—Oi família. – Edward sorriu tentando ser o mais doce possível.

—O que vai querer dessa vez? – Carlisle largou os talheres e encarou o filho.

—Já que estamos sendo diretos. – se aproximou da mesa e apoiou as mãos na cadeira. – Vou precisar faltar de aula na sexta e preciso do carro. – Edward tinha recuperado o carro, mas só podia usar para ir à escola e qualquer outro local tinha que ser autorizado pelos pais.

— E o que o faz pensar que autorizaremos qualquer uma dessas coisas? É o seu aniversário, mas ainda está de castigo.

— Eu sei mãe, mas não é para mim. – Puxou a cadeira e sentou de frente para os pais.

—E para quem seria então?

—Para duas lindas garotas. E antes que fale algo, essas garotas são Alice e Bella. As duas precisam pegar uns resultados de exames em Seattle, e sejamos sinceros, aquela lata velha que a Swan chama de carro mal consegue chegar à esquina.

—Que tipo de exame? – Carlisle perguntou com interesse.

—Não entendi muito bem, mas tem a ver com a doença da mãe delas. Elas vão ver se elas também têm.

— Elas fizeram um mapeamento genético?

—É isso mesmo. Elas conseguiram que fizessem de graça para elas, tem um tempo que estão esperando por isso.

—Bella poderia ter me falado, eu poderia ajuda-la.

—Então, vão me deixar pegar o carro? – Edward sorriu para os pais, esperava que suas covinhas fofas o ajudassem a conseguir o que queria.

—Vou tira o dia de folga e ir com vocês. Tenho alguns amigos lá.

—Você é o melhor pai do mundo. – Edward abraçou o pai. - Vou avisar a Bella amanhã.

—É uma bela atitude filho. E o seu aniversário?

—Você poderia vir também mãe, podemos ir a um restaurante e comemorar. – Deu de ombros.

—Nada de festa? – Esme perguntou chocada.

—Esse ano não. Vamos ajudar as Swan. – Começou a colocar comida no prato e ignorou o olhar de surpresa dos pais.

[...]

—Bella. – Edward gritou no meio do corredor da escola. Bella abaixou a cabeça e fingiu que não era com ela. – Não fuja de mim garota. – Edward jogou o braço sobre o ombro dela.

—Pode se afastar um pouco. Não quero que as pessoas façam um julgamento errado sobre a nossa relação. - Murmurou envergonhada.

—Advinha quem é demais? – Cantou a última parte. Bella olhava para os lados tentando adivinhar o que as pessoas estavam comentando sobre eles. Ela fora bem recebida pelos professores, mas os alunos eram bem cruéis com ela.

—Quem?

—Você é péssima em jogos de adivinhações. Eu sou demais. – Apontou para si com entusiasmo. – Vamos levar você e a Alice para Seattle.

— O que quer dizer com vamos? – Ela o segurou no lugar.

—Vocês vão ser escoltadas pelos Cullen.

—É seu aniversário, você não pode passar o dia todo comigo no hospital. Sabe que vou ter que ficar lá, tem toda uma equipe que vai nos avaliar. Isso vai levar um tempo.

—Eu sei disso tudo gata. Só relaxa e deixa alguém cuidar de você para variar um pouco. Papai disse que conhece algumas pessoas e vai ser ótimo ter um médico de confiança ao seu lado e mamãe ama a Alice, vai te ajudar com ela e eu, eu sou eu.

—Não posso pedir para vocês fazerem isso. – Declarou emocionada.

—Ainda bem que não pediu. Pegamos vocês às 7. Estejam prontas. – Edward já ia saindo quando Bella o deteve.

—Não sei como te agradecer. – O abraçou rapidamente.

—Pode me passar as respostas da próxima prova. – Ele piscou e recebeu um tapa.

—Vá estudar Cullen.

—Não estou vendo vantagem nenhuma em namorar a professora. – resmungou brincalhão.

[...]

—Que carro legal mamãe. – Alice comentou com Esme assim que a colocaram na cadeirinha. –O carro da mamãe Bella não é legal.

—Viu? Até sua irmã sabe que seu carro é horrível. – Bella bateu nele. – Hoje é meu aniversário, não pode me agredir. – reclamou a puxando para um abraço e Charlie pigarreou ao lado deles. – Xerife. – bateu continência.

—Podemos conversar? – Edward assentiu e os dois foram até a varanda deixando os outros curiosos. – Primeiro: feliz aniversário. Queria te agradecer pelo que está fazendo pelas minhas meninas. – colocou a mão no ombro dele. – Queria poder dizer que esses exames não vão constatar nada, mas a verdade é que duvido muito que isso aconteça. Os médicos foram muito sinceros conosco desde o momento que descobrimos que minha esposa estava doente.

