Holy Mission. escrita por Liids River


Capítulo 1
One


Notas iniciais do capítulo

Se alguém disser que tava com saudades,é midira que eu apareci 2 vezes na mesma semana
olá seguidores
venho neste frio de congelar os dedos postar essa onezinha que eu escrevi de ontem pra hoje. Tive essa ideia as 2h da manhã (menino Ivo está de prova) e eu acho que vocês vão gostar!
Há boatos de que hoje é dia do amigo,então : feliz dia do amigo pra vocês
vocês tão cansados de saber que eu amo cada um aqui
então
vamos a historia
até o quadrado la embaixo,bju



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— É o que? – perguntei incrédulo,colocando o copo de vidro em cima da mesa com mais força do que necessitava de verdade.

Levei alguns segundos tentando digerir o pedido que a Deusa da Sabedora havia feito enquanto alternava meu olhar entre seu rosto ameaçador – porém bonito – e ansioso,para o futuro objeto de tortura em cima da mesa da cozinha de minha mãe.

Não deveria passar das três horas da manhã. Eu havia levantando de um sono perfeitamente tranquilo e profundo, para dar aquela aliviada na bexiga e tomar um copo d’água, quando me deparei com Atena em pé, no meio da nossa cozinha. Eu quase gritei feito uma garotinha quando vi a sombra alta em minha frente. E quase gritei e me urinei,quando percebi que era ela.

— Acalme seus ânimos,Filho de Poseidon! – ela murmurou. Eu suspirei,realmente, tentando calmar os meus ânimos e ainda mais incrédulo pela audácia de minha – cof cof s o g r a— interromper a minha pausa no sono para...aquilo.

— Olha bem,eu tenho nome! – odiava o fato de alguns Deuses ( e isso quer dizer, a maioria deles) se direcionarem à mim, com o título de “Filho de Poseidon”.

Eu tinha nome,certo? Se minha mãe se deu ao trabalho de registrar um nome, o mínimo que eu exigia era que usassem-o. Sem exclusividades.

— Você está me respondendo grosseiramente?! – ela me pareceu meio ofendida.

— Você não é a minha mãe, não me diga como devo ou não falar – revirei os olhos.

— Esse temperamento e sangue ruim... –ela suspirou, murmurando para si mesma. Os olhos ganharam um tom mais escuro quando ela voltou a se direcionar para mim – Eu ainda tenho a capacidade de explodir o protótipo de cérebro que você acha que tem com um só estalar de dedos, Perseu – por mais que eu soubesse que ela não faria aquilo por consideração a Annabeth, eu preferi não arriscar o meu protótipo de cérebro.

Não que o pedido de Atena fosse algo absurdo. Na verdade, era coisa pouca e relacionada a Annabeth Chase, então eu não via problemas em ajudar. Tudo que fosse relacionada a Annabeth, eu estava automaticamente incluso e disposta a ajudar.

Vocês sabem disso.

 - Vamos derrubar 28 prédios e conquistar 45 países. Lutaremos contra as forças armadas e a marinha russa. Depois, vamos derrubar a monarquia de Hades e fazer o filho favorito de refém. Vamos enfrentar o apocalipse que vai chegar nesse meio tempo!

— Quem vai?

— Annabeth.

— Também vou.

Então isso significava duas coisas :

Eu estava sempre sendo feito de idiota pelos meus sentimentos.

E eu gostava disso.

Então por que tanta resistência, meu caro amigo de longa data Perseu Jackson? – você deve se perguntar.

Eu acredito que algumas coisas...os pais que devem ensinar aos seus filhos.

— Eu achei que ela gostaria de aprender com alguém mais...qualificado. – Atena continuou, observando-me de cima a baixo. Eu aposto que julgava o meu pijama de peixinhos, mas não me deixei abalar muito. – Aparentemente, ela quer que você ensine-a. Você sabe...não há muitas coisas que os filhos de Atena não possam fazer.

Ela estava se vangloriando e falando de si mesma na terceira pessoa.

Resisti a vontade de revirar os olhos para ela.

— E como você sabe disso? – perguntei, passando a mão na testa. Toda aquela coisa estava começando a me dar dor de cabeça e eu estava começando a me arrepender de ter despertado do meu sono tranquilo. Desejando nunca ter acordado naquela madrugada.

—Apolo me contou – ela murmurou, observando suas unhas

— E como Apolo sabe disso?

— Ártemis contou a ele – ela franziu a testa – Você faz muitas perguntas, pergunto-me como anda a paciência de Annabeth...

— E como diabos Ártemis sabe disso? – perguntei ainda mais angustiado. A pequena teoria da conspiração onde Annabeth se juntava as caçadoras voltando para a minha mente, junto do enjoo e a vontade de ser atropelado por um caminhão.

— Thalia contou a ela – Atena riu sarcástica – E antes que você pergunte, Thalia e Annabeth já eram algo antes de você e bem...elas mantém o contato.

— Ela disse a Thalia.. – suspirei. – O que nos traz de volta a você aqui.

—Exatamente.

— E a isso – apontei para o objeto em cima da mesa.

— Basicamente.

— Vocês, Deuses, não tem mais o que fazer além de brincar de telefone sem fio com as informações de seus filhos, fornecidas de maneira imoral? – perguntei irritado. Era difícil controlar a minha língua quando se tratava de Deuses fuxiqueiros – Capinar um campo, por exemplo?!

