Amante Profissional escrita por Giiz


Capítulo 25
Capítulo 25 - Uma voltinha pelo inferno


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu povo e minha pova! Tudo bem com vocês? Sei que estou sumida, mas é por uma boa causa: sexta eu passo pela ultima fase do processo seletivo no mestrado, então estou estudando feito uma condenada em liberdade condicional. Espero que consigam me perdoar!
Ah, e caso alguém queira, tenho uma fic nova que está pra ser finalizada chamada "Beijar com o Punho", onde é centrada no Neji e na Tenten. Pretendo postar o ultimo capítulo ainda essa semana, depois da entrevista. :D
Sem mais delongas, vamos ao capítulo!



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Capítulo 25 - Uma voltinha pelo inferno

Os dias que se passaram após o fatídico dia da apreensão do ‘termômetro quebrado” foram se arrastando e com eles, os problemas. Todos estavam compreendendo um clima estranho entre os amigos, como se um grande elefante branco estivesse sentado no sofá esperando tomar o chá das 5 com a rainha da Inglaterra e sua porcelana mais antiga que só pode ser datada por radiocarbono, mas ninguém fala sobre o assunto. Era como o limbo.

Isso, para Karin, estava beirando o absurdo. Isso e o descontrole emocional e hormonal que ela estava sofrendo por carregar um pequeno ser dentro dela. E ter que encarar a cara de idiota de Suigetsu todos os dias no minúsculo escritório que dividiam. A vontade de socar a cara dele com todas as suas forças todas as vezes que ele olhava pra ela com uma pergunta implícita nos olhos só era ignorada pela imensa vontade de se jogar no colo dele e fazer com que as mãos dele tocassem todo o seu corpo hiper sensível. Só de olhar para aquele sorriso idiota dele fazia com que seu sangue fluísse mais rápido, o calor se concentrasse no seu baixo ventre e seus mamilos apontassem para a direção do platinado.

— Feliz em me ver? – perguntou ele, fazendo com que seu hálito quente tocasse a nuca dela, na pequena cozinha do escritório. Ela havia saído rapidamente de sua mesa logo após mais uma crise de tensão/tesão que tivera ao olhar o homem e saíra para seu refúgio. Estava comemorando internamente não ter os fatídicos enjoos matinais que todas as mulheres tanto reclamam ter, fazendo com que a convivência com o pai do seu filho se tornasse minimamente normal e fizesse com que ela não se visse obrigada a falar nada com ele, pelo menos não agora.

— Desde quando fico feliz em te ver, traste?

— Desde que eu te fiz gozar como nunca. – Suigetsu não estava para brincadeira, Karin sentia isso em suas costas. Desde quando ele tinha tanta persuasão assim? Ah, sim... desde que eles haviam ido para cama. E ela, engravidado.

— Oh, merda.

E foi a última frase coerente a sair dos lábios da ruiva antes deles se atracarem – de novo – no banheiro.

Isso, definitivamente, não era saudável. E se o inferno de Dante realmente existisse, estariam agora no segundo círculo, o círculo chamado “vale dos ventos”, destinados àqueles que cometeram o pecado da luxúria.

Mas os dois não eram os únicos a cometerem tal pecado. Só que, diferente de Suigetsu que vivia ainda na total descrença, Shikamaru fora presenteado com a famosa “pulga atrás da orelha”. Quando acendeu seu tradicional cigarro pós “uma gloriosa manhã” e Temari lhe acertou com um soco no ombro e um rápido movimento de retirar seu fiel tabaco e apagá-lo sem dó nem piedade dentro da pia da cozinha, o moreno se viu preocupado.

— O que foi isso?

— Isso não é saudável. – disse ela, ignorando o olhar de pânico do cabeludo.

— Você nunca reclamou antes.

— Mas estou reclamando agora. – Respondeu ela. – Toma, cenouras. Vamos dar uma melhorada nessa alimentação. – disse ela.

