Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 18
Capítulo 18 - Um medo, Uma recuperação


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente ❤ Desculpa a demora pra postar esse capítulo.

Quero agradecer de coração as lindas que comentaram no último capítulo:
— Duh Leon
— ViolettaS2
— LeitoraTinista
— Blackspace

Obrigada pelos comentários meninas ❤

■ Não deixem de COMENTAR, os próximos capítulos prometem...

Posto o próximo capítulo quando esse capítulo tiver pelo menos 5 comentários. Boa leitura! ❤



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                              "Siento que me quitaron
                                         un pedazo de mi alma
                                         Si te vas no queda nada,
                                         queda un corazón sim vida
                                         Que ha raíz de tu partida
                                         se quedo solo gritando
                                         Pero a media voz"

                                    *Yo Te Esperaré
                                              (Cali y El Dandee)

 

                                      NARRADORA

 

Já fazia um tempo que Angeles estava sendo examinada. German andava de um lado para o outro da sala de espera. Simplesmente não conseguia se acalmar. Por que os médicos estavam demorando tanto para virem até ele dar alguma notícia?

 

Aquele hospital trazia lembranças que ele lutara muito para esquecer. No dia em que perdera Maria, estava naquele mesmo local. Lembrava-se muito bem da chuva torrencial que caia, do choro incessante de Violetta pedindo pela mãe e do medo que sentiu.

 

Angie tinha que ficar bem. Ela era a luz da sua vida e sentia que sem ela, viveria na completa escuridão. Eles tinham tanto pela frente ainda… Não poderia suportar a dor de perdê-la. Ela era o seu mundo, um dos melhores presentes que a vida havia lhe regalado.

 

German sentiu um toque suave em seu braço e se virou. Era Violetta.

 

— Papai. — A garota chamou. — Precisa se acalmar.

 

— Eu não consigo Vilu, se algo acontecer com a Angie…

 

— Eu sei papai. Eu estou com tanto medo. — Respondeu, com os olhos marejando.

 

German passou os braços ao redor da filha, abraçando-a. Vilu encostou a cabeça no peito do pai e deixou que as lágrimas que estava tentando segurar caíssem.

 

— Eu queria que isso fosse só um pesadelo. — Falou entre soluços. — E que quando eu acordasse tudo estivesse bem.

 

— Eu também queria Vilu. — Ele respirou fundo, ver a filha assim lhe partia o coração.

 

— A Angie vai ficar bem, não é papai? — Ela focou os olhos brilhantes no pai.

 

— Sim, meu amor. Só precisamos ter fé que ela vai se recuperar. — Depositou um beijo na cabeça de Vilu.

 

Ele mesmo precisava acreditar no que tinha dito à filha. Tinha que ser forte, se não por ele, por Vilu.

 

                                                 (…)

 

                                            GERMAN

 

Olhei para o meu relógio de pulso pelo que me pareceu a enésima vez. Estava há mais de duas horas esperando por notícias de Angie.

 

Eu não aguentava mais ficar sentado, por insistência de Vilu, numa cadeira da sala de espera. Eu precisava saber como a mulher que eu amava estava. Toda essa demora só me deixava mais apreensivo. Saber que tinha uma possibilidade de perdê-la, só fazia meu peito se apertar. Já estava me sentindo sufocado pelas paredes brancas e o cheiro de cloro do hospital.

 

Minha mente não conseguia se concentrar em mais nada, só em Angeles.

 

— Parentes de Angeles Carrara. — Um médico adentrou a sala de espera minutos depois, me tirando de meus devaneios.

 

Me levantei o mais rápido que pude e fui em direção ao médico.

 

— Eu sou o namorado dela, German Castillo.

 

— Olá senhor Castillo, sou o médico responsável pelo tratamento de Angeles. — Apertamos as mãos. — Podemos conversar?

 

Balancei a cabeça afirmativamente.

 

— Como ela está? — Meu coração batia forte contra o meu peito.

 

— Ela está aparentemente bem, mas ainda está desacordada. Só poderemos saber o grau de gravidade da situação ou se terá alguma sequela quando ela acordar e o resultado da tomografia sair.

 

— Obrigada, doutor. — Agradeci ao senhor grisalho, que me lançou um sorriso de "sinto muito".

 

Apesar do medo que eu sentia, esperava ouvir do médico que o meu anjo estava bem e que já tinha acordado.

 

— Foi o senhor que realizou os primeiros socorros? — O doutor me perguntou.

 

— Sim. — Concordei.