Os olhos cinzentos de Atena se iluminaram e o sorriso foi nascendo pelos cantos de seus lábios. O sorriso do demônio prestes a comer o meu fígado depois de me atropelar com um caminhão.

— Repita isso.

— Eu aceito – disse prontamente.

O que?

Eu queria agradar a minha sogra.

Medo?

O que é isso?

Quem está sentimento medo aqui? Eu não estou sentindo medo aqui. Quem disse que estou sentimento medo aqui, ninguém disse que estou com medo aqui, quem disse isso,eu não disse isso...

— Foi o que pensei ter escutado mesmo – ela sorriu (falsamente) compreensiva. Levantou sua cabeça, a pose intacta. – Não quero um arranhão em Annabeth.

— Veja bem, essa regra está se aplicando especificamente à Annabeth, certo? – perguntei mais uma vez olhando ara o objeto em cima da mesa. – Não posso prometer nada quanto...a isso aí – apontei com o indicador.

Pensei ter visto um olhar de admiração e animação genuína em seus olhos, porém com a mesma rapidez que apareceu, se foi.

Atena não era um mulher de se deixar transparecer.

— Não se preocupe quanto a isso. – ela respondeu. – Eu acho que você deveria descansar, visto que terá um grande dia amanhã.

A vontade de manda-la ir para onde Poseidon perdera o Tridente, era enorme!

— Seu pai nunca perdeu o Tridente.

— Saia da minha cabeça! – resmunguei – E da minha casa.

Ela levantou a sobrancelha esquerda.

— Por gentileza – completei.

— Temos um acordo, então? – ela perguntou desinteressada.

— Temos.

— Ótimo! – suspirou e revirou os olhos. – O que poderia dar errado, não é mesmo? Sendo filha de que é, ela aprenderá rapidinho.

— Eu posso escrever uma lista... – murmurei coçando a nuca, o meu sono voltando.

Eu poderia mesmo fazer uma lista....

— Não seja pessimista.

—...em ordem alfabética.

— E não duvide da capacidade de Annabeth em aprender as coisas, Perseu – ela pontuou calmamente.

—...talvez eu até enumere. – continuei.

Atena sorriu sem tanto sarcasmos dessa vez. A aparência parecida com a de Annabeth, porém mais velha e mais... ameaçadora. O rosto fino e o nariz empinado tanto quanto. Ela se aproximou vagorosamente e eu me mantive estático e quieto, esperando pelo seu movimento.

Sendo Atena, muito imprevisível ela poderia me dar um chute de agradecimento. Ou um tapa. Ou um soco. E talvez me jogar um livro na cabeça.

Ou ela poderia me dar um chute com tapa, seguido de soco forte no livro que me acertaria e me mandaria para o México.

Atena era a raposa e eu era as uvas.

Seja lá os Deuses o que isso signifique.

A Deusa levantou a mão – e eu já esperava o chute com tapa, seguido de soco forte no livro que me acertaria e me mandaria para o México. – porém ela pousou sua mão em meus cabelos. Ela remexeu sua mão de um lado para o outro, em uma tentativa de...carinho?

Pelo amor de todos os Deuses.

Isso era pior que um chute com tapa, seguido de soco forte no livro que me acertaria e me mandaria para o México.

— Você está me assustando! – afastei-me dela, contendo a vontade de estapear sua mão. – Pare com isso, eu já aceitei!

— Afrodite me disse que seria uma boa ideia demonstrar...afeto. -  ela estava um tanto corada ou era impressão minha? – Eu acho... que ela estava errada.

— Com toda e absoluta certeza que estava!

Mentira.

Dificeis as vezes em que Afrodite estava errada, meu caro amigo. Mas eu não queria Atena amigável e tentando...ser carinhosa as três da manhã.

— Bom. – ela suspirou, apontando com seu indicador em direção ao corredor. – Vá para o seu quarto-

— Você está agindo, de novo, como minha mãe – revirei os olhos.

— Você quer me deixar terminar de falar ou devo fazer carinho em você de novo? – ela brincou.

Agora ela estava brincalhona.

Eu estava mais assustado que antes.

Ela tinha os olhos mais calmos agora. Exatamente como os de Annabeth.

— Estou confiando em você para essa missão, Percy.

Por alguma razão, senti que ela estava um tanto receosa quanto a mim.

— Não vou desapontá-la. – respondi. Desviei os olhos para o objeto em cima e franzi a testa. – Mas caso eu desaponte...

Ela estava rindo.

Ok, agora eu estava seguindo o seu conselho e me afastando para o corredor, entrando em meu quanto antes que ela gargalhasse ,desse um tapinha no meu ombro toda alegre e me chamasse de “nhaw, seu bobinho!”.

Antes de fechar a minha porta, eu consegui ouvi-la dizer :

— Eu espero que esteja animado! – um risinho baixo – Visto que vai ensinar Annabeth a dirigir!

Senti a claridade mesmo com os olhos fechados. Comecei a pensar que talvez a madrugada passada fosse apenas um sonho, mas o alivio na minha bexiga era bem real para que fosse. Senti um cutucar no meu rosto porém me mantive quieto e fingindo dormir.

