Recomeçar escrita por Flower


Capítulo 20
Capítulo 18 — Bônus


Notas iniciais do capítulo

RECOMEÇAR PARTIU MEU CORAÇÃO AI MEU CORAÇÃO.

Meninas... Esse é o penúltimo PENÚLTIMO capítulo, estou chorosa.

Bom, a ideia desse capítulo foi esclarecer alguns pontos para vocês que não poderiam ficar em branco. Afirmo que todos esses pontos se fecharão no próximo capítulo, o último. ): (Ainda tem o epílogo, ufa!)

Eu não iria postar esse capítulo agora, mas como tem a volta de Arrow e estou excitado com tudo isso, decidi postar.

Ah, existem algumas cenas +18, bem quentes por sinal... Então tirem as crianças da telinha ou se você for ainda uma criança... Não contem a ninguém, segredo nosso. ♥

SEGUREM O FORNINHO PARA O ÚLTIMO CAPÍTULO PORQUE VAI TER MUITA EMOÇÃO. MUITA MESMO.

BOA LEITURA. ♥



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Felicity Smoak

Estava decidida.

Não queria ver Oliver pintado de ouro a minha frente, em meus olhos não havia raiva, apenas uma decepção que se estendia por toda a extensão de meu corpo. Era essa dor que não me deixava ir à diante, me prendia onde eu estava como raízes de uma árvore.

Mas assim que me deparei às notícias que apareciam na TV a todo instante alegando que Oliver Queen estava hospitalizando devido a um acidente grave, isso foi capaz de quebrar o iceberg que havia se formado ao redor de meu coração, a dor de poder perdê-lo sobressaiu sobre a que estava em meus olhos, porque era a verdade. Uma verdade tão real que me fazia enxerga-la com todos os detalhes que antes eu não via. Eu não tinha mais dúvidas, só queria ir até ele como um imã encontrando sua outra parte que o completaria.

Os pais de Oliver ainda não haviam chegado ao Hospital de Mississipi, então só restava eu ali, naquele corredor mal iluminado esperando por qualquer notícia que pudesse ser dada durante uma cirurgia delicada de remoção do baço em que Oliver estava sendo submetido por conta de um objeto estranho que o havia perfurado. Porém isso não era o que me assustava, por mais que parecesse sério, o que estava me tirando a paz era a ideia de Oliver estar inconsciente, praticamente em coma.

Após algumas horas Robert e Moira Queen chegaram ao Hospital de Mississipi com seus olhos atordoados, eles estavam preocupados e sem expectativas sobre a situação de seu filho. Mas eu só conseguia sentir que aquilo não iria à frente, pois Oliver iria acordar, eu não sabia a hora, o dia, nem mesmo os segundos ao certo, mas eu sabia que ele iria abrir seus olhos e eu estaria disposta a esperar até que isso acontecesse. Foi assim, durante exatas duas semanas, e nesse dia eu acordei um pouco mais tarde do que estava acostumada, estava cansada de ter passado a última noite toda ao lado de Oliver, já que aquele dia era o meu turno, ou seja, a minha vez de passar o dia inteiro ao seu lado. Neste dia o sol estava bem forte, o céu azul o acompanhando, parecia um dia bom de ir a um parque natural saudar a natureza.

Eu somente senti.

Senti que deveria estar lá no quarto de Oliver juntamente a ele mesmo sabendo que sua mãe estaria o fazendo companhia, e foi isso que fiz. Vesti o primeiro sobretudo que vi a minha frente e corri para onde eu não deveria ter saído, ignorando todo um orgulho que eu tinha, mas que não me levaria a lugar nenhum, só me deixaria mais longe do amor da minha vida. Então eu estava lá o vendo abrir seus olhos depois de tantos dias desacordado, agora eu poderia tê-lo de volta para mim.

Por incrível que pareça, mesmo com todas as minhas inseguranças, foi o melhor que fiz. Eu o tinha de volta, ele me tinha de volta, tínhamos um ao outro de volta.

Uma semana se passou.

— Vocês têm certeza do que estão fazendo?

Robert Queen me dirige a palavra assim que termino de assinar os papéis.

— Eu não faço a mínima ideia, mas sei que se é o que Felicity deseja estarei dando o apoio necessário. — Oliver me olha dando-me um sorriso tão lindo que eu poderia derreter como pedras de gelo abaixo de um sol escaldante.

Sorrio de volta para Oliver tentando voltar à atenção.

— Analisei as clausulas contratuais sobre a fusão com a Merlyn Corporation e quebrar o contrato iria nos deixar com um furo econômico enorme... Não seria justo.

— Felicity, minha querida, não se preocupe com esse tipo de problema! — Robert suavemente me conforta.

— Meu pai, não é só sobre isso... — Oliver me olha compreensivo. — É sobre Malcolm Merlyn que estamos lidando, o pai de Felicity, ela não se sente bem com tudo o que aconteceu, o melhor que fazemos é sair desse barco.

— Tem certeza que isso não é sobre Ray Palmer ainda estar sob a direção das Indústrias Queen? — meu pai pergunta diretamente.

Rio de forma sarcástica. — Ele é um rato deprimente, não tem mais poder sobre minha vida. Felicity é a minha mulher... — seus olhos se voltam aos meus e calafrios surgem à boca de meu estômago. — Mãe de meus filhos. Não há como ser mais superior do que isso!

— Robert, tenha a certeza que eu não irei ter nenhum acesso aos clientes das Indústrias Queen, iremos começar do zero.

