Por Vocês escrita por Blue Blur


Capítulo 1
Capítulo Único - Meu Passado volta a me assombrar


Notas iniciais do capítulo

O segredo de Amélie sobre sua vida como super-heroína é descoberto por Gabriel, que passa a cobrar repetidas vezes uma resposta sobre onde fora parar o miraculous do gato preto. Porém, as coisas se tornam piores quando mais gente se mostra interessada nos Miraculous... gente que não tem a mesma integridade de Gabriel



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Eram 11 da noite, Adrien já estava dormindo profundamente. Aliás, a casa toda dormia profundamente: Adrien, Nathalie, o “Gorila”... apenas duas pessoas ainda estavam acordadas, que eram Gabriel e Amélie Agreste, os dois estavam na sala de estar. Gabriel mostrava um semblante sério frente à sua esposa, que por sua vez parecia estar triste e envergonhada, sem ter coragem para o encarar de volta. Na mesa, estava um pequeno broche em formato de pavão.

(Gabriel): Por que você não me contou?

(Amélie, nervosa): Contar o quê?

(Gabriel, sério): Não finja que não sabe. Estou falando do broche! O broche com o símbolo da Peafowl!

(Amélie): Gabriel...

(Gabriel): Você me enganou por todo esse tempo que estivemos casados! A heroína que era extremamente adorada em Londres, que era febre no período em que fui cursar design de moda na Inglaterra, era você o tempo todo! Por que você não me contou?

(Amélie, erguendo a voz): Gabriel, entenda, eu não fiz isso para te magoar! Fiz para te proteger! Você sabe quantos criminosos eu combati sob o nome de Peafowl? Dezenas, talvez centenas! Se mais alguém soubesse quem eu sou, qualquer um, essa pessoa seria procurada por inúmeros bandidos de Londres!

Gabriel abaixou levemente o olhar. Ele pareceu entender os motivos de Amélie, ele de fato aceitou a explicação, mas ainda havia uma coisa a ser resolvida.

(Gabriel): Eu entendo seus motivos, Amélie. Agradeço também sua preocupação com o bem-estar de nossa família. De fato, acho que você fez o certo, mas existe um detalhe: eu não sou “qualquer um”, eu sou seu marido...

(Amélie): Gabriel...

(Gabriel): ... e eu também era um super-herói, assim como você.

(Amélie, surpresa): Impossível, não me diga que você era o ...?

(Gabriel): ...Black Cat. Sim, era eu. Naquele dia, naquele fatídico dia, você me derrotou e tirou de mim o meu Miraculous.

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Londres, Inglaterra. Alguns anos antes.

No topo da Tower Bridge, duas figuras estavam em posição de luta: o primeiro era um homem, um adulto jovem, ninguém menos que Gabriel Agreste, o dono do Miraculous do gato preto que antecedeu Adrien. A segunda era uma mulher, também uma adulta jovem, Amélie Villeneuve, a portadora do miraculous do pavão. Ambos estavam em suas formas heroicas, mas Amélie tentava convencer seu oponente a não lutar.

(Peafowl): Black Cat, você sabe que não precisa ser assim. Nós não temos que lutar. Apenas me entregue seu miraculous.

(Black Cat): Se eu entregar meu miraculous, estarei jogando fora minha última chance de reencontrar Ladybug. Ela sabe minha identidade civil, e ela sabe que eu a amo! Ela também sabe que eu ainda estou agindo como super-herói! Não há como ela ignorar isso! Eu sei que ela vai voltar para mim!

(Peafowl, triste): Black Cat, ela não vai mais voltar. O homem que me entregou o Miraculous do Pavão me disse que a antiga Ladybug devolveu seu Miraculous para ele. Ela não vai mais voltar. Esse homem também me disse que você deve devolver o Miraculous do Gato Preto.

(Black Cat): É mentira! Você está mentindo! Vá embora, suma da minha frente! Eu vou reencontrar Ladybug, nós ficaremos juntos e ninguém, nem mesmo outro miraculer vai impedir isso!

