Se Eu Fosse Você [Hiatus] escrita por KL


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!

Sim, aqui está a tia KL com mais uma ShikaTema para encher os olhos de vocês! E mais uma vez, uma long fics!

Dessa vez, resolvi explorar um pouco a comédia romantica com um cadinho de drama e espero sinceramente que vocês gostem tanto quanto gostaram de "Coexist"!

Sem mais, vamos ao prólogo!

Aviso: A fics se divide em pedaços, narrados pelo ponto de vista de Shikadai, Shikamaru e Temari. Sempre que ouver mudança no ponto de vista, o nome do persoangem aparecerá em negrito e italico.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/736463/chapter/1

Shikadai

A casa estava silenciosa e na mais perfeita calmaria. A única luz acesa era a do meu quarto e eu estava jogado em minha cama. Eu havia chego de uma missão a algumas horas e não tinha encontrado ninguém em casa. Minha mãe costumava chegar um pouco mais tarde, pouco depois do pôr do sol. Meu pai ultimamente não tinha hora para chegar.

Os barulhinhos eletrônicos vindos do console portátil onde eu jogava se intensificavam conforme eu matava os inimigos e eu ajeitei rapidamente o colete ninja, que eu não havia me dado ao trabalho de tirar antes de começar a jogar o novo jogo que eu tinha adquirido naquela tarde depois da minha última missão do dia. Os gráficos estavam muito melhores que os da versão anterior e a jogabilidade seguia parecida, o que me deixou satisfeito. Eu tinha juntado o pagamento de mais de três missões para comprar aquilo, era bom que estivesse valendo a pena.

Escutei minha mãe chegar em algum momento enquanto eu lutava contra um chefão. Avisei rapidamente que estava em casa, sem desgrudar os olhos da tela, concentrado em acertar os ataques no tempo certo e desviar dos golpes do inimigo.

—Não acredito que você está deitado na cama com essas roupas imundas! –a voz de minha mãe soou de repente da porta do quarto e eu tive um sobressalto, quase derrubando o console.

Arregalei os olhos, encarando os olhos estreitos se dirigindo a mim, a mão na cintura, o pé batendo impaciente no chão.

—Ah, mãe... –comecei a tentar me defender, mas um levantar de sobrancelha me calou.

—Não tem “ah”, Shikadai! –ela continuou ralhando –Vá tomar um banho e tirar essas roupas logo! –ela mandou, apontando para fora do quarto. –Ora essa, moleque! Você já é um chuunin e eu tenho que continuar a mandar você fazer até coisas básicas e simples! Parece mais uma criança!

Dona Temari ficou me olhando até eu levantar da cama, emburrado, pegar uma toalha e uma muda de roupa e sair do quarto. Eu sabia que ela estava certa, mas não queria dar o braço a torcer. De qualquer forma, o susto fizera eu perder no jogo e eu não estava com vontade de percorrer todo o caminho desde o último save game até o chefão novamente, além de estar começando a me incomodar com meu próprio cheiro. Quando estava abrindo a porta do banheiro, a voz dela soou atrás de mim:

—Vou fazer o jantar enquanto seu pai não chega.

OoOoOoOoOoOo

Eu estava novamente jogado em minha cama, encarando o teto, os braços atrás da cabeça, dessa vez já de pijama e depois de jantar. Havíamos jantado sozinhos, eu e minha mãe. Já era tarde e meu pai não havia chegado, como já era uma rotina estabelecida a algum tempo. Eu me sentia cada vez mais incomodado com esse distanciamento de meu pai. Minha mãe estava chateada também, eu sabia, apesar dela se manter a maior parte do tempo impassível.

—Tadaima - a voz de meu pai foi ouvida por toda a casa silenciosa.

Eu sabia que não demoraria agora. Essa era a hora que minha mãe deixava de ser insensível às constantes ausências de meu pai. Eu até pensei em pegar os fones de ouvido e por alguma música barulhenta, mas a discussão começou antes que eu pudesse me mexer e tomar alguma atitude para não ouvi-la. Suspirei pesadamente, engolindo a bola que pareceu bloquear minha garganta.

Em meus treze primeiros anos, não tinha ouvido meus pais discutirem mais vezes do que se podia contar com os dedos de uma mão. Nara Temari e Nara Shikamaru se davam bem, se entendiam bem e levavam o casamento e minha criação, o único filho deles, de forma harmônica e parceira desde que eu me entendia por gente. Mas, mais ou menos na época que me tornei chuunin, a dois anos atrás, as coisas pareceram desandar pouco a pouco. Meu pai começou a chegar do trabalho cada dia um pouco mais tarde, até chegar ao ponto de começar a perder o jantar ou chegar depois que eu e minha mãe já estávamos deitados. Minha mãe não reclamou a princípio e, quando eu o fiz pra ela, ela alegou que meu pai sabia o que estava fazendo. Em algum momento, meu pai passou a estar mais tempo fora do que dentro de casa, com praticamente nenhuma folga, e minha mãe começou a se incomodar também. As discussões começaram logo depois do aniversário de dezoito anos do fim da Quarta Guerra Ninja. As vezes eram rápidas, as vezes demoravam horas. Há uns seis meses atrás, depois de uma discussão um pouco mais acalorada, levantei de madrugada e passei pela sala em direção a cozinha para beber água e meu pai estava dormindo no sofá. Em meus quinze anos, nunca tinha acontecido algo assim e eu me senti particularmente chocado. Aquilo veio a se repetir durante algumas noites seguidas e meu pai voltou para o quarto, mas agora cada vez que os dois discutiam, ele acabava dormindo no sofá. O que estava se tornando cada vez mais e mais frequente.

Eu me sentia angustiado com tudo isso e não sabia a quem recorrer. Minha mãe, a algum tempo também, mais ou menos quando meu pai começou a dormir no sofá, resolvia ir para Suna sempre que eles discutiam. Ela arrumava uma missão com o Hokage ou dizia que precisava ver os irmãos. Ela ficava uma semana fora e quando voltava parecia que tudo ficaria bem, até a próxima discussão.

E aquele círculo vinha se repetindo com uma frequência cada vez mais assustadora. Eu achava que o casamento de meus pais estava por um fio e que talvez não demorasse muito para eles anunciarem uma separação. Entrava em pânico toda vez que pensava nisso, pois eu tinha certeza que minha mãe não ficaria em Konoha se isso acontecesse e, além de eu saber que meus pais se amavam e estavam sofrendo, apesar de tudo, com aquelas frequentes brigas e separações, eu seria colocado na difícil situação de ter que escolher com qual dos dois morar.

Eu precisava fazer algo. Mas não sabia ainda o quê.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado do prólogo e não estejam querendo me matar por fazer o Shika e a Tema brigarem hauhauah' Tadinho do Shikadai né não? D:

Eu vou tentar manter uma frequencia de postagem a cada quinze dias, mas não prometo nada ahuahua Estou desenvolvendo a fics ainda e bloqueios podem vir a acontecer. Não tenho ideia da onde ela vai dar, mas estou me divertindo muito escrevendo ela.

Amanhã é meu aniversário e ficaria muito feliz se vocês me dessem comentarios de presente HUAUHAUUA'