—Acha que elas podem ter a mesma doença da mãe? – Charlie balançou a cabeça concordando.

—Fique ao lado da Bella. Ela vai tentar te afastar, mas não deixe que isso aconteça. Ela vai precisar de você.

—Pode deixar. Eu estarei com ela sempre. Eu estou apaixonado pela sua filha e gostaria de namora-la.

—Achei que já fossem namorados. – resmungou confuso.

—Eu quero oficializar isso.

—Então está oficializado. – deram um aperto de mão.

—Sobre o que estavam falando? – Bella perguntou curiosa.

—Estava conversando com o meu genro. – Charlie depositou um beijo na testa da filha. – Assim que pegar os resultados, me liga.

—Pode deixar papai.

—Cuidem das minhas meninas. E você garoto tome muito cuidado.

—Pode deixar Charlie. Ficaremos de olho nelas e no nosso filho também. – Carlisle garantiu. – Agora vamos que a viagem é longa.

Edward e Alice iam cantando alegremente no banco de trás do carro enquanto que Bella roía as unhas.

—Vou colocar pimenta nas suas unhas. – Edward ameaçou e ela o olhou sem entender. – Minha mãe fez isso comigo para parar de roer as unhas.

—E funcionou. – Esme virou para trás e segurou as mãos de Bella. – Fica calma querida. Estaremos com vocês.

—Estou tão nervosa que vou acabar passando mal. – abriu a janela do carro para entrar um pouco de ar.

—Tente manter a calma Bella. Se precisar posso parar um pouco.

—Obrigada Carlisle, mas quanto antes chegarmos, melhor vai ser. – Edward apertou a mão dela.

—Vamos falar sobre outra coisa. Emmett e Rose vão se encontrar conosco mais tarde. Pensei em irmos jantar.

—Eu topo. – Alice se manifestou. – Eddie gostou do meu presente?

—Presente? – perguntou confuso.

—Nossa, esqueci-me de entregar e nem te dei os parabéns. – Bella bateu na própria testa.

—Relaxa gata, pode me dar os parabéns mais tarde e em privacidade. – cochichou com ela, mas Carlisle acabou ouvindo.

—Nem tente nenhuma gracinha. Prometi ao Charlie que ficaria de olho em você. – o encarou pelo retrovisor do carro.

—Colabora pai.

—Não precisa se preocupar Carlisle, sei como manter seu filho na linha. – Bella riu mais tranquila.

—Até parece que saio da linha. – resmungou fazendo bico e Alice riu dele.

—A mamãe disse que não pode fazer bico.

—Sua mamãe é bem chata, ela não deixa a gente fazer nada. – fez cócegas na pequena.

—Não sai da linha? E aquela garota que disse que estava grávida de você?

—Mas ela não estava. Era só uma interesseira querendo dar o golpe do baú. – Bella cruzou os braços irritada.

—Isso são águas passada amor. Agora sou um novo homem. – deu um beijo nela. – Cadê meu presente?

—Não é grande coisa, mas Alice e eu escolhemos com muito amor. – tirou uma caixinha de dentro da bolsa e lhe entregou.

—É lindo. Muito obrigado. – Edward segurava um colar com dois pingentes: um era um lutador e o outro um violão.

—Como eu disse não é grande coisa. – Edward colocou o dedo sobre os lábios dela.

—Eu amei. Um dia vou tocar para vocês, pode escolher a música.

—Que poderes você tem Bella? Sempre insistimos para que o Edward tocasse uma música para nós, mas ele sempre negou. 

—Sou um novo homem mãe. – abriu os braços e depois colocou o colar. – Não vou tirar nunca mais.

—Eu disse que ele ia gostar.

—Você tem bom gosto Alice. – deu um beijo nela.

—Você agora vai ser meu papai também? – Edward engasgou com a pergunta da cunhada.

—Como assim?

—Você namora a minha mamãe, então tem que ser meu papai.

—Esse relacionamento está indo rápido demais.  Nunca me imaginei sendo pai tão cedo. – murmurou pensativo.

—Não seja dramático. E Alice, o Edward é seu cunhado.

—Cunhado? – falou tentando adivinhar o que significava a palavra. – Não sei o que é isso.

—Pode me chamar de tio. O que acha?

—Tio Eddie. Gostei. – sorriu e voltou à atenção para o jogo que estava mexendo no celular de Edward.