E por falar em comida, Naruto olhava estupefato para Hinata, que devorava a décima travessa de ramén na barraquinha perto do hospital que ela trabalhava. A morena se alimentava tão vorazmente como se possuísse não apenas uma cabeça, e sim, três, como o cão mitológico Cérbero.

— Hey, está tudo bem? – perguntou ele, preocupado com a quantidade de comida que ela ingeria em tão pouco tempo.

— Porquê a pergunta? Tá tudo bem sim... – disse ela, desconfiada.

— É que.. bem... nunca te vi comer tanto em tão pouco tempo.

— Qual o problema nisso? Eu gosto de comer. Está preocupado com a conta? Não se preocupe com isso. – Olhou para ele, de relance, irritada.

— Deus amado, larga de ser capricorniana um minuto! Eu nem to falando de dinheiro, zoi de lua! – Brincou ele, mas pelo que ele pôde perceber tarde demais, não era hora para brincadeiras.

— Para de me chamar assim, idiota! Que bosta, Naruto! Vê se cresce um pouco, amadureça!

Naruto apenas arqueou uma das sobrancelhas loiras, sem entender bem o que estava acontecendo. Hinata parecia ter passado por três círculos infernais, o da gula se transformando no Cérbero, escalando as colinas de rocha com os avarentos e agora nadando no rio Estige, que seria seu próprio sangue caso ele não controlasse as emoções da médica.

Será que aquele teste era dela? Será que todas aquelas mudanças emocionais eram por causa de um bebê? Será que eles seriam agraciados por esse milagre? Naruto não podia conter um sorriso sonhador – e idiota, na cabeça de Hinata – em seus lábios.

— Meu amor, não se irrite. Isso não faz bem. – disse o loiro se segurando para não acariciar a barriga da médica, que não estava entendendo bulhufas da situação onde o loiro não tirava os olhos do abdome dela.

— Perdeu alguma coisa aqui? – Perguntou ela, apontando para ele com os hashis. Naruto só conseguia sorrir de maneira ainda mais idiota com a possibilidade de ser pai. – Você está olhando para minha barriga! Naruto, VOCÊ ESTÁ ME ACHANDO GORDA?

— O QUE? NÃO! Isso é normal, não? – Perguntou ele, coçando a cabeça, intrigado. Mas só conseguiu ouvir o estalo da madeira sendo quebrada perto dele, observando a bela morena quebrar o talher com a mão, extremamente irritada e sair do pequeno restaurante, resmungando diversos palavrões ao loiro. E deixando a conta para trás.

— Enfo... – suspirou ele, enquanto pagava a conta, resignado.

Mas resignado não era a palavra ideal para indicar o comportamento de Gaara. Ele analisava a fronte pálida da loira à sua frente, os movimentos lentos e o olhar cansado de quem, definitivamente, estava passando mal.

— Me diga, Ino.. está tudo bem como você? – Perguntou ele. Mesmo que ele estivesse a alguns milhares de quilômetros distantes da loira, ele ainda se preocupava e queria saber tudo que estava acontecendo com ela.

— Oh, está tudo bem sim, Gaara. Só estou resolvendo alguns problemas no escritório, além de estar cansada. É só cansaço mesmo. Mas me diga, como estão as coisas por aí?

Gaara estava a mais de um mês em Genebra, lidando com algumas questões burocráticas do seu trabalho, referente à ultima missão que terminou num atentado terrorista. Ele sabia que Ino estava mentindo, ou, pelo menos, omitindo algo.

— Eu não estou comprando isso, Ino. Me diga, o que está acontecendo com você.

— Ah, vá à merda, Gaara. De uma vez por todas, acredite no que eu estou falando! Estou cansada e possivelmente entrando numa gripe, então não venha me irritar mais ainda! Quer saber, quando você voltar, a gente conversa. Não estou com estômago pra isso agora. Babaca. – Disse ela, desligando a vídeo-chamada e deixando o ruivo preocupado. Por isso, tornou a ligar pra loira. Sabia que uma hora ela iria atender e por isso, insistiu até ser atendido. – Vá arder no fogo do inferno, capeta! Me deixa em paz agora, Gaara! – Grunhiu Ino, quando atendeu, pra logo em seguida desligar o telefone.

