Os filhos de Mistress escrita por Jace Jane


Capítulo 1
Capítulo Único




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— Eu não acredito que passei trinta anos achando que a mamãe tinha nos abandonado! – disse a mulher vestida de general nazista, inconformada.

A mulher dava volta pelos controles da TARDIS, seu irmão gêmeo a ajudava.

— Você nunca gostou dela realmente – respondeu o gêmeo.

— Ela é uma psicopata! – justificou a mulher.

— Da para entender.

— Terminou o detector de senhores do tempo? – perguntou a mulher terminando de pousar a Tardis.

— Como pediu, até os programei para parar de fazer barulho na nossa presença – mostrou o aparelho.

— Então vamos!

***

Os gêmeos deixaram a TARDIS, observavam o local onde tinham pousado, era uma universidade no planeta Terra.

— De acordo com a ficha o executor da mamãe trabalha nessa universidade – disse a mulher.

— O que ele faz aqui? – perguntou o gêmeo em quanto apontava a direção para a irmã.

— Ele trabalha como professor, ele gosta muito dos humanos – respondeu.

Os gêmeos seguiram para a direção que o detector apontava que os levou para dentro da universidade.

— Esse é o fim da linha irmã – avisou o gêmeo, a mesma sorria como uma psicopata – Já sabemos de quem você puxou esse sorriso – comentou.

A gêmea sacou uma arma do cinto e chutou a porta, que abriu no mesmo instante. O escritório estava vazio, mas um som de guitarra vinha da anti sala.

— Doutor? – chamou

O som parou e um senhor de cabelos grisalhos apareceu.

— Sou Fortune e esse é o meu irmão Morpheus – apresentou.

— Fico mais confortável conversando sem estar na mira de uma arma e tomando chá – comenta o Doutor.

Morpheus suspirou cansado, guardando seu detector.

— Estamos procurando um corpo – disse Morpheus – Da senhora do tempo que você executou.

— Eu não executei ninguém – diz o Doutor serio.

— Sabemos que você matou a Missy, cadê o corpo dela? - exigiu Fortune.

— Não sei do que você está falando, por que não dão o fora daqui antes que eu me irrite! – responde ele grossamente.

— Você se irritar? - riu Fortune - Sou filha da Mistress, acha que eu tenho medo de você?

— Não chegaremos a lugar algum assim - disse Morpheus

— Olha está ficando irritada também? Espero que saiba com que está mexendo! Se não saírem daqui agora... –Ele guarda a guitarra que estava segurando.

— Sei exatamente quem você é! Os daleks falam muito de você - respondeu Fortune.

— Chega. - diz Morpheus pegando a arma da irmã e guardando no bolso.

— Morpheus! – reclamou indignada

— Não vamos chegar a lugar algum assim, e se queremos saber onde a mamãe esta não pode apontar uma arma para ele – explicou.

O Doutor fica sem entender nada e tenta esconder a verdade temendo que algo de ruim acontecesse e ele não queria quebrar o acordo que fez.

— Que saco! – reclamou Fortune – Somos os filhos do Mestre, sinceramente? Não ligo se ela tiver morta, é uma psicopata! Mas é a minha mãe.

— E fizemos uma aposta, quero saber se ela ganhou – completou Morpheus.

—São filhos de quem? — ele fica meio abobado. – Aposta?

— Do Mestre – repetiu Fortune – Estamos apostando se a mamãe realmente morreu, eu acho que sim, Morpheus acha que nem matando aquela mulher morre – explicou.

—Missy, bem se são filhos dela me provem— Ele faz um olhar sério.

— DNA ou chave de fenda sônica? – perguntou Fortune.

— DNA ou chave de fenda sônica? – perguntou Morpheus tirando a chave de fenda que recebeu da mãe do bolso.

— Isso prova tudo— ele fica com olhos arregalados. Então ele pensa se devia mostrar o lugar para eles.