Queria saber como eu iria lidar com a filha de Atena mais teimosa da história das filhas de Atena. Antes que vocês pensem que há uma má vontade no ensinar Annabeth Chase a dirigir, talvez vocês devem entender que nós dois somos completamente apaixonados um pelo outro. E não querendo aceitar a proposta de Atena, estava tentando continuar desse jeito.

Obviamente, já fomos postos a prova por muitas vezes. Algumas, até pelos próprios Deuses.

Há alguma coisa com as tarefas humanas que fazem nós dois nos sentirmos uns neandertais tentando provar um para o outro que somos melhores que um ao outro, entendem?

Como na vez em que ela foi me ensinar a andar de bicicleta que...

— Você precisa disso! – ela murmurou no meio do central park. Era um dia ensolarado e quente, o parque estava cheio de mães e crianças no mesmo veículo mortal que eu : bicicleta.

— São rodinhas! Rodinhas de crianças! Eu não vou passar essa vergonha!

— Se você cair, vai ser pior.

— Então não me deixe cair – gemi em frustração. Em um raio de cinco metros, eu via Nico Di Angelo e Jason rindo da minha cara de idiota.

Ela colocou as mãos atrás do banco da bike, enquanto eu pedalava bravamente tentando me equilibrar em cima do demônio.

— Veja, você está indo muito bem! – ela murmurou atrás de mim.

Eu comecei a sorrir até perceber que eu estava indo em direção ao Lago. E aqui entre nós, eu não havia entendido direito como usar os freios. Mão direita é atrás e a esquerda...os da frente?

Na pressa de tentar parar, acabei apertando os freios das rodas da frente – uma fraçãozinha de segundo – antes das de trás.

Resultado : a bicicleta deu um mortal e eu cai no lago.

Ora, mas você é filho de Poseidon, não é? Foi fácil se secar.

Sim.

E os Nova Yorkinos achariam muito,muito normal.

....é,aconteceu comigo.

Senti mais uma coisa cutucar o meu rosto e eu resisti a vontade de estapear essa mosca.

Eu tinha medo que a situação saísse do controle. E com isso eu quero dizer, Annabeth me atropelando com o carro que Atena lhe dera.

— Ei – sussurrou – Eu sei que você tá acordado. Parou de babar.

Passei meus braços pela cintura dela, ainda de olhos fechados.

— Eu não babo mais enquanto durmo.

— Isso é o que você quer acreditar – ela sussurrou risonha. – Não vai abrir os olhos pra mim?

— É cedo.

— Não é não – ela murmurou, os dedinhos calmos passando pelo meu queixo, fazendo o contorno do meu nariz e das minhas bochechas – Vamos, Atena disse que você concordou em me ensinar-

—Aliás – murmurei, franzindo a testa irritado – Você deveria ter dito diretamente para mim.

— Você sabe que não somos bons nisso, Percy – ela murmurou, a mãozinha descendo para o contorno de meus ombros, fazendo-me sorrir um pouco – Você se lembra da vez do omelete.

Ah!

Como pude esquecer a vez do Omelete.

Annabeth colocou os ovos em cima da pia, enquanto eu descascava as batatas. Era a primeira vez dela aprendendo alguma coisa comigo – e como não sou hábil em muitas coisas na cozinha....a opção era o omelete.

— E eu bato quantas vezes? – ela perguntou, quebrando-os em um pirex de vidro, enquanto eu ralava o queijo.

Achando graça em sua atenção e disposição para aprender,eu respondi :

— 63 vezes.

Depois disso,tivemos uma longa discussão de como eu não deveria brincar enquanto estivesse lhe ensinando alguma coisa.

E eu lhe fiz massagem nos braços cansados.

Ela era bem literal quando queria...

— Eu já pedi desculpas – resmunguei.

— E eu já desculpei – ela murmurou. A respiração quentinha perto do meu pescoço.

Abri meus olhos só para vê-la afundar seus lábios em meu pescoço. A cabeleira loira cheirando a morango. Ela usava uma calça preta e uma blusa cinza. Apertei-a em meus braços enquanto respirava fundo.

— Sua mãe abriu a porta pra mim e... está fazendo waffles – ela murmurou.

Ah!

A vez dos waffes.

Você precisa mesmo se colocar como chefe? – ela reclamou – Sou eu quem estou ensinando!

— Ora,eu quero me tornar um grande chefe,não?

— Você precisa ouvir,ou o seu waffle vai ficar horrível!

— Vai ficar lindo,você está com inveja.

— Com tantas colheres de farinha você vai deixar de ser tão idiota? – ela reclamou cruzando os braços.

Só para não ficar atrás – e para irritá-la um pouco mais – respondi:

— Acho que duas são suficientes,Sabichona!

Dito e feito.

Recebi duas colheres de sopa na cabeça.

Ela segurava o riso,assim como eu.

Então vejam bem.

Eu esperava do fundo do meu coração,não ser atropelado.

O carro que Atena havia nos dado era um absurdo. Não um absurdo de “Oh meus Deuses que carro incrível!”. Era isso também, mas era um absurdo para andar as ruas de NY.  Era um mini cooper preto. As janelas vedadas de preto. As rodas pretas. Tudo preto,até mesmo a placa.

Placa preta significa carro dos Deuses?

Nunca prestei atenção.

Annabeth sorria contente enquanto rodava a chave da Estrela da Morte nas mãos.

— Não vamos chama-lo de Estrela da Morte – Annabeth murmurou.

— Eu nem ia sugerir isso – murmurei, pigarreando e coçando a nuca. – Mas é preto.

