Between Lyrics And Quotes escrita por Emmy Alden


Capítulo 1
One


Notas iniciais do capítulo

hey, loves

Essa história é apenas um projeto meio descompromissado para a prática da escrita a fim de diminuir os bloqueios criativos que a autora aqui tem frequentemente.
Então não prometerei atualizações regulares, mas farei o possível.
Ainda assim, está sendo escrita com todo amor e vontade! Espero que gostem da história de Elizabeth



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—Tudo vai ficar em torno de 15 libras, senhora Gauman. Quer embalagem para presente?

A sineta da porta da loja tocou de forma desesperada do mesmo jeito que o lugar inteiro chacoalhou.

—Pelo amor de Deus, me ajude.— Uma voz masculina ecoou como um trovão por todo o recinto.

Não levantei a cabeça para olhá-lo:

—Só um momento, senhor, estou terminando de atender, já ajudo o senhor. Prefere a embalagem azul ou laranja?— Eu já estava acostumada a receber pessoas "desesperadas".

Geralmente elas estavam chapadas com algum tipo de droga.

Digamos que o meu local de trabalho não ficava num dos melhores bairros de Birmingham.

—Por favor.— A voz dele estava implorando, mas ainda sim era como um trovão.

Respirei fundo e deixei a embalagem dos livros da senhora Gauman pela metade. Revirei os olhos e pedi licença para a mulher à minha frente.

Ela assentiu com a cabeça e disse que não tinha pressa.

Bem, eu tinha.

Dei a volta no balcão e ajeitei meu uniforme que consistia apenas no meu avental preto surrado com o logotipo da loja, um crachá com o meu nome e com uma foto minha de dois anos atrás.

Embaixo do avental havia minha camiseta branca e meu jeans gasto.

—Em que posso ajudar, senhor...?— Eu levantei o olhar para encontrar um cara que parecia ter a minha idade, escondido atrás de óculos escuros, uma boina e as golas de um sobretudo pesado.

Não parecia um drogado, mas talvez mentalmente perturbado.

Ele pareceu surpreso pela minha pergunta simples, mas olhou para trás rapidamente, assustado.

—Você não me reconhece?

—Deveria?—Arquei uma sobrancelha e então ele me olhou como se o seu tempo tivesse acabando.

—Por favor, me esconda em algum banheiro, escritório ou saleta.— O desconhecido segurou meus ombros.

—Você é um ladrão? Traficante? Olha, eu não tenho permissão para esconder bandidos aqui não.— Tirei suas mãos do meu ombro e coloquei as minhas próprias na cintura.

—Prometo que não tem nada a ver com a polícia, só faça esse favor para mim.— Pensei por alguns minutos.

Suspirei fundo.

Mexi no bolso do meu avental e joguei um molho de chaves para ele.

—Entra em qualquer sala aí, mas já aviso que se aparecer um policial sequer, eu te deduro. E eu sei quanto dinheiro que tem exatamente lá dentro e vou checar assim que você sair de lá, portanto, nem pense.

Ele me ouviu como um garotinho que leva bronca da mãe e seguiu para o fundo da loja.

Eu estava voltando para atender a senhora Gauman quando senti novamente como se o chão estivesse tremendo.

Parecia que estava passando uma manada de elefantes pela galeria.

—O que há com esse lugar hoje? Alguma liquidação fora de época ou a Rainha veio dar o ar de sua graça?— A senhora na minha frente riu.

Sons agudos começaram a ficar mais próximos até virarem gritos histéricos quando uma multidão de garotas passou na frente da livraria.

Como uma manada de elefantes. Poderia jurar que estavam levantando poeira do chão.

Um grupo de aproximadamente dez garotas parou em frente à loja e elas entraram desesperadas e... animadas? Uma combinação um pouco assustadora.

—Cadê ele?— Uma que parecia a líder do grupo falou alto.

—Ele quem, em nome de Jesus?— Perguntei e a menina de cabelos longos e loiros lançou um olhar afiado e estreito para mim

—Nathan Hughes.—Ela falou calmamente como uma psicopata.