— Se prometermos não pegá-la, lhe deixaria mais confiante em nos deixar vê-la? - perguntou Morpheus

— Ela está no cofre veiam comigo. – Ele os guia para TARDIS e coloca as coordenadas, os levando para longe da universidade. Ele abre a porta – Sua mãe está dentro desse grande cofre. – Ele mostra o local.

Os gêmeos se entreolharam ansiosos, pensando quem seria o vencedor da aposta.

Ele abre a porta —Oh! Que toquem os tambores, quem será que ganhou a apostinha—Ele ri sadicamente.

Eles escutam uma voz feminina ao longe. - Pode entrar querido.

Os gêmeos veem a sua mãe tocando piano animadamente.

— NÃAAAAAOOOOOOO! – gritou Fortune – Não pode ser!

— Isso! – gritou Morpheus, vitorioso.

— Meus filhos! Vieram visitar a mamãe – disse Missy se virando, fingindo estar emocionada.

— Você é imortal mulher? – perguntou Fortune exasperada – Não morre nem matando!

— Pode passar o selo imperial pra cá! – disse Morpheus estendendo a mão.

De má vontade entrega Fortune.

— Sabia que essa aí esta em sua segunda regeneração? – comentou a senhora do tempo ignorando seus filhos – Foi brincar com uma granada e acabou se regenerando.

Fortune rangeu os dentes, aquela lembrança era vergonhosa. Morpheus riu com o comentário da mãe.

— Falando nisso conheça o pai de vocês – piscou Missy para o Doutor.

— PARA COM A PALHAÇADA MULHER! – enfureceu Fortune – Você some por mais de cinquenta anos e depois eu descubro que você foi executada e você fica fazendo piadinhas?

— Alguém não tomou seu chocolate hoje – comentou Missy, deixando a filha ainda mais irritada.

— Vou te mostrar quem não tomou o chocolate hoje – avançou Fortune, sendo parada pelo irmão.

— Calma irmãzinha! – tentou conter

— Calma? Eu sou a mais velha, okay? – diz Fortune irritada.

— Diferença de um minuto! – disse Morpheus.

— Espera, você disse o que Missy? – perguntou o Doutor, coçando a orelha encabulado.

Ele se lembra daquela noite quando eles embarraram com o deus do vinho Baco e exageram nas bebidas. Ele faz uma cara preocupada e olha para os dois ali presente e gagueja – Pai de novo, eu cai no conto! – Diz ele envergonhado.

— Olha o lado bom, pelo menos foi com uma senhora do tempo e não um Artanax – comentou Morpheus tentando animar o Doutor.

—Eu já disse e repito, ele... Davi foi a melhor coisa que me aconteceu de um modo estranho e bizarro, mas sabe o que aconteceu com Marcos certo? – Ele dá um sorriso sádico e faz um olhar amedrontador.

Fortune encara o seu recém-descoberto pai emocionada.

— Boa mãe! Finalmente deu uma dentro – comemorou Fortune dando um joia.

— Que orgulho ter um pai como o Doutor – emocionou-se Morpheus.

— Tão dramáticos, não sei de quem puxaram – disse Missy.

***

O Doutor tinha retornado a sua sala levando os gêmeos junto. Morpheus cochilava na cadeira de frente ao Doutor em quanto sua irmã Fortune ficava folheando os livros de seu pai que estavam na estante.

— Então gostou de algum livro? Seu irmão dorme mais que eu, bem mais e você vai querer aprender algo? – Pergunta ele.

— Nenhum em particular – responde – Nunca fiquei tanto tempo com os humanos para apreciar alguma coisa deles, na verdade não gosto da maioria, nunca aprendem com o seus erros, a história continua a se repetir – comenta fechando o livro – Já o Morpheus, ele é muito preguiçoso, teve uma vez que foi pego por uma feiticeira com um feitiço de sono, não foi afetado por ele, mas aproveitou para cochilar.

— Foi assim que adotei o nome O Morpheus – disse o gêmeo, acordando.

