A Hora do Pesadelo: Primeiras Mortes escrita por DiegoT


Capítulo 1
A Hora do Pesadelo: Primeiras Mortes




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Tiffany, uma garotinha de cachos dourados e vestidinho branco, brinca na grama de seu jardim cantarolando alguma canção infantil sob os olhos cuidadosos de sua mãe a qual recolhia a roupa do varal. Preocupada com as primeiras gotas de chuva da tarde que se encerrava a mulher acelera o processo descuidando momentaneamente de sua descendente. Ela não sabia, mas era a ultima vez que veria sua filha com vida.
A mulher entra em casa carregando uma trocha de roupas, Tiffany continua cantando. penteando sua boneca. Seu olhar é atraído para um par de pernas posicionadas atrás do lençol branco, a surpresa de Tiffany se transforma em sorriso ao reconhecer o vizinho, pai de sua amiga, Freddy Krueger.
Freddy olhava para a garota com um sorriso encantador nos lábios, uma de suas mãos se escondia as costas portando um gancho afiado com empunhadura de madeira.
— Sua mãe está?
— Ela foi levar a roupa para dentro e já volta tio “Fred”. Quer que eu a chama?
— Oh não – Freddy agacha fazendo careta, Tiffany ri – eu vim falar com você, eu criei um truque de mágica e queria que você visse.
— Eu adoro mágica.
Seu sorriso infantil reluzia em doçura e esperança – Freddy fica ereto, olha para os lados certificando que estavam sozinhos. As primeiras gotas de chuva caem.
— Feche os olhos.
Freddy aproxima-se, seu olhar paterno transforma-se em demoníaco, ergue o gancho, sua sombra encobre a garotinha, em um golpe rápido rasga sua garganta. O sangue de Tiffany tinge o lençol branco no varal.
A mãe da garota volta ao quintal preocupada com a chuva, sua preocupação aumenta ao não encontrar sua filha sentada no lugar onde a deixara. Dando alguns passos para frente com olhos arregalados ela vê o sangue no lençol e o corpo da menina estirado no chão.
A Hora do Pesadelo: Primeiras Mortes
O sargento Donald Thompson atravessa a faixa de isolamento policial seus dois assistentes já estavam na cena do crime, a terceira policial consolava a mãe da criança morta, com o canto do olho vislumbra Sora, adolescente local cujo irmão também fora assassinado, sem saber muito bem o por que caminha até ela.
— São três sargento.
— Acabei de chegar à cena do crime.
— Você me disse que descobriria quem matou meu irmão – lágrimas invadem seus olhos – depois dele mais duas crianças morreram.
— E eu vou cumprir minha promessa.
—É alguém da comunidade.
— É?
— Que tipo de criança iria com um adulto desconhecido? A mãe da garotinha se ausentou por poucos minutos, sua filha gritaria. Eu seu que meu irmão gritaria, meus pais ensinaram isso para ele.
Sem responder o sargento vira-se caminhando a cena do crime, o lençol estava embalado como prova, ao lado do corpo da garotinha coberto pelo lençol da polícia, Thompson ergue uma das pontas do lençol identificando o rasgo fatal em seu pescoço “uma lâmina dessa vez” pensa consigo mesmo se levanta.
Afasta-se do corpo, permitindo que os paramédicos o levem, enquanto aproxima-se da mãe inconsolável e Cat, a melhor policial sobre seu comando.
— Sei que é difícil, mas a senhora viu alguma coisa?
— Não, eu só entrei por alguns minutos, imaginei que poderia ouvir minha filha cantando. Ela tinha uma voz linda e ... – o chora a impede de prosseguir.
Incomodado Thompson olha em volta, a vizinhança estava em peso, a maioria deles eram seus vizinhos também, o que o faz pensar em Nancy, sua filha de oito anos, ele volta sua atenção para a mãe.
— Tiffany mencionou algum vizinho ter se aproximado dela nos últimos dia?
— Não... meu Deus o senhor pensa que...