—Vamos chamar de Nave Mãe. – ela murmurou com a mão embaixo do queixo. -  Se bem que não me parece caber muitas pessoas nessa coisa aí...

— Enterprise. –tossi, murmurando.

Ela revirou os olhos não concordando.

— Millennium Falcon – espirrei, murmurando.

Ela negou com a cabeça.

— Tardis – encarei minhas unhas,fingindo falar do tempo.

— Que tal vocês dois só chamarem de Carro,entrar dentro dele e ir dirigir hein? – minha mãe murmurou atrás de nós dois. Ela estava parada na frente do nosso prédio,os olhos entediados. Ela iria até a biblioteca pegar alguns livros para o trabalho de Mestrado que ela estava fazendo.

— Você quer uma carona,mãe? – murmurei.

Essa pergunta podia facilmente se passar por : você pode me dar um socorro,mãe?

— Eu pensei que vocês já tivessem saído – ela murmurou,apertando a alça da mochila nas costas.

Ela suspirou e olhou para mim,transmitindo com o olhar : vai que é sua,meu filhote.

—Não tem problema também – Annabeth murmurou – Minha mãe nos deus um mapa com o melhor lugar onde treinar a direção- Annabeth sorriu,enquanto puxava um papel desenhado do bolso.

Você pensou em tudo mesmo,não é querida sogra?

Não abusa.

Sai da minha narrativa,Atena.

Minha mãe deu um beijo na testa de Annabeth,murmurando-lhe boa sorte e apertou minha mão antes de acenar dando tchau.

Antes de virar a esquina,ela virou-se de costas e gritou :

—Sem brigar! E cuidado com a chuva!

Abri a posta do carro para Annabeth, enquanto pensava na minha vida. Tinha sobrevivido até então com muito esforço – e não é novidade de que eu morreria pelos meus amigos. Morrer em acidente de carro não era uma opção para mim.

Por dentro, o carro era menos exagerado. Apesar de confortável.eu tinha a leve impressão de que não conseguiria não ficar tenso.

Annabeth se postou atrás do volante, ajeitando o banco para que ficasse na altura certa. Ela arrumou os cabelos atrás da orelha e ajeitou o espelho retrovisor, e os laterais.

Parece que ela já sabia alguma coisa então...

— Hn – pigarrei. Não queria parecer autoritário nem nada (para que não saíssemos em luta fatal) – Que tal você...colocar o cinto?

Ela assentiu,alegre. Prendeu o cinto na fivela e colocou a chave no compacto da chave.

—Espera! – gritei.

Annabeth pulou assustada tirando a mão de tudo.

— O que foi? – ela gritou de volta,as sobrancelhas franzidas e os olhos cinzentos analizando-me.

Pense.

Pense muito bem.

— Eu amo você – murmurei,agarrando sua mão da marcha.

Annabeth semicerrou os olhos.

— Você está me distraindo.

— Então não é boa ideia essa aula agora. – murmurei – Você precisa focar.

—Que tal você se manter quietinho e só me guiar? – ela sugeriu soltando minha mão,voltando a postá-las uma no volante e a outra na chave.

Ela girou a chave eu senti um ataque cardíaco.

— O que devo fazer agora? – ela perguntou olhando para os pedais embaixo.  Já posso correr?

— Talvez nós devêssemos ficar em casa – sussurrei segurando no apoio acima da janela. Eu tenho um nome para ele,que talvez,não seja colocado aqui.

Porquê é um nome bem feio.

— Percy – ela me olhou. Os olhos escondendo uma animação enorme, porém aflita. O sorriso de antes já não contagiante. – Você precisa confiar em mim, tudo bem?

Ela tinha a postura perfeita e confiante – como se soubesse o que estava fazendo. Ela abriu dois botões do casaco e suspirou.

— Da direita para a esquerda : acelerador, freio e embreagem. – murmurei apontando para ela. – O que é o do meio Annabeth?

—Freio –ela murmurou prontamente.

Eu sorri para ela, inclinando-me sobre o banco e beijando-lhe rapidamente.

—Exatamente. – sorri – Ali – apontei para o painel. Ela demorou um pouco para desviar os olhos de mim, mas o fez – Cada uma dessas coisas indica algo importante para o guiar do carro, tudo bem?

—Você está muito bonito hoje – ela sussurrou, a mão passando pelo meu maxilar.

—Ei – puxei-a. – Preste atenção.

Ela piscou algumas vezes, o rosto ficando corado. Annabeth envergonhada era a minha terceira coisa favorita de ver. Apesar de que Annabeth também estava na primeira e segunda posição das minhas coisas favoritas de se ver.

— Velocidade – apontei para o relógio maior. – Conta-giro e a o medidor de combustível.

— Certo – ela acenou – Já posso correr?

Suspirei,tentando não resmungar nada.

— Tenha paciência, tudo bem?- sussurrei. – Esse aqui – apontei – Vai lhe indicar quando o carro vai precisar de marcha.

Olhei para ela só para me certificar de que ela estava prestando atenção. Os olhos brilhantes de volta e a boca entreaberta.

Eu esqueci o que ia dizer no mesmo instante em que ela passou a língua no lábio inferior.

 - E a marcha é esse negócio grande e duro aqui,certo? – ela sussurrou.