 

— O senhor fez um ótimo trabalho. Ela só está estável por sua causa. Mais alguns minutos que a senhorita Carrara tivesse ficado na piscina, ela não teria resistido.

 

Senti um frio descer pela minha espinha. Saber que se eu tivesse demorado mais um pouco, Angie teria… Eu nem conseguia pensar nisso.

 

— Posso vê-la?

 

— Pode, mas só por alguns minutos.

 

Ele me levou até onde Angie estava e eu entrei no quarto da UTI. Me aproximei dela e segurei uma de suas mãos.

 

Angie ainda estava um pouco pálida, mas a cor parecia estar voltando ao seu rosto. Ela parecia tão vulnerável deitada naquela cama e com um aparelho auxiliando-a na respiração.

 

Fiquei olhando para o seu peito subir e descer com a respiração. Tinha sido desesperador vê-la sem respirar.

 

Falavam que quando uma pessoa está inconsciente, ela pode ouvir, mas minha garganta estava tão apertada que eu não conseguia dizer nada. Deixei as lágrimas virem e darem evasão a dor que eu estava sentindo.

 

Não demorou muito para que o médico viesse me avisar que o tempo que eu tinha havia acabado.

 

Me levantei e beijei o topo de sua cabeça.

 

— Eu te amo, meu anjo. Fique bem, por favor. — Sussurrei antes de me afastar dela e sair da sala.

 

                                                    (…)

 

                                                 ANGIE

 

Minha cabeça estava latejando. Foi o primeiro pensamento que tive ao abrir meus olhos e piscar, tentando me acostumar com a claridade.

 

Onde eu estou? Olhei ao redor e constatei que estava num hospital.

 

Tentei me lembrar do que me levou a vir pra cá, mas não consegui. Me sentia confusa.

 

Uma enfermeira entrou no quarto.

 

— Que bom que acordou. — Ela sorriu, simpática. — Como se sente?

 

— Minha cabeça dói. — Tentei sorrir de volta e levei uma mão à minha cabeça.

 

— É normal você estar se sentindo assim, só se preocupe em descansar. Vou aplicar um remédio para dor no seu soro.

 

— Obrigada. — Agradeci depois de ela colocar o remédio no meu soro.

 

— Esse remédio vai te dar sono, então não se preocupe quando começar a se sentir sonolenta. Vou avisar o médico responsável que você acordou e já volto para te examinarmos.

 

Concordei com um aceno de cabeça.

 

Ela saiu do quarto e não demorou muito pra que os meus olhos pesassem e o sono me envolvesse.

 

                                                        (…)

 

1 hora depois…

 

                                               NARRADORA

 

— Senhor Castillo. — O médico se aproximou de German. — Tenho boas notícias.

 

German se levantou e seguiu o médico até o corredor do hospital. Sentiu seu peito se encher de esperança.

 

— A senhorita Carrara acordou, eu a examinei e está tudo bem. A concussão dela foi leve. Ela já está conseguindo respirar sozinha e o resultado do exame foi normal. Como ela não corre mais perigo, acabou de ser transferida da UTI para um dos quartos. Ela precisará ficar de observação essa noite, suponho que o senhor será o acompanhante dela.

 

— Obrigada por ter cuidado dela, doutor. — German sorriu, aliviado. Angeles estava bem.

 

— Não me agradeça senhor Castillo, esse é só o meu trabalho. Ela está no fim do corredor, primeira porta à direita. — O médico sorriu e apertou a mão de German.

 

                                                        (…)

 

                                                    ANGIE

 

Acordei com toques suaves em meu braço. Uma mão parecia acariciar meu braço carinhosamente. Estava tão bom que eu pensei em continuar com os olhos fechados. O remédio pra dor realmente fizera efeito.

 

— Angie. — Ouvi a voz que eu mais amava no mundo me chamar. Abri os olhos no mesmo momento.

 

— German. — Sorri, feliz por vê-lo.

 

Ele se aproximou de mim e envolveu meu rosto em suas mãos.

 

— Eu fiquei com tanto medo de perdê-la amor. Eu não suportaria viver em um mundo sem você. — Ele olhou dentro dos meus olhos.

 

Senti meus olhos se encherem de lágrimas ao vê-lo chorar.

 

Me sentei na cama e o puxei para mim. Envolvi meus braços ao seu redor.

 

— Eu estou bem. Não fique assim, por favor. — Pedi, não gostava de saber que era por minha causa que ele estava dessa forma.