— Não, não suspeito de ninguém, apenas gosto de eliminar possibilidade. Em fim a senhora lembra-se de algo que possa nos ajudar.
A mulher volta a chorar para o desespero do sargento que detesta ter que consolar os outros.
Começa a anoitecer Freddy entra em casa trazendo uma sacola de couro, sua esposa, Loretta, o recebe com um sorriso “O jantar estará pronto em quinze minutos” os dois beijam-se.
— Trouxe trabalho para casa?
— Sim – Freddy sorri levantando a bolsa de couro com o gancho dentro – vou trabalhar a noite, por favor, não me incomode.
Ele beija novamente sua esposa, prossegue pelos outros cômodos da casa, sobe as escadas e entra no quarto de Katherine, sua filha de mesma idade de Tiffany, brincando com uma boneca.
— O que você tem na sacola? Um presente para mim.
— “Boa noite papai, como foi seu dia” – Freddy faz uma careta enquanto repreende sua filha, que docemente sorri.
— Boa noite papai, estava com saudades.
Freddy coloca a bolsa no chão, pega sua filha no colo beijando sua testa. Os dois brincam até Loretta chamar para o jantar.
Enquanto isso na delegacia Donald liga para casa, o assassinato de mais uma criança o fez pensar em sua filha, após dois toques Marge, sua esposa atende:
— Residência dos Thompson.
— Sou eu... houve mais um assassinato, vou trabalhar a noite.
— Meu Deus, quem?
— Tiffany, da classe de Nancy.
Sua mulher fica muda, ele sabia que essas notícias a chocavam:
— Por favor não fale com ninguém, a morte será anunciada amanhã.
— Nem mesmo com a Nancy? Elas eram amigas.
— Principalmente com a Nancy, deixe nossa filha ter uma noite de sono inocente. Ela está ai?
— Um segundo.
O sargento olha em volta ansioso, seu pé tremia enquanto o som da chuva caia na janela.
— Oi papai.
— Querida, como você está?
— Bem, você não vem para casa?
— Hoje eu vou tarde, papai tem que trabalhar. Escute bem eu quero que você coma tudo, Amanhã eu vou pega-la na escola.
— Estou com saudades.
— Nos vemos amanhã e lembre-se de não conversar com ninguém longe de mim ou de sua mãe, mesmo se for um amigo da família. Você entendeu.
— Sim papai, não devo falar com ninguém que não seja da família. E se alguém se aproximar eu grito.
Cat entra na sala sem cuidado, desejando que o sargento perceba sua presença, este se despede de sua filha – “Eu te amo Nancy” e desliga o telefone encarando sua subalterna.
— Continuamos buscando por vagabundos e bêbados nos arredores da cidade, talvez alguém esteja dormindo nos bosques.
— Um vagabundo não ficaria tanto tempo na mesma cidade – ele encara sua ajudante com seriedade – que esta conversa não saia daqui, é melhor voltarmos nossos olhos para os moradores da cidade, alguém que as crianças estejam acostumadas e confiem.
— Algum suspeito?
— Não, mas amanhã vou pegar minha filha na escola, ao invés de confia-la ao sistema de rodízio.
No dia seguinte Thompson e Freddy encontram-se na frente da escola, os doisamigos param lado-a-lado, o silêncio entre os amigos é quebrado.
— Acabei de ler sobre Tiffany nos jornais.
— Por isso veio buscar Katherine?
— Não o vi na igreja Donald.
— É, não vejo motivos para rezar nos últimos dias.
— São nos momentos mais negro que devemos buscar Deus – Freddy respira fundo percebendo que todos os pais da cidade foram buscar seus filhos na escola – aprendi com minha mãe. Uma das poucas coisas que ela pode me ensinar antes de morrer.
— Sua mãe era uma freira, não?
— Sim, ela foi estuprada e conseguiu perdoar o agressor antes de morrer, outra lição que aprendi com ela.
— Gostaria que houvessem mais pessoas como você nesse mundo.
— pode haver Donald, seja uma delas e venha comigo para igreja.
