Glory and Gore escrita por MB, lulyluigia


Capítulo 12
Amizades


Notas iniciais do capítulo

Estou muito feliz com o número de visualizações, obrigada pra quem está acompanhando e pros leitores que comentam! Da uma energia pra continuar postando e escrevendo.
Espero que gostem desse



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A relação de Edwina e Sirius estava estranha, mas ninguém poderia julgá-los. Dois tios de Sirius acabaram em Askaban pelo assassinato do Sr. e da Sra. Draper e de Harlow Archeron. Dumbledore fora sincero com os Marotos e demonstrou sua real opinião. O diretor contou a eles sobre a relação dos Draper com os Black, os negócios que os pais de Sirius queriam fazer com os de Winny. Walburga e Orion Black pediam para Anthea colocar novos livros em sua livraria, enquanto John era persuadido a levar novas propostas de lei ao Ministério. Os livros e as novas propostas eram um mistério para todos, já que apenas os envolvidos sabiam dos detalhes. Dumbledore disse que quando eles se recusaram totalmente a ajudar os Black na missão que tinham, haviam assinado uma sentença de morte.

Edwina não conseguiu falar com Sirius por quase dois dias, mesmo se lembrando que ele não era seus pais. O primeiro contato deles depois que receberam a notícia foi um abraço longo e cheio de lágrimas. Algumas escondidas de Sirius e outras que Winny não conseguia mais segurar. Six murmurava desculpas o tempo inteiro, enquanto Win, na ponta dos pés, apenas o abraçava mais forte. Era um fim de semana e não usavam as vestes de Hogwarts. Quando se afastaram, a garota se desculpou por ter molhado a jaqueta de couro favorita dele.

Sirius até sugeriu que acusassem Walburga e Orion publicamente, porém Winny e Remus disseram que não seria uma boa ideia. Eles vinham de uma família nobre e como já havia condenados, Edwina iria apenas parecer uma garotinha revoltada.

Já Bonnie, ao receber a notícia, apenas engoliu em seco e balançou a cabeça, demonstrando que entendia o que havia acontecido. Harlow fora apenas uma vítima trouxa dos Black. Fora ao acaso. A irmã de Éboni andava até a faculdade quando esbarrou nos seus assassinos. Vega e Canopus Black já estavam em Askaban, mas isso não era presente algum para Edwina ou Éboni. A lufana, após a conversa com o diretor foi para seu dormitório dormir. Não falou com ninguém, muito menos com a amiga que estava se debulhando em lágrimas. Bonnie saia do dormitório para comer, apenas.

Edwina voltou para Hogwarts no dia seguinte ao funeral dos seus pais. Mika, sua elfo doméstica, iria trabalhar na cozinha da escola dali um mês. Isso conseguiu animar Winny. Era uma terça-feira quando Edwina entrou no salão principal. Arrumou sua gravata, a saia e as meias xadrez curtas, pensando que não queria que seus amigos lhe olhassem com pena. A primeira pessoa que viu foi Lily Evans. O cabelo ruivo o volumoso da garota chamava atenção de qualquer um. Ela discutia com James, que ria como um idiota. Remus tentava fazer Pontas parar de irritar Lily, mas ele o ignorava. Sirius olhava deprimido para sua tigela de cereais, e mexia a colher no leite, com o olhar perdido.

Peter foi o primeiro a ver Winny e se levantou para a receber com um abraço.

— Sentimos sua falta, coruja. – ele sorriu.

— Também senti a de vocês, Rabicho. – Winny riu, abraçando Lily em seguida, que praticamente empurrou Peter para cumprimentar a amiga.

James bagunçou os cabelos de Winny e beijou sua cabeça, como um irmão mais velho.

— Conseguimos fazer grandes avanços no mapa, Winny. – Remus contou, animado, depois de a abraçar – Sirius lhe contou sobre isso, não é...?

Ele se interrompeu após alguns segundos, ao perceber Almofadinhas parado atrás de Winny, com os braços cruzados, analisando cada detalhe de Edwina. A garota se virou, querendo saber porquê Remus parara de falar. Quando viu Sirius, ela engoliu em seco e sorriu levemente.

Todos se olharam nervosos, pensando qual seria a reação de Edwina. Os dois se olhavam de maneira estranha. Poderia ser facilmente confundida com ódio, paixão ou indiferença. Era difícil decifrar.