A loira acordou com o celular tocando horas depois e já estava pronta para desfiar um rosário de maldições mas desistiu quando viu que se tratava de Sakura e não Gaara na linha.

— Fala, testuda. O que tá pegando?

— Eu que pergunto. O que tá acontecendo? Hinata me disse chorando que Naruto chamou ela de gorda e Temari rindo até agora da cara do Shikamaru assustado com a nova dieta dela. O que esses caras tem?

— O mais importante, o que o Sasuke aprontou agora?

— Como você chegou a essa conclusão?

— Você é recém-casada e está me ligando numa manhã de sábado, onde deveria estar embrenhada nos lençóis do Uchiha.

— Você tem um bom argumento. Mas o Sr Uchiha é um idiota e está se recusando a dormir comigo.

— OI?

— Isso mesmo. Acho que ele está me traindo, Ino.

— E ele continua respirando? – perguntou a loira, se sentando na cama e fugando o nariz. A gripe havia pego ela de jeito.

— Não por muito tempo. – Respondeu a médica, sádica. – Nem que pra isso eu vá para o inferno, mas eu vou descobrir quem é a sirigaita, armar com ela para destruir a vida dele e ficar com todo o dinheiro, rindo da desgraça alheia.

— Foco, Sakura. Sua vida não é uma comédia romântica estrelada por Cameron Diaz. E, definitivamente você não está sendo traída. Não teria espaço no sétimo círculo do inferno para você e sua ira, caso isso acontecesse.

— Do que você está falando, porca?

— A divina comédia de Dante, os nove círculos do inferno, o vale do Flegetonte... ah, deixa pra lá. Mas, que história é essa de Naruto chamando Hinata de gorda?

E Sakura contou sua versão da versão contada por Hinata, pois quem conta uma fofoca sempre aumenta um pouco ou edita alguma parte. E, de repente, tudo fez sentido na cabeça da loira, que caiu numa profunda gargalhada.

— Do que você tá rindo, Ino?

— Sakura, bota essa sua cabeça descomunalmete grande para pensar só um pouquinho. Todos eles estão esquisitos a algum tempo, particularmente esquisitos depois da nossa reunião de emergência na Temari por causa da vaca da Karin. Pensa, o que pode ter acontecido?

Minutos se passaram e finalmente Sakura soltou um sonoro palavrão.

— Caraaaaaaaaaaaaaaaaaaaalho. Os idiotas acham que uma de nós está grávida e eles não tem coragem de perguntar quem é?

— Aprenda de uma só vez, Sakura. Homens não tem coragem para honrarem aquilo que carregam entre as pernas. Só ficam criando teorias idiotas na cabeça.

— Hm, mas se isso está acontecendo, por que não mexer um pouco mais com a cabeça desses idiotas?

— Você tirou as palavras da minha boca, testuda. Ligue para Hinata que eu ligarei para Temari e Karin. Vamos dar uma lição nesses cretinos. E, enquanto isso, vamos entrar no nono círculo, o lago Cócite.

— Traduza, loira nerd. Você sabe que você é uma negação para sua raça, não é?

— Oh, como eu odeio esses esteriótipos! Mas, traduzindo para uma linguagem de gente não culta, o nono círculo é representado por um lago de gelo. Não dizem que o inferno é tão quente que é gelado? Então... congele todos.

— Entendi sua ideia. Tratamento congelante. Deixe comigo. Sasuke nem saberá o que o atingiu.

— Sakura, você é tão sutil quanto um rinoceronte. Mas eu entendi sua ideia. Espalhe para Hinata. Em breve, informo os outros pontos da vingança.


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Notas finais do capítulo

O que dizer sobre esses homens que adoram meter os pés pelas mãos? E o pobre do Suigetsu, que nem sabe o que tá acontecendo? Ele sim, está no limbo! hahahah
Espero que tenham gostado e entendido as referencias á Divina Comédia de Dante Alighieri!
Um beijo em cada um que comentou! Já respondo a todos!
:*



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