Aconteceu escrita por Alanna Drumond


Capítulo 10
Capítulo 10




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Hoje os funcionários iam se reunir numa pizzaria, pra tentar dar uma animada, mas eu estava tão cansada que não pude ir. Quando eu estava chegando em casa, meu telefone tocou. Era Rafael, e eu já imaginava que havia feito alguma besteira, pois ele nunca me ligou.

— Boa noite, Ana. Incomodo?
— Boa noite, Dr. Duarte. Evidente que não, em que posso lhe ajudar?
— Amanhã vai ter uma premiação na Star Street, e eu gostaria que me acompanhasse.
—Eu? Tem certeza?
— Bom, sim. Mas se já tiver compromisso eu entenderei. Geralmente dona Sônia me acompanhava nesses eventos, mas agora ...
— Esta tudo bem. Será um prazer lhe acompanhar.
— Obrigado. Sei que está sobrecarregada, e por isso vou te dar um bônus no fim do mês. Esse acúmulo de tarefas não é justo, mas tenha em mente que estou procurando uma boa candidata para a “Duarte”.
— Não se preocupe comigo Dr. Duarte. Está tudo bem. Tenho feito o melhor que posso para conciliar as tarefas e não deve se sentir apressado por minha causa.
— Eu sei disso. E gostaria de dizer que têm se saído muito bem.
— Sério? Então ter confundido sua agenda com a do Daniel e quase ter provocado uma catástrofe não foi um problema? – ele riu. Sim, ele riu. De um jeito bem sexy devo afirmar.
— Nada que não pôde ser corrigido a tempo. Mas eu entendo, e é normal esse tipo de contratempo acontecer.
— Que bom. Como vai ser esse evento de amanhã?
— Ah, será uma coisa simples. Vão premiar os advogados destaques do ano, eu farei um discurso e depois terá um coquetel. Mas será rápido, nada muito complicado.
— E o que eu vou fazer?
— Vai me fazer companhia. Não é nada específico, só me acompanhar. Sempre odiei esses eventos e dona Sônia me acompanhava em todos.
— É tão chato assim?
— Às vezes.
— E, como devo me vestir? Eu não costumo ir nesses eventos chiques. – ele riu, de novo. Repito, de novo.
— Vamos fazer assim. Amanhã eu peço à minha irmã para ir no escritório e levar um dos vestidos da grife dela pra você.
— Nossa, seria muito gentil de sua parte. Mas não quero incomodar. Não posso aceitar.
— Imagine, vai me ajudar. É o mínimo que posso fazer, ah tire à tarde de folga amanha. Meu motorista vai te buscar às 19h.
— Ok, então até amanhã.
— Até. Tenha uma boa noite Ana.

Eu realmente não acreditava no que acabara de acontecer. Eu ia sair com Rafael. Tudo bem que era uma coisa de trabalho, mas ainda sim, eu ia sair com ele. E como era um evento importante, obviamente não deveria aparecer de qualquer jeito. Por mais que ele fosse me dar à roupa, meu cabelo estava péssimo. Eu ia ter que ir num salão. Não me animava à ideia de ter que gastar dinheiro e ir ao salão de beleza, mas era uma medida necessária. E Rafael disse que ia me dar um bônus, então talvez não faça mal eu ir no salão. Marquei um horário para às 14:30, e como não tinha nada pra fazer, passei uns cremes no rosto e dormi super cedo para estar bem disposta no dia seguinte.

No dia seguinte, Rafael não foi trabalhar, o que significava que o escritório estaria mais tranquilo, mas minha mente não estava nada tranquila. Eu sei que não devia criar expectativas nem nada, mas era inevitável. Rafael me atraia, de um jeito que eu não sabia como. Ele nunca foi o cara do perfil que eu gostava, mas ele mexia comigo. E eu sei que não era um encontro, era um evento de trabalho, mas eu não conseguia pensar assim. Por volta das dez da manhã, uma loira, alta, linda, (e quando eu digo linda, é linda mesmo) chegou e foi até a recepção.

— Olá, bom dia. Por favor, pode me ajudar a encontrar Ana Siqueira?
— Sou eu. Em que posso lhe ajudar?
— Ah, que bom. Sou irmã de Rafael. Meu nome é Marcella, meu irmão pediu que eu trouxesse uns vestidos para você dar uma olhada.
— Ah sim. Claro.
— Podemos usar a sala de meu irmão. Ele disse que não se importaria.
— Vamos lá. Ciça (chamei a garota menor aprendiz) fica de olho pra mim aqui? Qualquer coisa me chama.

Entramos na sala de Rafael e surgiram inúmeros vestidos que eu nunca teria condições de pagar. Um mais lindo que o outro. Todos em tons de azul. Achei que seria uma cor padrão do evento, ou da grife dela.  Eu não gostava de azul, mas era impossível não gostar desses vestidos.


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