— Quê? – gritei,sentindo que minha cabeça poderia explodir. Minhas bochechas estavam pegando fogo enquanto ela me olhava confusa?

— Isso aqui – ela apontou,segui seus dedos e suspirei tentando não parecer um tarado idiota.

—É – murmurei,engolindo em seco. Passei minha mão por cima da dela e ajudei-a,mostrando as marchas – Primeira – murmurei,movendo a mão para cima – Segunda – para baixo – Terceira – cima de novo – Dificlmente você vai passar da terceira,principalmente agora de incio,mas enfim – movi para baixo mais uma vez – Quarta,Quinta e Sexta.

Ela engoliu em seco também, as bochechas vermelhas.

— E a ré? – ela perguntou baixinho.

— Vamos devagar primeiro – murmurei,abrindo o vidro, sentindo um calor infernal de repente -  Mostre as marchas para mim,primeiro.

Tirei minha mão de cima da sua,acompanhando seus movimento.

—Certo? –ela murmurou contente.

—Muito bem – sorri, pegando sua mão e beijando os nós de seus dedos. – Veja,a ré,nesse carro é aqui – apontei para ela.

Annabeth olhava para mim sorridente e eu estava começando a achar aquilo tudo uma boa ideia.

— Freio de mão?

— Aqui.

— Setas?

— Aqui e aqui.

— Faróis?

—Prontinho.

Encarei seu perfil enquanto ela memorizava todas as funções pela terceira vez.

Annabeth era tão bonita que eu não conseguia raciocinar direito perto dela. Eu queria muitas das vezes,só coloca-la em um potinho de vidro e proteger sua vida como se fosse uma pena. Eu certamente levaria uma surra por falar assim visto que Annabeth era completamente independente e não gostava de ser vista como alguém frágil

Talvez essa seja uma das coisas que mais me faz admirá-la.

Ela sorriu,passando os cabelos para o lado da janela, sorrindo um pouco mais.

Ai está a primeira coisa que mais gosto de ver.

— Posso dar partida, professor? – murmurou, piscando um olho só.

Você pode fazer o que você quiser, meu amor.

Supirei,desviando os olhos. Apertei o botão automático abrindo mais o vidro. Apertei o meu apoio, acima da janela e acenei com a cabeça.

— Manda brasa,aluna.

— Isso é muito sem graça – ela reclamou, uma mão apenas no volante, guiando o carro pela estrada de terra que Atena havia nos colocado. Eu segurava o mapinha desenhado tentando desvendar se estavamos no lugar certo.

Depois que saímos da frente do prédio, viremos a esquerda na avenida principal e seguimos reto toda vida. Com pisca-alertas ligado , dirigindo a exatos incríveis 10 km/h.

— Onde está toda a diversão? As explosões,as perseguições? Eu não vi nenhum policial! – ela perguntou retórica. – Eu posso fazer isso sem as mãos!

—Não tire as mãos – murmurei,virando o mapinha – Sua mãe nos coloca em cada uma – murmurei.

— Talvez tenhamos nos perdido – ela sussurrou – Eu acho que nos perdemos.

— Em duas ruas? – revirei os olhos,observando o painel – Ei,calma lá Vin Diesel,está indo a 15km/h. Pode atropelar alguém.

— Quem? – ela suspirou,colocando o pé no freio e reduzindo um pouco – As vacas? Por que logo menos elas vão aparecer.

Eu ri baixinho,voltando a olhar para os mapinhas. Abaixo de nós, a estrada de terra fazia o carro balançar,fazendo-me suspirar um pouco impaciente.

— Que ótimo – resmunguei,vendo uma garoa fina começar. – Eu pensei que minha mãe estivesse brincando.

O gramado ao redor da estradinha de terra ficando molhado e mais vibrante enquanto a chuvinha fina caia por cima. Ao redor,algumas arvores molhando-se,faziam os passarinhos saírem de seus lugares,resmungando como eu.

Eu aposto que é um lugar bonito.

Não hoje.

Em outra ocasião.

— Qual o problema? – Annabeth olhou para mim.

—Olhos na estrada, Srta Chase – resmunguei mais alto,folheando o mapinha. – A não ser que Atena estivesse doidinha da cabeça,parece que ela acha que aqui é o lugar bompara treinar direção.

—Talvez ela tenha errado o carro –ela pigarreou. Assim que ela terminou de falar,um solavanco fez o carro sacudir nas rodas da frente,fazendo-nos pular dos assentos. Eu tinha certeza que eu teria me machucado se não fosse pelo cinto de segurança,me segurando no lugar.

Sabia que ela estava usando o seu também,mas joguei um dos braços para cima de Annabeth para mantê-la no lugar. Só que antes de fazer isso,puxei o frio de mão com força,fazendo o carro parar de afundar.

E ainda tive tempo de bater a cabeça no vidro da janela.

O carro desligou por completo.

Resmunguei um pouco enquanto acariciava minha cabeça.

— Tudo bem? – perguntamos ao mesmo tempo.

Ela desfivelou seu cinto,vindo para cima de mim.

— Tudo bem? – ela perguntou preocupada – Desculpa. Eu não vi... eu não vi que tinha um buraco.

— Eu tô bem. – sussurrei,pegando suas mãos,apertando-as. – Tá tudo certo.

Ela suspirou,batendo no volante do carro. A feição raivosa poderia ser comparada com a mesma cara que ela fazia quando alguém desconfiava de suas palavras.