— Eu sei que quer me ajudar, eu simplesmente não vejo sentido Fred.
O portão se abre e as crianças saem correndo, cada qual para seu pai, Nancy e Katherine caminhavam de mãos dadas como boas irmãs.
— Pai, a Kat pode dormir em casa essa noite?
— Eu não sei...
— Por favor!!!
— Pergunte para o senhor Kruegger.
Freddy sorri – Não consigo pensar em um lugar mais seguro do que a casa de um policial.
Thompson abre a porta de trás da viatura permitindo que as duas meninas entrem, em seguida sobe a bordo, os três dão tchau para Freddy que responde com um sorriso no rosto. Assim que a viatura se afasta Krueger vira a esquina e compra o jornal do dia na banca de jornais.
Na saída do colégio Sora estava com seus amigos, sua mente estava longe, ela riscava o nome de algumas pessoas em um papel tentando imaginar quem seria o assassino de seu irmão.
Naquela noite o sargento Thompson desce ao necrotério, como se poderia imaginar uma cidade pequena possuía poucos corpos, o médico legista esperava ao lado do cadaver de Tiffany, com um relatório em mãos.
— O que manda doutor?
— Três vítimas, três mortes, três objetos diferentes. O primeiro garoto foi morto com uma faca comum, a segunda vítima com uma navalha, agora essa com um gancho. No entanto os ferimentos são semelhantes, todos golpeados de cima para baixo, da esquerda para a direita, com força no pescoço.
— Ele está testando a melhor maneira de matar. Ou simplesmente se divertindo.
— Donald, não estamos falando de um vagabundo, mas de alguém com acesso a materiais cortantes, um homem alto e forte, meticuloso, que consegue passar despercebido. Talvez um empregado de profissões desprezadas como um açougueiro ou um marceneiro.
— Um médico legista?
— Seria uma boa teoria, mas eu sou canhoto e o assassino é definitivamente um destro.
Ao mesmo tempo Freddy estava trancado no porão de casa, a parede era recoberta de facas, ganchos, lâminas. Uma luva se destacava sobre a mesa de madeira. O assassino abre um álbum com folhas de papel vegetal, recorta a reportagem da morte de Tiffany, lambe o verso da reportagem e cola na folha.
Manhã de domingo Freddy era o primeiro da fila na missa, sua esposa e filha estavam a seu lado com a bíblia nas mãos, Sora estava no ultimo banco, ela percorre a igreja reconhecendo todos ali presentes. A família Thompson estava desfalcada, o patriarca não se encontrava.
O padre inicia o sermão:
— Passamos por tempos difíceis, alguém vem ceifando a vida de nossas crianças, rezemos esta missa pela alma da pequena Tiffany precocemente levada de nós, mas acima de tudo rezemos pela alma de seu malfeitor. Rezemos para Jesus tocar seu coração, rezemos para que ele se arrependa e se entregue para justiça dos homens.
No final daquele dia Thimmy brincava na calçada, ele acabara de brigar com seu pai e estava dando um tempo, quando um barulho chama sua atenção. Um homem esconde-se atrás de uma árvore.
— Alo! Tem alguém ai?
Freddy gargalha, o som de sua risada assusta o garoto que paralisado faz força para andar para trás. O som de um metal arranhando um muro gela seu sangue. Uma sombra recobre o garoto, que reconhece Freddy Krueger.
— Não me mate.
— Vou contar até três e deixar que você fuja, se conseguir está livre. Um...
Thimmy olha a mão direita de Freddy, a qual veste uma luva com pontas de aço sobre os dedos, o assassino cerra o punho sorrindo, ele ergue o garoto pelo colarinho e o joga contra o muro destruindo seus dentes e rasgando seus lábios com um soco “dois”.
Freddy joga a cabeça do garoto contra o muro e soca sua têmpora desmaiando. Ele sorri “três”, joga o corpo no chão e termina de mata-lo em silencia, uma coruja é a única testemunha do assassinado.
— Isso não foi tão divertido como eu pensei – Freddy olhava decepcionado para sua luva - Falta alguma coisa.
