Consequências do Amor escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 16
Capítulo 16 - Um Sonho Conturbado, Uma Tarde Memorável


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente! ❤ Aqui está o próximo capítulo.

Desculpem a nossa demora, tivemos alguns problemas, mas agora já está tudo resolvido. ❤

Sei que demoramos muito para atualizar, mas prometemos que mesmo que nem sempre consigamos postar com frequência, NUNCA iremos abandonar a fic. ❤

Muito obrigada por sempre acompanharem a fic! Vocês são demais! ❤

POR FAVOR, comentem e favoritem, saber o que voces estão achando é muito importante para gente! ❤

Muito obrigada as lindas que comentaram ❤ :
#Julia
#Duh Leon
#Blackspace
#ViolettaS2
#GabriellaSantos
#LeitoraTinista

POSTAREMOS o próximo capítulo com pelo menos 6 comentários ❤

Bom domingo e Boa leitura! ❤



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             "Nothing can come between
                        You and I
                        Not even the gods above
                        Can separate the two of us
                        No, nothing can come between
                        You and I"

                                             You & I
                                     (One Direction)


                                                ANGIE

Quando German chegou perto de mim, segurou meu rosto carinhosamente em suas mãos e olhou em meus olhos.

— Como você está? — Sua voz era atenciosa.

— Não muito bem. — Falei a verdade, não adiantaria nada dizer que estava bem sendo que não era isso que sentia.

— Quer conversar sobre o que aconteceu?

Apenas balancei a cabeça afirmativamente. Seria bom desabafar sobre a discussão que tive com minha mãe.

German entrelaçou nossas mãos e me conduziu até a varanda.

— Achei que seria bom você tomar um ar. — Explicou, virando-se para mim.

— Gostei da ideia. — Tentei sorrir, mas o máximo que consegui foi um sorriso fraco.

Desviei por um momento meu olhar para a linda praia que estendia-se a nossa frente. Perdi-me em meus devaneios. As palavras proferidas por minha mãe não saíam da minha cabeça. Tinham criado raízes profundas em minha mente.

Senti minha garganta começar apertar e previ mais lágrimas a caminho. Balancei minha cabeça tentando afastar esses pensamentos.

— O que foi, amor? Você ficou quieta de repente.

— É que… Eu… Me faz um favor? — Pedi. — Me abraça e não me solta mais.

German se aproximou e passou seus braços protetoramente ao meu redor. Descansei minha cabeça em seu peito e esperei que as batidas ritmadas de seu coração pudessem me acalmar.

Em seus braços tudo parecia mais fácil. Meus pensamentos incômodos foram se desvanecendo e me senti relaxar ao poucos nos braços do homem que eu amava.

Levantei minha cabeça do seu peito e olhei para ele.

— Ela me disse coisas horríveis, German. — Comecei.

— Como o que? — Ele fixou seu olhar em mim.

— Ela disse que eu estar com você é uma traição a Maria e que eu estou tentando tomar o lugar dela como sua mulher e mãe para a Vilu. — Abaixei meu rosto.

— Angie, olhe para mim. — Ele levantou meu rosto carinhosamente. — O que eu e sua irmã tivemos foi lindo, eu a amei muito. Eu sempre achei que ninguém me faria sentir assim novamente. E eu estava certo, porque o que eu sinto por você é o sentimento mais puro de todos. Ninguém vai estragar o que temos. Nós nos amamos e isso é o que importa. Eu nunca amei alguém como eu amo você.

Nesse momento eu nem tentei mais segurar as lágrimas, deixei que elas rolassem.

Cada palavra proferida por German apagava as coisas ruins que minha mãe havia me dito. Os pensamentos ruins foram substituídos pelo futuro que nós tínhamos juntos pela frente.

— Eu... Eu nem sei o que dizer. Só consigo pensar no quanto eu amo você.

Me aproximei de German e colei nossos lábios, demonstrando tudo que nem mesmo palavras conseguiriam expressar.

Ele estava certo, minha mãe não me afastaria dele. Nosso amor era maior que qualquer pedra que aparecesse no nosso caminho.

German me puxou para mais perto, colando nossos corpos, seus braços ao redor da minha cintura. Apoiei uma das mãos em seu peito e a outra em sua nuca, intensificando o beijo.

