The Fire Queen and the Storm Lord escrita por Bee


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥ Boa leitura ♥



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Visenya Targaryen não era doce como sua irmã, Rhaenys. Ela era uma rainha forjada na batalha, de corpo forte e coração calejado. 

Talvez fosse por isso, ela costumava pensar amargamente, que jamais seria amada de verdade por Aegon. Sempre a segunda opção, sempre a sombra. Desejava avidamente ser boa suficiente para aquele rei, porém sabia que tinha nascido para ser má.

Orys Baratheon prezava isso. Ou pelo menos, era o que dizia para ela nos curtos encontros que tinham na corte Targaryen. Sempre com sua esposa, Argella, a tiracolo.

— Vossa Graça — Curvava-se solenemente, mas ela podia identificar o amargo tom de zombaria em sua voz — Se me permite a insolência, está cada vez mais bela.

Visenya se perguntava se a mulher Durrandon se importava realmente com as coisas que Orys dizia a outras mulheres. Todavia, a compreendia. Argella e ela carregavam o mesmo fardo – rainhas que perderam, Argella perdera seu castelo e sua família e Visenya perdera a liberdade.

Seu desprezo pelo homem Baratheon – que rumores diziam que poderia ser seu irmão bastardo — não a impediu de vê-lo mais vezes. Os homens de Dorne ainda espreitavam e rebelavam-se e nem mesmo Vhagar, com seu tamanho e fúria, pudera fazê-los recuar. 

Ela realmente gostaria de sacar Irmã Escura e acabar com toda aquela besteira, mas Aegon estava cauteloso, receoso. O tolo, obviamente, deixaria aquela batalha nas mãos da outra tola, Rhaenys. Numa previsão sombria, Visenya imaginou a queda da irmã e de Meraxes, dragão e cavaleira.

Por isso, naquela manhã, andava pelo castelo praticamente vazio. Seu irmão e Rhaenys estavam passeando juntos por algum lugar.

Ela chutou uma garrafa com força, bufando exasperada.

— Passeios... — Grunhiu — Quem tem tempo para passeios quando ainda nos desafiam?

Uma voz juntou-se a dela.

— Ciúmes? — Orys Baratheon a olhou com divertimento. Ela devolveu-lhe um olhar de puro desprezo.

— Claro que sim. Não tenho nada mais a fazer do que me sentar no trono, tricotar e chorar porque Aegon preferiu levar Rhaenys passear por essa cidade nojenta — Retorquiu, andando e deixando o lorde de Ponta Tempestade para trás.

Mas ele era persistente e continuou andando ao seu lado. Ela franziu o nariz. Ele realmente não se tocava que ela não o queria por perto.

— Eu acho que ele está errado — Visenya o encarou completamente confusa — Você é muito mais interessante que Rhaenys.

E ele se aproximou, encurralando-a na parede, como se não temesse que um guarda qualquer os encontrasse ali. Mas, mesmo que passasse pela sua cabeça fugir rapidamente, o elogio a deixou titubeante.

Visenya colocou as mãos em seu peito, visando afastá-lo, porém aquilo só o aproximou mais.

— Devo lembrá-lo que ambos somos casados e que você está invadindo meu espaço pessoal? — Buscou fazê-lo cair em si.

— Rhaenys é tão dura e entediante como Argella. Mas são essas as preferidas, certo? As desmioladas — Ele continuou e agora sua mão direita buscava contado com o corpo dela.

Deuses, Aegon nunca a havia tocado daquele jeito. Cumpria seu dever de marido e ia embora. Visenya estava achando bom o jeito como o Baratheon não hesitava e procurava fazê-la se aproximar.

— Eu gosto do jeito como você é feroz, Visenya — Orys sussurrou seu nome bem perto de seu ouvido, fazendo com que todo seu corpo se arrepiasse. Odiava estar tão entregue — Me diga, Aegon toca você assim?

E suas mãos subiram com rapidez ao encontro do seio dela. Visenya conteve um gemido. Estavam se arriscando ali e ela estava sendo uma estúpida não o mandando embora.

— Me responda. Aegon faz você se sentir assim? — Voltou a tocá-la com estranha delicadeza. A rainha se contorceu, sua mente nublada pelo prazer das mãos dele por todo seu corpo.

Quem diria! A rainha de Westeros com um provável bastardo, gemendo como uma prostituta nos corredores de seu próprio castelo!

— Não — Respondeu indecisa. Aquilo pareceu motivá-lo a se aproximar ainda mais.

— Repita — Ele ordenou. Visenya odiava receber ordens, mas obedeceu aquela de bom grado.

— Não, ele não o faz.

Orys parou com as caricias e se afastou dela, sorrindo. Visenya tentou não sentir-se desapontada, mas imaginou ter falhado miseravelmente.

Porém, ele pegou-a pela mão e a guiou até um dos quartos vazios. Nenhum dos dois estava muito propenso a falas dessa vez, então ele apenas observou-a por alguns instantes, até de desprender laço por laço de seu vestido elaborado, até que ele caiu, revelando suas formas femininas.

Visenya era mais que bonita. Para Orys, ela brilhava como o nascer do verão depois de um longo inverno. Tinha curvas tão precisas que nem mesmo as grotescas cicatrizes de batalha apagavam o quanto era delicada e precisa.

O que mesmo que aquele cabeça oca do Aegon via em Rhaenys? Orys, ao olhar dentro dos olhos de Visenya mal sabia dizer.

E ele a fez sua, como provavelmente aquele que chamava de Vossa Graça nunca o tinha feito. Quando seu corpo desabou sobre o dela, ele viu seus olhos se encherem de culpa, mesmo que seu sorriso soasse muito satisfeito.

Orys também pensou em Argella por alguns instantes. É claro que sequer sentia culpa de estar com (e isso se custava a admitir) o verdadeiro objeto de sua afeição, porque ele e sua esposa eram apenas bons amigos que algum dia terão filhos em nome da linhagem.

E ela mesmo lhe dissera, com os olhos suaves, que não se importaria que ele amasse outra mulher em secreto.

— Não devíamos ter feito isso — Visenya disse, enrolando-se nas peles da cama — Eu sou esposa do rei e você seu general e melhor amigo. Traímos Aegon.

Orys pegou sua mão.

— Não há traição quando a outra parte não se importa. Aegon ama a Rhaenys e não há nada que se possa fazer sobre isso.

Visenya sabia que ele tinha razão, mas isso não impediu que a culpa a assolasse por mais alguns instantes.

— E porque, sendo que praticamente todos os soldados estão ocupados lutando contra alguém, você está aqui sem fazer absolutamente nada? — Ela perguntou a ele.

Orys sorriu.

— Eu poderia dizer que estou de folga — Suas mãos percorreram o corpo da Rainha de Westeros, de sua rainha. Uma expressão maliciosa tomou seu rosto, enquanto ele voltava a aproximar-se dela, na intenção de beijá-laE não há nenhum senhor desse lugar maldito que poderia dizer que não estou fazendo nada.

Orys tomou Visenya mais uma vez. Ela poderia ser mulher do rei, mas Aegon Targaryen nunca soube aplacar o fogo da Rainha Dragão. Pelo menos, não como Orys Baratheon o fazia.


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