



           Sorri, quase tristemente.

 

— É claro que vamos nos encontrar novamente. Ou você acha que vai se livrar de mim pra sempre? - Brinquei, tentando melhorar o ânimo de German, vê-lo triste me machucava. E minhas palavras realmente trouxeram um sorriso ao seu rosto tão belo.

 

— É difícil se livrar de você. - German respondeu, o sorriso prevalecendo em seu rosto.

 

— É, eu sei. - Dei de ombros, brincando.

 

Nos encaramos por alguns segundos, sem dizer ou fazer absolutamente nada. Até que toquei seu rosto carinhosamente, ainda encarando-o. Eu queria guardar todos os detalhes daquele momento, como a maneira com que German sorria pra mim, ele parecia tão em paz.

 

Ele segurou brevemente a mão que acariciava seu rosto, e depositou um beijo delicado sob meu pulso machucado. Se beijos pudessem curar machucados, eu tenho certeza que aquele curaria.

 

Seus olhos marcantes e intensos voltaram a me fitar. German estava prestes a se aproximar de mim e dizer algo, quando seu celular apitou.

 

German retirou o aparelho do bolso, desbloqueou o celular, leu a mensagem que piscava na tela, e logo depois passou a mão desocupada pelos cabelos.

 

— O que foi? - Preocupei-me.

 

— Esqueci de que tenho uma reunião em meia hora. - Contou com pesar. - Infelizmente, tenho que ir.

 

German parecia realmente descontente em ter de ir embora, mas a mensagem acabara chegando em boa hora. Já era hora de ele ir embora, não podíamos ficar retardando algo que precisava acontecer. Precisavamos de um tempo separados e pra isso tínhamos de nos afastar.

 

Meu coração doía só de pensar em ter que me contentar em ver German apenas de vez em quando. Já tentaramos ser até amigos mas nem isso funcionou. Não havia outro jeito de seguir em frente, que não fosse esse.

 

German se aproximou de mim e depositou um beijo meigo em minha testa, para logo depois sussurrar, um tanto triste:

 

— Adeus, Angeles.

 

Eu o vi caminhar até a porta, mas quando ele estava prestes a sair, eu me levantei em um impulso e disse:

 

— Espera, German.

 

German se virou em minha direção e parou.

 

Caminhei até German e o abracei. Seus braços me envolveram com tanta necessidade quanto eu me agarrei a ele.

 

Por que era tão difícil deixá-lo partir? Nós ainda continuariamos nos vendo uma vez ou outra, mas a dor que se alojara no meu coração dizia que nada mais seria o mesmo. Nossa história realmente acabara. Colocamos um ponto final nela, deixando os fantasmas do passado evaporarem.

 

Não sei por quanto tempo ficamos agarrados um ao outro, mas parecia insuficiente. Eu queria continuar abraçada a ele, mas estava na hora de eu pensar em mim, de eu reconstruir minha vida em Buenos Aires sozinha.

 

Levantei a cabeça, para olhar mais uma vez para aquelas profundezas, que me correspondiam o olhar.

 

Fechei os olhos, respirei fundo e pela última vez deixei que meus lábios tocassem os de German.

 

Não fora um beijo intenso, mas sim calmo, um simples resvalar de lábios. Cada movimento parecia dizer adeus.

 

Encerrei o beijo e sussurrei da mesma forma que o moreno à minha frente havia feito:

 

— Adeus, German.

 

Não era uma despedida pra sempre. Era o adeus que encerrara tudo e nos libertava do passado.

 

— Seja feliz, Angie. - Ele beijou minha bochecha com os olhos fechados, demorando-se um pouco mais do que a breve carícia exigia.

 

E sem que eu pudesse acrescentar algo, German saiu, fechando a porta atrás de si. Quanto antes aceitassemos que não podia haver nada entre nós, melhor seria. Não tinha o porquê de prolongar o momento. Nunca daríamos certo juntos, isso era um fato.

 

E foi assim que o último capítulo do livro que representava nossa história, se encerrou.

 

                                             (…)  

 

                            * NOTAS: TRADUÇÃO

 


                          "Mande meu amor para sua nova amada
                           Trate ela melhor
                           Temos que nos libertar de todos os nossos fantasmas
                           Nós dois sabemos que não somos mais crianças"




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Notas finais do capítulo

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