O Vale de Hivelton escrita por Dauri


Capítulo 1
Hivelton


Notas iniciais do capítulo

Retornei, finalmente, tô feliz pra caramba, mas let's go, primeiro capítulo da minha primeira original, aí vou eu. :3



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Lá estava Denny, dormindo tão profundamente, não fazia nem noção de que seu relógio iria o despertar daqui à 5 minutos, sua irmã havia acordado mais cedo por conta de ter perdido seu sono, mas não se importava, a viagem iria demorar, ela poderia muito bem dormir no carro, para que assim, quando chegasse a seu destino, estaria disposta e preparada para se divertir da maneira que conseguisse, ela estava no seu celular, como sempre, no andar de baixo, tomando um rápido café da manhã na mesa da cozinha ao lado da escada de madeira bem escura que dava para o segundo andar. Eles queriam sair o mais cedo possível, para assim aproveitarem a maior parte do dia no carro, Denny, extrovertido e com ideias fluindo, preparou uma lista de coisas para se fazer no meio da viagem, ele baixou vários jogos no seu celular, várias músicas em um pendrive para por no rádio do carro, viu o número de postos de gasolina que teriam no caminho, para que assim não ocorressem problemas no carro, que atrapalhariam a viagem.

Pois bem, se passaram os cinco minutos, o relógio digital ao lado de sua cama alarmou as seis da manhã, o sol saiu exatos cinco minutos antes de o relógio despertar, Denny acorda com muita animação, mas com aquela pequena sensação de sono, faz o relógio parar de alarmar, e se levanta de sua cama, arruma ela rapidamente colocando o cobertor vermelho bem esticado por cima do colchão. Corre para o banheiro escovar seus dentes, tomar um banho, Denny realmente estava ansioso para a viagem, tanto que ele não sabia descrever em palavras, tira todas as suas roupas e nem liga para o quão frio a água estava, passou um sabão e xampu rápido pelo corpo, quando termina de secar o rosto, se olha no espelho: alguém de olhos pretos, cabelo da mesma cor e extremamente bagunçado e sua fisionomia aparentemente magra. Correndo para seu quarto depois de se secar, ele bota a primeira roupa que encontra no seu guarda-roupa, pois todas as malas já tinham sido guardadas no porta-malas do carro na noite anterior com todas as vestimentas selecionadas para o clima e planos para o passeio, esbaforido, Denny desce as escadas, no meio dos degraus já observa sua irmã, roupas longas e um casaco verde, cabelo preto que segue até um pouco abaixo dos ombros e seus olhos pretos extremamente cansados olhando para seu aparelho celular, quase tropeçando do sexto degrau, ele corre e se senta a mesa, rapidamente pegando um café.

— Wow, calma aí, quase derrubou café em mim, tá maluco? A cidade não vai fugir. – Reclama a irmã tomando um gole de café, enquanto conversava pelo Whatsapp com uma amiga apoiando seu pulso em suas pernas cruzadas para segurar o celular.

— Me desculpa, é que estou realmente ansioso, o moço que me falou dessa cidade me convenceu quando disse que ela era divertida, me mostrou diversas fotos do local, nada parecido com que vemos normalmente. – Fala Denny pegando um sanduíche e lhe dando uma grande mordida.

— Tu tá comendo depois de escovar os dentes? – Pergunta Stephannie, fazendo Denny parar de mastigar e pensar um pouco. – Agora eu, só vou nessa viagem contigo, porque essas férias já estão muito entediantes, e uma viagem de avião vai ajudar muito.

— Tem razão... – Denny engole o pedaço de sanduíche e volta a falar. – Tenho que ligar pro Jony dirigir até o aeroporto, vou deixar a casa sob os cuidados dele enquanto estivermos fora.

— O Jony? Aquele cara que só pensa em festa? Eu não acho uma boa ideia. – Fala Stephannie com um pouco de nojo.

— Eu não me importo, quando voltarmos das férias, teremos tempo de arrumar tudo, é chato não ter uma tarefa, mas isso não significa que eu já esteja com saudades da faculdade ou do meu trabalho. – Fala Denny pegando seu celular e discando o número de Jony. – Espero que ele esteja acordado... Opa, oi Jony, tudo certo?

— E lá vai ele, com suas ideias marotas. – Fala Stephannie voltando a olhar o celular e tomar seu café.

