Não importa quantas qualidades grandiosas e reparáveis Remus John Lupin tenha, pois ele sempre se autossabotaria com suas palavras duras e seu próprio olhar de pena.

Remus sempre acharia que não era suficiente para ninguém, um velho pobre que não valia nem um pouco a pena ser admirado, quiçá amado. E sua inteligência, nesses momentos, deixava a desejar.

Talvez fosse astuto e corajoso, inteligente e cauteloso, uma beleza velha e atraente, sincero e de grande coração, mas jamais orgulhoso de si mesmo.

E Tonks jamais entenderia quando havia surgido tal sentimento tão pobre dentro do homem, apesar de imaginar; se a licantropia não fizesse parte de seu corpo, ainda seria um homem tão fodido?

Se a licantropia não estivesse presente na vida de Lupin, ele ainda a dispensaria por ser perigoso? Queria acreditar que não, mas sua mente sabia que Remus havia se criado para não saber o significado de amor-próprio e, mesmo que soubesse, achava que não era bom o suficiente para tê-lo.

Era cansativo e extremamente deprimente, mas Nymphadora Tonks o amava. E se ele mesmo não sabia como fazer isso, ela o faria.