The Long Road escrita por Bella P


Capítulo 13
Capítulo 12




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O retorno de Creta para a fazenda de sua avó foi mais rápido do que a ida. Sem um certo deus a abordando a cada parada, ela teve uma viagem ininterrupta e bastante instrutiva. Por cada país que passava as notícias eram sempre as mesmas. O estranho fenômeno da falta de sol causado por um eclipse que estava durando dias e o qual os cientistas mortais não conseguiam analisar e muito menos explicar. Explicar porque isto nunca acontecera antes, analisar porque as espessas nuvens e tempestades mandadas por Zeus e Poseidon impediam qualquer criatura de ver um palmo a frente do nariz, mesmo que estivesse usando um telescópio de última geração.

- Parece até o fim do mundo! - Laura comentou quando viu a neta subir correndo os degraus que levavam a varanda da casa, sacudindo o corpo para tirar o excesso de água que acumulara em seu casado de esqui prateado. - O que, afinal, está acontecendo?

- Aparentemente o sol não nasceu. - Laurel respondeu, retirando seu casaco molhado e torcendo os cabelos sobre o piso da varanda.

- Isto eu notei no momento que acordei há três dias e não vi o astro rei. O que aconteceu com Apolo?

- Eu que vou saber o que se passa na cabeça de vento daquele lá? - Laura riu diante do comentário ácido da neta.

- Vamos trocar essa sua roupa molhada senão você resfria. - a mulher guiou a mais jovem para dentro da casa e esta seguiu o caminho para o antigo quarto que usava quando costumava se hospedar na casa da avó, terminando de retirar a bota molhada, a camisa e a calça jeans, as jogando em um cesto para roupa suja e cobrindo-se com um roupão felpudo de banho.

- Encontrou suas respostas? - Laurel virou-se para ver uma bela menina de cabelos ruivos e olhos prateados sentada sobre a cama.

- Senhora Ártemis. - fez uma leve reverência com a cabeça em sinal de respeito. - O que... - mirou janela afora onde a tempestade reverberava.

- Aconteceu com o sol? - Ártemis deu um meio sorriso. - Meu irmão cabeçudo está passando por uma crise existencial no momento. - a deusa rolou os olhos em exasperação. - Mas e então? Encontrou as suas respostas? - Lily suspirou, indo até a cama e sentando-se de frente para a olimpiana.

- Qual, exatamente, eram as respostas que a senhora esperava que eu encontrasse? - Ártemis sorriu.

- Todas.

- Talvez.

- E então? - a Caçadora mirou mais uma vez janela afora, para a tempestade, para o sol que não tinha surgido, para as lembranças de sua viagem. Ficou minutos em silêncio, pensativa, até que voltou o olhar para a deusa na sua frente que a observava quietamente, apenas esperando a sua decisão.

- Senhora Ártemis... - a mirou dentro dos olhos prateados. - agradeço por ter me acolhido, por ter me ensinado tudo o que sei, mas creio que para mim já chega. Quero sair da Caça. - a deusa sorriu complacente, acenando positivamente com a cabeça e um sopro de vento cruzou o corpo de Lily e a paz interior que a dominava desde que tornara-se uma Caçadora parecia ter diminuído consideravelmente. Entretanto, a sabedoria e todas as suas lembranças dos últimos dez anos ainda estavam lá. E outra coisa que notara:

O roupão que usava parecia mais curto na bainha e nas mangas.

Com isto ergueu-se da cama e foi até o espelho de corpo inteiro que havia no quarto, surpreendendo-se com o que viu no reflexo. O que a mirava de volta não era uma adolescente de quatorze anos, mas uma mulher entre dezenove e vinte anos. Os cabelos eram os mesmos, assim como os olhos. Mas o rosto era maduro, mais expressivo, o corpo tinha curvas sinuosas e assustou-se ao perceber que o que encarava era uma ninfa adulta.

- Tecnicamente você deveria crescer para a idade que deveria ter agora, mas resolvi lhe tirar alguns anos. - Ártemis comentou, dando de ombros.

- Por quê? - não que já vira alguma Caçadora se demitir antes, mas quando voltavam a ser mortais elas realmente retornavam a idade que deveriam ter?

- Me deu vontade. - levantou-se da cama, ajeitando displicente as suas vestes. - Bem... vamos sentir a sua falta Laurel, estava considerando te promover a minha segunda tenente. Mas... Tem certeza?

- Tenho sim senhora. Obrigada. - deu a deusa um sorriso.

- Ah, um sorriso. Não o vejo desde que se uniu a nós. Acho que fiz a escolha certa. - assentiu e desapareceu em um clarão. Laurel voltou a mirar o seu reflexo no espelho.

- Pelos deuses! - olhou por cima do ombro ao ver a sua avó entrar no quarto com uma muda de roupa nas mãos. - Lily?

