Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 33
Capítulo 33 - Um Recomeço, Um Pedido


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente! ❤ Como vocês estão? Espero que bem ❤ Aqui está o próximo capítulo, espero de coração que vocês gostem!

Primeiramente, quero pedir perdão por demorarmos tanto para postar, as coisas estão bem complicadas ultimamente, mas estou dando o meu melhor para tentar dar conta de tudo rsrs ❤

Vou fazer o possível para estar mais ativa por aqui, então qualquer coisa podem contar com a gente ❤ Estamos todos passando por um momento bem difícil com essa pandemia, precisamos nos unir e apoiar uns aos outros ❤

Quero agradecer as lindas que sempre nos presenteiam com seus maravilhosos comentários, o incentivo de vocês significa muitooo pra gente! ❤ Obrigada:

#LOVE ANGIE
#DUH LEON
#BLACKSPACE
#GABRIELLASANTOS

❤ POR FAVOR, comentem o que acharam, a opinião de vocês é essencial pra gente ❤

Boa leitura! :)



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"You know our love can save it all
We’ve been together for so long
So don’t give up on who we are
We’ll work it out somehow
You know a word can change it all
I had my doubts but now I know
I’m wanna be with you for life
Each day and every night
Because our love can save it all"

* Love Can Save it All - Andra


NARRADORA

Depois de aproximadamente 14 horas de vôo, das quais Angie dormira boa parte delas, a loira finalmente chegara em Sevilha.

Depois de desembarcar e passar por todas as burocracias necessárias, ela foi até um estabelecimento de aluguel de automóveis e alugou um carro, já que isso facilitaria sua estadia na cidade.

Vilu tinha lhe contado onde o pai ficaria hospedado em Sevilha quando informara a tia no dia anterior sobre a tal reunião de última hora. Angie ficara enternecida quando a sobrinha lhe contara que dessa vez o pai preferira a casa de campo dos avós. Só de lembrar daquele lugar várias memórias invadiram sua mente…

Uma chuva acompanhou Angeles durante todo o caminho, mas quando faltavam poucos minutos para que ela finalmente chegasse até a Casa de Campo Castillo seu carro quebrou. Ela realmente não entendia nada de concerto de carros, nem se quisesse conseguiria identificar o que havia de errado com o carro recém alugado.

Decidiu que seguiria o caminho a pé, seria rápido, questão de poucos minutos.

Trancou o carro, pegou seu guarda-chuva e logo que começou a caminhar, a chuva pareceu aumentar.

Faltavam poucos metros quando seu guarda-chuva fora levado pelo vento, mas isso não a impediu, ela continuou a caminhada, que agora seguia em passos mais rápidos.

Alguns metros depois ela já se encontrava dentro da propriedade. Tocou a campainha ansiosa e esperou que alguém viesse atender.

Logo que German abriu a porta, entrando em seu campo de visão, Angeles não pensou duas vezes. Correu para os braços dele e o beijou apaixonadamente.

A princípio German ficara tão surpreso com a rápida sequência de ações, que demorara alguns segundos para corresponder o beijo, mas quando seu corpo reconheceu o corpo da mulher em seus braços, ele segurou-a mais perto de si e beijou-a intensamente.

Aquilo só podia ser um sonho. Não podia ser real. Angeles estava em Buenos Aires, não em Sevilha. Mas a intensidade com que a mulher em seus braços correspondia ao beijo e o calor que emanava de seu corpo diziam outra coisa. Aquilo era real. Angie era real.

Ele encerrou o beijo com um selinho e encostou sua testa na da loira. Suas respirações estavam descompassadas, como se tivessem corrido uma maratona.

— German. — Ela chamou, ainda impactada com o momento. — Preciso conversar com você.

Ele elevou o olhar e encontrou uma Angie sorridente.

— Você é mesmo real. — Ele constatou e retribuiu o sorriso.

— Sou sim. — Ela respondeu, o sorriso se alargando ainda mais e deu um passo a frente.

German tocou o rosto dela carinhosamente.

Angie abriu a boca para explicar o que viera fazer ali, mas fora interrompida pelo moreno.

— Meu Deus, Angeles! Você está congelando. — Ele constatou e logo começou a ajuda-la tiarar o casaco ensopado. — Vem, vamos para o quarto, eu acendi a lareira.

German trancou a porta da casa e levou Angie até seu quarto.