O sol ainda não tinha nascido, o sargento Thompson estava de pé a frente do corpo de Thimmy, olhando para a massa disforme de carne que outrora fora o garoto, filho de seu colega de bar.
Sora encontrava-se sozinha na igreja, os quadro representando a via crucis foram substituídos por crianças sendo amoladas. Ela aproxima-se do altar onde encontra o padre fazendo seu sermão, toda a cidade rezava de venda nos olhos. Sua atenção é voltada para cruz onde Freddy Krueger, crucificado, sorria “eu sou o caminho”.
A jovem acorda suada, era um pesadelo. Um brilho surge em seus olhos, ela levanta-se correndo posicionando-se a frente do quadro de avisos em seu quarto, seu sono desapareceu.
— Alguém acima de qualquer suspeita, um cidadão em que todos confiam, isolado, um cristão devoto que vá todos os dias a igreja – a garota escreve o nome de Freddy e sai de casa.
Thompson entra na sua sala na delegacia e encara o seu quadro de avisos.
— Homem alto e forte, querido na vizinhança
Ele separa 350 nomes.
— Que possuem profissões “menores” capazes de passar despercebidos.
250 nomes.
— Não usam uniformes, assim conseguem ficar mais anônimos, com horário flexível.
100 nomes.
— Possuem filhos pequenos, da mesma idade das vítimas.
30 nomes.
O sargento grita por Cat enquanto escreve uma lista de quinze nomes em um bloco de papel, entre eles o nome de Freddy Krueger, assim que sua subalterna entra em sua sala ele lhe entrega a lista.
— Interrogue esses homens, se for preciso pesquise na vizinhança, seja meticulosa e não ignore qualquer sensação, essas nos dizem muito.
— Sim senhor.
Cat e Donald viram a cidade em busca de suspeitos, a investigação incessante não dá resultados, por sua vez Sora pega um ônibus até a sala da caldeira que aquecia toda a cidade onde Freddy trabalha, ela encaminha-se para uma pequena porta de onde sai um cheiro nauseabundo.
Sora caminha com cuidado pelos corredores aquela pequena entrada desmentia o labirinto de canos, um local sujo, escuro, quente e húmido. Diferente do simpático Freddy a vista por todos. A grota decide ficar em silêncio, algo lhe diz que se ela fosse notada poderia ser sua morte.
Guiando-se pelo calor ela consegue chegar até o centro do local onde um enorme forno ardia enviando vapor pelos canos, os quais chegavam as casas dos moradores de Springwood, o fogo é a única fonte de luz. A sujeira do local denuncia uma mente perturbada, inumana. O que assusta a garoa é uma luva largada sobre uma mesa.
A luva tinha um revestimento de couro e metal, o dedo indicador estava completo com um revestimento de alumínio queimado e um pedaço de navalha acoplado, tendo provas suficiente a garota dá um paço para trás, onde esbarra em alguém, ao virar-se depara com Freddy de pé ao seu lado, trajando um suéter natalino e chapéu de feltro marrom.
O maníaco ergue sua mão direita, empunhando uma navalha – “Hello Bitch” – Sora tenta defender-se do golpe, tendo sua mão cortada, a garota corre pelos corredores, Freddy ajusta a pressão da caldeira tornando o lugar insuportável.
Sora corria esbaforida pelo calor, eventualmente se queimando ao encostar nos canos, a risada de Freddy preenche o local tornando impossível localizar o assassino.
Ela dobra a direita, onde avista o final do emaranhado de canos e um corredor, passa correndo pela porta e cai sobre corpos de animais apodrecidos, Freddy salta sobre ela rindo enquanto retalha a garota.
No dia seguinte, o padre da cidade abria a igreja, ele carregava dois vasos de flores, um em cada mão, para serem colocados nos dois lados do altar, ao ajoelhar-se perante a imagem do salvador percebe o corpo de sora nu crucificado com o rosto dilacerado.