- Oi.

- Mas o que aconteceu?

- Me demiti. - riu diante da própria piada.

- Não é mais Caçadora... - Laura mirou as roupas em suas mãos. - Parece que vamos precisar de um número maior. Acho que ainda tenho algumas roupas antigas minhas que vão servir em você. Entra no banho que já trago. - saiu do quarto, deixando a mulher sozinha que encaminhou-se para o banheiro, sentando-se na beirada da banheira e abrindo a torneira de água quente e a outra de água fria, mirando o seu reflexo distorcido na água que preenchia a banheira.

Estava parecida com a sua mãe, mas ao mesmo tempo havia algumas diferenças. Na forma adulta conseguia ver alguns traços de seu pai em seu rosto, alguns sinais dos genes dos Graham. Ainda sim era estranho olhar para si mesma e não ver o rosto infantil a olhando de volta. Embora o seu corpo estivesse de acordo com a sua mente, crescer anos em questão de segundos era no mínimo difícil de se acostumar de uma hora para a outra.

- Qual o problema minha filha? - Laura retornara ao quarto, encontrando a neta no banheiro sentada na beira da banheira e encarando o seu reflexo na água.

- Nada... é apenas... estranho. - a mulher depositou a muda de roupa sobre a pia, aproximando-se da mais nova.

- Bem, terá que se acostumar. Esta é a sua vida agora.

- É... minha vida agora. - era uma verdade. Abandonara as Caçadoras, voltara a ser mortal e estranhamente sentia-se melhor diante desta decisão, sem mais grandes dúvidas. Mas e agora? O que faria daqui para frente era a grande pergunta.

 

oOo

 

Já era o quinto dia sem sol e com chuva intensa, era o que Laurel observava enquanto estava parada na varanda da casa da fazenda com os braços cruzados sobre o peito e mirando a tempestade que caía sobre as terras de sua avó. Usava roupas antigas dela, jeans desbotados, botas, típica camisa de flanela de botões e por baixo camiseta de algodão e como história de pano de fundo para os funcionários era uma jovem que viera da cidade grande, contratada para estagiar como nova administradora do rancho. Ninguém contestara nada, mais do que acostumados com algumas das peculiaridades da Sra. Graham, mas os comentários sobre a misteriosa mulher sempre surgiam aqui e acolá.

- Se a tempestade continuar a colheita de outono vai atrasar. - Laura apareceu ao lado da neta com uma xícara de café entre as mãos para aquecer o corpo e espantar o frio que a chuva trouxera.

- Os ventos fortes estão prejudicando o telhado do estábulo. - mirou a construção ao longe onde alguns peões tentavam, mesmo sob forte chuva, ajeitar o telhado que havia sido arrancado em algumas partes pela ventania. - Se continuar assim o prejuízo será imenso.

- O prejuízo será imenso no mundo inteiro se o sol não retornar. Laurel...

- Não.

- Mas minha filha... Se você tentar falar com ele...

- Se ele está tendo um ataque de piti, o problema não é meu. - rebateu a mulher. Contara a sua avó tudo o que passara na viagem e não deixara nenhum detalhe de fora, inclusive os seus encontros e a última discussão que tivera com Apolo e agora Laura achava que para solucionar o problema de falta de sol o que precisava era da jovem convocar o deus para uma conversa séria.

- Tem que levar em consideração que ele foi magoado no passado... Você, melhor do que ninguém, sabe o que é ser enganada por alguém que ama. Não foi o que a motivou a ser uma Caçadora?

- É diferente.

- Em que aspecto?

- Ele mereceu!

- Mereceu mesmo? Ter uma simples provocação ser retribuída com um coração partido?

- Vou ajudar os peões com o telhado. - foi a resposta, descendo apressada os degraus da varanda e cruzando o terreno enlameado sob chuva forte. Entretanto, quando estava se aproximando das baias, sentiu uma mão quente fechar em seu pulso e a puxar na direção de um boxe onde um garão marrom encontrava-se. - Mas... - foi virada bruscamente e viu-se mirando um homem entre vinte e três e vinte e cinco anos, de cabelos loiros bagunçados, pele dourada de sol e olhos azuis límpidos. Um homem que apesar de estar mais velho lhe era extremamente familiar.

- Senhor Apolo! - exclamou surpresa ao ver o deus em forma adulta.

- Mas olha só quem abandonou a barra da saia da minha irmã. - disse com amargura enquanto a jovem soltava-se dele em um gesto brusco.

- O que faz aqui? Onde o senhor esteve este tempo todo?

- Sentiu a minha falta? - zombou.

- Imbecil! Onde está o sol?

- Por aí. Resolvi tirar umas férias. - deu de ombros em um gesto de pouco caso e Laurel fumegou, reagindo por instinto e desferindo um sonoro tapa contra o rosto do deus, o pegando de surpresa.