Em questão de minutos as roupas molhadas de Angie haviam sido substituídas por roupas secas de German. A camiseta dele ficara um vestido nela, mas Angie não reclamou, pelo contrário adorou sentir o perfume que emanava das roupas dele sob sua pele.

Angie ainda tremia, então os dois sentaram no chão perto da lareira, onde um tapete felpudo se estendia quase pelo quarto todo, já que ali era o lugar mais quente da casa. German puxou Angie para o seu colo e envolveu ambos com um cobertor.

Ela agarrou-se ao corpo dele e permitiu-se ser envolvida pelos braços fortes e acolhedores do moreno.

Ficaram em silêncio por vários minutos, apenas escutando o fogo na lareira crepitar levemente. Até que German quebrou o silêncio:

— Não quero que isso soe como uma reprimenda ou algo do tipo, e espero que você me explique melhor o que aconteceu, mas você sabe que poderia ter pegado uma hipotermia, não é? — Ele perguntou.

Angeles virou-se entre os braços dele, de maneira que conseguisse olha-lo nos olhos.

— Na hora eu não pensei nisso, German. Meu carro quebrou aqui perto, eu achei que não teria problema nenhum caminhar um pouco, não sabia que a chuva estava tão forte assim. — Explicou e suspirou. — Tudo o que eu queria era chegar até você o mais rápido possível.

Agora era ele que sentia-se confuso. Ele pensou que dessa vez as coisas entre eles não teriam volta, mas se era isso mesmo, o que Angie fazia ali entre seus braços?

Ele balançou a cabeça, um sinal claro de confusão, como se tentando organizar os pensamentos.

— Eu pensei que quando você foi embora, aquilo significava um não. — Ele disse, mirando a loira atentamente, precisando de respostas.

Angie sorriu sentindo uma paz tão grande, finalmente, depois de tanto tempo, ela poderia dizer aquelas palavras. As palavras que os libertariam do passado e abririam portas para o futuro.

— Ah, German… — Ela pegou o rosto dele em suas mãos, e com os olhos brilhando deixou que o coração falasse. — Eu tive medo por tanto tempo de me machucar, mas percebi que pelo amor verdadeiro, pela felicidade, vale a pena qualquer risco. Eu não tenho mais medo, eu não vou mais deixar que o medo me impeça de escolher o que realmente me faz feliz, já fiz isso por tempo demais. Eu te amo, German Castillo, e não quero viver uma vida em que você não esteja comigo. Você me disse que queria tudo comigo e é exatamente isso que eu quero, tudo, o pacote completo. Eu sei que naquele dia eu disse coisas que não deveria, soei cruel, mas espero que possamos nos perdoar e seguir em frente. Estou disposta a enterrar o passado e abrir meu coração ao nosso futuro. Você também está? — Ela terminou, deixando as lágrimas que tentara segurar escorrer pelo rosto, não conseguia represar tantos sentimentos dentro de si.

German estava sem palavras, meia hora antes acreditava que o amor não era para ele e agora estava diante do amor de sua vida dizendo as palavras que ele mais queria ouvir.

— Angeles… Eu sei que eu errei com você e a culpa de você ter tido tanto medo de se machucar é minha, eu fiz escolhas erradas e daria tudo para poder concertar isso, mas isso está além de mim. O que posso lhe oferecer é a promessa de uma vida inteira lhe fazendo feliz e meu coração falho, que será para sempre seu.

Ela sorriu, emocionada, mesmo em meio as lágrimas.

— É tudo de que eu preciso, German.

German estava tão emocionado quanto Angeles, o momento parecia irreal. Eles lutaram por tanto tempo, mas finalmente se rendiam um ao outro.

— Me perdoa, Angeles, por ter sido um idiota e covarde tantas vezes, por ter te feito sofrer. Eu não tinha direito nenhum, mas te machuquei, errei mais vezes do que posso pedir seu perdão. Mas prometo que vou concertar tudo aquilo que quebrei e vou passar cada dia provando o quanto eu te amo. — Prometeu, confiando de que dessa vez as coisas seriam diferentes. E seriam, ele garantiria que dessa vez o universo conspiraria a favor deles.

— Eu também errei várias vezes, German. Não precisa pedir perdão, eu já te perdoei a muito tempo. De agora em diante o passado deve ficar no passado. O que importa é o presente e o futuro que nos espera. Não existe mais espaço para culpas, só para o amor. — Declarou, sentindo o coração bater ensandecido contra o peito. Felicidade inundava cada molécula de seu ser.