Estamos falando sobre eu me desligar das Indústrias Queen Consolidated. Quero dizer, não somente eu... Porque Oliver também decidiu embarcar nessa loucura junto a mim.

Não sei o que me espera, não tenho ao menos como pagá-lo um salário e clientes me procurando, mas eu tenho esperança que conseguirei ir a frente com minhas próprias pernas.

Com o meu próprio negócio.

— Eu não vou mentir que tenho receios sobre esse novo negócio, mas estarei apoiando-a, seremos seus clientes e traremos conosco uma série de investidores! — Robert sorri ao apertar delicadamente uma de minhas mãos. — Eu acredito em você minha querida.

— A Smoak Technologies agradece meu pai. — Oliver termina de assinar sua demissão.

— Estou orgulhoso de você meu filho! 

— De mim? Não, o senhor deveria estar orgulhoso de Felicity. Ela está largando um futuro brilhante nas Indústrias Queen para investir em seu sonho... Algo que traga sentido para humanidade, ela irá longe. — Oliver suspira longamente. — Eu apenas serei um dono de casa e advogado fiel.

Acaricio a base do maxilar de Oliver em um carinho rápido. — Obrigada, eu não sei o que seria de mim sem o apoio de vocês.

A porta atrás de nós se abre lentamente, e agora, estamos diante de Tommy e Caitlin que surpreendentemente estão de mãos dadas e trocando sorrisos divertidos um com o outro.

— É... — Tommy me destina um olhar curioso. — Será que poderíamos ter uma conversa?

Sinto Oliver apertar minha mão a sua. — Claro. — respondo.

— Ficará bem sozinha, meu amor? — ele sussurra ao pé de meu ouvido.

— Sim. — deixo que sua mão quente se afaste de meus dedos.

— Bom, então eu tomarei um café ao lado de meu pai, e claro, de minha ex-secretária favorita. — Cuide bem dela, campeão! — ele diz a Tommy antes de sair.

Oliver segue ao lado dos dois que riem de suas expressões. Ele está leve como um pássaro, eu posso sentir isso em suas palavras que saem tão simples de seus belos lábios, estamos finalmente felizes que eu não poderia explicar nem se tivesse todas as palavras que existem em um dicionário a minha disposição.

Tommy ainda tímido se aproxima de mim, puxando duas poltronas para que sentemos. Sua face está um pouco perdida sobre o que tem a me dizer, eu nunca o vi assim, na verdade eu não o conheço tão bem para dizer como está se sentindo, mas isso com toda a certeza não é o normal do idiota em que estou costumada a lidar.

Do idiota que agora sei que é meu irmão.

 — Ter achado minha irmã uma gostosa é considerado incesto?

A pergunta te Tommy me faz querer rir e ao mesmo tempo vomitar.

— Considerando que você não sabia que eu era sua irmã... Acho que não!

Ele contém sua risada. — Não sei como começar essa conversa.

— Talvez pelo início?

Ele toma ar em seus pulmões. — Fiquei assustado quando descobri que era minha irmã, mas acredito que nada se compare ao seu susto! Nosso pai diz estar arrependido de tudo que nos fez, mas eu não consigo fazer com que tudo volte ao normal tão rapidamente.

— Tommy, quando o vi pela primeira vez pensei: “Como consegue ser tão idiota?”, e ainda penso assim em algumas situações! Mas o que quero dizer é que eu gosto de você mesmo assim, mesmo sendo essa criança-adulta que é. — agora eu quem suspiro. — No entanto, seu pai nunca irá ser o meu pai... Biologicamente você pode estar certo, mas paternalmente não há como.

— Eu entendo. — Tommy assente.

— Passe o tempo que for eu não conseguirei perdoá-lo...

— Às vezes eu também penso assim.

— Não quero afastá-lo de seu pai, mesmo que ele seja um mau caráter ridículo... Só que não dá para viver sob o mesmo teto que ele, e é por isso que estou me afastando das Indústrias Queen.

Tommy se aproxima de mim colocando suas mãos nas minhas, levando-as para ele. Seus olhos azuis em tom mais escuros estão sobre os meus de uma maneira carinhosa.

— Meu pai foi um grande bosta durante toda a vida, mas ele fez algo que deu certo. Loirinha, você é simplesmente um remédio que deveria salvar as pessoas do câncer ou da AIDS. Conseguiu tirar o solteirão mais cobiçado de Starling City das ruas, tem o seu filho o chamando de mãe, agora também terá seu próprio bebê de “Oliver Queen Esperma Supremo”... Eu tenho orgulho de tê-la como uma irmã!

Contenho uma risada. — Oliver Queen Esperma Supremo?

— Não conte a ele que o chamei assim... Ele irá se achar! — Tommy sussurra olhando para ambos os lados.

Tommy Merlyn meu irmão?

Isso será uma loucura.

Suas atitudes sempre foram impulsivas assim como as minhas, a diferença é que nunca precisei beber como um gambá e ficar nua em meio a uma conferência. Mas isso nos deixa muito próximos nos faz irmãos.

Tommy não tem nada a ver com seu pai, ele tem um coração puro por baixo de todo o ar cômico e atrapalhado que parece ter herdado de sua mãe. Eu o quero por perto para conhecê-lo melhor, compartilhar nossas risadas e histórias divertidas acumuladas há praticamente vinte e seis anos. Não é fácil dizer que colocaremos o passado de baixo da terra tão rapidamente, no entanto aos poucos ele irá sendo enterrado por nosso amor, nossa futura amizade, e claro, uma irmandade que tem tudo para dar certo.