(Peafowl, triste): Você realmente não me deixa escolha.

Peafowl soltou um assovio baixo, bem discreto, e no segundo seguinte uma varinha pontuda voou na direção do rosto de Black Cat, que rebateu usando seu bastão. A intenção de Peafowl era distrair Black Cat para ataca-lo diretamente. O plano falhou: Black Cat, incrivelmente ágil, conseguiu acertar um chute na barriga de sua oponente, em seguida deu um salto e tentou atingi-la com o bastão. Peafowl rolou para trás, Black Cat tentou atingi-la mais duas vezes enquanto ela se levantava, mas a heroína bloqueou os golpes com o antebraço, apenas para levar mais um chute no rosto. Tomada pela adrenalina, Peafowl lançou seu leque, que atingiu Black Cat no peito e o fez cambalear para trás.

Já de posse novamente de seu leque e varinha, Peafowl percebeu que não daria certo atacar Black Cat de frente, então decidiu se manter na defensiva, e para garantir que seu parceiro não se aproveitaria disso para fugir, ela o provocou.

(Peafowl): Você sabe que enquanto eu estiver aqui, jamais deixarei que você reencontre a Ladybug, não sabe?

E deu certo: enfurecido, Black Cat atacou com seu bastão. Embora tenha bloqueado, Peafowl não conseguiu uma brecha para contra-atacar, pois seus socos e chutes foram bloqueados. Novamente ela tenta atacar, Black Cat bloqueia e se prepara para revidar, mas comete o terrível erro de se virar de costas para sua oponente, o que permitiu que Peafowl lhe acertasse um chute. Irritado, Black Cat tenta um novo ataque, mas Peafowl agarra seu bastão, rola de costas e o lança para trás.

(Peafowl): Francamente, agora eu começo a entender porque a Ladybug te largou. Você é uma vergonha lutando!

Irritado, Black Cat desfere dois golpes em Peafowl com o bastão, mas ela bloqueia usando os antebraços. Ela se esquiva de um terceiro golpe, que atingiu o chão e abriu uma brecha para que ela acertasse o joelho no queixo de seu oponente.

(Peafowl): Anda, seu molenga! Não consegue derrotar uma simples garota?

Peafowl sabia que Black Cat estava emocionalmente desestabilizado por conta de seus sentimentos por Ladybug, e usava isso a seu favor. Os golpes dele, desferidos mais com fúria do que com técnica eram bem mais fáceis de bloquear. Mais uma saraivada de golpes foi desferida, dessa vez mirando nas pernas dela, porém Black Cat se esqueceu de proteger a parte superior do corpo e acabou levando uma cotovelada no rosto.

Black Cat, porém, acabou acertando um murro no rosto de sua oponente, depois pegou o bastão e começou a dar vários golpes em sua cabeça, enquanto Peafowl se esforçava para defende-los, até que ela conseguiu agarrar o bastão e dar uma cabeçada nele, depois tomou o bastão e o arremessou para longe. Furioso por perder sua arma, Black Cat saltou em cima de sua oponente e se preparou para usar algo um tanto condenável.

(Black Cat): CATACLISMO!!!

A mão emitindo uma aura negra estava a centímetros do rosto de Amélie e ela não conseguiria segurar por muito mais tempo. Agarrando sua varinha, colocou-a entre o seu rosto e a mão destruidora de seu oponente e gritou:

— CONTENÇÃO!!!

A varinha absorveu o Cataclismo de Black Cat e ficou negra, Peafowl então apontou-a para a barriga de seu oponente felino e disparou uma explosão que o arremessou para longe e o deixou pendurado na borda da Bridge Tower.

(Black Cat): Me ajude! Eu vou cair!

Peafowl o ajudou, mas não sem antes remover o anel de seu dedo.

(Peafowl, triste): Me desculpe Black Cat, mas tem que ser assim.

