Sweater Weather escrita por Skriven


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que demorei p postar um novo capítulo, mas aconteceu uma coisa horrível comigo no dia 2 de junho e então eu perdi totalmente a vontade de escrever. Perdi a vontade de tudo na verdade. Agora, depois de 16 dias, as coisas finalmente estão melhorando e eu tô podendo respirar aliviada dnv. Espero que não tenham desistido de mim, por favor comentem pra eu saber que ainda estão aí suhasuhas
Espero que gostem, obrigada.



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POV SAKURA

Estava sentada no vaso sanitário do banheiro do meu quarto em Konoha, segurava um teste de gravidez em minhas mãos, na verdade o terceiro teste, e chorava desesperadamente. No teste haviam dois risquinhos, e na caixa estava dizendo que dois risquinhos era positivo. Solucei, enquanto limpava as lágrimas do meu rosto. Eu só conseguia pensar no que diria aos meus pais e ao Sasuke, claramente ele não queria ter um filho com dezesete anos, nem eu queria. Isso era demais para nós agüentarmos. Eu não poderia dizer assim, sem pensar antes no que gostaria de fazer.

A primeira coisa que veio à minha cabeça foi aborto, depois pensei em contar para Hinata, ela com certeza daria um jeito de me acalmar, ela sempre via o lado bom das coisas. Ino ficaria tão desesperada quanto eu, Temari faria um escândalo, Tenten choraria e riria ao mesmo tempo e Kaya com certeza daria um soco na cara de Sasuke por não ter usado camisinha. Ou seja, nenhuma delas era opção, apenas Hinata.

Eu desejava com todas as minhas forças voltar para aquele dia, o dia em que eu tinha perdido minha virgindade e ter me lembrado da camisinha. Me culpava muito por não ter pensado nisso antes, e quando minha menstruação atrasou e eu comecei a passar mal todas as manhãs antes das aulas, eu comecei a ficar preocupada de verdade. E agora estava aqui, segurando um teste positivo e me corroendo de medo, raiva, tristeza e todas as outras emoções todas de uma vez. Me levantei e dei descarga, para as garotas não perceberem que eu fiquei tanto tempo no banheiro chorando. Lavei o rosto e respirei fundo varias vezes, enquanto encarava a mim mesma no espelho. Meus olhos estavam vermelhos, e essa era uma desvantagem em ser tão branca, eu não conseguia esconder a minha cara de choro.

Sai do banheiro ainda pensativa, não conseguia entender o que estava acontecendo. Eu estava ferrada, meus pais iriam me matar, e provavelmente me tirar da escola para que eu pudesse cuidar do meu filho em casa. Eu já podia ver minha barriga crescendo e logo depois uma garotinha saindo de mim e chorando alto. Sorri. Era engraçado pensar que eu teria uma garota, sendo que agora o meu feto tinha apenas algumas semanas e provavelmente era do tamanho de um arroz.

— Sakura ? – chamou Hinata, ela estava sentada na cama apenas de pijama – você está em que planeta ?

— Han ? Desculpe – respondi, voltando a mim mesma – O que estavam falando?

— Da festa na casa do Sasuke no fim de semana – disse Kaya, parecendo obvia – nossos pais estarão em missão pra variar. Ele te falou?

— Falou – respondi, ainda séria. Eu não conseguia disfarçar uma coisa dessas.

— O que aconteceu com você, Sakura ? – perguntou Kaya, preocupada – Você parece abalada.

— Estou bem – tentei disfarçar. Eu queria contar para minhas amigas, mas ainda não me sentia pronta

— O Sasuke já te magoou ? – perguntou Kaya – Eu sabia que não ia demorar muito para aquele boçal fazer isso.

— Não, – eu disse, conseguindo forçar um riso – estamos bem. Vocês não precisam se preocupar, sério meninas.

— Então tudo bem – disse Hinata – mas se você tiver algo para dizer, Sakura, pode nos dizer viu?

Eu olhei para Hinata, tentando não parecer culpada por estar escondendo algo desse tipo delas, mas com certeza elas haviam percebido, porque me olhavam diferente. Assenti e sorri para elas agradecendo. Naquela noite foi difícil dormir, eu me virei na cama várias vezes, chorei, senti um frio na barriga repetida vezes, fiquei pensando no que estava acontecendo e chorei de novo. Finalmente, antes de adormecer, tomei a decisão de contar à Sasuke o que estava acontecendo.

Na manhã seguinte eu estava exausta e mal conseguia comer ou conversar, ficava olhando fixamente para a parede da sala de aula enquanto todos a minha volta conversavam como se estivessem em um mercado de peixe. Nem percebi quando Sasuke chegou e se sentou na carteira vazia ao meu lado.