— Senti sua falta. – Sirius praticamente cuspiu as palavras e puxou a mão de Winny, fazendo a garota trombar contra seu corpo. Six a abraçou fortemente e Win fez o mesmo, deitando o rosto no ombro do garoto, conseguindo sentir o cheiro de seu perfume. – Estamos bem, não estamos?

— Sim, seu idiota. – ela murmurou em resposta. O garoto riu e se afastou, tirando do bolso rapidamente um envelope fechado. Balançou a cabeça, para afastas os cabelos e rosto e entregou o envelope para Winny.

— São as imagens dos sapos de chocolate que pensei que gostaria. – falou um pouco sem graça. – Tem uma de Shea, aquela bruxa que participou de uns dos eventos em Salém.

— Obrigada, Sirius. – ela abriu o envelope e encontrou várias imagens que realmente não tinha. Se perguntou como ele lembrava.

Alice chegou no salão principal e quando viu Winny falando animada com todos, quase tropeçou na mochila de algum aluno. Correu até a Win e a abraçou por trás.

— Como você está? – perguntou, mas não deu tempo para Winny responder. – Pergunta idiota, eu sei... Mas enfim, eu fiz sua tarefa de Defesa Contra as Artes das Trevas, assim você fica com máximo em tudo.

— Alice fazendo tarefas?! – Remus arregalou os olhos e colocou as mãos nos ombros de Alice, sacudindo-a em seguida. – Quem é você e o que fez com a minha amiga?!

A morena riu se fingiu de tonta.

— Poção polissuco. – ela fingiu uma voz grave. – Na verdade sou Sirius Black e só queria ficar mais perto de Winny.

Alice fingiu que beijava o rosto inteiro da amiga enquanto todos riam, menos Sirius.

— Ok, Lice, já faz um bom tempo. – Winny se sentou na mesa da Grifinória e James mandou dois alunos do primeiro ano saírem de seus lugares para que ele conseguisse se sentar próximo aos amigos.

Bonnie voltou para a escola no fim daquele dia. Estava com o cabelo curto e repicado. Abraçou todos os amigos e praticamente não soltava a mão de Winny. Nenhum dos amigos viam Bonnie chorar nem demonstrar nenhum tipo de tristeza. Já estavam ficando preocupados, mas acharam melhor esperar algum tempo para conversar com ela. Não achavam que ela estaria no clima para conversas sentimentais demais.

Após uma semana, que pareceu para os garotos uma eternidade, eles voltaram a ter conversas normais, sem silêncios constrangedores – a não ser, é claro, quando James fazia piadinhas sobre como Bonnie estava com ciúmes de Remus por Winny estar tão próxima a ele. A garota riu alto e apontou um dedo na cara do Potter.

— Primeiro: Não sou Sirius. Segundo: se estou com ciúmes de alguém, é de Winny.

Winny piscou para Bonnie e, aproveitando a deixa, as duas garotas saíram do salão comunal de mãos dadas, rindo pela cara de Sirius e de Remus. Bonnie entrou em uma sala de aula vazia para conversar com Winny. As duas se sentaram na mesa que normalmente dividiam durante as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas.

— Quer conversar? – Winny perguntou e Bonnie negou rapidamente com a cabeça.

— Agora é sério, Win. – a loira apoiou a cabeça na mão e encarou Edwina. – Certeza de que está tudo bem com você?

— Tudo bem não, Bonnie. – a garota admitiu e suspirou. – Só... Meus pais, entende? Quero só abraçá-los novamente. Minha mãe foi uma babaca nos últimos meses, escondendo coisas sobre Gerard Encausse e compactuando com os Black, porém... Morreram para me salvar. Não precisavam ter feito isso! Era só não se meterem com eles. Mika foi visitar a mãe na casa onde ela trabalha e eu falei para ela ficar fora por quanto tempo for necessário. Dumbledore arrumou as coisas, o agradeço muito por isso. Arrumou o enterro e fez toda a parte burocrática.

Bonnie pegou a mão da amiga e começaram a brincar com os dedos umas das outras. Winny suspirou, melancólica e voltou a falar tudo o que guardara para si mesma.