— Será que eu te aguentarei como irmão? — faço uma expressão de dúvida.

— Eu tenho lindos olhos azuis, um charme irresistível e serei um ótimo titio.

Tommy se gaba.

Gargalho divertidamente dando um apertão em seu antebraço.

— Agora eu não tenho mais dúvidas... — ainda com um sorriso em meus lábios, preparo-me para mudar de assunto. — Você está desempregado, certo?

Tommy espreme seus olhos lembrando-se do show que deu em seu último dia nas Indústrias Queen.

— Por motivos óbvios! — ele concorda.

— Eu assinei os papéis da minha demissão há poucos minutos...

— Imagino o porquê...

— A pergunta é... Você é um ótimo advogado, tem criatividade e conhece investidores que não são parceiros das Indústrias Queen, então, aceitaria trabalhar para a Smoak Technologies?

Meu Deus por que fazer essa pergunta soa tão difícil?

Seria por que estou dando um passo tão grande em minha vida?

Ou por que estou convidando meu irmão para ser um dos meus braços direitos?

Inferno.

— Essa é uma pergunta de um milhão de dólares, senhorita Smoak!

Tommy brinca.

— No início não temos como pagá-lo, sei que não será fácil, mas eu tenho ideias em andamento em minha mente, só preciso coloca-las em prática. Curtis é ótimo em tecnologia e ele estará conosco!

Minha animação é tanta que chego a atropelar as palavras.

— Eu aceito!

— Como? — pergunto sem acreditar.

— Seremos um time. Alavancaremos a Smoak Technologies e a colocaremos no topo!

Tommy estende uma de suas mãos para um cumprimento saudoso, existe um sorriso em seus lábios assim como há nos meus também. Observo sua mão estendida por breves segundos e destino meu olhar para os seus novamente, assim seguro sua mão a puxando para meus braços em um abraço forte e significativo que dura até mesmo alguns minutos silenciosos como se estivéssemos matando a saudade um do outro mesmo não sabendo que a mesma existisse.

— Temos uma mini bola de boliche entre nós... — sussurra Tommy.

— E vai por mim, ela mexerá daqui para frente, isso não é incrível? — rio.

— Mágico? Isso é estranho!

Nos afastamos e Tommy faz cara de nojo.

Ignoro sua palhaçada agora estendendo minha mão encenando uma profissional dos negócios.

— Senhor Tommy Merlyn, seja bem vindo a Smoak Technologies!

Ele faz uma reverencia apertando minha mão cuidadosamente.

— Será um prazer senhorita Felicity Smoak.

