Lições da vida escrita por Rayanne Reis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, espero que gostem da fic.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/738189/chapter/1

Edward estava jogando na cama, tinha chegado às 5 horas de uma manhã de segunda-feira, ele deveria ir para a aula e não ter ficado até tarde naquela boate, mas não ligava para isso, seus pais eram ricos e ele não dava a mínima para os estudos, já tinha sido reprovado uma vez, duas não faria a menor diferença para ele. Estava sonhando com uma garota quando sentiu algo o molhando, pulou da cama assustado, sua cabeça doía devido à ressaca, tentou cobrir os olhos, mas alguém abriu as cortinas e o braço não foi o suficiente para evitar que a luz do sol o incomodasse. Como não tinha alternativas, baixou o braço e encarou o pai que o encarava de volta com uma expressão nada amistosa, ele diria até que o pai estava furioso. Carlisle já estava farto das malandragens do filho. O garoto não ia à escola e muito menos pensava em trabalhar, era só dormir, comer, jogar e farrear. Mas ele e a esposa estavam dispostos a dar um basta nisso. Pegou uma toalha e jogou para o filho.

—Você tem cinco minutos para se aprontar e descer.

—Não vou à escola hoje. – Edward resmungou.

—Realmente não vai ir hoje. – Ele mal conseguiu acreditar no que tinha ouvido. Será que o pai finalmente iria parar de pegar no pé dele para que estudasse? – A escola vai vir até você hoje. Contratamos uma professora particular, está tão atrasado em relação a sua turma, que só um milagre para se formar.

—Olha pai, não quero nenhuma velha me enchendo a paciência. – Reclamou enquanto se ajeitava na cama pronto para voltar a dormir.

—Não ouse me desafiar Edward. O que você quer ou deixa de querer não me interessa. Você mora na minha casa vai fazer o que eu mando.  – O tom do pai era tão autoritário que o fez se encolher na cama.

—Mas pai.

—Chega Edward e dê adeus ao seu carro, celular e cartão. Está tudo confiscado. – Ele olhou para a mesinha ao lado da cama e não encontrou nem o celular, a carteira ou as chaves do seu Volvo.

—Só pode ser brincadeira isso. Cadê as câmeras? – Deu um pulo da cama e olhou em volta.

—Não estou brincando. Se quiser as suas coisas de volta, trate de formar. Agora só tem mais três minutos. – Saiu deixando o filho sozinho. Revoltado Edward quebrou o abajur, não acreditava que os pais teriam a coragem de fazer uma coisa dessas com ele. Teria que conversar com a mãe, ela sempre fazia as suas vontades, seria fácil convencê-la a lhe dar tudo de volta. Tomou um banho rápido e desceu correndo as escadas. Parou ao ver uma garota sentada no sofá conversando com os pais. Ela era simples, mas muito bonita.

—Quem é a gatinha?

—Desculpe-nos Isabella, esse é o Edward, nosso filho. Edward, essa é Isabella, sua professora particular. – Ele soltou uma gargalhada.

—Hoje só pode ser o dia da pegadinha. Cadê a velhinha? – Cruzou os braços se apoiando na porta.

—Edward tenha mais respeito. – Esme ralhou com ele. – Por favor, não repare nisso, ele é muito engraçadinho.

—Tudo bem Esme, sei ser profissional e sei muito bem como lidar com crianças. – O casal riu e Edward lhe mostrou a língua.

—Piadista é?

—Prodígio. – Carlisle o corrigiu. – Isabella se formou aos 14 anos, é a garota mais inteligente que já conhecemos. – Ela sorriu constrangida.

—Também não é para tanto Senhor Cullen.

—É claro que é querida. O diretor fez grandes recomendações sobre você. Foi a melhor aluna que aquela escola já teve.

—Então é uma gênia? Qual a capital da Groelândia?

—Nuuk. – Respondeu de imediato.

—Valor de PI?

—3,1415926535...

—Ok, já chega. – A interrompeu. – Qual faculdade?

—Não entendi. – Respondeu confusa.

—Em qual faculdade estuda ou já terminou?

—Fiz Biologia na Portland State University.

—Pensei que fosse responde alguma da Ivy League. Se é tão inteligente porque não foi para nenhuma delas?

—Edward chega. – Carlisle repreendeu.

—Por motivos que não lhe interessa e se quer saber, fui aceita em todas. Onde vamos estudar? – Perguntou endireitando a bolsa no ombro.

—No meu escritório, por aqui. – Carlisle fez sinal e ela o acompanhou.

—Não seja tão grosso querido, Bella é uma excelente menina. Já sofreu muito, não a torture e tente aprender um pouco com ela. – Esme sussurrou e Edward apenas deu de ombros e foi para o escritório do pai.

—Fiquem à vontade. Qualquer coisa é só chamar. – Carlisle passou pelo filho e lhe deu um último aviso. – Se tiver qualquer reclamação sobre você, dê adeus em definitivo para tudo o que tem. – Ele cruzou os braços na defensiva.