— Sakura ? – chamou ele, depois de tentar inúmeras vezes falar comigo – Você está bem ?

— O-o que ? – perguntei, voltando a mim – Estou, por que ?

— Parece estar em outro planeta.

— Ah, estava pensando – eu disse

— Pensando em mim ? – perguntou ele, sorrindo. Eu amava aquele sorriso.

— Quase isso. – disse, sorrindo em resposta

— Bem, – começou ele, se levantando da carteira e me dando um beijo – pois eu estava pensando em você, e em como você fica linda nua. – eu senti todos os pelos do meu corpo se arrepiar quando ele disse isso. Estava traumatizada com aquela noite, mas forcei um sorriso.

— Obrigada – foi tudo que consegui dizer – Sasuke... Eu preciso falar com você...É algo importante...

E então o sinal da primeira aula bateu e a professora entrou na sala.

— Tudo bem – respondeu ele, me dando um beijo na testa – depois das aulas eu tenho treino, mas a gente se encontra assim que acabar e então você pode me dizer o que quiser.

O resto do dia pareceu passar tão lentamente, que quando finalmente saí da minha reunião do clube de debates, desabei novamente em um choro baixinho, encostei minha testa no meu armário e fiquei lá. Precisava respirar e pensar, antes de falar com Sasuke, se não ia acabar chorando no ombro dele por horas e não teria coragem de contar.

— Ei, Sakura – ouvi a voz dele no fim do corredor – o que você queria me falar ?

— Sasuke ... – eu disse, levantando minha cabeça do armário e limpando as lagrimas.

— Você está chorando ? – perguntou ele – Por que ?

— Bem... Eu tenho uma coisa para dizer – comecei, mas um soluço veio e depois outro e depois outro e foi assim que comecei a chorar novamente.

— Calma – pediu ele, com os olhos arregalados – o que aconteceu Sakura ? Você está me assustando.

— Olha... – me virei, abri meu armário e peguei os três testes que havia feito na noite anterior e entreguei a ele.

— O que é isso ? – perguntou ele, assustado

— São testes de gravidez, Sasuke – expliquei – e deram positivo, os três.

— O que ? – perguntou ele, incrédulo. – Como isso aconteceu ?

— Nós transamos sem camisinha, foi isso que aconteceu – eu respondi, sem paciência.

— Sakura... – ele disse, me olhando. – Eu não quero isso, não estou preparado para isso...

— Eu também não queria e não estava preparada Sasuke, mas aconteceu e agora já está dentro de mim – respondi. Eu estava assustada, não esperava esse tipo de reação dele.

— Sakura, eu preciso de um tempo para pensar – ele respondeu, passando as mãos pela cabeça e respirando fundo várias vezes.

— Tempo pra pensar ? Você está pensando em não assumir um filho que é seu ? – perguntei, mas não obtive resposta dele, apenas um olhar sério. – Não acredito nisso. O que eu estava pensando quando pensei que você tinha mudado ? Você sempre vai ser esse babaca!

E dizendo isso sai andando. Me mantive firme até chegar no meu dormitório e então desabei. Eu chorava como uma criança, não conseguia respirar, sentia enjôo e talvez um pouco de tontura. Me deitei na cama e fiquei lá por horas, não conseguia nem me mover, estava exausta e muito triste. Eu amava aquele cara, aquele cara que estava rejeitando meu bebê. Eu também não queria ter um filho com dezessete ano, mas jamais rejeitaria agora que já estava em mim.

Eu não conseguia reconhecer Sasuke, ele não era aquele pessoa, ele não era assim. Ou talvez ele fosse assim, e tenha escondido isso por muito tempo. Eu já sabia que ele era um babaca e mesmo assim não fiz nenhum esforço para tentar esquecê-lo e agora estava carregando um filho dele e ele não queria saber de mim. Eu estava totalmente sem saída.

...

POV TEMARI

Fazia semanas que eu e Shikamaru tinha brigado e eu estava sinceramente em depressão. Não comia direito, não dormia direito, não estudava direito e não conseguia tirar ele da minha cabeça. Isso nunca tinha acontecido antes, eu era uma garota bem resolvida e não precisava de um namorado, mas agora, tudo que eu fazia não tinha mais sentido e eu era obrigada a encará-lo pelos corredores da escola e me sentir um lixo.

Ele me ignorava sem nem pensar duas vezes, mudava o caminho quando me via passando, sentava em outra mesa quando eu sentava com nossos amigos e passava a maior parte do tempo na biblioteca porque sabia que eu não iria até lá nunca. Eu estava, cada dia que passava, mais arrependida de ter dado o fora nele daquele jeito, porque agora tudo que eu conseguia fazer era sentir saudade de ficar junto com ele.