—Quem diabos é Nathan Huges? Desculpa, senhora Gauman.—A velha senhora não disse nada e parecia estar se divertindo com a situação.

—Você quer que eu acredite que você não sabe quem é Nathan Hughes?—Ela soltou uma risada maníaca. A menina parecia ter uns 15 anos, mas estava me assustando.

Então eu olhei para a camiseta de algumas.

Tinha um rosto estampado nelas. Um rosto que eu tinha acabado de ver há alguns instantes. Parecia familiar, mas deveria ser resultado de uma poluição visual.

Após uma segunda olhada, eu percebi.

Mesmo debaixo do óculos, da boina e do sobretudo, era ele.

Eu estava escondendo uma celebridade de suas fãs loucas?

—Em que mundo você vive?—Uma menina com voz de gralha disse mascando chiclete. Seu cabelo era todo pintado de rosa. Meu Deus.

—No mundo real e você?—Foi o suficiente para que ela se calasse. —Olha, não tenho a menor ideia de onde está esse tal de Nathan, okay? Se ele fosse estar em algum lugar, não seria aqui.

A loira voltou a falar. Ela era uma versão assustadora da Barbie Fã.

Será que existia uma versão da Barbie que era uma fã?

Bem, existia Barbie Bailarina, Médica, Noiva, Veterinária, com certeza deveria ter uma Barbie Fã. Aposto que ela era a cara da menina à minha frente. Assustadora.

—Camie disse que o viu entrando aqui, pelo amor de Deus, ela tem quatro olhos deve enxergar bem.— Olhei para menina para quem ela apontava. —Não é, Camie?

Baixinha, usava aparelho e óculos quadrados maior que a cara dela.

Parecia eu quando era mais nova.

A tal da Camie estava mais vermelha do que um tomate e seu olhar implorava para que eu não a desmentisse.

—E-eu vi ele entrando aqui, s-sim. Não deveríamos procurar entre as estantes?— Ah, ela não iria me fazer sentir pena dela.

Elas estavam prontas para fazer o que Camie sugeriu quando eu lancei um olhar matador para cada uma e disse:

—Não vão olhar entre porra de estante nenhuma! Desculpa, senhora Gauman.— Ela apenas assentiu com a cabeça. Já estava sentada tão confortavelmente que não me surpreenderia se ela tirasse um saco de pipoca de dentro da bolsa.

—Escutem,— Passei a mão pelo cabelo quando todas lançaram um olhar fatal para Camie. —Esse panaca entrou aqui sim, mas saiu rapidamente. Camie não conseguiria ver, foi muito rápido. Ele foi em direção às escadas rolantes provavelmente deve ter ido para praça de alimentação que leva ao estacionamento.

—Talvez se suas colegas de loucuras que seguiram em frente não despedaçaram o infeliz, talvez vocês o encontrem com vida.

Elas pareciam decepcionadas, mas não durou muito tempo logo elas já estavam no corredor novamente.

Levantando poeira como uma mini manada de elefantes. Só que eram garotas.

Quando a poeira baixou encontrei a menina baixinha quatro olhos de aparelho olhando para mim.

—O que aconteceu agora?— Cruzei os braços e ela me abraçou.

Fiquei imóvel e confusa mas deixei a garotinha enfiar sua cabeça na minha barriga.

—Obrigada por impedir que elas me comessem viva, porém eu podia jurar que vi Nathan entrando aqui e tenho certeza que não o vi sair.

—Não fiz nada de mais. E talvez você devesse verificar o grau desse seus óculos.— Ela deu um sorriso rápido e envergonhado e saiu pelo corredor da galeria em busca do Nathan Ninguém-Se-Importa que, na verdade, estava escondido em alguma sala da minha livraria.

❣❣❣


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Notas finais do capítulo

Olá novamente!!
Espero que tenham gostado do primeiro capítulo!
Deixem seus comentários, sugestões, opiniões.
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