— Porcaria de carro pequeno!

Espreguicei-me, apertando os olhos tentando enxergar alguma coisa a frente,porém a chuva estava mais forte agora. Olhei rapidamente para o relógio de Annabeth,e estranhei.

— Que horas são? – perguntei.

Ela olhou para o relógio.

— Duas e meia. – suspirou. – Precisamos tirar esse carro daqui e ir para algum lugar almoçar,estou começando a ficar com fome....

Olhei ao redor.

O cenário parecia de Silent Hill. A garoa fina que caia trazia consigo uma neblina chata. Comecei a me perguntar se Atena estava me testando de novo. D vez em quando – eu tenho uma teoria sobre isso – ela fazia esse tipo de coisa. Mandava dezenas de pombos para piqueniques,quando eu e Annabeth tirávamos um tempo juntos. Ou frequentemente – vocês se surpreenderiam com a frequência – mandava rapazes semideuses Filhos de Dionísio testarem a minha paciência.

Annabeth tinha uma queda por filhos de Dionísio. Eu sabia disso,mas fingia não perceber.

Até porque eu acho que sua queda era maior por mim.

Touché.

Desviei meus olhos para ela, cabisbaixa.

— Não acredito que já afundei com o carro. – murmurou. – Eu me odeio.

— Não odeia não – murmurei revirando os olhos.

— Tem razão – ela suspirou, ligando a ignição – Odeio esse caminho.

—Exato – sorri, abrindo minha porta e saindo do carro.

Annabeth estranhou, abaixando o vidro de sua janela, colocando a cabeça para fora.

Como eu imaginei,apesar da neblina chata e da garoa mais chata ainda,não estava frio. Abaixei-me para a roda esquerda dianteira,e vi que não estava tão afundada quanto o balançar e solanco do carro fizeram parecer que estava quando atolou.

Você só pode estar de brincadeira.

Inclinei-me para observar a Annabeth , com a cabeça para fora, curiosa.

— E ai,chefia? – ela murmurou,balançando as sobrancelhas.

— Não me faça rir,quando estou tentando parecer bravo – sorri,inclinando-me para a sua janela. Ela cheirava a morando e chocolate. Eu não era muito fã de morango...eu acho que só comia uns 15 por vez. – Estamos atolados.

— Eu ainda acho que ela errou o caminho – Annabeth sussurrou, encostando a cabeça no encosto do banco.

— Não é ela que frequentemente diz que não erra?! – perguntei irônico.

Annabeth franziu a testa,parecendo brava.

— Vamos desatolar – ela murmurou,o pé direito apertando o acelerador.

Eu sorri para ela,passando a mão em meus cabelos,agora mais úmidos por conta da garoa chata.

— Certo – abaixei-me novamente em frente a roda atolada. – Ligue os faróis.

Ela ligou.

— No três,você pisa na embreagem e no acelarado logo em seguida. – murmurei, empurrando a roda da frente,tentando fazer alguma coisa. – Mas tem que ser no três,se não você vai passar por cima do meu braço.

Annabeth jogou a cabeça para fora da janela de novo.

— Talvez eu passe por cima de todo o resto depois! – reclamou.

— Você não faria isso,Sabidinha – sorri, arregaçando as mangas da minha blusa,olhando-a.

Apesar dos pesares,ela parecia se divertir. E eu – que apesar de toda a resistência e medo de morrer  do inicio – também estava.

Certo, você veio até aqui. Sabe que eu vou fazer um monólogo sobre Annabeth em algum momento.

Chegou o momento.

Era bom estar com Annabeth. Apesar de tudo,ela sempre fora quem eu via como uma grande inspiração. Perseu o Filho de Zeus? Era um cara legal,mas não. Aquiles? Era um cara bacana e com muitos problemas,então não.

Annabeth Chase?

Ponto pra você.

Annabeth era mestre em me fazer sentir feliz. Mesmo nos momentos mais tensos e nos mais difíceis – acreditem quando eu digo que não foram poucos. E até os de quase morte,eu sempre tinha um fio de esperança de sair intacto. Temia,claro,por deixar minha mãe... mas principalmente,por não poder vê-la sorrindo de novo.

— O que foi,Cabeça de Algas? – ela murmurou,as bochechas vermelhas e os olhos brilhantes – Tá me encarando!

Isso é porque você é linda,Sabichona.

Os cabelos estavam caindo sobre o rosto,cobrindo-lhe as bochechas envergonhadas e meu instinto foi sorrir ainda mais para ela.

Eu era um idiota quando se tratava de Annabeth Chase.

Isso é um fato inegável.

— Vamos lá – balancei a cabeça,tentando me concentrar em não perder um braço – No três!

— Vamos nessa,chefia – ela murmurou,voltando a se concentrar no volante.

Eu sabia eu nada que Annabeth faria,me machucaria.

—Um!

Empurrei a roda para trás.

—Dois! – gritei mais alto. Podia senti-la se mover,saindo um pouco da terra que afundava metade da bocharra.

Empurrei um pouco mais forte,ouvindo-a apertar devagar a embreagem.

—Tr-

Annabeth, em sua habitual afobação...

E o carro veio com tudo para cima de mim.

Graças aos meus reflexos,eu consegui jogar o meu corpo para o lado esquerdo antes que o mini cooper do inferno,se chocasse completamente contra mim. Vi de relance Annabeth levantar os braços em comemoração dentro do carro.