— Eu te amo, Angeles Carrara. E prometo que dessa vez as coisas serão diferentes.

— E eu amo você, German Castillo. Lutaremos juntos para que dessa vez as coisas dêem certo. E vão dar.

Sem conseguir conter a emoção que os preenchia no momento, German colou seus lábios aos de Angie, precisando selar a promessa que tinha feito, as palavras que dissera.

O beijo calmo se tornava cada vez mais exigente, ambos necessitavam de mais contato.

German prontificou-se a retirar a blusa de Angeles, e ela por sua vez, fez questão de dar o mesmo fim as roupas de German: jogadas no chão em um canto qualquer.

Em poucos segundos nada mais os separava. Ambos gemeram sentindo o contato de pele contra pele.

Angie procurou os lábios de German, que os receberam com paixão. Sua língua contornou os lábios dela, que imediatamente aceitaram o toque ousado.

Minutos depois, German deitou-a sob o tapete com cuidado e permitiu-se adorar cada parte do corpo da loira. Distribuiu beijos começando pela base do pescoço dela, para depois descer ao colo, onde dispôs de uma atenção especial, fazendo Angeles arquear o corpo, gemendo. Ela precisou segurar-se firmemente nos ombros dele, em busca de aplacar as sensações cada vez mais incríveis que German provocava em seu corpo ardente.

A respiração de Angie tornou-se cadenciada e suas pálpebras tremulavam. German adorava seu corpo enquanto sussurrava palavras bonitas sob sua pele. Aquilo era demais para suportar.

Ela gemeu o nome de German e ele logo cobriu os lábios dela com os dele.

O moreno passou os braços pelas pernas da loira, suspendendo-a do chão, para depois carrega-la até a grande cama de dossel.

German deitou Angeles e logo cobriu o corpo dela com o seu. Precisava senti-la por inteiro, mostrar a ela a dimensão de seus sentimentos.

Seus corpos se uniram em um encaixe perfeito, deixando ambos sem fôlego. German parou por alguns segundos, tentando acalmar a respiração sôfrega, antes de começar a movimentar-se.

Angie sentiu as barreiras que circundavam seu coração indo ao chão. A cada investida era como se uma barreira fosse derrubada. Até que não restasse nenhuma.

As mãos de Angeles agarraram os lençóis com força, mas logo foram cobertas pelas de German, que as uniu.

Angie também queria tocá-lo, adora-lo, da mesma maneira que ele fizera com ela, então inverteram a posição.

Angie aproveitou a posição para explorar o torso de German com os lábios. Ela trilhou um rastro de beijos começando na mandíbula dele, passando pelo pescoço até chegar ao peitoral musculoso, onde ela beijou demoradamente a região onde sabia que encontrava-se o coração do moreno. Ela sentiu o mesmo bater freneticamente contra seus lábios e sorriu, dando-se conta de que o seu batia na mesma sintonia.

German fechou os olhos com força, era impossivel conseguir mantê-los abertos. Angie estava acabando com a sanidade dele, seu toque era delicado, mas era como querer apagar um incêndio com gasolina. As chamas só aumentavam.

O fim se aproximava. German intensificou o aperto na cintura de Angeles, aumentando a velocidade dos movimentos.

Angie arqueou o corpo para trás sentindo ondas de prazer atravessarem seu corpo.

— German! — Ela gritou quando o ápice a atingiu. Lágrimas de prazer escorreram por seu rosto.

— Angie! — Ele gemeu, enterrando o rosto na curva do pescoço da loira, quando o ápice o atingiu em cheio.

Angeles desabou sob o peito de German, que a abraçou forte, enquanto seus corpos ainda tremiam.

— Ainda não consigo acreditar que tudo isso é real. — Angie sussurrou momentos mais tarde, enquanto German acariciava levemente as costas desnudas de Angeles, que agora mantinha-se deitada ao lado dele.

Ele sorriu e inclinou-se para beijar os lábios dela, um beijo calmo, despreocupado.