Donald estava no bar, era seu quinto copo de Whisky, o barman tentava ignorar o outrora proeminente policial e pai amoroso, Donald olha para o fundo do copo:
— Eu olhei para cima e não vi nada!
Sua frase atrai a atenção do Barman que aproxima-se, Donald volta seu olhar e explica, não como um bêbado, seus olhos eram olhos de um homem sóbrio e racional, eram olhos de um homem que descobriu a verdade sobre a vida.
— Ao recolhermos o corpo de Sora, eu sai da igreja, estava chovendo, enquanto todos se cobriam eu olhei para cima, as gotas da chuva não podiam me molhar, pois eu não sentia mais nada, olhei para o céu, o sol brilhava atrás das nuvens, uma imagem linda, que não me tocava. Eu olhei para cima e não vi nada.
O policial pede mais uma dose, a qual mata em um único gole.
— Eu já suspeitava, mas evitava com todas as minhas forças. É tudo uma mentira, existe apenas um grande vazio tomado por esse monstro que se alimenta da desesperança. “O ultimo dos cristãos morreu na cruz”... Maldito Nietzsche.
Freddy esta trancado no porão de sua casa terminando sua luva, ele dá os últimos ajustes no dedo mindinho. Trata-se de um momento mágico, seus olhos se iluminam, um sorriso de felicidade brota em seus lábios ao vestir o aparato, a versão definitiva, sua obra prima, ele precisava testa-la.
Com a bebedeira do sargento Cat assumiu para si o dever de investigar os suspeitos o próximo da lista é Freddy Kruegger “esse ai não faria mal a uma mosca” tendo a certeza de que seria uma visita rápida a policial surpreende-se com a porta entreaberta.
Cat saca sua arma e caminha cuidadosa pelos corredores da casa, ela percebe compras jogadas pelo chão, um cheiro de gás vindo da cozinha, ao entrar no cômodo Cat guarda seu revolver correndo até o corpo da senhora Krueger que estava com a cabeça enfiada no forno.
Cat chegara tarde Katherine estava morta, cometera suicídio, ela não percebe a porta do porão entreaberta, antes que pudesse reagir é golpeada na cabeça.
Passam alguns minutos quando Cat acorda, ela estava na cozinha, ao lado do corpo de Katherine, sem sinal de sua arma, ela ouve uma risada. Freddy encontra-se de pé ao lado do batente trajando suéter natalino, calça marrom, sapato preto, chapéu de feltro marrom e uma luva feita de navalhas em sua mão direita.
O terror toma conta do coração da policial, Freddy brinca com as navalhas de sua luva diante da boca, emitindo um sorriso de pura felicidade, a policial puxa uma faca para se defender, Freddy muda sua postura.
— Venha para o papai.
A policial corre contra ele, Freddy simplesmente desvia rindo o ódio atrapalha o julgamento de Cat que é feria, o assassino sorri, sua luva funciona assustada ela foge descendo as escadas do porão onde encontra o arsenal de armas usadas, restos de roupas das crianças mortas e um álbum de fotos com a reportagem sobre a morte de Sora recém colada.
— Aqui gatinha... gatinha kit, kit, kit. Kit. Kit. Kit.
Freddy rasga o rosto dela, que cai no chão, enquanto se arraste Krueger dança imitando castanholas com sua garra, Cat tenta ficar de pé, quanto tem suas costas rasgadas novamente, Freddy a toma em seus braços, beijando a moça e arrancando seu lábio inferior com uma mordida, ele a joga de bruços sobre a mesa rasgando as partes pudicas com a garra.
O cenário é o enterro de Katherine Krueger, todos estavam pasmos, a rotina de assassinatos tornou seus corações mais duros, exceção feita a pequena Loretta que chorava inconsolável. Seu pai envolve carinhosamente seu pequeno ombro.
Após o enterro Donald aproxima-se de seu amigo prestando os pêsames:
— Como está Loretta?
— Péssima mal dormiu ontem à noite, fiquei com ela em meus braços até o sol nascer.
— Deve ser duro para ela ficar naquela casa, porque não a deixa dormir com Nancy por algumas noites?