 

— Como não amor? Ver você inconsciente e sem respirar foi horrível. Eu quase te perdi… — Ele passou os polegares pelo meu rosto suavemente.

 

— Mas não perdeu. Eu estou aqui. Só um pouco dolorida, mas bem.

 

— Você se lembra do que aconteceu?

 

— Não muito bem. Só consigo lembrar que bati a cabeça e me afoguei. Mas como isso aconteceu, não sei. — Tentei me esforçar para lembrar dos detalhes.

 

— Não se preocupe com isso. Só descanse amor. O médico me disse que quanto mais você manter repouso, mais rápido irá se recuperar.

 

— Ah, mas eu já dormi muito hoje. Não estou cansada. — Fiz bico.

 

— Mas mesmo assim precisa relaxar. — Ele riu.

 

— Só há um jeito de eu conseguir relaxar. — Lhe lancei um sorriso travesso.

 

— E qual é?

 

— Deita do meu lado. — Pedi e me afastei um pouco para o lado.

 

— E como eu poderia negar algo pra você? — Ele sorriu.

 

German se sentou na cama onde eu estava e me abraçou. Deitei minha cabeça em seu peito e me aconcheguei nele. Ficar nos braços de German era o que mais me relaxava. Me sentia protegida com ele, como se nada pudesse me atingir.

 

— Posso te fazer uma pergunta? — Levantei minha cabeça de seu peito para poder olhá-lo.

 

— Claro, o que você quiser.

 

— Pode me contar o que aconteceu depois que eu me afoguei?

 

German anuiu com a cabeça, parecendo aflito.

 

— Priscilla entrou na sala de estar e me disse que você estava se afogando. Eu corri direto pra piscina e a tirei de lá. — Ele respirou fundo e continuou. — Você não estava respirando e estava muito pálida. Eu iniciei a massagem cardíaca e a respiração boca a boca em você, mas você não reagia. Então eu continuei com as compressões e só depois de alguns minutos você expediu a água que tinha engolido e acordou. Mas não demorou muito e você desmaiou. Então o resgate apareceu e te trouxeram pra cá.

 

Os olhos dele marejaram novamente.

 

— Você me salvou. Se não fosse por você, eu nem estaria aqui. Obrigada. — Senti lágrimas molharem o meu rosto. Se German não tivesse me tirado da piscina…

 

— E faria tudo de novo se fosse necessário. Você é a mulher da minha vida.

 

Encostei meu rosto no seu. Nossas lágrimas se misturavam. Suas palavras haviam aquecido o meu coração. Eu nunca me sentira tão importante e amada por alguém como German me fazia sentir.

 

— E você o homem da minha vida.

 

Me inclinei um pouco e encostei nossos lábios. German envolveu minha cintura com cuidado. Passei meus braços em volta de seu pescoço e o puxei mais para mim.

 

Antes que o beijo evoluísse, German terminou-o com um selinho.

 

— German. — Eu disse em protesto. Queria que ele continuasse a me beijar.

 

— Você precisa descansar agora. Chega de beijos pra senhorita por hoje. — Ele sorriu.

 

— Sério?

 

— Seríssimo.

 

— Tá bom. — Acabei sorrindo também.

 

— Ah, eu estava quase me esquecendo. Tenho que te devolver algo. — Ele falou enquanto pegava algo dentro de sua carteira.

 

— E o que é? — Perguntei, curiosa.

 

— Seu anel de compromisso. A enfermeira que estava cuidando de você, retirou o seu anel e me entregou, porque se você inchasse por causa dos analgésicos, seria difícil retirá-lo. — Explicou e estendeu o anel na direção da minha mão. — Posso?

 

— Claro que sim. — Sorri.

 

Ele colocou o anel no meu dedo e depois beijou-o.

 

Ouvimos uma batida na porta e German foi atender. Quando ele voltou, perguntei:

 

— O que foi?

 

— Digamos que você tem várias visitas. Tem muita gente na sala de espera querendo te ver.

 

— É mesmo? — Fiquei feliz com o carinho que tinham por mim.

 

— Sim, amor. Quem você quer ver primeiro?

 

— A Vilu.

 

— Vou chamá-la. — Ele depositou um beijo na minha cabeça e foi chamar minha sobrinha.

 

                                                       (…)

 

                                              NARRADORA

 

— Angie! — Vilu correu ao encontro da tia e abraçou-a. Ficara tão preocupada em perder uma das pessoas mais importantes da sua vida.

 

— Vilu! — Angie aconchegou a sobrinha nos braços com carinho.