E então, caímos em uma risada sincera.

~~~

Oliver Queen

Os últimos dias foram regados a gelatinas sem açúcar e uma comida insossa sem o mínimo de tempero, mas por mais que isso me deixasse me sentindo um inválido, Felicity estava lá comigo sendo a responsável por me fazer sorrir.

Conversamos muito durante as longas madrugadas em um quarto de hospital, em minha mente eu estaria a comendo naquela cama apertada e os seus gemidos iriam abafar os sons irritantes que saiam daqueles aparelhos também muito irritantes. Porém, Felicity ignorava minha tensão sexual me deixando duro dolorosamente.

Conversas, apenas conversas intermináveis. E claro, joguinhos, porque ela não perderia a oportunidade de me ver pegando fogo sem poder ao menos tocá-la como eu gostaria. Uns chamam de diversão, mas eu chamo como torturas assim como os nazistas faziam com os judeus.

Contudo, essas conversas foram esclarecedoras, eu pude entender melhor o lado de Felicity dentre tudo que aconteceu em tão pequeno período de tempo. Podemos falar sobre nossos filhos, contei-a sobre Samantha desde o início que nos conhecemos usando de toda minha sinceridade e foi ali que a enterramos finalmente, deixando-a ir como ela mesma havia me pedido no sonho que tive durante meu acidente. Mas também falamos do futuro que nos esperava, sobre o bebê que estava a caminho, sobre as cores que podíamos usar no quarto que faríamos para ele ou ela, dos possíveis nomes que poderíamos dar, conversas que faziam o tempo passar mais rápido.

Uma das conversas foi sobre a vontade que Felicity tinha de abrir seu próprio negócio. Ela guardou suas economias durante os meses que trabalhou para as Indústrias Queen Consolidated, e eu como um homem bilionário a ajudaria mesmo se ela não aceitasse, uma vez que agora seríamos apenas um em todos os setores de nossa vida. Após ouvi-la, sentir em sua voz tantas emoções, tanta esperança que daria certo, eu apenas fechei meus olhos e embarquei em seus sonhos que agora eram meus também. Como essa mulher é fantástica, como é rica em brilho e solidariedade. Felicity através da Smoak Technologies um nome que concordei de imediato iria levar a famílias especiais um novo motivo de seguir em frente, por meio de cadeiras de rodas automáticas utilizando energia solar. Além de chips espinhais desenvolvidos para dar a oportunidade de fazer paraplégicos voltarem a caminhar algum dia, fora as ideias que envolviam deixar a energia mais sustentável e economicamente acessível às famílias de bairros como o Glades.

Eu tenho a minha frente a mulher do futuro.

E eu confio em suas ideias e estarei a apoiando em todas as dificuldades.

— Meus queridos, terei que deixar o café para outro dia. Moira enfiou em sua cabeça que precisamos comprar o berço de nosso futuro netinho ainda esta noite! — a voz de meu pai é saudosa.

— Papai, Felicity está apenas com dois meses e alguns dias. Não acha que está cedo demais para comprar um berço? Ainda nem sabemos o sexo do bebê.

— Sua mãe é ansiosa demais, mas confesso que também estou animado com a decoração!

— Contanto que não seja um berço que tenha asas e voe automaticamente ou seja de ouro e cravejado de perolas, tudo bem.

— Oliver, deixe de ser implicante! — Caitlin me cutuca com seu cotovelo.

— Ouça Caitlin e seja mais flexível meu filho. — meu pai dá tapinhas em meu ombro antes de se despedir.

— Felicity está fazendo aulas de ioga juntamente com Caitlin, ela me pede para que sea flexível, mas sou duro como uma muralha. Ela me deixa duro, na verdade!

Meu pai e Caitlin me olham com curiosidade, arrancando-me uma risada.

Qual é?

Agora estar excitado é coisa do outro mundo?

Pobres mortais.

— Irei fingir que não ouvi essa asneira! — Robert deposita um beijo na superfície de meu rosto e acena para Caitlin se despedindo.

— Não deixa de ser suo nem com seu pai por perto? — ela pergunta à medida que segura seu braço no meu.

— Como se meu pai fosse um puritano...

— Verdade.

Ambos estamos rindo ao nos aproximar da cantina que fica no rol do prédio na área de descanso. Puxo uma das cadeiras para que Caitlin se sente e logo em seguida também me sento pedindo dois cafés completos.

— Você e Tommy finalmente estão untos?

— Estamos!

Deixo que uma gargalhada escape. — Foi tão fácil assim arrancar isso de você? Não costumava ser tão fácil.

Caitlin revira os olhos. — Quer saber? Não sentirei sua falta como meu chefe.

— Não minta... Eu sei que fui o Senhor Grey de 50 Tons de Cinza em seus sonhos eróticos! — ironizo.

— Que nojo! — sua mão estapeia meu antebraço. — Repito. Não sentirei sua falta ex-chefinho.

— Então não passa pela sua cabeça deixar as Indústrias Queen? A Smoak Technologies está aceitando novos funcionários.

Ter Caitlin Snow em nosso time nos deixaria ainda mais firmes. Essa menina tem um talento incrível e profissional, se encaixaria perfeitamente em nosso novo modelo de negócio. E claro, seria divertido assistir Felicity e Caitlin agirem untas com seus ares cômicos pelos corredores da nova empresa.

— Oliver... Não posso deixar seu pai.

— Eu entendo, sei o quanto ele te ajudou e as oportunidades que ofereceu. Aprecio muito o quanto é leal. — sorrio enquanto seguro sua mão que permanece descansando em meu antebraço.

Caitlin toma um pouco de seu café. — E você e Felicity? Estão sólidos?

— Como o concreto.

— Então estão realmente sólidos.

Nós rimos.

— O café está bom? Me lembro como se fosse ontem a vez que vomitei nos sapatos de grife de Curtis quando descobri que estava grávida... Ele quis morrer! — Felicity surge atrás de mim colocando seus braços ao redor de meu pescoço.

— Curtis não deve ter te perdoado! — Caitlin comenta.

— Ele não perdoou. — ela sorri.

— Está bem? — pergunto baixo no ouvido de Felicity que concorda com a cabeça.

— Onde está Tommy? — pergunta Caitlin.

— Ele está resolvendo algumas coisas com o RH. — Felicity a responde.

— Foi ótimo revê-los, o café você paga chefinho. E loirinha, nos vemos nas aulas de ioga? — Caitlin se levanta arrumando sua roupa amassada.

— Conte comigo! — Felicity sorri.

— Ela precisa ser mais flexível mesmo. — murmuro.

Caitlin nos dá as costas. — Eu ouvi isso, hein? Vá se ferrar. — ela me dá seu dedo do meio antes de sumir de nosso campo de visão.

— Chato... Você é bem chato!

Felicity entrelaça seus dedos nos meus enquanto eu deixo o dinheiro dos cafés sobre a mesa.

— E atraente, perfeito, gostoso...

Estamos andando e trocando olhares enquanto rimos das besteiras que falamos quando praticamente nos chocamos com Ray Palmer em nossa direção, destinando-nos um sorriso diabólico em seus lábios finos e intragáveis.

— O casal de margarina. — ele diz ao parar a nossa frente.

— Deixe-nos passar Senhor Palmer. — Felicity pede de forma formal.

— Considere isso um “Saia da frente, babaca.” — Oliver diz segurando firme minha mão.

— Antes que você soque minha cara como um animal?

Ray Palmer está me testando.

Ele deseja que eu o ataque na frente de Felicity como da última vez.

— Oliver... — Felicity eleva sua outra mão em meu peito, travando-me.

— Tudo bem, meu amor. Está tudo bem...

Conforto Felicity.

— Saia da frente. — eu peço novamente.

— Não tenho medo de você, Oliver. — Ray Palmer dá de ombros.

— Não foi o que me pareceu quando o vi com os dois brutamontes o acompanhando.

Eu gostaria de enfiar minha mão em sua cara.

Definitivamente eu gostaria.

Ray Palmer gargalha como uma hiena. — Estava apenas me protegendo de sua violência.

— Você é deprimente, um rato. Eu fui um tolo quando perdi minha cabeça colocando minhas mãos em você e eu gostaria de estar com elas pregadas em seu rosto nesse exato momento. Mas eu não farei isso! Porque eu não mereço, Felicity não merece, os meus filhos não merecem... Então, saia da minha frente ou eu chamarei os seguranças e meu pai não gostará de saber de seu comportamento, cuidado estou com créditos com o coroa!

Ray Palmer ao ouvir o nome de meu pai engole a seco e parece suar frio.

Um babaca medroso.

— Como CEO das Indústrias Queen eu não deveria perder meu tempo com vocês. — ele sai de nossa frente liberando a passagem.

— Vá se foder, Ray Palmer!

Segurando a mão de Felicity continuamos a andar em direção a saída deixando Ray plantado como um idiota em meio ao corredor.