— Isso é muito gentil Donald, mas não quero abusar...
— Não é abuso, somos amigos, e sei que você cuidaria de Nancy para mim.
— Muito obrigado, não vou esquecer esse favor.
Após Loretta se despede de seu pai a garota entra no carro ao lado de Nancy, sua melhor amiga, Marge leva as duas garotas para casa enquanto Dolnald vai a delegacia, ou aonde ele afirma ir. Sua expressão denunciava segundas intenções.
Assim que Freddy entra em casa ele é golpeado, Donald monta sobre ele o espancando com um cassetete. a surra é rápida e brutal o policial o prende em silêncio, nenhuma palavra é dita entre os homens.
Os vizinhos olham assustados Donald arrastando Freddy, ensanguentado, pelo jardim, em sua mão esquerda o policial ostentava provas dos assassinatos. Os dois homens ainda vestiam os ternos negros do enterro.
Freddy fica pouco tempo sozinho, algemado na sala de interrogatório, Donaldo logo lhe faz companhia. O sargento estava sereno, Freddy sorri percebendo sua intenção, ou acreditando perceber.
— Como soube que era eu Donald?
— Depois do assassinato de Sora eu tive um insight, você é o melhor cidadão de Springwood, ninguém é tão bom assim sem necessidade.
— É necessário um monstro para reconhecer outro Donald.
— Sua filha vai ficar comigo, vou cuidar dela como se fosse minha, ela e Nancy vão crescer como irmãs e com o tempo você será apenas uma sombra, uma nota de rodapé nesta cidade. Loretta não vai se lembrar do pai amoroso que contava histórias. De hoje em diante eu serei seu pai.
Freddy aproxima-se do sargento com olhar profundo:
— Você vai se lembrar de mim Donald, eu o criei, você é outro homem graças a mim. Minha obra prima.
— Você ainda não venceu Krueger.
Neste momento um advogado entra na sala esbaforido:
— Não diga nada senhor Krueger, estas prisão foi ilegal. O sargento Thompson não tinha um mandato para entrar na sua casa e ao prende-lo não leu seus direitos. Em nome da promotoria do estado de Ohio eu o estou livrando de todas as acusações. Um policial irá leva-lo para casa em segurança.
Donald Thompson fica sozinho na sala de interrogatório, um sorriso de satisfação surge em seu rosto, lentamente ele se levanta, vai até a delegacia onde pega dois galões de gasolina e passa pela porta, ficando sob o luar de Springwood.
Os pais das crianças mortas e das crianças vivas cercavam a delegacia com olhar de ódio e decepção, Donald coloca as duas latas de gasolina no chão.
— Freddy Krueger roubou nossas crianças, roubou nossas almas, mas não irá roubar nossa humanidade.
Lentamente cada pai da cidade enrola um trapo em um bastão de madeira, o embebeda na gasolina e o acende - como uma procissão todos seguem lentamente a casa dos Krueger.
Freddy esta em seu podão, ele substitui o terno do velório por sua roupa preferida, com sua luva calçada percebe o acúmulo do lado de fora. Um dos pais atira um coquetel molotov pela janela.
Não demora para que o incêndio comece, a dor é insuportável, Freddy caminha desnorteado com o corpo em chamas, antes de morrer o assassino ri “ainda não acabou” são suas ultimas palavras.
Os pais cercam a casa em chamas, os bombeiros assistem a cena com a mangueira desligada, os repórteres guardam suas câmeras, todos mantem o silêncio enquanto a casa de Krueger, e só ela, se queima.
Anos mais tarde, Hilary dorme em sua cama, o sono é agitado, a adolescente acorda assustada com a alça de sua camisola caindo pelo ombro. A moça respira aliviada, foi apenas um sonho.
Um braço sai de seu travesseiro abafando sua boca, puxando a garota de volta a cama, um segundo braço, com uma luva de navalhas, sai da parte superior da cama, os dedos se abrem sobre a garota, a ultima coisa que Hilary ouve é a risada de Freddy.
FIM


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