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Amélie ficou chocada com aquela descoberta. Seu esposo era o rapaz por trás daquela máscara. A mesma mão que ele usara para afagar seu rosto ele já havia usado para golpeá-la. Pior, ela o golpeara, ela lhe tirara seu Miraculous, o que talvez tenha arruinado a única chance dele de se reencontrar com Ladybug.

(Amélie): Gabriel, sobre o que aconteceu naquela noite... você está com raiva de mim?

(Gabriel): Não Amélie, eu compreendo perfeitamente os motivos que lhe levaram a fazer o que você fez. Mas eu preciso que você me entenda, assim como eu te entendo: eu preciso do meu Miraculous de volta! Não me interessa mais a Ladybug, esqueça ela! Estou falando de nós! Eu sinto falta do poder que aquela joia me trazia! Nós dois podemos nos tornar heróis de novo, Amélie!

(Amélie): Gabriel, eu já lhe disse que não posso fazer nada. Depois daquela luta eu também devolvi meu Miraculous ao guardião. Não faço ideia de onde ele esteja.

Agora ISSO era algo que Gabriel não podia entender. Como assim Amélie não sabia onde estava o miraculous do gato preto? Isso era algo que lhe soava muito absurdo. Os dias passaram, as semanas, e volta e meia Gabriel tentava arrancar de sua esposa a resposta que ele queria ouvir, mas sem sucesso. O problema maior é que ele não era o único atrás de respostas sobre os miraculous. Amélie não sabia, mas as paredes de sua casa tinham ouvidos.

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Em uma certa madrugada, perto de 1 da manhã, Amélie acordou sentindo um mau pressentimento. Ela sentia como se um desconhecido a estivesse espionando há muito tempo, mas ela não havia falado sobre aquilo com o marido. Já acordada, ela saiu de seu quarto e desceu até o saguão de sua casa. Seu medo aumentava cada vez que ela se aproximava do lugar, então resolveu acender todas as luzes no caminho. Quando ela acendeu a última luz ela viu um homem parado no saguão de sua casa.

Então as luzes se apagaram sozinhas.

Aterrorizada, Amélie correu para acender as luzes outra vez, mas não havia mais ninguém. O coração da moça começou a bater acelerado ao pensar na ideia de um fantasma dentro de sua mansão.

Não, fantasmas não existem... mas ladrões e bandidos existem.

(Amélie, erguendo a voz): Eu não sei quem você pensa que é, mas vá embora da minha casa agora mesmo ou eu chamo a polícia!

O telefone começou a tocar, seria coincidência? Amélie pegou para atender e ouviu uma voz masculina, bem grave, provavelmente estava usando modulador para disfarçar o timbre.

(?????): A polícia não pode te ajudar, Pavão.

(Amélie, assustada): Q-Quem é você?

(?????): Se eu disser quem sou, não fará diferença alguma para você, mas quem você é faz toda a diferença para mim!

(Amélie, assustada): O que você quer de mim?

(?????): Você é uma miraculer, alguém que foi escolhida para portar uma dessas joias que transforma pessoas em heróis. Eu quero sua joia, o seu Miraculous do Pavão.

(Amélie): E-Eu não sei d-do que você est-tá falando. Não está mais comigo, eu devolvi ao...

(?????): Resposta errada. Você devolveu o miraculous do Gato Preto. O miraculous do Pavão ainda está com você. Eu sei disso porque você contou ao seu marido.

(Amélie): Como você...?

(?????): Olhe para a parede atrás de você e saberá quais serão as consequências caso não colabore comigo.

Amélie seguiu a ordem e viu algo que lhe partiu o coração: era uma foto de família que foi arrancada do retrato e pregada na parede com duas kunais. Uma delas estava fincada no rosto de Gabriel, a outra estava no rosto de Adrien.

Já com os olhos lagrimando ela pegou novamente o telefone.