— O funeral foi horrível, Bonnie! A família da minha mãe e a do meu pai, reunidos ali... Foi uma das piores cenas que eu vi. É bizarro pensar que nunca mais vou vê-los. Acordo todo dia pensando que vou receber um berrador da minha mãe porquê sei lá... Recebi uma detenção por sua culpa.

Win acabou sorrindo e Bonnie a imitou. Logo as duas gargalhavam na sala vazia, por nervosismo e porque era uma melhor opção do que chorar ali. Edwina limpou as lágrimas do rosto e suspirou, ainda rindo um pouco.

Bonnie olhava um tanto quanto séria para Winny, que acabou contagiada pela feição da amiga. Éboni olhava para Win da mesma forma que algumas garotas olhavam para Amos Diggory quando ele conseguia pegar o pomo de ouro em um jogo, ou para Sirius Black e James Potter, quando eles apenas andavam pelos corredores como se fossem os melhores alunos de Hogwarts. Logo Edwina encrava Bonnie da mesma maneira e se sentia um tanto quanto confusa e culpada, porém curiosa.

Bonnie se aproximou de Edwina no momento em que a garota prendia a respiração. A loira colocou a mão no rosto de Win e se aproximava, já com os olhos fechados quando Edwina começou a falar.

— O que... O que aconteceu com seu pai?

Winny fechou os olhos fortemente quando Bonnie se afastou, como se estivesse extremamente arrependida de ter feito aquilo.

Éboni arregalou os olhos e expirou fortemente enquanto encarava a mesa, só se tocando naquele momento o que fazia segundos antes.

— Hm... Eu não sei, Winny. – admitiu, olhando de relance para a garota ao seu lado. Winny limpava uma lágrima disfarçadamente e Bonnie percebeu a bagunça que provavelmente se passava na cabeça dela. – Ele foi embora quando eu nasci, pelo que a minha mãe me contou.

Edwina virou rapidamente a cabeça para Bonnie, quase como uma coruja assustada.

— Eu não sabia, desculpe. – murmurou sem graça.

— Eu não te contei, está tudo bem. – Bonnie sorriu desconfortável e hesitou algumas vezes antes de falar novamente. – Me desculpe por tentar te beijar, Winny.

— Não peça desculpas, Bonnie. – a garota disse rapidamente. – Hoje não estou muito bem, mas... Tente outro dia, sim?

Éboni ficou sem reação por alguns segundos e quando percebeu, Edwina estava de pé, jogando a bolsa por cima do ombro.

— Vou matar essa aula, Bonnie. – a garota disse. – Vou para a torre de astronomia.

— Winny? – Bon a chamou quando a garota quase atravessava a porta. – Você e Sirius... Conseguem conversar normalmente?

Edwina apoiou o peso em uma das pernas e negou com a cabeça.

— Eu sei que ele não é a família dele, mas... Bonnie, não acho que gostaria de ficar sozinha com ele. Sei que é idiotice, mas...  

— É normal e compreensível, Winny. – Bonnie assegurou. – Se divirta.

Winny sorriu e caminhou rapidamente até a torre.

Quando os garotos chegaram na sala de aula, Sirius olhou para todos os cantos e perguntou à Bonnie onde Edwina estava. Éboni maneou a cabeça, sorrindo desacreditada e quando contou, Sirius pegou a mochila e saiu da sala de aula, sem dar explicações ao professor quando esbarrou nele e sem ouvir Bonnie quando ela sugeriu para que ele não fosse atrás de Win.

Edwina subia as escadas rapidamente, segurando com força os três livros que levava apoiado nos braços. Seus cabelos estavam bagunçados e armados, e os olhos vermelhos e inchados, já que não conseguiu segurar as lágrimas no caminho até lá. Estava com raiva de si mesma por ser tão fraca.

Quando Sirius a alcançou, viu a garota sentada, abraçando os joelhos, apoiada em uma das paredes da torre. Observava o sol lá fora e a grama verde.

— É um absurdo, não é? – Sirius disse ao perceber como Winny olhava incrédula para aquele dia ensolarado. – Como a natureza ousa estar tão bonita em um momento desses...?

Black não estava sendo irônico e Edwina percebeu isso após alguns segundos. Ela se pôs de pé.

— O que está fazendo aqui?

