Segredos Profundos. Romanogers History escrita por Lisa Rogers


Capítulo 5
O Mundo Todo Nas Costas


Notas iniciais do capítulo

Avisos Para vocês! É compridinho, mas leiam por favor!

Oi gente maravilhosa! Peço desculpas por estar atrasada com os capítulos, mas eu estava em uma rotina meio doida e não consegui produzir um conteúdo descente! Agora estamos nos trilhos de novo!

Quero agradecer MUITO a quem esta acompanhando e comentando. Quando comecei a escrever não imaginaria que a fic renderia tanto! É lindo saber que existe um montão de romanogers perdidos por ai ♥

Também quero dizer que a partir desse capitulo vamos ter uma mudança gramatical por aqui. Conversando com uma amiga e professora de Língua Portuguesa, comentei com ela sobre a historia e ela me pediu para ler. Ao final ela me sugeriu colocar a historia com um narrador e não como primeira pessoa como ela estava sendo contada ate então. MAS POR QUÊ? Segundo a Aninha as emoções, sentimentos e gestos dos personagens ficam muito mais profundos e fáceis de serem descritos quando há um narrador tomando as redias da historia. Então a partir de agora teremos um narrador! Hahah

Espero que vocês curtam o capitulo! Beijos!



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Steve caminhou por todo quarto pela quinta vez. Ele estava impaciente, inquieto, preocupado. Mas, afinal de contas, quando ele não estava? Desde que saiu do gelo nenhum dia havia sido exatamente normal em sua nova vida. Eram alienígenas destruindo a cidade, sua foto em revistas o fazendo se sentir um alienígena e pessoas atrás dele para fotos com Smartphones que a 70 anos atrás ele poderia facilmente considerar um item de outro planeta.

Ele se deitou na cama com os braços servindo de apoio e fechou os olhos. Ele lembrou de todos os hematomas de Natasha. Havia memorizado cada pequeno corte e a profundidade de cada um deles. “Relaxe, capitão. Pelos exames o corpo de Natasha deve se recuperar em breve. O soro que ela tem em seu sistema vai dar conta do trabalho.” As palavras de Bruce ecoaram pela sua mente. Depois de ter deixado Natasha adormecida, Steve havia descido novamente a ala médica e atingido Dr Banner com uma série de perguntas sobre o estado físico que Natasha. Mesmo depois de Bruce ter repito por mais de dez vezes que Natasha se sairia bem, Steve continuava com um grande buraco no estômago.

Ele estava preocupado com Natasha. Mas não era apenas Natasha. Havia Peggy, que a cada dia escava mais da vida dele, só o fazendo lembrar que ele havia perdido tempo. Todo o tempo que ele poderia ter tido, a família que ele poderia ter construído, os sonhos que ele poderia ter vivido, ele poderia ter tido tudo que sempre sonhou, mas ele não teve nada, ele chegou tarde demais. Agora Peggy esta em uma contagem regressiva, ao lado da morte. Apenas aguardando o dia em que ela vai se cansar e leva-la para sempre, e ele não poderá fazer absolutamente nada para impedir. Ele se sentia impotente, falho. Ele falhou com Peggy, ele falhou com a humanidade. Mesmo sacrificando a própria vida, a Hidra ainda continuava viva, intacta, mas forte do que jamais estivera. “Corte uma cabeça, duas nascerão no lugar” o zumbido de Zola martelava em sua mente. A humanidade estava nas mãos de Hidra, a SHIELD havia caído nas mãos do inimigo que custou sua vida, ele falhou, com todos. Ele falhou com Buck.

Buck...

Havia Buck...

Ele ainda estava falhando diariamente com seu melhor amigo. Mesmo Sam e até mesmo Natasha ajudando, nenhum sinal do soldado foi se quer rasteado. Era inútil. no fundo, Steve tinha absoluta certeza que Buck hora ou outra poderia voltar para o Brooklin, para o bairro que eles compartilharam as melhores lembranças, o bairro que eles se ajudaram nos piores momentos. Mas ele nunca voltou. Steve passou semanas rodando pelas ruas do bairro procurando por ele. Madrugada vasculhando prédio por prédio, atrás de qualquer pista, mas nenhum fio de cabelo foi encontrado.