(Amélie, chorando): Por favor, não faça isso! Eu te dou o que você quiser, só não machuque meu esposo. Não machuque meu filho.

(?????): Agora está melhor. Faça o seguinte: do lado de fora de sua casa há um carro estacionado. Você deve entrar nele e nós te levaremos ao nosso avião particular que nos levará até nosso destino. Estaremos de olho em você o tempo todo. Agora mesmo estou lhe observando. Seja boazinha Amélie, e garanto que voltará sã e salva para sua família. O pequeno Adrien vai crescer com uma boa mãe ao seu lado e vocês viverão felizes para sempre, sem nunca mais ouvir ao meu respeito.

(Amélie): Mas por que eu tenho que ir até o Tibet? É muito longe, apenas diga onde você está e eu posso entregar o miraculous agora mes...

(?????): Tolice, não vou fazer uma operação deste nível aqui em Paris, não com a maldita Charlotte caçando mafiosos a torto e a direito. Pegue logo a passagem e vá para o aeroporto. Nós estaremos te observando de longe, com o olhar atento de uma águia, então não tente nenhuma gracinha. Entendeu bem?

(Amélie, chorando): S-Sim, eu entendi.

(?????): Boa menina. Agora se apresse, o tempo corre contra você.

Amélie quis cair de joelhos e chorar bem alto, para acordar todos naquela casa, mas não podia fazer isso. Ela tinha que ser forte, sua família estava em risco, Amélie tinha que fazer algo.

Antes de começar os preparativos para seu exílio, Amélie colocou seu Miraculous para conversar com seu kwami uma última vez.

(kwami): Amélie! Eu estou tão feliz em te ver! Já faz tanto tempo que não nos falamos, parece que faz anos! Espera, FAZ anos! Como é que você está? Vamos, dá aquele seu sorris...

A pequena criatura azul parou com a recepção alegre quando viu a tristeza estampada no rosto de sua amada mestra.

(Amélie): Duusu, eu coloquei meu miraculous depois de todo esse tempo... porque estou me despedindo de você.

Ao ouvir tais palavras, o kwami começou a fazer cara de choro.

(Duusu): Amélie... por que você vai embora? Você não gosta mais de mim?

(Amélie): Não Duusu, não é isso. É que... homens maus estão ameaçando minha família e se eu não me separar de você eles vão machucar meu esposo e meu filho.

(Duusu, chorando): Não me entregue para esses homens maus, Amélie, eu não quero ir com eles, eu quero ficar com você!

(Amélie, quase chorando): Eu não vou entregar você para eles, Duusu. Eu nunca faria uma coisa dessas...

Era mentira, era exatamente isso o que Amélie pretendia fazer, mas ela não poderia contar isso à pequena criaturinha azul flutuando na sua frente, não depois que tudo o que eles passaram juntos.

(Amélie): Mas eu não posso ficar mais com você, Duusu. Entenda, o problema não é você, são eles. Eles disseram que estão nos observando com o olhar atento de uma águia. Então eu tenho que despistar eles, e essa é a única forma.

Com os olhos cheios de lágrimas, Amélie removeu o Miraculous uma última vez, então começou a escrever uma carta de despedida, mas antes que começasse, as palavras daquele homem começaram a ecoar em sua cabeça.

Nós estaremos te observando de longe, com o olhar atento de uma águia, então não tente nenhuma gracinha. Entendeu bem?

Não, seria melhor não escrever nada. Quanto menos sua família soubesse, melhor seria para a segurança deles. Ao invés disso ela simplesmente pegou sua mala e arrumou suas coisas. Por último ela colocou seu Miraculous em um dos bolsos de sua mala e a deixou aberta sobre a cama enquanto ia tomar banho.