Seus lábios tornaram-se mais exigentes sobre os meus, fazendo-me suspirar. Enquanto seus braços subiam e desciam pelas minhas costas.

German nos conduziu de volta para o quarto e antes de voltar a me beijar olhou nos meus olhos.

— Eu amo você. — Ele tomou meu rosto em suas mãos com carinho.

— E eu amo você.

German depositou um beijo em minha boca e depois deslizou os lábios pelo meu pescoço. Ele afastou o pedaço do roupão que cobria meu ombro e plantou um beijo ali.

Me senti derreter em seus braços, minhas pernas na consistência de gelatina. Suspirei novamente, cada vez que ele me tocava era como se eu estivesse em combustão.

Ele me conduziu até a cama e deitou-se comigo.

— Vou beijá-la até os momentos ruins que você teve hoje sumirem. — German sussurrou em meu ouvido, fazendo-me estremecer.

E foi o que ele fez.

                                             (…)

                                        GERMAN

Angie estava imersa num sono tranquilo, sua cabeça apoiada em meu peito. Ela parecia mais um anjo. O meu anjo.

Às vezes eu me pegava pensando, como era possível amar tanto uma pessoa? Eu sempre amei muito a Maria, mas o que sinto por Angeles vai além de qualquer coisa que já senti. Um sentimento quase que impossível de descrever.

Eu não deixaria que nada nos separasse, já passamos tempo demais longe um do outro. Não queria que Angie se sentisse culpada por estarmos juntos. Doeu ver o quanto as palavras de Angélica a machucaram. Ela não merecia ter passado por uma situação dessas.

Angeles Carrara era a mulher da minha vida, e eu lutaria por ela.

Angie se mexeu e abriu os olhos lentamente.

— Faz quanto tempo que está me observando? — Um sorriso sonolento formou-se em seu rosto.

— Não muito tempo. Mas você está melhor, amor? — Perguntei passando com carinho minhas mãos por suas costas.

— Sim, estou melhor. Você cumpriu com o prometido, nem me lembro mais do que me deixou chateada. — Ela levantou a cabeça do meu peito e sorriu.

— Fico feliz em saber disso. — Sorri de volta e depositei um beijo em seus lábios.

— Você é um perigo para minha sanidade, German Castillo. É só olhar para você que já me distraio.

— Digo o mesmo de você, Angeles Carrara.

Ela riu do meu comentário.

— Obrigada por ser tão compreensível, se não fosse por você eu ainda estaria trancada no banheiro chorando.

— Não tem que me agradecer por isso, é isso que pessoas que se amam fazem. — Entrelacei nossas mãos e Angie sorriu docemente.

Angie parecia prestes a falar algo, mas seu celular despertou.

— Ah, meu Deus! Vamos ficar atrasados para o show, German. São 17:00 horas. — Falou olhando com incredulidade para o aparelho.

— Calma, ainda temos tempo. — Tentei tranquilizá-la.

— Eu dormi demais. Preciso começar a me arrumar agora mesmo. — Ela saiu da cama num rompante e se enrolou rapidamente no roupão.

Me levantei e acabei por fazer o mesmo. Depois, fui atrás dela.

— Não se preocupe amor, vamos chegar no horário certo.

— É, eu sei. — Ela suspirou. — É que esse show é muito importante para o Studio e estou um pouco nervosa.

— Não fique nervosa, tudo vai dar certo. Você e os alunos deram muito duro para tudo sair como planejado. Eles vão dar o melhor deles, Angie. Vou estar lá junto com você para te apoiar. — Segurei suas mãos nas minhas.

— Obrigada, German, ter você lá comigo é muito importante para mim.

— Vamos enfrentar isso juntos. — Sorri para ela.

— Sim, juntos. — Ela também sorriu e apertou minha mão.

                                                  (...)

                                               ANGIE

O show foi um sucesso! Eu sempre me impressionava com o talento dos meus alunos, mas dessa vez eles se superaram. Todos cantavam com tanta alegria… deixei até uma lágrima rolar ao ver o quanto meus alunos amavam o Studio e o quanto estavam se esforçando por ele.