— Vim te ver, Win. – Sirius tinha o tom doce e olhava com carinho para a garota, que deu um passo para trás quando Black foi em sua direção, assustando-o. – Edwina...? Não está me evitando por que...? Sabe que eu não minha família, não é? Achei que estivesse tudo bem entre a gente.

Ela assentiu e lagrimas caíram de seus olhos sem querer.

— Eu estou com raiva, Sirius! – ela exclamou, andando rapidamente na direção dele. Seu rosto estava vermelho e sua voz falha por conta de mistura de ódio e tristeza. – Sua família matou meus pais! - tomada pela confusão de sentimentos, Winny começou a socar o peito de Sirius, que a deixou fazer isso, já que não sentia tanta dor e sabia que ela precisava colocar para fora. - Eu os odeio, Sirius! Malditos sangue-puro! Trasgos imundos! Tomara que...!

Então se interrompeu, percebendo que poderia estar chateando Sirius, mas ele pensava a mesma coisa de sua família. Odiava o “black” em seu sobrenome.

— Pode continuar, Winny. – ele murmurou, abrindo os braços, como se desse mais espaço para ela o socar. Quando Edwina não riu de seu gesto, Sirius voltou para a posição normal.

— Me desculpe, Six... – ela sussurrou e quase no mesmo instante, Sirius a puxou para um abraço, fazendo a garota apoiar a cabeça em seu peito. – Eu não quis ofendê-lo.

— Não ofendeu.

Edwina se afastou dele e limpou o rosto.

— Você sabe o motivo pelo qual eles queriam se aproximar dos meus pais? Para que pediam para meus pais fazerem aquelas coisas? Que livros eram aqueles que queriam que minha mãe vendesse na livraria e que pedidos meu pai deveria fazer ao Ministério?

Sirius deu de ombros, afrouxando a gravata, e engoliu em seco. Winny passou a mão pelos cabelos e deu as costas para ele.

— Me desculpe, eu não sei.

— Tudo bem.

Edwina voltou a se sentar no lugar que estava antes. Sirius foi até o lado dela e hesitou para pegar a mão da garota e acabou não o fazendo.

— Posso perguntar por que está cheirando a cigarros? Ou melhor... Desde quando fuma? – Edwina perguntou, ainda olhando para frente, observando os jardins de Hogwarts.

— Desde que James me levou para uma cidade trouxa perto da casa dele nessas férias.

— Essa parte achou melhor deixar de lado nas cartas, não é?

Sirius sorriu e fez que sim com a cabeça.

— Bonnie trouxe alguns maços com ela.

— Sabe que não faz bem. – Winny assumiu.

— Ah, Edwina, eu sei! – ele suspirou sorrindo e Winny o encarou preocupada. Ela percebeu naquele momento que as coisas realmente mudariam. Nada mais seria como os primeiros anos na escola. Os problemas agora eram reais e significativos. – Deixe-me contar o que aconteceram nas férias, o que não pude escrever nas cartas.

Sirius falou animado sobre um tal mapa que James e Remus pensaram, onde mostraria todos em Hogwarts e onde estavam. “Será ótimo para levar menos suspensões!”, Sirius contou animado. Lupin trabalhava nesse novo projeto deles o tempo inteiro e Winny se questionou se ficar muito tempo longe dos amigos na volta para Hogwarts foi uma boa ideia. Com certeza os outros já sabiam disso. Six falava como só ela e Bonnie precisavam de apelidos, já que o tal “Mapa do Maroto” teria uma apresentação. “É claro, ‘Almofadinhas’ deverá ser o primeiro nome a aparecer”. Sirius contou como James escrevera para Lily nas férias, mas ela respondera apenas uma das quatro cartas dele. “Realmente ele não falava nada nessas cartas”. Sirius também comemorou o fato de Remus ter chamado Éboni para sair e riu de como ele foi adiantado.

Ele conseguiu animar Winny, que já se sentia muito melhor na companhia dele. Após uma meia hora só observando o Lago Negro, depois de três horas de conversa, Edwina se virou para Sirius, só para perceber que ele a observava por um tempo. O olhar de Six começava a adquirir uma profundidade que era difícil compreender.

— Está melhor? – Sirius sussurrou, obrigando a garota a se aproximar para conseguir ouvir.

— Perdi dois tempos de Adivinhação, é claro que estou. – Winny respondeu no mesmo tom, arrancando um sorriso de Almofadinhas.