—Pode deixar papai, serei um anjinho. – O pai fechou a porta e ele se jogou no sofá enquanto Bella começou a separar o material.

—Então Edward, por onde quer começar?

—Podemos começar com uns beijinhos e depois deixar rolar. – Sorriu torto para ela. Esse sorriso conquistava qualquer garota.

—Guarde suas cantadas baratas para as garotas da sua escola. – Respondeu lhe estendendo um caderno.

—O que é isso?

—Isso é um caderno. Isso é um livro, caneta, lápis. – Ia apontando.

—Eu sei o que é isso. Vamos mesmo estudar? – Se queixou.

—Sim, estou sendo paga para te ensinar. Vi suas notas e teremos que trabalhar muito.

—Vamos fazer um trato. – Sentou ao lado dela. – A gente fica de bobeira e eu digo para os meus pais que estamos estudando. – Colocou a mão sobre a coxa dela.

—Vamos fazer um trato. Eu te ensino, você aprende e eu falo para os seus pais devolverem o seu carro. – Deu um tapa na mão dele, que a retirou de onde tinha colocado. – Esse charminho barato não vai colar comigo.

—E eu também não estou nem um pouco interessado em você. Gosto de mulheres com mais beleza. – Bella não se deixou abater, sabia que não era a mais bonita, mas tinha a sua beleza, enquanto que Edward era o típico garoto playboy, era lindo, mas assim que abria a boca, toda a beleza era perdida.

—Qual a matéria que tem mais dificuldade? – Perguntou analisando o boletim dele estava com notas vermelhas em todas as matérias, não sabia por qual começar. Edward ficou em silêncio, se recusava a ter aulas com ela. A garota era apenas um ano mais nova do que ele e se achava a gênia.  E daí que ela se formou com 14 anos? Não tinha ido para Harvard, então não era tão esperta assim. – Não vai colaborar? – Bella respirou fundo, já tinha lidado com crianças que não queriam aprender, mas Edward tinha 18 anos, não poderia agir dessa forma. Tinha ouvido muito sobre ele, que era um conquistador e um encrenqueiro de mão cheia, mas Carlisle e Esme estavam tão desesperados quando bateram a sua porta, que ela não conseguiu lhes dizer não e eles estavam pagando muito bem e ela precisava daquele dinheiro. – Vamos começar por inglês, você tem prova na quarta, deixe-me ver em qual matéria estão.

— Como sabe disso? – Perguntou interessado.

— Peguei com seus professores o calendário e tudo que vamos precisar.

— Nossa você é determinada mesmo.

— Será que pode colaborar? Nenhum aluno meu foi reprovado e dou aulas particulares desde os 10 anos.

— Nossa você é uma máquina? 

— Sou esforçada. – Se endireitou na cadeira.

— E estudou na, qual é mesmo o nome?

— Portland State University.

— Isso. – Respondeu com desdém.

— Aconteceu uma coisa e não quis ir para longe. – Respondeu olhando para o livro.

— O que? – Perguntou com interesse, a garota era misteriosa.

— Tire um 10 e te conto. – Propôs. – Melhor, se tirar uma boa nota, falo para os seus pais devolverem o seu celular.

—Agora sim está falando a minha língua. Três é uma nota boa?

—Seria a sua maior nota, mas não. Não aceito nada menor que 9.

—Qual foi a sua menor nota?

—9,5.

—UAU. Então você é tipo Einstein de saias? – Ela riu e ele admirou o sorriso dela, era tão lindo. Opa, foco Edward, você precisa do seu celular de volta, como vai chamar as gatinhas para sair? – Duvido que consiga me fazer passar de ano. Mas, boa sorte.

—Você vai passar. – Garantiu. – Vamos à primeira lição. Abra seu livro. – Ordenou e ele bufou.

—Mandonaaaa. – Cantarolou.

Não tiveram um grande avanço, Edward ficou fazendo piadas o tempo todo, o que irritou bastante Bella, ela já tinha tido alunos problemáticos, mas ele conseguia superar todos. Não se concentrava e não estava nem um pouco interessado em aprender. Seria o maior desafio que teria que enfrentar, mas ela não desistiria. Iria até o fim e faria Edward Cullen ser aprovado. Já Edward queria apenas que a aula terminasse logo para que pudesse voltar a dormir.

—Atrapalho? – Esme perguntou trazendo biscoitos e suco.

—Não senhora Cullen.

—Me chame apenas de Esme. – Colocou a bandeja sobre a mesa. – Aprendeu muito filho?

—Demais, já podemos parar? Quero meu celular de volta.

—Só vai ter quando a Bella disser que está merecendo. – Passou à mão no cabelo do filho, Esme não queria ser dura com ele, mas ela e o marido concordavam que era necessário.

—Como é? – Perguntou se levantando.

—Isso mesmo, Bella que vai nos dizer quando merece ter as suas coisas de volta. – Ela sorriu para ele.

—Maravilha. – Bufou, estava realmente perdido e nunca teria as suas coisas de volta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem e palpitem a vontade.

Bjs e até o próximo capítulo.