Pablo e António não podiam estar aqui, mas com certeza se orgulhariam muito ao ver o quanto os alunos brilharam no palco.

Depois do término do show decidimos ir até uma pizzaria para comemorar.

A noite passou num piscar de olhos. O relógio passava da meia-noite quando eu e German finalmente voltamos para o hotel e fomos para o nosso quarto.

Logo que chegamos no quarto, trocamos de roupa e nos deitamos.

Eu me aconcheguei no peito de German e ele, por sua vez, rodeou minha cintura com seus braços fortes.

Estávamos tão cansados e esgotados por causa da correria do dia, que logo adormecemos.

                                              (…)

" Eu caminhava tranquilamente pelo jardim da mansão.

Estava distraída, quando uma voz que eu não ouvia há mais de dez anos, me chamou:

— Angie.

Virei-me em direção a voz e encontrei Maria me observando. Ela estava exatamente como eu me lembrava dela, os cabelos longos e da mesma tonalidade dos de Vilu emolduravam seu belo rosto. Seus olhos verdes me encaravam.

— Maria! — Gritei emocionada, lágrimas escorriam pelo meu rosto.

Corri até minha irmã e abracei-a, mas Maria não retribuiu. Seus braços continuavam estáticos, colados ao lado de seu corpo.

Estranhando a falta de reação dela, me afastei e a encarei.

Ela me olhava secamente, muito diferente do que eu me lembrava. Maria sempre olhava para mim com amor e carinho, mas na Maria que se encontrava na minha frente eu só via desprezo em seu olhar.

— Está se divertindo, Angeles? — Perguntou seca.

— Como…? — Perguntei não entendendo sua pergunta, assustada com a forma gélida com que ela me tratava. Maria raramente me chamava de Angeles.

Ela riu cinicamente.

— Não se faça de desentendida. — Ela respondeu ante a minha confusão. — Você sabe do que eu estou falando.

— Não, eu não sei. — Tentei soar firme, mesmo que por dentro eu não me sentisse assim.

— Deixe-me reformular a pergunta então. — Me lançou um olhar cortante. — Você está se divertindo com o meu marido e minha filha?

Senti minha garganta secar.

— Me responda, Angeles. Como é ocupar o meu lugar?

— Eu não estou ocupando o seu lugar. — Me defendi.

— Tem certeza? Porque do meu ponto de vista é exatamente isso o que você está fazendo.

Respirei fundo e respondi tentando não demostrar o quanto suas palavras me feriram:

— Maria, eu não quero e nem estou ocupando o seu lugar. Ninguém pode fazer isso.

— Pois para mim parece que sim.

Eu estava prestes a negar o que ela havia dito, mas antes que eu pudesse contesta-la, Maria continuou:

— Entenda de uma vez por todas, Angeles! Você não pode ocupar um lugar que por direito não é seu. Você não vê o quanto é errado namorar o próprio cunhado?!

Lágrimas escorriam descontroladamente pelo meu rosto. Eu simplesmente não conseguia acreditar no que eu ouvia.

— Não… — Solucei.

— Admita, você quer o meu lugar de esposa de German e de mãe de Violetta. Você nunca será a mãe da Violetta!

Eu não conseguia acreditar no que ela dizia. Aquela não podia ser a mesma Maria que sempre cuidava de mim e me consolava. Aquela não podia ser a Maria que cantava para mim quando eu não conseguia dormir. Aparentemente aquela era minha irmã, mas a única coisa que eu reconhecia nela era sua aparência, porque de resto, ela nada se assemelhava a Maria que eu verdadeiramente conheci.

— Como você pode me trair desse jeito? — Olhou para mim, me desaprovando.

— Eu não te traí. — Falei com a voz embargada, mas firme.

— Ah, não? E esse lindo anel? Foi German que te deu, não foi? — Ela fez silêncio por alguns segundos. — Esse anel é a prova de que você me traiu. Não tente negar, você sempre quis o meu lugar, Angeles! Você é uma traidora!

— Pare de falar! — Gritei, minha voz cheia de dor. Eu estava cansada de ouvir ela me chamar de traidora. Minha mãe já havia dito isso e isso ainda doía em mim.

— O que foi? Pensei que você gostasse de verdades, irmã.

