Equalize escrita por Emily Chase


Capítulo 17
Não estraga o clima




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Ponto de vista - Hanna

Eu estava um pouco constrangida depois do beijo. Nós não trocamos uma palavra depois disso. Eu não sei ele, mas eu não sabia o que dizer e estava com um pouco de... medo?

Eu estava sentada sozinha na mesa em que estávamos. Todo mundo tinha sumido, inclusive o Nico. A minha vontade era de ir embora.

Mexi no celular pela milésima vez em 5 minutos. Olhei as mensagens, entrei no instagram, twitter... e nada me fazia parar de pensar na situação e nada tirava o desconforto que eu estava sentindo.

Olhei ao redor e não vi ninguém. Eu estava completamente sozinha, a festa tinha acabado pra mim. Não pelo beijo, mas por que ele tinha sumido e meus amigos também. Que sentido fazia eu ficar lá? Eu devia ter imagnado. Sair só com casal sempre dá nisso, você sempre sobra.

"Ah, quer saber?" Pensei, "Vou embora". Só tinha um pequeno detalhe: Eu vim da casa da Silena no Carro da Annabeth. Minha única opção era voltar quase 00h de ônibus. Fui assim mesmo.

Estava saindo da festa e mexendo no celular pra mandar mensagem pras meninas avisando que eu estava indo embora quando meu salto quebrou.

— Ai! - Eu falei, um pouc

o alto - Droga!

De repente um ser aparece do meio da escuridão e fala:

— Com salto quebrado você não vai conseguir pegar o ônibus. Eu te levo em casa.

Dei um grito.

— Calma! Sou eu, o Nico.

— Agora eu sei, mas você me deu um susto! O que você tava fazendo no meio do escuro? - perguntei.

— Eu tava sentado ali no portão, pensando. Vem comigo, o carro tá ali.

Fomos pro carro em silêncio e entramos. Ele perguntou onde eu moro, eu disse e nós fomos.

Ficou um silêncio constrangedor no carro, e então ele ligou o rádio pra quebrar aquele clima. Ainda vou te agradecer por isso.

Mas começou a tocar, adivinha o que? "Boyfriend", a mesma música que dançamos na festa. É, eu realmente não tenho sorte.

— É...eu acho que eu deveria falar alguma coisa - ele disse.

Fiquei em silêncio por um instante.

— Pode falar - falei, por fim. Senti que ele não sabia muito bem o que fazer.

— Eu pensei muito lá fora no que falar, e cheguei a conclusão de que não sei o que dizer. Então vou ter que improvisar. Bem...é, então... - ele tentou dizer - Já disse que você tá bonita hoje?

Comecei a rir dele.

— Ei, não ri de mim! Eu tô nervoso - disse Nico, sorrindo.

Andamos mais um pouco, até que ele falou:

— Então, a gente tem que resolver isso, certo? Eu paguei maior micão dando uma crise de ciúmes e te beijando super do nada...eu devo te pedir desculpas?

— Sinceramente? Não sei. - Pensei um pouco - Acho que não, por que não...enfim, acho que não.

— Por que não... - disse ele, me incentivando - vai em frente. Mais vergonha do que eu você não passa - falou ele, rindo.

— Por que não foi um beijo só da sua parte. Eu quis tanto quando você - falei, um pouco (bastante) sem pensar. Soltei a bomba a ponto de ver a cara do Nico de surpresa e virei o rosto pra janela.

Fomos em silêncio até que chegamos a minha rua. 

— É essa casa coral - eu disse. Ele parou o carro. Peguei os sapatos com as mãos e falei:

— Obrigada pela carona. Desculpa qualquer coisa. Tchau, beijos - eu disse e abri a porta do carro. Quando eu coloquei uma perna pra fora eu senti ele segurando meu pulso esquerdo.

— Espera - ele falou.

Coloquei a perna de volta no carro e encostei a porta.

— O que foi? - perguntei.

— Como eu faço pra esquecer o que aconteceu hoje? 

— Desculpa, mas...você tem cara de pegador. Com certeza você já teve uma noite igual ou melhor que essa - eu disse

— 1º: Eu sei que sou gostoso, mas não sou pegador. 2º: Nenhuma menina até agora foi como você.

— Mas...

— Não estraga o clima.

— Desculpe.

— Quero te beijar de novo. Posso? Dessa vez, com permissão - disse ele sorrindo daquele jeito que me balançava, por mais que eu negasse.

E assim nos beijamos duas vezes em uma noite. Dessa vez, de uma forma...diferente. Quem olhasse, até pensaria que somos um casal... quem sabe.

 


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Notas finais do capítulo



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