— Mas é melhor ir se acostumando com a ideia, porque dessa vez é para sempre. Eu prometo, Angie. — Ele segurou o rosto dela entre suas mãos e mirando profundamente aqueles olhos verdes que lhe olhavam com tanto amor, confidenciou: — Juntos nós vamos trabalhar para construir o futuro que tanto sonhamos. Antes de você entrar na minha vida, eu pensava que o amor era sinônimo de vulnerabilidade, que amar era perder. Mas você me mostrou que o amor pode salvar e foi exatamente o que você fez comigo. Me salvou de um futuro infeliz, me amou mesmo eu não merecendo, me transformou. E ainda me deu o melhor presente que eu poderia desejar, a esperança, um novo recomeço. — Ele disse e tocou carinhosamente o ventre levemente inchado de Angeles, que carregava o fruto de seu amor.

— German, meu amor, tudo o que eu mais quero é passar o resto da minha vida ao seu lado, cada dia, cada noite. Eu fui boba e confesso que tive minhas dúvidas, mas meu coração sempre foi seu.

Ela colocou a sua mão sobre a de German.

— Nós cometemos muitos erros no nosso caminho, mas esse bebê sem dúvida é o nosso maior acerto. — Ela confessou, sentindo-se mais feliz que nunca.

E naquele momento ambos souberam que o passado já não era mais tão importante, o medo, os erros, tudo ficava para trás. Em seus corações só havia espaço para o amor. Passaram muito tempo deixando o passado controlar suas vidas, mas a partir daquele momento eles iriam tomar as rédeas de suas vidas e construir juntos o futuro que tanto sonharam.

                         (...)

                      ANGIE

       — Você tem mesmo que ir? — Perguntei sentada na cama, enquanto observava German terminar de se arrumar.

        — Sim, meu amor. — Lamentou. — Tudo que eu mais queria era poder ficar aqui com você, mas tenho muita papelada para revisar lá na empresa.

— Entendo. — Respondi.

O fato era que eu não queria me afastar de German, os últimos dois dias que passamos juntos foram incríveis. Chegamos ontem a noite de Sevilha, o vôo fora tão cansativo que logo que chegamos na mansão eu literalmente desmaiei.

— Serão poucas horas, você nem vai ter tempo de sentir minha falta. — Piscou para mim, me presenteando com um de seus sorrisos de lado.

— Duvido.

German sentou-se ao meu lado e beijou minha testa.

— Nos encontramos no Studio mais tarde?

— É claro. — Sorri.

Os lábios de German se uniram brevemente aos meus em uma despedida calorosa e eu precisei refrear minha vontade de pedir a ele para ficar ali comigo por mais tempo.

Nos afastamos segundos depois e German tocou meu ventre carinhosamente.

— Amo vocês. — Confidenciou.

— Também te amamos.

Sorrimos um para o outro, cada pequeno momento entre nós dois era especial.

E com um selinho, nos despedimos por fim e German saiu do quarto, me deixando com um sorriso bobo no rosto.

Tudo isso parecia um sonho. Mas era real e eu não podia estar mais feliz por isso!

Meu estômago roncou, então desci as escadas e decidi preparar algumas panquecas.

Enquanto preparava meu café da manhã, flashbacks do bom tempo que passamos em Sevilha invadiram minha mente.

"German e eu acabaramos de jantar, nós mesmos preparamos a comida, que apesar de deliciosa demorou mais que o necessário para ficar pronta, já que não conseguiamos nos desgrudar e cozinhar pedia certa individualidade.

Depois de jantarmos sob a luz do luar, onde German estendera na grama do jardim lá fora uma toalha de piquenique, levamos os objetos sujos lá para dentro e ficamos deitados conversando.

Eu adorava a companhia de German e a aura leve que se criara entre nós dois. Agora, até os momentos de silêncio entre nós dois eram confortáveis.

— Nem acredito em tudo que aconteceu ultimamente, minha vida mudou tanto nos últimos anos. — Falei enquanto German brincava com meus cachos.

— Nem eu, meu amor. Passamos tanta coisa nos últimos tempos, tanto sofrimento… — Angie viu um relance de dor passar pelo rosto de German. Sabia que demoraria para ele parar de se culpar, mesmo que ambos tivessem culpa em tudo que acontecera.

— Ei, olha para mim.— Ela tocou o rosto dele carinhosamente, fazendo com que o moreno a mirasse. — Lembra do que combinamos? Nada de culpas, okay?

— Eu sei, mas vai levar um tempo até eu conseguir me perdoar, Angeles. Eu te deixei partir mais de uma vez. — Ele suspirou, passando as mãos pelos cabelos escuros. — Eu não te mereço, Angeles.

