Infinito Particular escrita por Lara Campos


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem ;*



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Elena PDV

_Stefan, me ouça. Vocês têm que parar com essa briga idiota.

_Foi você quem começou toda essa merda, você não vê? - veias negras foram aparecendo ao redor de seus olhos num tipo de alerta para que eu o deixasse em paz - Foi você quem decidiu bancar a santa e defender meu irmãozinho querido. Ele não merece compaixão, entenda isso - Stefan prendeu meu corpo junto à madeira seca da estante de livros segurando meus ombros em um aperto que quase diluía meus ossos. Ao perceber que me machucava as veias negras desapareceram de seu rosto e deram lugar a um olhar triste, sombrio, tipíco -

Eu já não reclamava mais. Quantas vezes as feridas provocadas por Stefan atingiram um lugar que impossibilitava qualquer tipo de reparos? Eu já havia perdido a conta e as dores carnais, dores muito menos reais do que as que eu sentia por dentro, nem me incomodavam mais.

Toda aquela situação era irreal, tudo se repetia e mesmo que eu lutasse contra meus sentimentos por Damon, não podia negar que era, sim, amor aquilo que massacrava meu peito. Stefan não merecia minha ingratidão, por mais que tivesse me feito sofrer por algum instante, e nem Damon merecia minha compaixão depois de ter feito de tudo para destruir minha relação com seu irmão. Talvez toda aquela questão fosse hereditária, herança da minha ancestral - que era uma vagabunda de marca maior - que tentara ter os irmãos Salvatore e mais uma duzia de homens ao longo de toda sua existência deplorável ao mesmo tempo.

Eu tinha que resolver aquela história, não podia tomar partido, escolher um dentre eles, mas também não podia deixar que continuassem batalhando ou morreriam os dois ao invés de um só.

Meu peito doía só de cogitar a possibilidade, mas era inevitável. Se Damon sobrevivesse Stefan morreria e vice-versa. Ou eu tomava uma decisão muito sábia ou veria uma parte de mim morrer junto com um deles.

Stefan PDV

_Mas que droga! Que droga! - saí da sala batendo a porta e deixei Elena caída no chão -

Eu sabia, tinha certeza de que estava me comportando como uma criança, como um sem alma, como um vampiro. Talvez eu deveria mesmo aceitar o fato de que eu era um e era exatamente isso que eu iria fazer: descer ao nível do meu irmão, do meu capacho, do meu karma, do meu... Do diabo em forma de gente.

Uma fome, uma sede terrível por matá-lo, por estrangular aquele pescocinho nojento inebriava todo o meu corpo. Mais forte do que eu, sim, o desejo pelo sangue era mais forte do que eu conseguia suportar e só um sangue me interessava naquele momento. Nem precisava dizer o de quem.

Damom PDV

Caminhando pela floresta coberta pela neblina ouvi um estalar de corpos em madeira. O som era muito familiar e eu tinha toda a certeza de que vinha de dentro de casa. Stefan.

Elena era a única pessoa que frequentava nossa casa desde que os vampiros da tumba foram aniquilados e Stefan estava em casa. Corri apressado de uma forma que jamais imaginei que conseguiria. Minha cabeça latejava por sangue. Eu era um idiota completo por deixar de me alimentar do sangue humano logo agora que meu irmão estava ficando cada vez mais forte. Eu tinha que procurar uma vítima, mas não conseguia pensar em nada a não no que poderia ter acontecido com Elena.

_O que está acontecendo com você, idiota? Elena, Elena, você só pensa nisso - falei comigo mesmo na esperança de acordar o ser racional que estava adormecido dentro de mim desde que a conheci. A perfeita cópia de Katherine, ainda mais esplêndida naqueles cabelos lisos cor chocolate. A droga mais perfeita, o tipo de droga que homem ou ser humano qualquer resistiria em experimentar e eu não havia tido essa chance ainda.

Avistei a casa de longe e continuei correndo. Ao ver Stefan parei e me escondi dentre as árvores na redondeza. Já era tarde demais.

_Saia daí seu covarde, acha que não posso te sentir? A coisa mais nojenta e estúpida rondando por aí é você e felizmente eu tenho um radar muito bom pra esse tipo de...tipo de...Não importa. Apareça já.

Apareci diante do seu campo de visão e bati palmas para aquela ceninha totalmente melodramática.

_Você é patético, irmãozinho. Acha que vai ganhar o amor da Elena como ator de filmes de drama? Patético.

Desviei-me da árvore a minha frente indo em direção à ele, agarrei-lhe pelo pescoço prensando-o contra uma árvore e apertei sua garganta o mais forte que pude alcançar.

_O que você fez com ela, seu filho da mãe?

_É bom você ser forte o bastante pra me segurar irmãozinho, porque quando eu sair daqui vou lhe fazer esquecer de que um dia existiu - Stefan fez uma força tremenda para se soltar do meu apertar, sem sucesso. Apesar da minha abstinência momentânea eu ainda era mais forte do que ele e essas seriam as últimas palavras que sairiam daquela boca maldita -.

Elena PDV

Meu braço sangrava, uma parte da madeira do armário se rompeu perfurando meu ombro. Sim, eu sentia a dor, uma dor dilacerante e para melhorar pude ouvir Stefan e Damon discutirem do lado de fora da casa.