— Você não é a minha irmã! — Gritei e sai correndo. Aquela não era minha irmã, a Maria que eu conhecia e amava nunca me feriria dessa forma.

— Você pode fugir de mim, Angeles, mas não pode fugir da verdade! — Gritou, sua voz ficando para trás conforme eu me afastava."

                                                 (…)

       Acordei com o coração acelerado. Lágrimas escorriam pelo meu rosto e minha respiração era irregular.

— Angie! — German olhava para mim assustado e preocupado. — O que esta acontecendo?

Eu não conseguia respirar. O ar parecia não chegar normalmente aos meus pulmões.

     — Eu… não consigo… respirar. Ar… eu preciso de… ar. — Falei da maneira que consegui.

Eu precisava de ar, ficava cada vez mais difícil respirar dentro daquele quarto fechado e escuro.

German parecia aflito, mas ainda assim atendeu meu pedido. Ele me pegou no colo delicadamente, abriu a porta e me levou até a varanda do quarto.

Só de sentir a brisa da madrugada tocar minha pele, já me senti um pouco mais calma.

German me sentou delicadamente sobre um banco acolchoado que havia na varanda, se ajoelhou na minha frente e me encarou preocupado.

— Angie, você está bem? — Seus olhos permaneciam travados nos meus, procurando por uma resposta.

Balancei a cabeça em negativa, sentindo meus olhos se encherem de água.

— Ah, Angie, vem cá… — Ele me puxou cuidadosamente para o seus braços. — O que esta acontecendo, meu amor? Não suporto te ver tão triste.

Ele me olhou carinhosamente, esperando pela minha resposta.

— Eu vi a Maria. — Simplesmente respondi.

— O que? — Perguntou confuso.

— Eu vi a Maria em um sonho. — Expliquei.

— De novo? — Surpreendeu-se. Eu vinha sonhando muito com minha irmã.

— Sim, mas dessa vez foi diferente. — Contei. — Não parecia a Maria que eu conheci. Ela me disse tantas coisas horríveis…

Ao me lembrar das palavras cruéis que a Maria do sonho havia me dito, senti uma lágrima escorrer sorrateiramente pelo meu rosto e em questão de segundos eu já estava agarrada a German, chorando.

German não me fez mais perguntas, apenas me abraçou, me dando o apoio que eu tanto precisava naquele momento.

Fiquei agarrada a German, até o choro ir embora. Eu me sentia segura em seus braços.

Me afastei um pouco de German, para poder olha-lo.

       — A Maria do sonho me chamou de traidora e disse que nosso namoro é um erro. — Confessei.

German balançou a cabeça em negativa.

— Você não é uma traidora e nem nunca foi. E nosso namoro não é algo errado, é a coisa mais certa que existe, Angie. — Disse olhando profundamente nos meus olhos.

German beijou minha testa carinhosamente.

— Você me assustou tanto… Você chorava enquanto dormia. Eu tentei te acordar, mas não estava conseguindo. — Foi a sua vez de confessar.

— Me desculpa… — Comecei.

— Não se desculpe, meu amor. Você não tem culpa.

German segurou minhas mãos entre as suas, e me olhando intensamente, disse:

— Nada pode nos separar, Angie. —Afirmou. — Nada.

Emocionada, colei meus lábios aos seus. Beijei German com tudo o que havia em mim. Com aquele beijo, selavamos o que German havia dito, que nada podia nos separar.

Como minha mãe e a Maria do sonho podiam dizer que meu relacionamento com German era um erro? Amar não era um erro, nunca seria. Como querer estar do lado da pessoa que ama podia ser algo errado? Para mim o amor era a coisa mais certa que existia.

German aprofundou o beijo, enlaçando minha cintura e trazendo-me para mais perto de si. Seu toque causava leves tremores sob minha pele.

Repousei minhas mãos em seu peitoral forte, sentindo cada músculo se retesar ao meu toque.

Segundos depois, nos separamos para tomar fôlego.

Com a testa colada a de German, sussurrei:

— Eu te amo, German. — Disse sem conseguir evitar. Eu o amava tanto…

— E eu amo você, Angie. — Confessou fitando agora meus olhos.

German sorriu lindamente para mim e eu retribui.