- Tirando umas férias?! - vociferou. - O sol desaparece por quase uma semana, o senhor Zeus manda uma tempestade para encobrir a sua gafe que está causando mais prejuízos do que ajudando e você tem a cara de pau de dizer que estava tirando férias?! Você é impossível! - bradou enquanto Apolo esfregava a bochecha agredida com uma mão.

- Se você fizer isto de novo, eu te transformo em pó. - rebateu com os olhos azuis flamejando de fúria.

- Vai se ferrar Apolo. Você, a sua infantilidade, sua teimosia e toda a sua divindade. Que você vá se ferrar. E eu aqui preocupada, achando que algo de grave tinha acontecido apenas para saber que tudo não passou de uma crise de rebeldia sua...

- Estava preocupada comigo? - disse com um sorriso presunçoso.

- Oras, você é impossível. E se me der licença... eu tenho trabalho a fazer... - deu as costas para ele, pronta para seguir caminho para o estábulo, mas foi novamente impedida pelo olimpiano.

- Não quer nem saber o que eu descobri?

- Que você é um grande cabeçudo? Disso eu já sabia.

- Há há. Muito engraçadinha. Não, sobre Eros.

- Essa história de novo não! Já lhe disse que nunca vi o senhor Eros...

- Eu sei.

- O quê? - voltou-se para ele, o encarando surpreso.

- Eu fui ao Olimpo tirar satisfações com aquele deuszinho de meia banda e sabe o que eu descobri?

- Que Eros não tinha nada a ver com a história?

- Que Eros... Hei, como você sabe disso? - a mirou desconfiada.

- Porque eu disse que a sua paixonite era equivocada e que eu não conhecia Eros. Então era impossível ter a mão do deus do amor na história.

- A minha “paixonite”, como você diz, não é equivocada! - defendeu-se e Laurel rolou os olhos. - Por que você é tão na defensiva? Por que se recusa a acreditar que eu realmente gosto de você?

- Porque é ridículo. O senhor é um deus... eu agora sou uma mera mortal. Somos totalmente diferentes.

- E eu me pergunto de onde os deuses tiraram a ideia absurda de que você seria a candidata perfeita para mim.

- Candidata a quê?

- A esposa.

- AO QUÊ? - os olhos dela ficaram largos e a jovem empalideceu.

- Os deuses chegaram a um consenso de que eu precisava amadurecer e que a melhor maneira para isto seria a mais velha e antiga tradição de sossegar e formar família, por isso acharam melhor arrumar uma esposa para mim. E então viram em você a candidata perfeita.

- Em mim?

- Em você.

- Isto é ridículo. Quem te disse isso?

- Zeus, Hera, Eros, Afrodite, Poseidon, Hades, Hefesto, Hermes... Ártemis.

- A senhora Ártemis!?

- Pois é, até mesmo a minha irmãzinha... a traíra. Não percebeu? Toda essa sua busca pelas suas raízes... Que missão mais inútil era essa. Usaram até o meu Oráculo de Delfos nessa armação! - Laurel sentiu o ar entalar na garganta e a força sumir de suas pernas, a fazendo cair sentada sobre um balde de madeira que estava de ponta cabeça em frente a um cubículo onde havia uma égua prenha.

- Isso tudo é uma loucura. - escondeu o rosto entre as mãos.

- O que eu não entendo... é por que logo você.

- Do que você está falando? - tirou o rosto de entre as mãos.

- Obviamente não é recíproco. Mesmo que Eros não esteja envolvido desta vez, a história se repete. Eu me apaixono por uma Daphne e ela não sente nada por mim.

- Por que o senhor insiste que é apaixonado por mim? – perguntou e Apolo aproximou-se em uma passada larga, a segurando no braço e a erguendo em um puxão, colando o corpo esguio no seu com um tranco, fazendo a jovem ofegar diante da proximidade.

- Por que você insiste em dizer que não sou apaixonado por você? - retrucou e calou qualquer resposta dela com um beijo certeiro nos lábios rosados, tirando o fôlego da mulher enquanto enlaçava a sua cintura e grudava mais os seus corpos, percorrendo com as pontas dos dedos a pele arrepiada de sua nuca e subindo pela bochecha até chegar aos cabelos escuros molhados, tudo sem desgrudar a sua boca da dela e usando a língua para pedir passagem por entre os lábios úmidos.

Laurel sentiu seu corpo ser empurrado e imprensado contra uma pilastra de sustentação da baia e ofegou durante o beijo ao ser praticamente esmagada pelo peso do deus e sufocada pelo calor que emanava da pele dele. Os dedos que percorriam as partes expostas de seu corpo lhe causavam calafrios e pouco a pouco as suas pernas começavam a perder a força. Quando sentiu que o ar estava prestes a lhe faltar, Apolo afastou-se de si, a mirando dentro de seus olhos com as íris azuis cintilando como duas bolas flamejantes. Como dois sóis.