Ele se sentia inútil. Era como se exatamente todos seus demônios estivessem o engolindo, pouco a pouco. Steve sabia que seu dever era servir a nação, servir como um líder, o líder que seus colegas de equipe sempre precisaram desde o inicio. Mas agora, para Steven Grant Rogers ele não sabia mais se o papel de líder de qualquer coisa o caberia. Isso estava o deixando doente do estômago. Era como se fosse um peão em um jogo de xadrez e apenas estivesse esperando ser eliminado de uma vez por todas pela rainha do lado oposto.

Steve se sentou novamente e fitou o pequeno porta-retratos em seu criado mudo. Era uma foto dele e seus companheiros de equipe. Não como super heróis salvando o dia, mas como pessoas normais, até onde a palavra normal se encaixaria na vida de todos eles. Tony e Pepper se encontravam no centro da foto, abraçados. Ao lado de Tony, Clint estava apoiando o cotovelo no ombro de Natasha, e essa estava com a cabeça apoiada no peito de Steve, que tinha seus braços em volta de sua cintura, segurando-a mais perto dele. Bruce e Thor estavam ao lado de Pepper, Thor segurava uma garrafa de cerveja e discretamente fazia chifrinhos em Bruce, coisa que segundo ele era uma ótima piada para fortificar a relação de Banner e seu irmão Loki “HULOKI” ele dizia sempre que via a foto, mas só Thor tinha paixão pela piada. Pepper fingia rir por educação. Todos estavam sorrindo, mas o sorriso que mais de destacava na foto era da garota de cabelos vermelhos, talvez por ser tão raro vê-la sorrir.

 Ele não sabia o porquê, mas quando estava com Natasha, era como se todas as suas falhas se escondessem dando espaço ao inesperado que ela sempre oferecia. Para Steve, Natasha era um mistério que ele jamais teve certeza se um dia conseguirá resolver. Ela normalmente se escondia atrás de uma mascara de sorrisos sensuais e cabelos vermelhos. Mas em alguns momentos, ele conseguiu vê-la além. Vê-la como segunda a própria lhe contou, nunca ninguém tinha visto.

Ele a viu como uma garota que adorava comer sorvete de baunilha com batata frita enquanto assistia a comédias românticas. Algo que ele só descobriu graças a um dia em que estava passando pela sala e a viu jogada no sofá, com um pote de Ben & Jerry's de Vanilla e uma porção de batatas extras do MC Donald´s rindo do casal que aparecia na tela. Natasha jurou que se Steve contasse qualquer coisa para alguém, ela o mataria durante o sono. Mas não dispensou a companhia do mesmo para se juntar a ela e provar a iguaria que Steve havia adorado, mas decidiu dizer ser nojento apenas para deixa-la irritada.

Steve jamais saberia dizer como Natasha conseguia ser uma garota totalmente doce com a gatinha que ela alimentava secretamente na garagem, e uma assassina mortal de sangue frio como sempre se mostrava dentro de campo. Ela era o maior mistério já criado, mas também era a única que conseguira até então trazer um pouco de paz para os dias tumultuados de Steve, mesmo sendo a própria definição de tempestade em pessoa.

Ele olhou para o relógio em seu pulso, quatro e quarenta e cinco da tarde. Steve decidiu que talvez um jato de água fria poderia, quem sabe, ajudar a aliviar o peso que ele carregava. O peso que para ele, era o mundo todo em suas costas.


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Notas finais do capítulo

Eu simplesmente amei escrever esse capitulo! Quero muito mostrar Steve Rogers e Natasha Romanoff por trás dos super heróis. Quero MUITO explorar todos os seus medos, fraquezas e gostos. Quero mostra-los como seres humanos!

Espero que vocês tenham gostado, e sentido um pouquinho do que Steve esta sentindo no momento ♥

Ah! Eu também escrevi uma One-Shot muito lindiha! Para quem ainda não leu, fica aqui meu convite ♥

https://fanfiction.com.br/historia/748017/Em_Paz_-_Romanogers_One-Shot/



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