Demos um selinho demorado e depois disso German e eu nos acomodamos no banco acolchoado.

German acariciava meus cachos, enquanto eu estava com a cabeça repousada em seu peito, ouvindo as batidas de seu coração, que sempre me acalmavam.

O silêncio reinava entre nós. Não um silêncio ruim, mas sim um confortável. Só estavamos relaxando e aproveitando o momento, a companhia um do outro, as palavras se faziam desnecessárias.

Me sentia tão em paz ali entre os braços de German, que comecei a ficar cada vez mais sonolenta.

A última coisa de que me lembro antes de adormecer, era de German me carregando até o quarto.

                                            (…)

Acordei com os raios solares iluminando todo o quarto.

Olhei para o outro lado da cama e encontrei German olhando para mim com um sorriso no rosto.

— Bom dia, meu amor.

— Bom dia. — Respondi um pouco sonolenta.

— Dormiu bem?

— Muito bem. — Respondi e dei um beijo rápido nos lábios de German.

O que era para ser só um selinho, se tornou algo mais.

German estava sobre mim, mas sem me machucar. Seus braços contornavam minha cintura.

Nossos lábios se tocavam com paixão e carinho.

Eu estava prestes a retirar a camisa de German, quando alguém bateu na porta.

German me deu um último beijo e foi atender a porta.

Segundos depois, German veio até mim com uma bandeja de café da manhã repleta de delícias. Imediatamente senti meu estômago roncar.

— Café na cama. Gostou? — Perguntou colocando a bandeja proxima a mim na cama.

— Eu adorei!

Minutos depois, tínhamos acabado de tomar café e eu estava terminando de me arrumar, quando meu celular tocou. O nome de Pablo piscava na tela do celular.

Peguei o aparelho e fui até a varanda para atende-lo.

— Oi, Pablo! — Atendi no primeiro toque. — Como você está?

— Oi, Angie! Estou ótimo e você?

— Estou muito bem.

— Desculpe te ligar logo pela manhã, é que tenho uma notícia maravilhosa para te dar. — Meu amigo contou, animado.

— Sério?! E qual é? — Perguntei curiosa e um tanto ansiosa também.

— Devido ao sucesso do show, conversei com o Maroti e ele disse que o You-Mix quer aumentar seu patrocínio no Studio.

— Que notícia maravilhosa! — Comentei feliz.

— E as notícias boas não acabam por aqui. Eu recebi várias ligações de possíveis patrocinadores, eles querem conhecer o Studio ainda essa semana, o quanto antes.

— Nem consigo acreditar que isso está acontecendo, Pablo! — E eu não conseguia mesmo. Depois de tantas notícias ruins sobre a parte econômica do Studio, finalmente as coisas estavam dando certo.

— Nem eu. — Respondeu tão feliz quanto eu. — Só tem um problema, Angie. Você e os alunos terão que voltar o mais rápido possível. Para ser mais exato, vocês precisam pegar o vôo hoje a noite mesmo. Desculpe, Angie, vocês mereciam poder ficar mais tempo aí, mas é que os patrocinadores querem muito conhecer os alunos e os professores.

— Não tem problema, Pablo. Não se preocupe. Já esta na hora de voltarmos para casa mesmo. — Falei, apesar de eu amar Sevilha, já estava com saudades de Buenos Aires e essa era uma oportunidade imperdível para o Studio, não podíamos perde-la por nada.

Conversamos animadamente sobre o futuro do Studio, que era mais promissor do que nunca.

Encerrei a ligação sorrindo largamente, de orelha a orelha.

Entrei no quarto, fui até German e me joguei em seus braços. Ele me recebeu sorrindo e me girou no ar. Gargalhei, feliz demais.

— Posso saber o porquê desse sorriso tão lindo? — Perguntou sorridente, me colocando de volta no chão.

— Pablo me contou que tem muitos patrocinadores querendo investir no Studio! E que o You-Mix quer aumentar seus investimentos no Studio.

— Que notícia maravilhosa, meu amor! — Disse tão animado quanto eu. — Vocês merecem.

— Obrigada, meu amor. Eu estou tão feliz. — Agradeci.

— Adoro te ver assim, tão feliz.

Sorri ao ouvir as palavras que ele dissera.