 

— Você está bem? — Olhou nos olhos da tia.

 

— Estou sim, querida. Não se preocupe. — Sorriu.

 

— Eu… Eu estou tão feliz que você está bem Angie. Nunca senti tanto medo. Eu não conseguia nem pensar na possibilidade de te perder… — Vilu soluçou.

 

— Não chore, Vilu, por favor. Não quero vê-la triste. — Enxugou as lágrimas da sobrinha.

 

— Mas e se...

 

— Está tudo bem, meu amor. Eu estou aqui, não vai me perder. — Fez com que a sobrinha se sentasse ao seu lado na cama e passou os braços ao seu redor.

 

— É que eu percebi que se eu tivesse te perdido, você partiria sem saber o que você representa pra mim.

 

— Eu sei o que eu significo pra você, querida.

 

— É que tem algo que eu nuca te contei. — Pegou nas mãos da tia.

 

— Então me conte. — Ela sorriu incentivando Violetta a falar.

 

— Você é a minha mãe Angie. Eu nunca te disse isso, mas eu quero que saiba. Você transformou a minha vida. Todos os anos eu pedia nas minhas cartinhas de Natal por uma mãe. Alguém que pudesse ocupar o vazio que eu sentia. E agora eu vejo que meu desejo se tornou realidade desde o dia que você apareceu na minha vida. Eu te amo.

 

— Ah, Vilu! Eu também te amo. Eu nunca vou substituir a Maria, mas eu te tenho como filha. É o que eu sinto no meu coração, você é minha filha.

 

Angeles deixou lágrimas banharem o seu rosto, ouvir tudo que Vilu havia dito a deixara emocionada. Sentiu seu coração se inchar com todo o amor que tinha por ela.

 

Elas continuaram abraçadas por longos minutos, num silêncio confortável.

 

— Me desculpa por tê-la assustado, Vilu. — Olhou para sobrinha.

 

— Não se desculpe por isso Angie. O importante é que tudo ficou bem. — A garota limpou as lágrimas do rosto e quando terminou, fez o mesmo com a tia. — E agora chega de chorar. Nós temos é que ficar felizes e comemorar.

 

— Concordo com você, querida. — Sorriu.

 

— Você já sabe quando terá alta?

 

— Ainda não, mas creio que entre amanhã e depois.

 

— Como você está lidando com ter que ficar em repouso? — A garota sorriu, sabia que a tia não era muito fã de ficar parada.

 

— Acho que razoavelmente bem, apesar de querer ir pra casa.

 

— Mudando de assunto, eu liguei pra vovó pra avisar que você estava no hospital. Tudo bem? — Vilu perguntou, pois sabia que a relação atual entre a tia e a avó não era das melhores.

 

— Sim, sem problemas Vilu. Apesar de tudo ela é minha mãe e merece saber. Obrigada por tê-la avisado. — Sabia que era um direito de Angélica saber o que acontecia com ela.

 

— Imagina. Ela ficou muito preocupada Angie, disse que pegaria o próximo vôo para Buenos Aires o mais rápido possível. Provavelmente ela chegará amanhã.

 

— Eu e ela temos muito o que conversar.

 

— Eu queria passar o resto do dia aqui com você Angie, mas tem mais gente na sala de espera querendo te ver, principalmente a Brenda e o Pablo. E com certeza o papai já está com saudade de você. — Violetta riu ao pronunciar a última frase, o que provocou risos em Angie também.

 

— Tudo bem, mas eu só vou te deixar sair se você me der um abraço bem apertado.

 

— Isso não precisa nem pedir.

 

Vilu sorriu e abraçou a tia, o mais apertado que pôde, mas tomando cuidado para não machucá-la.

 

— Agora sim você pode ir. — Angie sorriu.

 

A garota riu e beijou a bochecha da tia. Depois de despedir-se, voltou para a sala de espera para chamar quem seria o próximo a ver Angie.

 

                                                   (…)

 

Angeles acordou com German dormindo pacificamente ao seu lado. Era bom vê-lo assim depois do que acontecera. Ver o medo de perdê-la em seus olhos partiu seu coração.

 

Se lembrou da noite anterior que German cantara para ela dormir, enquanto brincava com seus cachos. O cuidado que ele tinha com ela era tocante. Como era possível amar tanto uma pessoa?

 

Angie aproximou suas mãos do rosto dele com carinho, sentindo a barba dele despontando. Ela continuou acariciando seu rosto até que ele abriu os olhos negros e brilhantes e a fitou.