Jony chega 10 minutos após a ligação de Denny, o mesmo vinha com um olhar cansado, uma calça preta e um casaco por cima do pijama, mas disposto a ajudar de qualquer maneira.

— Eai parças, preparados para suas tão esperadas férias? – Pergunta ele tentando levantar o próprio ânimo.

— Foi mal ter te acordado, tu era o único disponível pra esse serviço no momento. – Fala Denny jogando as chaves do carro. – O avião sai daqui a uma hora e meia, dá pra chegar lá em 10 minutos e ainda tomar um cafezinho.

— Já colocou todas as malas no carro? – Pergunta Stephannie colocando o celular no bolso.

— Claro, odeio deixar coisas pra última hora... Aprendi muito fazendo deveres de casa no ensino médio... Pois bem, entrem logo no carro, ainda quero tomar um café. – Fala Denny abrindo a porta pra Stephannie, que antes de entrar, dá um aviso para Jony.

— Nada de festas. – Fazendo Jony ficar por dois segundos, um pouco assustado, mas logo após isso, ele simplesmente entrou no carro com uma sensação de cansaço grande, mas nada que o impossibilite de dirigir.

Depois de exatos sete minutos dirigindo, tudo ocorre como planejado, esperam o avião enquanto tomam um café no bar do local, sentados de um lugar onde podiam ver os aviões decolando, Stephannie obviamente usava a wi-fi do local, já Denny lia todos os panfletos e catálogos, para se situar bem nas mais diversas situações que poderiam ocorrer na viagem.

— Hey, você sabia que vamos pegar o segundo voo para a cidade mais próxima de Hivelton? Vai ser o segundo voo até lá após eles terem inaugurado o aeroporto reformado. – Diz Denny, num tom animado.

— Não acho que essa cidade seja grande coisa, fica no meio do nada, próximo a uma costa, no máximo deve ter umas cabanas que vendem suco na praia. – Fala Stephannie de maneira pessimista.

— Não se preocupe, o cara me mostrou fotos do lugar, parece uma cidade interessante, pensa numa Nova York versão 3.0 e mesmo se não for, vai ser interessante ir para um lugar diferente de cidades, até hoje a gente só viajou para centros urbanos.

— Tá legal...

Jony estava provavelmente estava pegando um café extra forte, para não dormir e se lembrar de levar o carro para a casa de Denny e cuidar da mesma até o fim das férias. Um tempo depois, os passageiros estavam embarcando no voo, Stephannie adorava viajar de avião, eram um dos poucos momentos que a agradava, e não fazia com que fosse esnobe com maior parte das pessoas que interagissem com ela.

Denny senta em qualquer lugar do lado da janela, adorava ver o céu, ainda mais agora que o voo estava prestes a sair junto do nascer do sol, era algo realmente fascinante e que ele gostaria de ver quando o avião subisse. A aeromoça passa e entrega alguns amendoins para Denny, que começa a devorá-los rapidamente de tanta ansiedade.

— Seguinte... – Fala Denny com a boca cheia de amendoins, mas os engolindo para falar o resto da frase. - ...Eu preparei um “tutorial” por assim dizer, de como termos uma viagem legal, leia essa lista.

— Por que pegou amendoins? Você nem gosta dos que não tem cobertura de chocolate. - Comenta Stephannie olhando de forma estranha para Denny com a boca cheia de amendoins.

— ...Não sei, estou com fome, posso comer qualquer coisa no momento, mas voltando ao assunto: Lê a lista.

— Hm... Não, obrigada, dando uma olhada geral, são coisas muito específicas, não tinha porque listar o que se fazer na queda de um meteoro. Vou dormir maior parte da viagem. Ela vai ser curta. – Diz Stephannie ignorando a lista, Denny resolve aderir essa ideia e vai dormir na viagem.

Algumas horas se passaram, tudo ocorreu tranquilamente, Denny e Stephannie trocaram poucas palavras, geralmente criavam assunto quando algo acontecia ao seu redor, mas ali só tinha nuvens, e nenhum dos dois tinham expectativas de ser uma boa viagem, mesmo Denny se recusasse que aquela viagem fosse um fracasso.