~~~

— Ele consegue ser doce ainda dormindo, como um anjinho.

Felicity sussurra enquanto assiste sentada em uma cadeira de balanço eu ninar William em meus braços à medida que pega em seu sono profundo, retirando-me um sorriso admirado.

— Nos últimos meses ele foi um rapaz forte ainda sendo apenas uma criança... Eu tinha medo que ele não conseguisse!

Deito seu corpo macio sobre a pequena cama, aconchegando-o em seus bichos de pelúcia quando sinto Felicity abraçar-me pela cintura, trazendo-me para si. Seus olhos estão fixos a William que dorme em uma iluminação baixa, mas não em um total breu.

— Ele puxou a força de seus pais, Samantha onde quer que esteja, deve estar orgulhosa. — seus olhos agora se quebram nos meus.

— Ela deve estar sim.

Seguro uma das mãos de Felicity na altura de meu peito, acariciando-a com meu polegar cada extensão de seus dedos.

— Nada de ruim vai acontecer a ele novamente.

— Você foi a cura de William, você foi a minha cura... Nada de ruim irá acontecer a nós novamente.

Ela fica nas pontas de seus pés levantando sua cabeça para alcançar meus lábios, tocando-os com ternura, cobrindo minhas narinas com seu cheiro floral, desta vez, parecendo ser jasmim. Eu apenas correspondo ao beijo angelical, abrindo meus olhos para que eu possa enxergar o azul transparente adorável de seus olhos.

— Promete?

A voz de Felicity é tão baixa que ela não foi ouvida por meus ouvidos e sim pelo meu coração.

Uhum... — respondo-a roçando as pontas de nossos narizes em movimentos lentos arrancando um sorriso seu.

— Eu acredito em você! — ela ri divertidamente também baixinho em meu ouvido, afastando-se de meu corpo, mas sem soltar de minha mão se aproximando de William que dorme, ela deposita um beijo rápido em seus cabelos dourados, voltando sua atenção para mim. — Te espero no quarto?

— Sim.

Após um último sorriso a deixo ir para nosso quarto.

O real motivo de querer ficar mais algum tempinho observando William dormir é a saudade que tenho de momentos tão simples como esse. Um tempo atrás eu podia o ter pedido por um maldito câncer, passamos por sessões de quimioterapia agressivas que fizeram alguns fios do cabelo de meu filho cair como pó, travei lutas contra meu próprio desespero e até mesmo pensei perder algumas. Embora tenha sido difícil a caminhada, eu tinha a cura para meus medos bem de baixo de meu nariz, e de um dia para o outro William estava se recuperando de toda a merda que foi submetido. Ele estava bem depois de uma tempestade avassaladora, simplesmente porque Felicity o deu uma nova chance de viver, de correr como uma criança saudável com seu Super Herói de baixo dos braços de um lado para o outro com seus amiguinhos da escola.

Se William está agora dormindo tranquilamente em sua cama é porque Felicity com sua fé e esperança permitiu.

Inclino meu corpo até William dando um beijo em sua bochecha corada e um sorriso escapa de seus lábios mesmo dormindo.

— Tenha bons sonhos.

Com meu peito cheio de emoções e ainda sorrindo afasto-me deixando a porta entreaberta e a luz baixa. Meus passos largos me levam até o caminho de meu quarto de onde ouço um som baixo como de uma música, e a partir do momento em que alcanço o quarto silenciosamente, avisto Felicity balançar seu corpo de um lado para o outro suavemente. Seus olhos estão fechados, sua boca segue em sintonia a letra musical conhecida.

Encosto na coluna da porta cruzando meus braços, permitindo-me assistir a mulher de minha vida dançar alegremente a minha frente. Devo estar com um sorriso de um pateta, esse sorriso cansa minhas bochechas, mas eu não consigo me livrar dele, eu não quero me livrar dele.

Até que Felicity abre seus olhos sentindo minha presença.

— O doutor Cooper disse que faz bem para o bebê. — ela diz ainda balançando.

Aproximo-me enrolando meus braços em sua cintura, acariciando a pequena barriguinha avantajada que se forma.

— O doutor Cooper parece se interessar muito por você, eu deveria sentir ciúmes!

— Cooper? Seu corpo realmente é atlético, seus olhos são magnéticos... — a interrompo.

— Amor! Poderia deixar esses comentários para uma noite de beleza com suas amigas, não é? Nossas mães adorariam essas fofocas.

Felicity está rindo de minha reação.

Lindamente.

Puta merda.

— Cooper é gay, Oliver!

— Como assim?

— Ele é atencioso com todas suas pacientes, somente isso, ele é gay e se casará em breve!

Felicity gira em meus braços, ficando de frente para mim caçoando de minha expressão ainda incrédula.