— Fico mais feliz. – declarou.

Em um impulso, Sirius aproximou sua boca dela, selando-as gentilmente, sem dar à Winny tempo de protestar. Ao se afastar e notar as bochechas de Edwina levemente coradas, voltou a beijá-la, mas dessa vez com mais confiança e não conseguiu segurar um sorriso quando sentiu os dedos de Winny em seu cabelo.

— Siriu... – Winny começou a falar depois de um tempo, se afastando dele, mas Black apenas maneou a cabeça, ainda de olhos fechados e segurou a nuca de Edwina, com os polegares em seu rosto. – Sirius, nós já...  Somos amigos...

Mas Winny não se afastava, continuou na mesma posição, com seu nariz encostado no de Sirius. Ele ainda tinha os olhos fechados e Win sorriu, percebendo como o amigo respirava fundo e lentamente, querendo se aproximar mais.

— Como melhorar mais um laço de amizade do que com isso, Win? – Sirius não deixou Edwina responder, apenas a puxou para mais um beijo, e ela não reclamou.

Sirius foi invadido com uma sensação estranha. Ficou com vergonha de olhar para Winny. A solução que achou foi puxá-la para um abraço quando pararam de se beijar.

Não esperava que a garota ficasse bem de uma hora para outra, mas não podia negar que se sentia mal vendo Win daquele jeito. Foi inconsciente quando uma mão de Almofadinhas começou a afagar os cabelos dela.

— Eu sinto muito, Winny. – murmurou por fim e sua resposta foi um abraço mais apertado.

— Eu não sei para onde vou quando esse ano letivo acabar. – ela murmurou por fim. – Não posso ficar com minhas tias. Definitivamente. Elas odeiam Mika e eu não vou abandoná-la.

Winny se afastou e encarou os olhos de Sirius.

— Acha que Bonnie ficaria bem se eu passasse um tempo com ela e a mãe? Até sei lá... Arrumar algum lugar fixo?

— Mas é claro que sim! – Sirius sorriu, animando-a. – James e Remus também vão oferecer suas casas, tenho certeza, Win.

Edwina sorriu, fitando os lábios do garoto por um momento, mas voltou para seus olhos quando notou que ele percebera. Sirius sorriu de canto de boca.

— Ainda vou sair de casa, sabe... – ele comentou. – Quem sabe não arrumamos um apartamento juntos?

— Sendo menores de idade, Almofadinhas? – Win sorriu, notando a brincadeira pelo modo que ele sorria.

Sirius pensou que não seria uma má ideia. Ninguém precisaria saber que eram menores de idade. Se morassem em uma cidade trouxa, seria fácil enganá-los. Notando que seria difícil convencer Edwina, Sirius balançou a cabeça, espantando esses pensamentos.

— Six... Por que me beijou?

A pergunta de Edwina o pegou de surpresa. Sirius arregalou os olhos e abriu a boca rapidamente.

— Por que eu não te beijaria? – foi a resposta que encontrou.

— Vamos, Sirius... – Winny pediu. – Meus pais morreram, Six, e eu estou confusa demais, eu e Bonnie, nós...!

Almofadinhas se aproximou dela.

— Mas é sério, Win... Por que eu não te beijaria?

Sirius parou de falar quando um pequeno sorriso se formou no rosto de Winny. O sol deixava os olhos e cabelos dela mais claros e as bochechas vermelhas davam um ar de inocência para a garota, que era quebrado pelas pupilas dilatadas.

Sirius franziu as sobrancelhas, surpreso, ao ver Edwina mordendo o lábio inferior ao encarar a boca de Sirius. A surpresa se transformou em prazer ao perceber que tinha esse efeito sobre as garotas.

— Você é linda, Win. – Sirius falou rapidamente. Não havia terminado a frase quando chocou os lábios contra os de Edwina, ouvindo-a prender a respiração de susto, porém em seguida Almofadinhas sorriu satisfeito no momento em que ela passou os braços ao redor do pescoço do garoto.

Os dois acabaram se atrasando para o almoço daquele dia.


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Notas finais do capítulo

Não sejam leitores fantasmas!! O que acharam desse e o que acham que poderia melhorar na história?
O que gostariam de ver?
Até o próximo



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