Após se arrumar, Amélie se preparou para fechar a mala, mas começou a repensar suas ações. Sua família estava em risco, isso era um fato, e os criminosos exigiam que ela entregasse o Miraculous do Pavão. Mas e depois que ela entregasse? Quem garantiria que sua família não estaria em maior perigo ainda? Se agora os criminosos já estavam lhe ameaçando, imagine então quando eles tivessem o poder do Miraculous do Pavão. Amélie pensou profundamente em uma solução, e conseguiu uma resposta. Não seria fácil colocar esse plano em prática, mas ela faria qualquer sacrifício para salvar sua família.

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Serthar – Tibete, algumas horas depois

Um carro preto circulava pelas ruas da cidade, rumo a um esconderijo num prédio localizado na periferia. O prédio era uma velha fábrica abandonada. O carro estacionou e dele saíram quatro sujeitos, três homens com feições orientais e uma mulher loira que estava com os olhos vendados. Dois dos três homens foram conduzindo a mulher pelo caminho para que ela não tropeçasse. Dentro da fábrica estavam vários outros indivíduos, todos com feições orientais e vestindo trajes sociais. A exceção era um que estava sentado em posição de meditação, de costas para todo mundo. Ele usava um kimono cinza (exemplo de modelo: http://i.ebayimg.com/00/s/MTAwMFgxMDAw/z/h54AAOSw65FXv7MF/$_1.JPG), possuía um coque de samurai e, nas costas de seu kimono, estava desenhado um kamon (brasão de família), mais ou menos assim: (https://thumbnail.image.rakuten.co.jp/@0_mall/tit1/cabinet/830000/toyo/kam01.jpg?_ex=200x200&s=0&r=1), só que dourado. Um dos sequestradores dirigiu a palavra ao homem de kimono.

(sequestrador): Samurai, wareware wa dekimasu (Samurai, nós conseguimos!)

O sujeito de kimono se levantou e foi até a direção de Amélie, que estava de joelhos e ainda com a venda nos olhos.

(Samurai): Dakara, kanojo to kujaku no hōseki? (Então a joia do pavão está com ela?)

O Samurai removeu a venda dos olhos de Amélie, encarando-a com seriedade.

(Samurai, falando o idioma de Amélie): Qual é o seu nome, mulher?

(Amélie): Amélie Agreste, senhor.

(Samurai): Você sabe por que está aqui, Amélie?

(Amélie): Porque o senhor quer o meu Miraculous.

(Samurai): Exatamente, é só isso o que eu quero. Agora, me entregue o Miraculous do Pavão e meus homens a levarão para casa.

(Amélie, se colocando de pé): Está bem, eu deixei aqui no... meu... bolso...

(Samurai, sério): O que está acontecendo?

(Amélie, nervosa): Meu Miraculous... eu perdi ele!

O “Samurai” ficou extremamente transtornado ao ouvir tais palavras, tanto que sacou uma kunai e a colocou a centímetros do pescoço da mulher.

(Samurai, furioso): Está me dizendo que você teve a coragem de atravessar metade do mundo em uma viagem de mais de 10 horas para vir até mim DE MÃOS ABANANDO???

(Amélie, muito nervosa): Eu posso explicar!

(Samurai, furioso): ENTÃO EXPLIQUE LOGO!!!

(Amélie): Eu devo ter deixado cair quando fomos atacados pela polícia!

O Samurai acabou se acalmando ao ouvir isso, mas continuava intrigado.

(Samurai): Como assim?

(Sequestrador): É verdade, meu senhor. De alguma forma a polícia nos descobriu e nos atacou. Nós conseguimos escapar, mas é possível que no meio da confusão a mulher tenha deixado a joia cair.

O Samurai ficou pensativo: Amélie havia seguido as instruções perfeitamente, o problema era que o plano era arriscado, e acabou dando errado. Isso era algo que o irritava, porque não havia como culpar ninguém: nem Amélie, nem os seus capangas. Mas ainda assim ele precisava fazer alguma coisa para compensar. Com isso ele com firmeza para Amélie, já bolando um plano B.

(Samurai): Você é uma Miraculer, isso quer dizer que você sabe algo sobre essas joias malditas, não é mesmo? Mudança de planos: você ficará conosco!