- Do que mais você precisa para acreditar em mim? - a jovem abriu a boca para responder, mas calou-se de pronto. - Diga.

- Não é tão fácil assim para mim... - admitiu. - confiar nos outros. Confiar em você. - Apolo recuou um passo, assentindo levemente com a cabeça em compreensão.

- Entendo. - disse em um tom baixo e Lily sentiu um aperto no peito ao perder o calor do deus contra o seu corpo. - Pois então farei você confiar em mim. - declarou convicto, com uma expressão decidida no rosto e sem aviso desapareceu, deixando uma mulher surpresa diante desta atitude para trás.

 

oOo

 

O sexto dia felizmente amanheceu sem nuvens e com o sol brilhando intenso sobre as terras da fazenda, para o alívio dos peões e outros funcionários. Laura fez um aceno positivo com a cabeça ao ver o lindo dia que nascia e lançou um longo olhar para a neta que a acompanhava na mesa do café da manhã.

- O que foi?

- Parece que o senhor Apolo retornou ao batente. O que será que aconteceu?

- Eu que vou saber? - retrucou, tomando um gole de sua xícara de café para esconder o rubor que surgira em suas bochechas.

- Bem, de qualquer maneira gostaria de avisar que com o retorno do sol retomamos o planejamento de antes para a colheita. Os trabalhadores temporários já devem estar chegando. Gostaria que fosse recebê-los e acomodá-los no barracão. - Lily fez um aceno de concordância. A fazenda de sua avó não tinha muitos funcionários, apenas o necessário para mantê-la funcionando regularmente. Por isso que quando a época de plantação e colheita chegava, a mulher, como muitos outros fazendeiros da região, costumava contratar trabalhadores temporários para ir para a lida do campo.

Minutos depois a jovem pedia licença a avó, saindo da mesa do café e recolhendo o seu material de trabalho, encaminhando-se para o barracão onde os novos funcionários seriam hospedados e pondo-se a esperar o ônibus que os trariam. Não aguardou muito, pois logo pôde ver passando pela porteira ao longe o coletivo que vinha cambaleando pela estrada de terra até chegar em frente a construção onde ela estava, acompanhada pelo capataz da fazenda, e abrindo as portas permitindo que uns vinte homens e mulheres descessem do veículo.

- Bom dia senhores, senhoras. - desejou, lançando um olhar para a sua prancheta e a lista de nomes que havia nela. Alguns estavam juntos, indicando que haviam casais dentro daquele grupo, outros separados e um estranhamente avulso e que surgira de última hora. - Frederico Apolônio, por favor levante a mão. - um rapaz de vinte e poucos anos ao fundo do grupo ergueu a mão. Usava camisa de botões aberta, com as mangas dobradas até o cotovelo, por baixo uma camiseta de algodão justa marcando músculos do peitoral bem trabalhado e exibindo uma pele dourada de sol. Cabelos claros reluziam ao sol, olhos azuis brilhavam, calças jeans surradas marcavam as pernas grossas e bem delineadas e botas de couro completavam o visual.

Seria o humano mais belo que Laurel vira na vida. Se não fosse um porém... O humano ser, literalmente, um deus grego.

- Casais por favor acompanhem o sr. Campbell. Ele irá acomodá-los. Solteiros, por favor, venham comigo. - anunciou, virando sobre os saltos e seguindo caminho, sendo acompanhada por uma dezena de homens, incluindo o dito Fred. Logo adentravam o barracão, com Laurel mostrando as acomodações, os beliches onde eles iriam dormir, os banheiros que seriam usados e o refeitório, além de explicar o horário de trabalho e a tarefa deles. Quando fez as perguntas de praxe, querendo saber se tinham dúvidas, e recebeu negativas como resposta, despediu-se, deixando os homens para trás para se ajeitarem e seguir com o seu trabalho. Apenas para ser impedida por Fred.

- Gostou da surpresa?

- Senhor Apolo...

- Fred.

- Fred. Sabe como é ridículo este nome? Você nem tem cara de Fred.

- Eu sei. - Apolo sorriu. - Mas são as regras de Zeus.

- O que faz aqui?

- Falei que a faria mudar de ideia, não falei?

- E em que colher maçãs irá me convencer?

- Nem que eu passe a eternidade colhendo maçãs para te convencer a confiar em mim, para te fazer acreditar que eu te amo, eu passarei. - falou sério e Laurel prendeu a respiração diante da intensidade do olhar dele sobre si.

- Apolo...

- Querida... enquanto eu estiver aqui, é Fred. - piscou um olho para ela, dando meia volta e retornando ao barracão.

 


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