Levantei-me na esperança de conseguir separar os dois, abri a porta e Damon segurava Stefan pelo pescoço se preparando para dilacerá-lo.

_Não, Damon! - ele soltou o pescoço do irmão e fixou os olhos em mim. Eu esperava que Stefan caísse no chão ou algo parecido, mas não. Mesmo vendo que seu irmão havia desistido de matá-lo por minha causa ele se desprendeu de Damon e o empurrou para dentro do lago indo ao seu encontro a seguir -

_Stefan, pare! Pare agora!

Nenhum dos dois estava ao alcance dos meus olhos mais e eu ansiava pela volta deles mais do que tudo que já desejei em toda minha vida.

Por incrível que parecesse eu esperava que um deles voltasse, apenas um, e isso me deixava absolutamente confusa e sem amparo. Por quem eu ansiava? E se os dois morressem, o que seria de mim? Encolhi meu corpo segurando meus joelhos e me abaixei. Eu buscava dentro de mim uma resposta e ela veio assim que minha cabeça parou de latejar. Meu coração estava aliviado por algum motivo, mas eu não sabia explicar. Nenhum dos dois havia aparecido ainda e só o que eu conseguia imaginar era um Salvatore vindo ao meu encontro, vindo me salvar daquela agonia interna, daquela dor que quebrava meu coração em pedaços tão pequenos que talvez seria impossível repô-los.

Tomei coragem e abri meus olhos. Damon vinha ao meu encontro e aquilo parecia ser a visão da paraíso, ou talvez do inferno.

Seu rosto estava tão cheio de sangue que me assustava. Ele se apoiou em meu ombro direito e ajudei-o a entrar em casa. Dois minutos se passaram, o silêncio tomava conta da sala de estar da casa. Algo estava faltando, Stefan estava faltando e eu tinha absoluta certeza de que ele estava morto de verdade desta vez. Eu não tinha raiva de Damon, os dois estavam se protegendo, se protegendo de mim: o motivo pelo qual tudo havia começado.

Levantei-me da cama e corri em direção a porta, eu iria fazer algo útil desta vez, pois não merecia viver. Eu era motivo de discórdia, de ódio, um ímã para a morte.

Quando eu estava esticando a mão para abrir a porta Damon postou-se a minha frente e segurou meu rosto.

_Elena, está tudo acabado. Você não pode mais fazer nada, nem eu. - seus olhos eram de uma sinceridade tão profunda que não consegui nem retirar meu olhar do dele - Nós escolhemos assim e as consequências são o resultado de alguns caminhos tortuosos.

Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto, mas Damon não deixou que nenhuma delas escapasse. Suas mãos deslizaram do meu rosto para meus cabelos e ele fechou os olhos encostando sua cabeça na minha. Ele fez sinal para que eu ficasse calma, calada, abriu os olhos e encontrou os meus totalmente conectados aos dele. Mas desta vez ele foi mais ousado, suas mãos desceram dos meus cabelos à minha cintura trazendo meu corpo para junto ao dele. Meus lábios se juntaram aos seus automaticamente resultando em um beijo muito mais quente do que eu esperava que fosse. Eu podia sentir todo o meu corpo ardendo no desejo e implorando para que fosse invadido por Damon naquele instante.

Em um piscar de olhos a imagem de Stefan apareceu de relance em minha mente e me soltei do abraço de Damon assustada. Meu coração batia totalmente descompassado.

_Eu não posso fazer isso, não posso.

Damon fixou seus olhos mais ainda nos meus, se aproximou novamente colocando uma das mãos em minha bochecha e a outra em meu peito.

_Sinta isso. Seu corpo pede por mim, pelo meu toque e não pela lembrança de um fantasma, Elena. - aquelas palavras foram o bastante -.

Beijei-o novamente e pousei minhas mãos em seu peito. Ele me pegou no colo encaixando nossos quadris num só, levou-me até a cama e empurrou meu corpo na pilha de travesseiros. Colocou seu corpo sobre o meu em seguida sem pudor. Aquela pele perfeitamente branca e lisa roçava meu corpo e eu me sentia cada vez mais completa. Damon parou de me beijar e se apoiou sob o cotovelo na cama ainda com seu corpo no meu, olhando para mim como se eu fosse algo que ele desejava tanto que mal tinha coragem de tocar. Lentamente ele desabotoou minha camisa, fazendo com que aquele momento durasse mais e arrancou a dele jogando-a em cima da escrivaninha ao lado da cama. Já era tarde demais para eu me arrepender de algo, eu estava com o homem que sempre amei, mas nunca tive a chance de estar ao seu lado por pensar que Stefan era meu verdadeiro amor.

Damon tirou minha calça e fez o mesmo, fazendo meu corpo todo estremecer na expectativa de concretizar aquele momento logo. Distribuiu mais e mais beijos pela minha barriga, colo, pescoço e tirou meu sutiã com uma voracidade tremenda. Seus olhos transbordavam o desejo e o meu corpo seguia esta mesma linha. Beijei seus lábios e arranquei por mim mesma o resto de nossas roupas.

Meu Deus, como era bom sentir aquele homem dentro de mim, deflorando cada resto da inocência que ainda me restava, fazendo de mim a mulher mais completa do mundo e eu tinha a certeza que ele sentia isso também, mesmo que se tratasse do Damon.


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