— Então quando ele penetra os dedos para sentir a placenta ele não pensa em penetrar outras coisas?

Ela gargalha altamente após meu comentário.

— Nada entrará aqui além de dedos profissionalmente, certo? — Felicity levanta uma de suas mãos em juramento.

Deixo que meu olhar passe a ser frustrado agora.

— Quando você diz “Nada” é realmente nada? Nadinha?

— Eu não quis dizer por esse ponto de vista pervertido...

Sua virilha roça intencionalmente meu pau que está duro desde que a viu dançando.

Isso é torturante.

Doloroso.

— Esses meses restantes me farão enlouquecer. — sussurro ao pé de seu ouvido.

— O doutor Cooper nos disse que... — as mãos de Felicity são guiadas à barra de minha blusa de frio. — Não há problema algum sobre sexo... — os movimentos lentos com as mãos passam a blusa pelos meus braços e eu auxilio a retirada por cima de minha cabeça.

Eu vou explodir como um vulcão.

Como um verdadeiro adolescente se Felicity permanecer com essa voz fodidamente sensual.

Resumindo, irei gozar em minhas calças.

— Você irá se sentir bem?

Sua língua está em minha clavícula rastejando até meu peitoral rígido, ela brinca pelo perímetro e com beijinhos volta a guiar seus lábios até a cartilagem de minha orelha, mordendo o lóbulo e o puxando languidamente.

— Não há como me sentir melhor tendo você dentro de mim.

Arrepio de forma intensa com seu último sussurro.

— Literalmente dentro de você?

— Literalmente...

Os olhos sedutores de Felicity estão a própria chama, repletos de uma luxúria suja que ardem sobre meu corpo, eles me olham como se desejassem me engolir e eu sou recíproco, estou pegando fogo tanto quanto a loira com seu corpo escaldante colado ao meu. E então, como um tiro de partida à largada colidimos nossas bocas uma na outra em um beijo cheio de vontade, profundo como o inferno.

Minhas mãos estão em todos os lugares, estão em sua cintura pequena, em seu rosto quente, e por último, em sua bunda gostosa que parece ter sido moldada para que meus dedos mergulhem nela em satisfação, eles a apertam contra minha ereção a fazendo segurar um gemido apertado em sua garganta para que ele não escape durante nosso beijo selvagem.

 Felicity afasta seus lábios molhados dos meus poucos centímetros, sua respiração é tão pesada e acelerada seguindo o mesmo ritmo que a minha. Agora seus olhos estão abertos como de uma coruja noturna e sua voz mesmo baixa sobressai à música que permanece tocando ao nosso redor.  

— Estou com um desejo.

— Desejo?

Não, não...

Ela não pode estar falando sério.

Ontem à noite tive que ir à barreira entre Starling City e Central City para comprar em uma mercearia próxima a um posto de gasolina uma compota de ameixa com doce de leite que só vende ali naquelas localidades.

Tudo por uma bendita compota de ameixa com doce de leite.

Minha filha. Meu filho...

O papai precisa se divertir!

— Dança para mim!

Seu dedo indicador desliza de baixo para cima, alisando os sulcos existentes entre meu abdômen contraído que vibra a cada toque malicioso. Os mesmos dedos sobem até o músculo de meu peito empurrando-o para trás.

Sua língua risca lentamente o lábio inferior enquanto guia seu olhar fixo de meu corpo até meus olhos novamente, dando uma piscadela safada e divertida. Felicity com sua plenitude senta a uma poltrona a minha frente, cruzando suas pernas torneadas com classe, pena que ainda cobertas com seu jeans rasgado.

— Isso é sério?

— Dizem que não faz bem negar aos pedidos de uma grávida!

Ela está jogando comigo como uma expert em pôquer, a diferença é que ela sabe com propriedade cada naipe das cartas que estão em minhas mãos, o jogo está praticamente ganho.

Ao fundo a música que toca parece ter sido escolhida a dedo.

“No Running From Me”.

— Você quer jogar? — pergunto.

— E você não?

Faço um sinal positivo languidamente, sem que nosso olhar se perca um só instante.

Meu quadril um pouco enferrujado começa movimentos de um lado para o outro, minha cabeça segue o ritmo da música em total sincronia, arrancando uma gargalhada cômica de Felicity que deixa sua cabeça cair para trás rapidamente.

As palmas de minhas mãos percorrem de meus cabelos curtos bem cortados deslizando por meu peitoral, abdômen tensionado até chegarem a fivela de meu cinto. Levanto uma sobrancelha retribuindo à piscadela, e mais uma risada escapa dos lábios lindos de Felicity.

Inclino meu corpo aproximando-me de suas pernas cruzadas, abrindo-as para mim. Assim encaixo uma de minhas pernas em sua abertura podendo roçá-las por ali e os movimentos com o quadril continuam, nossos olhos pregados uns no outro e minhas mãos de volta a fivela grosseira de meu cinto. Eu o abro lentamente para não perder nenhum detalhe, passo pela minha calça jeans o arrancando com facilidade, onde o coloco ao redor de meu pescoço.

Mais tarde irei usá-lo em Felicity.

Aponto para baixo indicando o cós de minha calça onde está o zíper camuflando a minha grande ereção. Estou tão duro que isso comprime as veias pulsantes de minhas partes mais baixas, eu quero explodir nessa mulher o quanto antes, mas preciso mostra-la que não importa se ela conhece os naipes que estão em minhas mãos, porque afinal de contas quem dá as cartas é o papai aqui.