— Denny... Denny... DENNY, ACORDA!! – Grita Stephannie para Denny, que não acordou, mesmo com o avião pousando e dando sinal para descerem do voo. – Ta, beleza então, fica no avião que eu vou pra sua cidade imaginária sozinha.

— É, o que? Stephannie, espera aí!!! – Diz Denny com um tom de sono, pegando uma de suas malas e correndo atrás da irmã.

Ambos se encontravam agora, na cidade que nenhum deles aparentava saber pronunciar corretamente, estava extremamente frio, então a primeira coisa que pensaram fora do avião, era colocar uma roupa quente. Após isso, pegaram suas bagagens e saindo do Aeroporto, se encontram na pequena cidade que não continha estruturas que passassem de três andares, um lugar sem altas vegetações, um cenário vazio, nada de muito marcante, apesar de ter prédios importantes como hospitais, delegacias, etc.

— E agora? – Pergunta Stephannie terminando de pôr um casaco.

— Rapidamente vamos para uma loja que alugue carros e vamos para Hivelton. – Mal percebe Denny, que após dizer isso, um dos funcionários do aeroporto que ajudava a recolher as malas fica intrigado e de expressão séria, se dirigindo aos dois, ele pergunta.

— Então vocês vão pra Hivelton?

— Sim, o senhor conhece?                                                                                                                                         

— Claro, fica a alguns quilômetros pro norte, tem que dar a volta pela grande praia, recomendo que quando aluguem, não mencionem Hivelton. Outra hora lhes explico o motivo.

— Oh, tudo bem. Vamos, Stephannie. – Diz Denny pegando as malas e indo pra saída do aeroporto junto da irmã.

— Você sabe de alguma coisa e não quer nos contar? - Pergunta Stephannie ao funcionário que parecia extremamente calmo.

— Na verdade são por uns motivos que não posso contar por aqui, não quero envolve-los em algo que não lhes agradem, aqui, peguem meu número. - O moço larga as malas no chão e pega uma caneta, anotando o número no pulso de Stephannie. - Quaisquer informações que precisem, podem me ligar. Agora vou indo entregar essas malas pro casal de idosos, se não sou demitido.

— Tudo bem, muito obrigado moço, boa sorte com as malas! - Responde Denny levando a irmã até a avenida, onde ir

O funcionário, enquanto acenava com uma face alegre para os dois, pegava um pequeno rádio do seu bolso para falar com alguém.

— Eles estão indo para Hivelton pela zona 6B, reforcem a vigia na área, provavelmente vão chegar num horário perigoso.

Após alugarem o carro, os irmãos seguem para uma viagem consideravelmente longa, por isso, preparados com salgadinhos e música, vão se revezar pra dirigir, pois assim ambos dormem e chegam o mais cedo possível em Hivelton.

— We are number one de novo? Vamos trocar de músicas.

— Nah, só faltam 6 remixes. – Diz Denny sem se importar com o que Stephannie gostaria de ouvir.

— Estamos chegando? Até agora não vi nenhum carro, placa, nem nada nessa estrada. - Pergunta Stephannie começando a ficar impaciente.

— Deve ser o sono, eu vi uma placa agora pouco. - Responde o irmão dando um largo sorriso.

— O que dizia?

— Perigo.

— ... - Stephannie olha para Denny com uma cara de "Tu nasceu sem alguns neurônios, né?".

— O quê?

— Nada, nada.

— Tudo bem, sabe quantas horas já se passaram desde que saímos?

— Mais ou menos 10 horas.

— Caramba, como demora.

— Acho que essa cidade não existe.

— Haha, não seja tão pessimista, uma hora vamos chegar a algum lugar, afinal, por que colocariam uma estrada tão boa, asfaltada como essa em um lugar tão monótono e sem pessoas? Obviamente está levando para algum lugar, só está mal sinalizado.

— Espero que tenha razão e seu otimismo excessivo não nos tenha levado para o nada. – Diz Stephannie indo dormir mais um pouco.

— Se quiser, pode dormir por bastante tempo, adoro dirigir. Sabe, pensar que conseguimos andar em meia hora o percurso que nossos antepassados levariam horas, nos faz pensar sobre...

— BOA NOITE! – Diz Stephannie deixando claro que queria dormir.

— Mas são quatro da manhã.