Choquei-me contra a grama molhada. Annabeth saiu de dentro do carro,sorridente. Balançava os braços para frente em para tras,dançando.

— Quem são os melhores? – ela cantarolava – Nós somos os melhores!

—Annabeth – grunhi,sentando-me com dificuldade – Ei.

—Quem é o mestre? – ela perguntou,apontando o indicador para mim – Resposta : Eu sou o mestre!

Olhei-a um tanto admirado. Estava feliz por vê-la tão conten-

— Meus Deuses – ela arregalou os olhos,a boca abrindo-se em surpresa – Percy! – apontou para o meu braço.

Eu sentia.

Sabia que tinha caído de mal jeito em cima do meu braço e que provavelmente tinha quebrado.

Mas ela estava tão contente que-

—Você... –ela se ajoelhou do meu lado – Eu passei em cima do seu braço!

—Não,não foi nada disso – revirei os olhos,pegando sua mão estendida,ajudando-me a levantar – Eu que caí errado.

Annabeth me puxou para dentro do carro,os olhos cinzentos com uma nuvem de clara preocupação.Eu contive a vontade de sorrir vendo-a tão preocupada em fazer com que eu me sentisse melhor.

— Está tudo bem,Annabeth – murmurei,sorrindo – Só vamos para casa para que eu posso comer alguma ambrósia e dormir.

— Eu aposto que se você pudesse voltar no tempo e ter a oportunidade de não aceitar a proposta de Atena,você o faria – ela murmurou,baixinho,dando partida no carro.

Ei.

Pera lá.

Como que de uma Atena estranhamente feliz,esse relato vem com uma Annabeth extremamente deprimida?

—Ei – murmurei,colocando a mão boa em sua coxa. Ela suspirou,sem me olhar. – Ei.

—Eu vou manter meus olhos na estrada – ela surrou,tirando minha mão de perto dela. – Para não quebrar mais ninguém. Ou cair em um buraco.

—Annabeth – murmurei. Seu semblante triste,mesmo pela visão de seu perfil. – Pare com isso.

— Tudo bem – ela sussurrou,desviando rapidamente o olhar para mim,os olhos triste – Você vai ficar bem.

—Pare com isso. – murmurei encostando minha cabeça no banco. Ela dirigia a 30km/h voltando para a estrada,e eu não queria dizer nada... mas estava com medo dela bater contra um arvora.

O que?

Era rápido demais para iniciantes. Shiu.

— Que droga de buraco – ela respirou fundo.

— Ainda bem... – desviei os olhos dela,olhando pela janela. A garoa fina indo embora junto com o bom-humor de Annabeth – Que somos experts em cair em buracos.

Pela minha visão periférica,eu a vi sorrir um pouco,balançando a cabeça.

Era bom fazê-la sorrir.

Fazê-la sorri quando tudo parecia ir de mal a pior...era ainda melhor.

Levantei sonolento,coçando minha nuca com o braço bom. Estava sentindo sede por conta do remédio que haviam me passado.

Não. Minha mãe não me deixou ficar em casa sob os cuidados apenas das divindades vindas do Olimpo (isto é : ambrósia.). Depois de esperar quinze minutos dela tentando achar uma vaga para estacionar,mais meia hora para preencher a ficha e mais quarenta minutos para se atendido : eu estava em casa,com uma tala no braço.

Annabeth havia conseguido permissão para ficar. Insistira em domir na sala,o que era uma grande bobagem,sendo que a minha cama era grande o suficiente para nós dois.

Quando eu dissera isso,ela arregalou os olhos para mim,fazendo minha mãe ficar envergonhada.

Suspirei, tentando coçar por dentro do gesso,enquanto o filtro fazia o favor de encher mais um copo com água.

Olhei para cima da mesa,vendo a chave do veiculo do demônio ali.

— Você é um pe´ssimo professor – sussurrou.

Atena estava sentada a mesa,desviando os olhos para o correndo,observando Annabeth talvez.

— Você – apontei com raiva para o meu braço – Isso é culpa sua!

— Blá blá,deixe os sermões para Poseidon – ela reclamou,colocando a mão na testa parecendo estressada. – Se é que vou ouvir mais do que já ouvi!

Franzi a testa para ela,tomando meu copo d’água. Ela estava com as bochechas coradas e eu só queria que Atena fosse embora para que eu pudesse voltar para o meu quarto e fingir que nada disso aconteceu.

O que ela ia pedir agora? Para ensinar Nico Di Angelo a montar um cavalo?

Atena suspirou um ultima vez. Ela cruzou as mãos sob a mesa,os olhos frios,porém sinceros. Ela afastou uma mecha de cabelo com um sopro e murmurou :

— Desculpe-me.

Atena estava me assustando de novo.

Deuses!

Afastei-me dois passos.

— Escuta,eu não sei quem é você mas deveria parar de tentar se passar por Atena – murmurei.

Ela sorriu um pouco,revirando os olhos mais uma vez.

— Eu não vou repetir. – ela murmurou. Coloquei o copo na pia e suspirei,encarando-a. – E aí...você-

— Eu lhe desculpo,Grande Atena – murmurei debochado.

Ela arqueou uma sobrancelha,um meio sorriso irônico no rosto.