 

— Bom dia meu anjo. — Falou com um sorriso e sentou-se.

 

— Bom dia amor. — Falou da mesma forma.

 

— Como você está? — Ele perguntou, atencioso.

 

— Estou bem. E você? Não deve ter sido muito confortável dormir comigo.

 

— Como não seria bom dividir uma cama com você Angeles? — Brincou.

 

— Eu devo estar parecendo um tomate. — Ela corou. — Já sabe quando poderei ir embora?

 

— Agora mesmo se quiser, seu médico passou aqui à uma hora atrás e disse que quando acordasse, já poderia ir.

 

— Que bom amor, não vejo a hora de voltar pra casa e dar minhas aulas no Studio. — Falou num ar sonhador.

 

— Nada disso, o médico disse que será necessário você manter repouso de uma semana.

 

— Mas não precisa, eu já estou bem. — Tentou.

 

— Angie, você bateu a cabeça, poderia ter sido muito mais grave. Você ainda não está cem por cento recuperada. — Ele olhou no fundo dos olhos dela, esperando que compreendesse.

 

— Você está certo, vou manter repouso. Não se preocupe.

 

— Pronta pra ir pra casa? — Perguntou com um sorriso de lado.

 

— Achei que nunca fosse perguntar. — Ela sorriu.

 

                                                 (…)

 

                                            ANGIE

 

Depois de chegarmos na mansão, tomei um banho e me sentei na cama do quarto de German enquanto ele tomava banho.

 

Tentei lembrar como eu tinha caído na piscina. Me concentrei nas últimas memórias que eu tinha antes de apagar.

 

Lembrei-me de sentir mãos me empurrando com força para a borda da piscina. Me assustei, por quê alguém faria isso? Tinha tanta gente na mansão ontem.

 

— Você está bem Angie? Está pálida.

 

German saiu do banheiro, sentou-se ao meu lado e me olhou com preocupação.

 

— Sim, eu estou bem.

 

— O que aconteceu amor? Você me parece assustada. — Ele tomou minhas mãos nas suas.

 

— Eu achei que eu tinha caído sozinha na piscina, mas consegui me lembrar de parte do que aconteceu. Alguém me empurrou German.

 

— Isso é muito sério. O risco que você correu… Te prometo que vou encontrar quem fez isso. — Senti German ficar tenso.

 

— Fique calmo amor. Eu estou bem. — Tomei seu rosto em minhas mãos.

 

— Não, Angie. Quem fez isso tem que sofrer as consequências. Você poderia ter...

 

— Eu sei, mas não foi isso o que aconteceu. — Interrompi.

 

— Vou tentar me acalmar, mas você concorda que precisamos encontrar quem fez isso e denunciar, não é?

 

— Sim, eu concordo. E se essa pessoa tentar algo assim de novo? — Eu não conseguia nem pensar nessa possibilidade.

 

— Não se preocupe amor. Eu prometo que ninguém vai te machucar. Eu nunca vou deixar algo assim acontecer de novo. — Ele me colocou em seu colo com delicadeza e depositou um beijo em minha cabeça.

 

Passei meus braços ao seu redor e descansei minha cabeça em seu peito. Me senti relaxar em meio ao seu abraço. Ficamos assim por um bom tempo, só aproveitando o momento.

 

— Posso entrar? — Vilu abriu a porta, que estava entreaberta.

 

— Claro. — Sorri pra minha sobrinha.

 

— Desculpa interromper, mas a vovó acabou de chegar e quer te ver Angie.

 

— Tudo bem, peça pra ela vir aqui. — Respirei fundo.

 

Vilu foi chamar minha mãe.

 

— Está pronta para conversar com ela amor? — German olhou nos meus olhos.

 

— Sim, estou. — Assenti.

 

— Quer que eu fique com você enquanto conversa com a Angélica?

 

— Não precisa, amor. Mas obrigada. — Sorri.

 

German me beijou e saiu do quarto. Não demorou muito e minha mãe adentrou o cômodo.

 

— Como está se sentindo Angeles? — Perguntou num tom aflito e se aproximou de mim.

 

— Estou bem, mãe. — Tentei tranquiliza-la.

 

— Eu fiquei com tanto medo… Vim o mais rápido que pude. Eu não suportaria perder mais uma filha. — Falou com os olhos marejados. — Posso abraça-la?

 

Balancei a cabeça em concordância. Minha mãe se sentou ao meu lado na cama e me abraçou. Daquele jeito carinhoso que só as mães sabem.