A viagem prosseguiu, foram mais duas horas de passeio em uma estrada deserta, sem iluminação, sem placas, sempre cercada por árvores da mesma espécie, não era possível ver nada além de árvores, asfalto e uma abertura que se prolongava entre as árvores pela estrada para se ver o céu quando amanhecesse, era realmente um local bem denso e uma mata provavelmente inexplorada pelo ser humano. O que não saía da cabeça de Denny, era sua lógica usada mais cedo, uma estrada de tão alta qualidade que não levava para lugar nenhum, não fazia sentido.

— Ai, ai... – Denny desliga a música. – Estou quase caindo no sono, já são quatro da manhã e logo, logo terei que acordar Stephannie pra... Olha, uma placa, manei... UMA PLACA?!

Denny freia o carro bruscamente, mas isso não faz a irmã de sono pesado acordar, ele da a ré e com a luz de seus faróis, consegue ler a placa: Hivelton, 5 quilômetros.

— HAHA, UHU!!! ELA EXISTE!! – Denny comemora dando um grito moderado, para não acordar a irmã. – Que ótimo, quando chegarmos lá, vou jogar na cara dela que a cidade existia.

E comendo 7 balinhas de menta de uma vez só (para não dormir), ambos prosseguem a viagem, quase terminando-a. Denny acelera o carro, fazendo barulho o suficiente, para que dois olhos grandes e brancos sem pupilas, pudessem olhar para a mesma direção que o carro seguiu. E foi assim, que numa velocidade surpreendente, diga-se de passagem, mais rápido que um guepardo, a criatura que se aproveitava da escuridão da noite para não ser vista, se prepara para um ataque.

Correndo atrás do carro, Denny não notava sua presença, só queria chegar na cidade o mais rápido possível, por conta de seu descuido ao acelerar, um alarme é ativado por uma câmera presa a uma árvore na estrada.

— ALERTA 9, TEMOS UM ALERTA 9!! – Diz um general pegando um rifle a luz e o som de um alarme vermelho. – ACORDEM SOLDADOS, TEMOS UM ALERTA 9 E NÃO PODEMOS DEIXAR ESSE ESCAPAR!!

— SENHOR, SENHOR, ATUALIZAÇÃO DE ÚLTIMA HORA!!! – Gritava um estagiário enquanto os soldados acordavam e pegavam suas armas. – UMA CRIATURA DAS SOMBRAS, ELA ESTÁ INDO RAPIDAMENTE EM DIREÇÃO A ZONA 6B!!!

— Essa não... PEGUEM ARMAS DE NÍVEL 4, TEMOS UM ALERTA DUPLO, UM ATAQUE DE UM UMBRAPE!!! – Grita o General guardando o rifle e pegando um lançador de mísseis. – Definitivamente não podemos deixar escapar dessa vez.

Denny, sem saber do perigo que corria, é assustado por algo pesado caindo em cima do teto do carro, o barulho foi estrondoso, a irmã, Stephannie, acordou na hora, com muito medo por conta do barulho, tudo enquanto o irmão freava o carro para verificar o que aconteceu.

— Calma, Stpehannie! Não precisa ter pânico, vou descer do carro e ver o que houve. – Fala Denny saindo do carro, enquanto Stephannie tentava se recuperar do susto. O irmão olhou em volta do carro com uma pequena lanterna de bolso, mas nada, nem um galho, pedra, nada, obviamente estranhou a situação e resolveu voltar, foi que ao se virar, viu uma das coisas mais assustadoras que já havia presenciado: Uma silhueta negra de 7 metros poderia ser vista sob a luz do luar que saiu dentre as nuvens, completamente escura, quase expelindo uma aura negra sobre si mesmo, segurava o carro com uma de suas grandes mãos enquanto olhava fixamente para Denny com seus olhos vazios e brancos. Stephannie gritava de medo.

— STPEHANNIE!!! – Grita Denny tentando pensar no que fazer. – HEY, BICHÃO, OLHA EU AQUI!!!

Denny tentava chamar sua atenção para que a silhueta soltasse o carro, Stephannie consegue abrir a porta do carro e cair no chão, a mesma tenta se levantar com os joelhos e cotovelos machucados e tenta correr para longe da criatura que ainda com o carro em mãos, começa a perseguir os dois em passos lentos que iam aumentando conforme corriam. Mas antes do monstro correr, soldados com armas de fogo poderosas saem dentre as árvores e atiram sem remorso contra a criatura, que sem demonstrar grandes danos, lança o carro sobre todos.