— E eu adoro você. — Falei, entrelaçando meus braços ao redor do pescoço de German.

German sorriu para mim e logo colou seus lábios nos meus.

                                               (…)

— Para onde estamos indo? — Perguntei pelo que pareceu a milésima vez. German dirigia a pouco mais que quarenta minutos.

— Você já vai descobrir, estamos quase chegando. — Respondeu paciente.

Logo depois de conversar com o pessoal sobre os patrocinadores e reservar nossas passagens para o próximo vôo para Buenos Aires, que sairia as 20:30 da noite, German disse que queria muito me mostrar um lugar, e como esse era o nosso último dia em Sevilha, era a última oportunidade de ele me levar para esse tal lugar.

A princípio fiquei receosa em aceitar seu pedido, já que era de suma importância que não nos atrasassemos para o vôo, mas por fim, acabei aceitando. Como eu poderia negar algo a German quando ele estava sendo tão compreensível comigo ultimamente?

Cerca de dez minutos depois, German estacionou o carro, deu a volta no mesmo e abriu a porta para eu descer.

Saí do carro e observei o lugar que German me trouxera. Tratava-se de uma casa de campo muito bem construída, cercada por várias árvores. O local era um tanto afastado da cidade e aparentemente bem tranquilo.

Continuei observando a construção a minha frente, até que um detalhe me chamou a atenção. Havia uma placa que dizia " Casa de Campo Castillo".

— Essa propriedade é da sua família? — Perguntei sem conseguir conter minha curiosidade.

— Sim, ela pertenceu aos meus avós. E agora ela é minha, meus avós me deixaram de herança. — Revelou para a minha surpresa.

— Uau, mais uma coisa que eu não sabia sobre você. — Comentei impressionada.

Em resposta German sorriu para mim, aquecendo o meu coração.

— Quer conhecer a propriedade? — Convidou ainda sorrindo para mim, estendendo uma de suas mãos em minha direção.

— Com toda certeza! — Aceitei empolgada, aquela propriedade parecia muito importante para German, o que a tornava importante para mim também.

                                                (…)

German me mostrou toda a propriedade e eu estava impressionada com o quanto a mesma era além de bem planejada, muito confortável e bonita. A propriedade contava com vários quartos, uma cozinha e sala enormes, sala de jogos, uma área de lazer impressionante com piscina e tudo, entre outros cômodos.

— Esse lugar é maravilhoso! — Comentei, feliz por German ter me levado ali.

— Concordo com você. — Afirmou. — Meus avós viram esse lugar ser construído do zero, eles até ajudaram na construção. Eu passava todas as minhas férias de verão nesse lugar. — Contou sorrindo, provavelmente se lembrando do tempo que já passara ali.

— Pelo modo que você fala, esse lugar é muito especial para você. — Constatei o óbvio.

— Você está certa, esse lugar é muito importante para mim, tenho muitas lembranças boas daqui. Me arrependo de não ter vindo aqui antes, faz bem mais de uma década que não piso nesse lugar.

— Então você nunca trouxe nem a Maria nem a Violetta aqui? — Perguntei.

— Não, depois que os meus avós se foram, eu achei melhor não voltar aqui, eu nunca fui muito bom em lidar de frente com a dor que as lembranças podem trazer. — Contou, um tanto sério demais. — Apesar de nunca mais ter vindo aqui, nunca deixei de me preocupar com esse lugar, tenho um casal de empregados que moram aqui e cuidam muito bem dele. São duas pessoas maravilhosas, você os adoraria assim que os conhecesse.

Sorri ao ver o amor e a consideração que German nutria por aquele lugar e pelas pessoas que cuidavam da propriedade por ele.

— Eu adoraria conhece-los. — Afirmei, aquele casal realmente pareciam pessoas muito legais de se conviver.

— Eles com certeza também adorariam te conhecer, mas eles foram passar o final de semana na cidade, com os filhos. — Explicou.

German e eu continuamos a explorar o local, até que German parou de repente em frente de uma porta em tons de marrom e bege.

— Esse era o meu quarto. — Explicou antes que eu pudesse perguntar o porquê da parada repentina dele. — Quer conhecê-lo?

— Eu adoraria.