— Sempre colocam a culpa nos humanos, você, o Davi e o dorminhoco ali vocês tem que ver seus próprios erros, os humanos erram porem sempre procuram concertar. –Ele tenta argumentar.

— Tente entender, tivemos O Mestre como mãe, esperava menos? – contra argumentou Morpheus.

—Eu sinto muito, também tenho culpa no cartório se eu soubesse teria ido atrás de vocês, já errei uma vez não quero errar de novo. – Ele fica com um olhar triste.

— Não remoa o passado – disse Fortune – Ele já aconteceu e não da para mudar, o que você pode fazer agora é seguir em frente.

— Isso foi muito profundo – comentou Morpheus admirado com a irmã.

— Irei tentar, tenho feridas que jamais serão fechadas, mas será que posso tentar me reconciliar com vocês? –Pergunta ele.

— Seria interessante ficar na companhia de um pacifista – disse Morpheus – Mas tenho que virar um imperador da China, mas mantemos contato. 

— Eu tenho uma curiosidade – pronunciou a senhora do tempo – Do porque você gosta tanto dos humanos. Vou ficar para descobrir o porquê – sorri.

— Por que eles são interessantes, nunca desistem mesmo sendo massacrados em guerras milenares, correm atrás daquilo que perderam são geniais, constroem, Pintam quadros e fazem grandes concertos musicais. – Ele se empolga e começa a sorrir maravilhado. - E basicamente tem aquele brilho que não temos - termina ele.

— Não parecem os mesmos humanos que conheci – diz Fortune.

— Ótimo, conheça-os! – incentivou Morpheus – A Tardis fica comigo. – avisa.

—Têm bons e maus como em todo lugar, eu já vi vários bons e sempre costumo dar uma chance de mudança, compaixão é o que estamos precisando hoje em dia. – Ele responde vendo o filho indo em direção à saída.

— Cuide-se irmã! E foi um prazer conhecê-lo, pai – disse Morpheus, de costas sorria.

— O Prazer foi todo meu. —Responde ele— Então vai querer aprender coisas novas —Diz ele voltando o olhar para filha que acabara de conhecer.

— Será interessante ver os humanos por outra perspectiva – respondeu Fortune, animada.

— Sim e muito. —Responde ele animado. – Por onde quer começar? – Pergunta ele pegando uns livros antigos.

— Com as roupas – responde – Não posso ficar andando por aí vestida de general nazista.

—Tenho uma lá na TARDIS podemos ir lá ver se achamos alguma que goste. –Ele sorri animado.

***

Fortune deixou a Tardis e encarou seu pai, que mexia em alguns papeis na mesa.

O Doutor olhou a filha de cima abaixo, a senhora do tempo usava uma blusa bufante da cor vinho, mostrando o decote, com uma calça preta cós alta, e nos pés usava um sapato de salto alto.

— O que você acha? – perguntou colocando a mão na cintura. – To parecendo uma professora do colegial, estou usando oculos também, me fazem parecer mais inteligente, não acha? – comentou Fortune animada.

— Já chegamos na fase de proibir namorados até os 300? – respondeu o Doutor com uma pergunta.

A senhora do tempo riu.

— Estou ótima então! – sorriu, o abraçando por trás.

— Eu não gosto de abraços – avisou o Doutor.

— Doutor? – chamou a Bill entrando na sala - Eu não estou atrapalhando o casalzinho aí, estou? – Ela pergunta sorrindo sarcasticamente.

— Não! Não esta! – Fortune brinca. – Já acabamos na verdade.

— Que? Não! Ela é minha filha —Diz ele passando a mão nos cabelos envergonhado.

— Filha? – diz Bill de boca aberta.

— Sou The Fortune, a filha do Doutor – se apresenta – E você, quem é?

— Bill Potts, aluna do Doutor – responde.

— É um prazer conhecê-la – disse Fortune a olhando de cima abaixo – Meu pai tem bom gosto para companhias – sorriu.


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Notas finais do capítulo

Referencias a fanfic O Filho do Doutor de Scone Dream



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