(Amélie, nervosa): Não, não, NÃO!!! Vocês disseram que se eu...

(Samurai, firme): O trato era que te libertaríamos se você trouxesse o Miraculous do Pavão, mas você não trouxe, agora vai ficar conosco. Vai trabalhar para nós, nos ajudando a descobrir o paradeiro dessas joias malditas. E seja agradecida por eu poupar sua vida e a vida de sua família!

(Amélie, triste): Sim, senhor.

(Samurai): Assim está melhor. (se dirigindo aos capangas) Shoto, arranje uma nova identidade para essa mulher, para despistar a polícia. Katsuki, arranje um bom lugar para ela morar pelo tempo que estiver conosco, e depois leve ela até o novo lugar em que ela irá trabalhar. Todos vocês escutem: essa mulher será nosso trunfo, ela nos guiará até nossos inimigos jurados, então nenhum de vocês se atreva a tocar em um fio da cabeça dela, vocês entenderam?

(Todos): Sim senhor!

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Epílogo – Narração de Amélie Agreste

Foi assim que eu fui tirada de meu lar, de minha família, e levada para uma terra estranha, obrigada a trabalhar para criminosos que buscavam intensamente pelo meu Miraculous e pelos outros também. Apesar da truculência inicial, o tratamento que eles me deram posteriormente foi relativamente bom. Eu tenho um bom alojamento, boas refeições, no geral eu sou bem tratada, mas não sou feliz, porque eles me privaram de retornar para minha família.

Às vezes me pergunto qual teria sido meu destino se eu tivesse levado meu Miraculous para eles. Eu contatei Charlotte pelo perfil pessoal dela, ao invés de usar o número da polícia, e fiz isso pelo celular do meu filho, ao invés do meu, e depois apaguei o registro de chamada. Por algum milagre, meu plano deu certo. Quando o tiroteio começou, aproveitei a confiança para me livrar da joia. Eu já havia passado instruções para que Charlotte recuperasse meu Miraculous e devolvesse para meu marido assim que ela pudesse. Se eu não tivesse feito isso tudo, se eu tivesse levado meu Miraculous para aquele samurai impiedoso, ele provavelmente teria me matado e mandado matar minha família, sem falar que ele teria uma joia poderosa em suas mãos.

Mas agora, mesmo longe de minha família, eu pude protege-la. Já faz pouco mais de um ano que isso aconteceu. Adrien, Gabriel, imagino que vocês devem estar sentindo muita saudade de mim, devem estar tristes, achando que eu os abandonei. Eu só queria que vocês soubessem que fiz isso porque amo muito todos vocês. Eu fiz isso por vocês.


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Notas finais do capítulo

Tic-tac, tic-tac, tic-tac, o tempo está passando, a contagem regressiva está acabando, esta é a penúltima ou talvez mesmo a última oneshot antes de Defensores de Paris 2 estrear em julho. A história trará de volta os personagens que muitos leitores adoraram e mais novidades, inclusive algumas inspiradas em conceitos oficiais da segunda temporada do desenho.

A propósito, algumas informações importantes: no especial de natal de Miraculous Ladybug, fica subentendido que aquele foi o primeiro natal que Adrien passou sem a mãe, o que quer dizer que entre essa one-shot, a primeira temporada e a fanfic Defensores de Paris existe um intervalo de mais ou menos 12-18 meses, lembrando que o minha oneshot de natal (aquela que traz o vilão akumatizado Magnata) e o especial de natal do desenho não coexistem. Outra curiosidade que o pessoal dos eater-eggs vai gostar é dos nomes de dois dos sequestradores: Katsuki e Shoto são uma homenagem a dois personagens do anime Boku no Hero Academia.

Um recado para minha amiga MusaAnônima12345: Há um segredo escondido na história, um que acredito que você será a única capaz de entender. Te desafio a decifrar esse enigma.



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