Finalmente abro o botão da calça passando com os dedos pelo zíper que emite um som engraçado ao descer sorrateiramente. Felicity morde seu lábio inferior e fraqueja seus olhos que estão em minhas mãos com fome. Agora quem gargalha divertidamente sou eu, e ao passar o tecido pela minha cintura destacando o quanto estou duro dentro de minha cueca box negra, ela engole a seco, e sua atenção se volta para meus olhos.

Levo minha mão até a sua que descansa sobre o braço da poltrona e em um lance de segundos puxo seu corpo ardente para o meu, deixando com que ela sinta o que sua presença é capaz de fazer a todas as células de meu corpo. Os movimentos continuam, fazendo-a acompanhar. Nossos olhos não se perdem, nossas bocas estão tão próximas que nossos hálitos chegam a ser delirantes. Meus pés nos guiam até a borda de nossa cama King Box nos fazendo paralisar.

— Dez, valete, dama, rei e ás de espada!

Sussurro ao pé de seu ouvido.

Ela ri.

— Ás de paus, de ouro, de copas, de espadas... E dois de ouro. Ganhei!

Deixo minha cabeça inclinar para trás.

Ela sempre vence.

Merda.

— Foda-se.

A empurro sobre a cama deixando com que meu corpo fique ajoelhado entre suas pernas abertas até seu limite. Felicity anda fazendo ioga por conta da gravidez o que a acaba deixando-a bem flexível, tão malditamente flexível. Meus dedos brincam com o botão de sua calça jeans a abaixando e passando por suas pernas gostosas, antes que as deixe descansarem sobre a cama, dirijo meus lábios em sua pele dourada desde seu calcanhar até sua virilha, e somente assim finalmente permito que desçam até a cama, porém ainda abertas para mim.

Ela arrepia tão intensamente ao sentir meus lábios em sua pele que os finos cabelos se levantam e retraem, me deixando ainda mais louco para finalmente tê-la, ter seus gemidos me embriagando como o álcool. Isso é mágico, é uma porta para um mundo paralelo que só nós temos conhecimento.

É fodidamente maravilhoso.

Felicity está com pressa, porque suas próprias mãos retiram sua camisa de botões de um xadrez vermelho sangue, dando-me a visão perfeita de seus seios túrgidos ainda por de baixo de sua lingerie rosada que clama para ser arrancada o mais rápido possível. Eu assinto, de joelhos como um pecador, eu retiro com cautela a lingerie delicada passando pelos seus braços moldados por deuses, e então guio minha boca até os seios, dando a atenção necessária que os dois merecem.

Ela arfa intensamente deixando sua cabeça cair em meu ombro direito, descansando sua testa ali enquanto a ponta de seus dedos passeiam pela extensão de minhas costas, eles sobem e descem tranquilamente até se concentrarem à barra de minha cueca querendo se livrar dela com anseio. Dessa forma, deixo que meu corpo se sente ao seu lado sobre a cama e minhas mãos auxiliam a retirada, fazendo com que meu pau queira chorar pela liberdade concedida.

Seu corpo se dirige para fora da cama ficando de pé de frente para mim, ela está rindo, seus dentes em um branco vívido refletem sua felicidade. Assim, ela passa vagarosamente sua calcinha entre suas pernas jogando-a para um dos lados, poucos segundos nos separam permitindo que eu sinta seu corpo se chocando contra o meu, ela está sentada encima de meu pau.

Tão molhada.

Tão receptiva.

As superfícies de suas pernas se encontram ao redor de meu torço me abraçando com pressão, não havendo nenhum espaço entre nossos corpos quentes. Ela se movimenta sorrateiramente encima de mim e minha boca entreabre, meus olhos comprimem em desejo, minha jugular está pulsando ao lado de minha garganta que segura gemidos. A boca molhada de Felicity morde meu queixo com certa força liberando uma ardência gostosa me fazendo urrar entre meus dentes que se encontram trincados acompanhados da rigidez de minha mandíbula. Ela continua com seus dentes famintos em minha pele, descendo para o meu pescoço onde ela deixa uma marca de domínio profunda, arrancando de mim outro gemido guardado, isso a faz se sentir no controle.

— Qual a palavrinha mágica?

Ela sussurra sem tirar seu campo de visão do meu.

Sua entrada está friccionando meu pau com maldade.

— Vou foder você até que fiquei desidratada!

— Errado! Você é um mocinho mal... — ela morde meu ombro com ainda mais força me fazendo gemer novamente. — Qual a palavrinha mágica?

Por favor. É por favor.

Ela cola seus lábios no local da mordida delicadamente e assentindo de forma vitoriosa encaixa sua abertura apertada na cabeça de meu pau o engolindo totalmente. Acabo de ir ao céu em questão de segundos, estou andando entre as estrelas nesse momento. E então desço até o inferno, um lugar que está pegando fogo, onde sinto o suor de Felicity encontrar o meu assim que seu quadril bate em meu torso a cada investida no limite.

Seu gemido é contido ao pé de meu ouvido, isso sim é uma música que gostaria de ouvir o meu dia todo, ele é rouco e languido como uma sinfonia. As palavras sujas que saem de sua boca me fazem rir, porque elas são parecidas com as minhas em todos os aspectos.