German abriu a porta e entramos no quarto.

O cômodo era grande, as paredes eram em um tom meio alaranjado. Móveis de madeira maciça mobiliavam o quarto, no centro havia uma enorme cama de dossel. A decoração era a mistura perfeita de rústico e confortável, uma combinação maravilhosa. O quarto contava até com uma lareira.

— Esse quarto é quase maior que a minha casa. — Comentei impressionada.

German riu com a minha comparação.

— Não seja tão exagerada. — Brincou.

Um quadro pendurado na parede, chamou minha atenção. Dei um passo a frente para poder analisa-lo melhor.

A princípio demorei alguns segundos para reconhecer German na foto, já que na mesma ele era ainda uma criança com uns cinco anos de idade, eu imaginava.

— Você era uma criança tão fofa! — Comentei, German era realmente uma graça quando criança.

— Obrigada. — Ele riu. — Essa foto foi tirada na primeira vez que eu passei minhas férias aqui.

— Quem são as outras pessoas na foto? — Perguntei interessada, mesmo já tendo alguma ideia de quem elas eram.

— O casal do lado esquerdo eram meus avós. — Ele sorriu timidamente ao apontar para o casal que sorria acolhedoramente para a foto. — E os do lado direito são meus pais.

Analisei os pais de German, não me lembrava de os ter visto nem uma vez sequer.

       — Desculpe perguntar, German, mas… e os seus pais? Uma vez Olga me contou que seu pai era um homem muito ocupado e tudo mais, mas por que você nunca fala deles? — Perguntei, eu sempre quis saber o porquê da ausência dos pais de German em sua vida e na de Violetta.

Ele respirou fundo por alguns segundos e me fitando, respondeu:

— Essa história é um tanto complicada e longa. Acho melhor nos sentarmos.

German me guiou até a cama, nos sentamos e ele começou:

— Desde que eu nasci, fui criado para assumir a empresa da minha família. Meus pais se orgulhavam em me apresentar como o herdeiro dos Castillo's, mas conforme eu fui crescendo passei a me interessar por outras coisas como a música e a engenharia, sei que são duas áreas bem diferentes, mas que sempre chamaram minha atenção. — Ele fez uma pausa para respirar. — Meus pais não gostavam muito da ideia de eu me envolver com a música, principalmente meu pai, para eles a música não era algo lucrativo, mas até aquele momento as coisas entre nós ainda estavam bem. Até que eu conheci sua irmã, que era a melhor música que eu já havia conhecido, foi inevitável me apaixonar por ela. Ela era tão apaixonada pela vida e pela música.

— Era mesmo. — Comentei sorrindo docemente, era impossível conhecer minha irmã e não se apaixonar por ela.

— Como eu disse, nos apaixonamos e não muito tempo depois decidimos nos casar. Meus pais nunca aprovaram meu namoro com Maria, não achavam que era algo tão sério, mas para mim era. Eles ficaram fora de si quando anunciei o casamento, eles tinham planejado uma vida inteira para mim e o casamento com Maria para eles implicava no cumprimento desses planos. — Contou, sério e um tanto triste. — Eles me fizeram escolher entre a Maria e eles. Meus pais deixaram bem claro que me deserdariam se eu seguisse adiante com o casamento. Eu não precisei pensar duas vezes, escolhi a Maria. E depois disso, você sabe o que aconteceu.

— Eu nunca soube dessa história, German. Eu sinto muito. — Disse com os olhos cheios de lágrimas, segurando as mãos de German entre as minhas. — Ninguém deve ser obrigado a escolher entre a família e o amor.

— Não mesmo. — Concordou. — É uma pena que meus pais não pensassem assim.

German sorriu tristemente.

— Você nunca mais os viu? — Perguntei, sem conseguir evitar faze-lo.

— Nunca. — Confirmou minhas suspeitas. — Eu até cheguei a contata-los por meio de uma carta, mas nunca obtive uma resposta em todos esses anos.

— Você ainda sente falta deles?

Ele suspirou.

— Sinto, no começo foi mais difícil, mas hoje em dia aprendi a conviver com a ausência deles na minha vida.

— Eu sinto muito, German. — Falei, me sentindo triste com aquela história.

Ele balançou a cabeça.