— Não diga isso, German. Nós dois merecemos esse amor, merecemos estar um ao lado do outro. Juntos somos mais fortes, né? — Falei lançando-lhe um sorriso, não queria ver German triste.

— Sim, você está certa. Como sempre. — Disse, o sorriso voltando ao seu rosto.

— Pode repetir isso? É tão bom saber que sempre tenho razão! — Brinquei.

German riu.

— Não seja convencida, meu amor!

— Olha quem fala! O rei dos convencidos. — Disparei, sem conseguir conter as risadas que vieram a seguir.

— E o rei agora encontrou sua rainha. — Ele disse e me trouxera para o seu colo, onde eu me acomodara prontamente.

— E os dois vão ficar juntos para sempre. — Conjurei e colei os lábios de German aos meus, como selando uma promessa.

Os braços fortes de German me abraçavam, como se estivessem segurando algo muito precioso, fazendo eu me sentir mais especial e amada que nunca.

Nós teriamos o nosso recomeço e dessa vez ninguém nos impediria, eu não deixaria que terceiros roubassem minha felicidade. E com essa determinação, aprofundei o beijo, repousando minhas mãos em sua nuca.

As mãos de German passeavam deliberadamente sobre meus braços nus, como uma carícia, deixando o local sensível. German tinha o dom de me enfeitiçar com seu toque, de me fazer ansiar por ele.

Deixei a cabeça pender para trás ao sentir German afastar a alça do meu vestido e trilhar beijos pelo meu ombro e pescoço.

— German… — Murmurei, envolvida demais pelo momento.

Momentos depois, seus lábios procuraram novamente pelos meus, que os receberam com ardor.

Eu me senti inebriada, seus beijos me deixavam sem fôlego. Se tornavam cada vez mais necessitados e intensos.

Em determinado momento, German me envolveu entre seus braços, caminhou para dentro da casa e carregou-me até o quarto, onde depositou-me cuidadosamente na cama.

Sorrimos um para o outro e voltamos a nos beijar, deixando todos os nossos sentimentos virem a tona.

Acordei no outro dia com os raios solares inundando o quarto.

Me espreguicei e bati a mão ao meu lado na cama, percebendo que German não estava ali.

Por falar em German… Um sorriso surgiu em meus lábios ao relembrar a noite anterior… Como era possível amar tanto outra pessoa desse jeito?!

Ouvi barulhos vindos provavelmente da cozinha, German devia estar preparando nosso café da manhã.

Então me arrumei rapidamente, fiz minha higiene pessoal. Estava prestes a sair do quarto quando German entrou no mesmo com uma linda bandeja de café da manhã.

— Já acordada? O que aconteceu? Caiu da cama? — German brincou, colocando a bandeja sobre a cama. — Pensei em te fazer uma surpresa, um café da manhã na cama.

— Engraçadinho. — Sorri para ele, meus braços envolvendo seu pescoço. — Então você resolveu demostrar mais uma vez seus dotes culinários?

— Para você só o melhor, meu amor. — Disse e me deu um selinho.

— Eu e o bebê agradecemos. Estou faminta! — Disse e nós dois rimos.

Sentamos na cama e juntos desfrutamos de um ótimo café da manhã. Cada pequeno momento entre nós dois era especial, aliás a felicidade estava nos pequenos momentos que passamos ao lado de quem amamos.

Depois disso ficamos deitados em silêncio, minha cabeça no peito de German e seus braços ao meu redor. Eu gostava dessa posição, pois assim podia ouvir o pulsar do coração de German e de alguma forma aquele som me acalmava sempre.

— No que está pensando? — Cortei o silêncio, German parecia pensativo demais.

— Que da última vez que tivemos uma noite assim, eu despedacei seu coração no dia seguinte, eu te disse adeus. Mas eu prometo, Angie, que dessa vez eu vou ficar, agora e para sempre. — Ele colocou sua mão sobre a minha, que agora substituia o lugar em que minha cabeça estava pouco antes, seu coração. — Está vendo essas batidas? Cada uma é sua. Eu sou seu, Angeles Carrara. Para sempre. E não vou a lugar nenhum sem você.

Eu estava sem palavras. O que era algo difícil de se acontecer, pois eu literalmente adorava falar, mas German tinha essa capacidade.

— Ahh, German! Eu sinto exatamente o mesmo. Você está aqui, isso tudo é real. O passado não foi fácil para nenhum de nós, mas posso te garantir que meu futuro está intrinsicamente ligado com o seu. Onde você estiver, eu estarei. Eu te amo e sou sua agora e para sempre. — Falei emocionada, lutando para não chorar.