Ainda correndo, os irmãos acabam se separando por conta de um míssil quase ter os atingido, ambos desviaram e se abaixaram, e o mesmo acertou o monstro, que teve o ombro despedaçado pela explosão, ao ir ver como a irmã estava, Denny só a vê sendo arrastada por soldados para o meio da floresta enquanto gritava.

— STEPHANN... – Denny é interrompido com um golpe muito forte na cabeça, que o fez cair no chão novamente. – AI, PRA QUE ISSO?!

— Tem que ser com força, cara. Deixa que eu faço. – Diz um soldado pegando a arma do colega e batendo com força na cabeça de Denny, fazendo-o desmaiar, sendo sua última visão, soldados jogando redes e atirando na criatura.

***

Denny acorda, amarrado em uma cadeira de ferro, em frente a uma mesa, estava em uma sala idêntica a de interrogatórios que via em filmes policiais, um grande salão, na parede estava uma janela da qual algumas pessoas de jaleco faziam anotações. Do outro lado da mesa, estava sentado um homem com cabelo começando a ficar branco, com poucos fios deixando explícito não ser jovem, olhos castanhos e uma barba muito bem aparada, usava uma roupa militar com diversos bolsos e medalhas enquanto olhava para Denny de uma maneira séria.

— Finalmente acordou. Teve sorte de conseguirmos fazer algo para ajudar você e sua irmã. – Diz o homem.

— Eu... O quê... Que lugar é este? – Pergunta Denny ainda meio atordoado.

— Sou eu que faço as perguntas, logo você terá ajuda especial e todas as informações que precisar, mas voltando ao assunto, diga seu nome.

— Denny... Denny Gauthier...

— Tudo bem, idade? - Fala o senhor anotando tudo em um pequeno papel na mesa.

— 23 anos.

— É casado? 

— Pelo o que eu lembre, não... - Fala Denny indiretamente citando a pancada que havia levado na cabeça.

— Como soube ou veio para este lugar?

— Eu, bem, um moço me parou na rua e me demonstrou provas da existência de uma cidade chamada Hivelton, suas belezas naturais, foco em turismo... Aproveitei e planejei uma viagem para cá... Resumidamente é isso.

— Lembra de sua aparência?

— Parecia homem de negócios, como aquele presidente de empresas genérico da televisão. Usava um terno marrom com gravata vermelha e um sapato marrom muito bem lustrado.

— Ótimo, obrigado por responder as perguntas, informações adicionais foram pegas de seu carro, agora o levaremos para sua nova casa. – Diz o homem colocando uma máscara de oxigênio, enquanto um gás que saia das paredes fez Denny desmaiar ao inalar.

Ele sentia que estavam o levando para algum lugar em um carro, mas imobilizado, não dava pra ter certeza, uma hora sentiu parar, e diversas pessoas o carregaram, subindo escadas, virando corredores e abrindo uma porta que rangia bastante. Ainda com efeitos dos desmaios, abriu um pouco os olhos e viu quatro silhuetas lhe largando em um sofá de uma sala próxima a porta de entrada de algum apartamento, a sala tinha um longo sofá verde com uma curva abaixo de uma janela com grades e uma cortina branca, uma televisão smart em cima de uma estante preta e algumas molduras vazias, se virando para a porta, viu os quatro saindo e o último antes de fechar a porta, disse:

Bem vindo a Hivelton.


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Notas finais do capítulo

Informações que os humanos conhecem até o momento sobre os Umbrape:

Origem: Desconhecida
Primeiro avistamento: zona 9L de Hivelton em 1967
Tempo de vida: 500 anos.
Aparência: uma criatura que pode mudar de forma e tamanho com facilidade, sendo sua principal forma uma criatura idêntica a um gorila sem detalhes entre 2 e 7 metros de altura, olhos completamente brancos e brilhantes, pele escura, emanam uma aura negra quando se sentem ameaçados.
Habilidades: Alta capacidade regenerativa durante a noite, mudança de forma, são muito rápidos e fortes.
Fraquezas: Luz natural e artificial.
Como matar: Pulverizando todo o seu corpo.

Obs: essas fichas servirão de ajuda pra melhor entendimento de algumas coisas.