— Não sinta. — Ele disse e depositou um beijo casto em minha testa.

— Não consigo. É cruel ser obrigado a escolher entre um amor verdadeiro e sua família.

— Eu sei. — Ele acariciou minhas mãos. — Mas infelizmente eles tomaram essa decisão.

— A família não deveria querer nos separar de quem amamos. Isso é tão injusto. — Comentei e deixei que uma lágrima rolasse pelo meu rosto.

— Não chore, meu amor. — Pediu. — Por favor.

— É que ao saber disso tudo, é inevitável não relacionar isso ao fato de minha mãe desaprovar totalmente nosso relacionamento. — Revelei, deixando mais algumas lágrimas rolarem.

German retirou um lencinho do bolso e enxugou delicadamente meu rosto manchado pelas lágrimas.

— Angie, nem sua mãe, nem ninguém pode decidir por nós. — Disse olhando bem dentro dos meus olhos. — Eu escolho ficar do seu lado, independentemente do que os outros vão achar ou pensar. Nosso futuro só cabe a nós dois decidirmos. E você?

— Eu escolho você, German Castillo. — Falei emocionada e me joguei em seus braços.

Imediatamente nossos lábios se encontraram em um beijo intenso e cheio de sentimento.

Os braços de German me envolviam protetoramente, me passando total segurança.

Naquele momento nada mais era importante, o passado, a desaprovação por parte da minha mãe, o que os outros achavam… nada disso importava mais. O momento não deixava espaço para dúvidas e sim para certezas.

Em um determinado momento, German me deitou cuidadosamente na cama, sem interromper o beijo, sobrepondo-se sobre mim.

Minhas mãos procuraram os botões de sua camisa e logo os encontraram. Desabotoei demoradamente cada botão para depois jogar a camisa no chão, não precisávamos ter pressa. Eu queria memorizar cada momento, cada toque.

Seus lábios se desgrudaram dos meus para descerem sobre o meu pescoço e trilharem vagarosamente um rastro de beijos ali.

Não demorou muito e as mãos hábeis de German trataram de retirar minha blusa. Feito isso, German afastou uma das alças do meu sutiã e beijou meu ombro exposto, para logo depois fazer a mesma coisa com o outro lado.

Seu beijos me faziam estremecer, tremores percorriam meu corpo.

Não demorou nada para que estivéssemos despidos por completo. Nossos corpos buscavam um pelo outro, pela máxima conexão que podia existir entre eles.

Senti German se aproximar ainda mais de mim. Ele envolveu minha cintura com seus braços fortes e antes de executar qualquer movimento, me fitou.

German olhava para mim e tudo o que eu conseguia ver no seu olhar era amor.

Seus lábios encontraram os meus, ao mesmo tempo que nossos corpos e consequentemente nossas almas, se uniam por completo.

Dessa vez, nossos movimentos não eram rápidos, mas sim calmos e amplos. Nos amávamos com calma, aproveitando o momento e fazendo-o memorável.

Ambos nos entregavamos um ao outro por completo, sem reservas ou medos.

O passado já não era importante como um dia havia sido. Tudo o que importava era o presente que compartilhavamos e a promessa do futuro que construiriamos juntos.

Nos amamos sem nos importarmos com o tempo, ou com qualquer outra coisa.

Agora eu sabia que nada poderia ficar entre nós dois.

— Eu te amo. — Sussurrei, ao sentir o mundo ao meu redor explodir.

German movimentou-se e beijou-me uma última vez.

— Eu te amo, Angeles Carrara. — Confessou ofegante, parecendo sentir-se da mesma forma que eu me sentia naquele momento.

Momentos depois, German me puxou para os seus braços e eu me permiti relaxar em meio aos braços do homem que eu amava.

                                          (…)

                           2 Semanas depois…

 


                                        *TRADUÇÃO

                         Nada pode ficar entre
                                  Você e eu
                                  Nem mesmo os deuses lá em cima
                                  Podem separar nós dois
                                  Não, nada pode ficar entre
                                  Você e eu


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Notas finais do capítulo

O que será que vai acontecer daqui para frente, hein? ❤

Comentem para sabermos o que acharam do capítulo, a opinião de vocês é muito importante pra gente! ❤

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