— Eu te amo, Angeles. — Ele disse e eu juro que meu coração perdeu uma batida. — Gostaria de te devolver algo.

— O quê? — Quis saber, curiosa.

German abriu os primeiros botões da blusa, revelando o mesmo cordão que tempos atrás me assustara, mas que dessa vez me deixara a beira das lágrimas. O cordão com o anel de compromisso. German ainda o guardava consigo, mesmo depois de tudo.

— Angeles Carrara, você aceita ser minha namorada? — Perguntou, os olhos parecendo brilhar mais que nunca.

— É claro que aceito! — Falei emocionada, deixando as lágrimas que eu tanto segurara, cairem livres.

Nossos lábios se uniram em um beijo apaixonado e repleto de felicidade.

German colocou a aliança no dedo correspondente e eu logo o abracei fortemente, como se minha vida dependesse disso.

— Estou tão feliz, German! — Confidenciei.

— Eu também, meu amor! Estarmos juntos, viver esse amor é tudo o que eu mais quero.

— É tudo o que eu mais quero também. — Disse, me sentindo feliz e segura entre seus braços fortes.

— Minha vontade era nos casarmos, mas acho que já apressamos demais as coisas. Vamos desfrutar o nosso amor sem pressa.

— Eu concordo. — Assenti. — Vamos nos preocupar em viver o agora. Tudo no seu tempo.

— Mas um dia, em breve, eu lhe farei a grande pergunta… — German começou.

— … e eu estarei pronta para dizer sim quando o momento chegar. — Completei.

Sorrimos um para o outro e nos permitimos repousar nos braços um do outro. Porque o amor era abrigo, tanto nos dias ensolarados como na pior das tempestades."

                       (…)

Sai dos meus devaneios quando uma mensagem de Vilu chegou no meu celular, avisando que já tinham voltado da casa de campo onde acontecera o casamento de Olga e Ramalho e que nos veríamos no Studio.

Ainda não tinha contado a Vilu sobre eu e seu pai, queria fazer uma surpresa. Pretendia contar logo que nos encontrassemos no Studio.

Terminei meu café, e como vi que ainda tinha algumas horas até precisar ir para o Studio decidi ler um pouco, fazia tempo que não me dedicava a esse hábito que eu gostava tanto.

Horas mais tarde, eu me encontrava na porta do Studio, esperando German, já que combinamos de nos encontrar ali.

Não demorou muito e um German sorridente veio ao meu encontro. E juntos entramos no Studio.

       Logo que adentramos o lugar senti uma aura diferente, algo não estava certo. Mas logo minhas dúvidas foram respondidas quando uma voz irritante soou próxima a nós:

— Olá, German! — Jade LaFontaine cumprimentou meu namorado, ignorando minha existência. — Como você está? Faz tanto tempo que a gente não se vê, né?

— Olá, Jade. É mesmo, muito tempo.— German respondeu meio encabulado, mas educado como sempre. — Estou ótimo e você?

Ela deu uma risada que embrulhou meu estômago.

— Estou incrivelmente bem! Nunca estive melhor! — Mais uma risada afetada. — Já souberam das novidades? Sou a nova diretora!

Diretora? Era uma piada, né? Eu lembro que tempos atrás Pablo me disse que Jade queria se tornar a diretora, já que aparentemente tinha comprado o prédio do Studio, mas como ninguém mais tocou no assunto, pensei que Jade já tinha esquecido da idéia. Mas conhecendo Jade devia ter previsto que ela não se esqueceria tão fácil de tal coisa.

— Ahh, oi Angie. Nem tinha te visto aí — Pareceu finalmente me notar. — E a propósito, você está despedida.

                     (…)


TRADUÇÃO:

"Você sabe que nosso amor pode salvar tudo
Nós estivemos juntos por tanto tempo
Portanto, não desista de quem somos
Nós vamos trabalhar com isso de alguma forma
Você sabe que uma palavra pode mudar tudo
Eu tinha minhas dúvidas, mas agora eu sei
Eu quero ficar com você para a vida
Cada dia e cada noite
Porque o nosso amor pode salvar tudo"

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? ❤ Contem pra gente nos comentários, adoramos saber o que vocês acham dos capítulos ❤

Tenham um fim de semana maravilhoso! Beijos! ❤



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