 

Senti meus olhos se encherem de água, eu sentia tanta falta da minha mãe.

 

— Eu continuo não concordando com o relacionamento de vocês, ainda não consigo me adequar a isso, mas eu não quero ficar longe de você. — Sua voz estava embargada.

 

— Eu também não quero ficar longe de você, mamãe.

 

Eu queria muito que minha mãe aceitasse meu relacionamento com Germán, mas acima de tudo eu respeitava sua opinião. Eu tinha certeza de era apenas uma questão de tempo para ela dar uma chance a German. Eu tinha certeza de que quando ela visse o quanto eu e German fazíamos bem um para o outro ela acabaria por aceitar nossa relação, eu não iria forçar a barra.

 

— Obrigada filha, eu te amo. — Minha mãe apertou mais o abraço.

 

— Também te amo, mamãe.

 

                                                         (...)

 

                                                     ANGIE

 

Passei a tarde com minha mãe, já que seu vôo sairia na madrugada do dia seguinte, precisávamos aproveitar o tempo para passarmos juntas. Ela se desculpou por ter que voltar tão logo para Madri, mas prometeu que voltaria para me ver em uma semana.

 

Depois que minha mãe foi embora, logo após o jantar, Brenda, Ludmila, Olga e Vilu assistimos um filme juntas enquanto comíamos o bolo de chocolate delicioso que Olga tinha feito pra mim.

 

Quando o filme acabou, senti minha cabeça começar a doer, então me despedi daquelas mulheres maravilhosas e depois de tomar um comprimido pra dor, fui para o quarto.

 

Ao abrir a porta me deparei com German sentado na cama com as costas apoiadas na cabeceira. Ele olhava concentrado a tela do notebook em seu colo. Estava sem camisa e com o seu óculos usual de leitura no rosto. Sorri, ele ficava lindo assim.

 

— Trabalhando até tarde? — Perguntei ao adentrar o quarto.

 

— Há quanto tempo está aí, amor? Eu estava tão concentrado que nem te vi.

 

— Há tempo o bastante para eu notar o quão lindo você fica assim. Trabalhando sem camisa e com esse óculos que te dá um ar intelectual.

 

German soltou uma gargalhada gostosa.

 

— Só você mesmo pra dizer uma coisa dessas, Angie. Agora vem deitar comigo.

 

German passou um dos braços pela minha cintura e deitei minha cabeça em seu ombro.

 

Olhei mais atentamente para ele. German estava claramente cansado, parecia forçar os olhos a se manterem abertos. O dia anterior estava cobrando o seu preço.

 

— Amor, você parece cansado. Vamos dormir. — Falei e fechei seu notebook.

 

— Você tem razão. — Ele concordou e colocou o notebook no criado mudo.

 

Ele se deitou e me puxou para os seus braços.

 

— Está se sentindo bem?

 

— Sim, só estou com um pouco de dor de cabeça.

 

— Já tomou remédio?

 

— Já sim. — Bocejei após terminar de falar.

 

— Vamos dormir. Boa noite meu anjo. — German depositou um selinho em meus lábios.

 

— Boa noite amor.

 

                                                     (…)

 

                                            NARRADORA

 

Angeles acordou com uma voz assustada sussurrando o seu nome. Abriu os olhos e viu que era Vilu.

 

— O que aconteceu Vilu? — Perguntou preocupada.

 

— É que eu tive um pesadelo. Foi horrível Angie.

 

— Eu sei como é. As vezes tenho uns bem ruins.

 

— Posso dormir com você e o papai hoje? — Não queria ficar sozinha.

 

— Claro, vem aqui. — Angie foi um pouco pro lado e puxou o cobertor para a sobrinha entrar.

 

Vilu entrou debaixo da coberta e se deitou ao lado da tia.

 

— Obrigada Angie.

 

— Não precisa me agradecer Vilu.

 

Angie passou os braços em volta da sobrinha e Vilu fez o mesmo, se aconchegando no abraço da tia.

 

Não demorou nada e ambas caíram no sono. Os três estavam juntos, como a família que eram.

 

                                             (…)

 


                                                        *TRADUÇÃO:

                     "Sinto que me tiraram um pedaço da alma
                                Se você for não me resta nada
                                Sobra um coração sem vida
                                Que com sua partida
                                ficou só gritando mas em meia voz"


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem o que acharam ❤

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Posto o próximo capítulo quando esse capítulo tiver pelo menos 5 comentários ❤ Beijos ❤



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