A giro sobre a cama sem que nossos corpos se descole, equilibro o peso de meus membros para não sobrecarregar Felicity que se aconchega de baixo de meus braços. Sua respiração está descompensada, mas seus lábios estão com sede dos meus, iniciando um beijo fugaz, a velocidade de quem deseja sobreviver de meu oxigênio. Eu a correspondo guiando nossas cabeças para lados opostos. E meu quadril que está estagnado entre suas pernas, apertando-me, permitindo que eu sinta as paredes molhadas comprimirem meu pau. Mas então eu inicio estocadas cuidadosamente, regozijando das gemidas que recebo entre nossos lábios colados, molhados, fervorosos.

Felicity agarra com suas unhas em minhas costas, fazendo caminhos profundos com elas até minha bunda, puxando-a para ela, querendo mais força, mais velocidade, que eu alcance seu extremo. Sendo assim, minha boca se afasta da sua e tenho reclamações baixinhas, desvio minha atenção ao cinto que deixei escapar de meu pescoço em algum momento. Eu o pego, trazendo as mãos de Felicity para mim, prendendo-as em uma das quinas de nossa cama, ela sorri maliciosamente para mim gostando da ideia. Desta vez, eu a tenho somente para mim, agora quem está no controle sou eu, eu é quem mando. Logo minhas mãos descem até as extremidades de sua cintura a segurando, o que me dá impulso para que eu aprofunde as investidas, sentindo o teto de Felicity bater contra mim. Os seus olhos pedem por mais sem que precise sair palavras de sua boca que trinca os dentes em minha direção, divertindo-se.

Eu sinto que está chegando ao seu ápice, mas eu não me importo, eu quero muito mais. A velocidade se mantém, tornando-a mais fácil pelo deslizar que ela está me proporcionando de tão lubrificada. Felicity perde a resistência, seu corpo está macio envolta de minhas mãos, sua cabeça está para trás e os olhos fechados.

Ela chegou onde queria.

Meu pau está sentindo o ápice.

Mas eu não paro.

A velocidade permanece a mesma, a eletricidade queima meu corpo e se estende por cada pequena partícula. As mãos de Felicity apertam com as unhas meus braços com veias que saltam pelo sangue que passa com extrema rapidez pelas veias, e então, estou também estou chegando lá, ao meu limite. Meu corpo está respondendo exatamente da mesma forma.

Minha cabeça cai para frente.

Meus olhos se comprimem.

Eu não me importo com a ardência das unhas de Felicity em minha pele.

A fricção que faço em seu clitóris inchado cada vez que a penetro me faz ter delírios.

É quando eu explodo, estagnando sobro o corpo pequeno abaixo de mim.

Antes de me aconchegar entre os braços firmes de Felicity, minhas mãos desentrelaçam o cinto o deixando de lado, e então, seus braços descansam sobre minha nuca, fazendo carinho nos poucos cabelos que tenho nessa região. Sua boca beija o topo de minha testa suada, nossos corações estão um sobre o outro, conversando entre batimentos fulminantes e cansados. As respirações também estão em sintonia, nosso peito levanta e abaixa ao mesmo tempo, como moldes perfeitos.

— Eu amo sentir você tão perto.

Sua voz é cansada.

Meu corpo cai para um dos lados encostando as costas sobre o macio da cama, mas meus braços puxam Felicity para cima de mim, suas coxas estão na altura das minhas pernas, enroscando-as. A palma de sua mão acaricia a cicatriz de minha cirurgia, e seus olhos em um perfeito azul tão claro mergulham nos meus.

Como viver sem essa mulher?

Impossível.

Como a humanidade sem ter a água ou o pão.

— Pertinho assim?

A trago completamente para mim, não deixando com que haja qualquer tipo de espaço.

— Sim. — ela ri.

— É mágico para mim, quando estou tão perto.

Felicity inclina seu corpo, apoiando seus cotovelos em meu abdômen. Seus lábios tocam singelamente os meus à medida que roça nossos narizes rapidamente correspondendo a ao que eu disse com simples carinhos.

— Amor...

— Você me chamou do mesmo jeitinho quando pediu a compota de ameixa com doce de leite. — seguro minha risada.

— Estou morrendo de fome!

Por um momento me perco no movimento que sua boca faz.

Mas volto com minha atenção.

— O que quer?

— Pães de queijo com chocolate de avelã... Ah, e aquela geleia que eu e William amamos!

Sua voz é doce desta vez.

— Tome um banho e me espere.

Antes de me levantar, deixo um beijo calmo na ponta da barriga elevada de Felicity que acaricia minha cabeça.

Visto a cueca Box negra perdida pelo quarto e me preparando para sair paro olhando Felicity enrolada ao lençol com seus cabelos dourados soltos selvagemente e sua boca avermelhada.

— O que foi? — ela pergunta.

— Nada... Só estava gravando essa imagem em minha cabeça para levar a qualquer lugar que eu for.

Felicity suspira.

— Até mesmo se for a cozinha seu próximo destino?

— Qualquer lugar!

Friso minha afirmação.

— Eu te amo.

— Eu também meu amor, eu te amo. 

E com meu peito derramando em emoções sigo em direção à cozinha.

Porque para sempre.

Todo o sempre.

O seu pedido será uma ordem.


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Notas finais do capítulo

GENTE, CHAMEM OS BOMBEIROS PORQUE O QUE É A FELICITY ASSIM?

MINHA NOVA OPÇÃO SEXUAL SE CHAMA FELICITY SMOAK.

Bom, espero que tenham gostado... Estou morrendo de saudade de vocês e nos vemos nos comentários. ♥.♥



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