— Que ótimo! Porque agora eu estou retirando as minhas desculpas. – murmurou. – Você foi e é bom em muitas coisas Perseu. Eu lhe designei uma única missão-

— No meio do mato e cheio de buracos! –grunhi.

—...e você me decepciona desse jeito – ela suspirou,negando com a cabeça.- Sempre soube que você é superestimado.

Eu encarei aquela Deusa endemoniada em minha frente. Tinha vontade de mandar para o espaço a relação esquisita que nós tínhamos e manda-la para ainda mais longe. Seu rosto irônico se suavizou um pouco e ela suspirou.

— Você é bom em algumas coisas. – ela completou – Pode não ter dado certo agora,mas ela vai conseguir dirigir.

— Eu sei que vai – reclamei, tentando cruzar os braços,porém, falhando miseravelmente. – Eu nunca duvidei.

— Atena se levantou,encarando-me profundamente.

— Eu posso perdoar você por ter falhado nessa – ela murmurou. – Mas não vou perdoar se falhar na missão mais importante de todas.

Meu coração se acelerou com a possibilidade de ter que atender mais um pedido incomodo de Atena.

— Que missão? – perguntei com raiva.

— A de fazê-la feliz. – murmurou,sorrindo.

Pisquei algumas vezes tentando digerir suas palavras.

—Ah mas que Deusa folgada... – resmunguei saindo da cozinha.

No sofá grande da sala,Annabeth estava encolhida e coberta por um edredom azul. Os cabelos espalhados pelo travesseiro,embaixo da cabeça. Ao seu redor, o controle da televisão e as suas roupas na mesinha de centro.

Não faria mal...se eu...

Abaixei-me na altura de sua cabeça,e passei a mão em seus cabelos.

Ela tinha um semblante tranquilo e calmo. Eu queria dizer para que ela não se deixasse abater por qualquer coisa que fosse relacionado a mim, mas o quão hipócrita eu seria se fizesse isso? Sendo que eu claramente me deixo abater só por ouvir o seu nome.

Eu não pensei que pudesse amar alguém como eu amava Annabeth Chase.

Inclinei meus lábios dos seus só para deixar-lhe com um beijo rápido de boa noite.

Quentinha. Ela sempre foi quentinha.

Afastando-me de seus lábios, vi seus olhos cinzentos abertos e um sorriso tímido se espalhar pelo seu rosto.

— Oi você – ela sussurrou.

— Oi você – sorri para ela, beijando-lhe os lábios rapidamente, mais uma vez.

Annabeth sorriu, sentando-se devagar. As pernas coberta até os joelhos por uma camiseta velha que minha mãe havia achado e lhe dado. As bochechas vermelhas, a cara um tanto amassada por conta do sono.

— Está sentindo dor? – perguntou baixinho, ajudando-me a sentar ao seu lado. – Quer alguma coisa ?

— Quero que você pare de se preocupar atoa – sussurrei, revirando os olhos e pegando seu edredom. Puxei-a pela mão e talvez ela estivesse tão sonolenta, que não debateu nenhum pouco em me acompanhar até o meu quarto.

—...

—...

—....você está indo muito bem – ela sussurrou, enquanto acariciava meus cabelos. Eu estava deitado com a cabeça em seu peito, ouvindo o batuque descompensado do coração dela. Puxei o edredom mais para cima, cobrindo-a.

— O que quer dizer?

Suas mãos mexiam ritmadamente em meu cabelo.

— Sua missão – ela sussurrou. – Você tem se saído muito bem, Cabeça de Algas.

E eu pensei que quebrar um braço era pouco.

Annabeth podia quebrar até o meu coração, que eu continuaria amando cada pequena parte dela.

.

Três meses depois, Annabeth conseguiu sua licença para dirigir. Fez a auto-escola e a minha mãe ensinou-lhe um pouco antes das aulas prática – visto que não poderia.

Não recebi mais visitas de Atena. O que era ótimo, porém...

— Você o que? – perguntei, olhando para o objeto de tortura em cima da mesa.

— Vai Percy, por favor ! – Nico pedia. Os cabelos jogados em uma perfeita zona e os olhos escuros brilhantes.

Annabeth ria sentada no sofá.

— Por que não pede para..- eu apontei com a cabeça para Annabeth.

Nico revirou os olhos, impaciente.

—Você sabe que tem pouco tempo que ela tirou a licença! Se me pegarem com ela, capaz de tirarem até a licença da sua mãe – Nico explicou.. – Vamos lá, amigão, quebra essa pra mim!

Olhei para Annabeth, jogada no sofá com um livro enorme na mão. Ela sorriu de lado dando de ombros.

Olhei para Nico Di Angelo cheio de entusiasmo, pedindo para que eu lhe ensinasse.

E antes que eu deixasse acontecer de receber uma visita de Hades....

— Vamos lá, Di Angelo –   massageei meu braço -  Eu ainda tenho um braço bom pra você passar por cima.


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Notas finais do capítulo

EU AMO ESCREVER ONE COM TEMA COTIDIANO AF
Eu peguei no carro semana passada,foi bem mais tranquilo que a Annabeth ai em cima rsrsrs

vou sumir pelos próximo três dias por causa da SDCC ( eu fico atenta a qualquer movimento,como se eu estivesse lá asuhsush)
eu queria compartilhar uns webtoons com vocês - pra que vocês sofram comigo.
Amo vocês
vou ir correndo responder os comentários ♥



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