Me sentei no gramado da escola no intervalo entre uma aula e outra e acendi um cigarro. Eu não costumava fumar, não era um hábito, mesmo assim, quando me sentia desesperada ou triste, sempre fumava para me acalmar. Sempre escolhia um lugar no jardim, atrás das árvores e dos arbustos para que nenhum monitor visse e então fumava um ou dois cigarros e voltava para as aulas.

Fiquei fumando lentamente meu ultimo cigarro antes de bater o sinal para a aula e pensando na merda que eu havia feito. Havia deixado um garoto como Shikamaru ir embora por medo de tentar alguma coisa séria. A verdade era que eu não tinha muita sorte em relacionamentos, todos eles acabaram mal, mesmo que não tenham sido muitos, então, tentava evitá-los, sabia que nenhum deles daria certo e queria adiar os finais.

Eu evitava começar alguma coisa, para não ter que terminar depois. É ilusório essa idéia de que algumas coisas são para sempre porque todos sabemos que eventualmente elas vão acabar e nós não vamos estar preparados para esse dia, e então, vamos sofrer por semanas ou meses e isso tudo para mim era um tanto complicado demais de se lidar, por isso preferia apenas observar as cosas de longe, sem me envolver tanto.

 O problema era que com Shikamaru eu não tinha a opção “não me envolver” porque ele era totalmente envolvente, ele era intenso e verdadeiro com os sentimentos. E quando eu estava junto com ele, eu não conseguia mentir ou me enganar, eu conseguia ser sincera e as vezes acabava ficando intensa assim como ele. Eu odiava e amava isso nele, e demorei tempo demais para perceber que estava apaixonada, e agora, parecia ser tarde.

— O que está fazendo aí, Temari ? – perguntou uma voz as minhas costas, eu pulei com o susto e apaguei o cigarro rapidamente.

— Shizune ? – perguntei, me levantando. Agora estava realmente ferrada.

— Não adianta disfarçar Temari, eu vi que você estava fumando. Você sabe muito bem que isso é contra as regras e eu não vou deixar isso passar apenas porque esse é seu ultimo ano e você é uma boa aluna.

— Ah Shizune, me desculpa. Isso não vai acontecer novamente, por favor... – pedi

— Não. Eu podia contar para a Tsunade e ela te suspenderia por dias mas estou sendo legal de apenas te dar um castigo. Já que está tão desocupada que fica fumando pelo jardim da escola, talvez devesse ajudar com a biblioteca, estamos reorganizando os livros.

— NÃO SHIZUNE, POR FAVOR TUDO MENOS ISSO!!!

— Sem reclamar – ela disse, começando a andar – vamos.

Segui ela até a biblioteca, quando entrei, claramente já dei de cara com Shikamaru. Ele me olhou indiferente e fingiu que eu nem estava ali, apenas continuou arrumando os livros e conversando com outros amigos nerds que estavam ali para ajudar também.

— Gente, Temari se ofereceu para ajudar vocês a arrumar os livros – disse Shizune, e Shikamaru me olhou com os olhos semi-cerrados, eu apenas desviei o olhar.  – Portanto, mostrem a ela como poderá ajudar. Vejo vocês depois.

E dizendo isso saiu, me deixando com cara de idiota. Eu apenas aceitei a ajuda de uma garota loira que usava um óculos fundo de garrafa e eu não fazia idéia de seu nome e comecei a arrumar as estantes de livros. E reparara de Shikamaru não parava de me olhar, mesmo assim, fingi que não estava vendo e continuei arrumando os livros.

No fim do dia, quando estava quase na hora do jantar estava pegando minha mochila quando percebi que alguém me observava, quando me virei, pude ver a figura alta e cabeluda de Shikamaru me olhando confuso.

— Por que fez isso ? – perguntou ele, depois de alguns segundos.

— Eu não fiz – respondi, arrumando a mochila no ombro – Shizune me pegou fumando e meu castigo é ajudar vocês a arrumar os livros. E você ? Nem faz nada errado, por que está aqui ?

— Me ofereci para ajudar. – respondeu ele, seco.

— Quis fazer isso por que ? – perguntei.

— Por que é o meu lugar favorito da escola e o único que você não vem – respondeu ele, dando meia volta e parando no lugar, me olhou por cima do ombro e sorriu irônico – e você conseguiu estragar.

E dizendo isso saiu pela porta, me deixando sozinha, com os olhos queimando com as lagrimas que vinham sem que eu pudesse segurar. Por que demorei tanto tempo para perceber que era apaixonada por ele ? Eu era mesmo uma burra.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo, na minha opinião, ficou meio chatinho, mas é que eu realmente não estou com cabeça para ficar escrevendo, as coisas ainda não estão muito bem e eu ainda tô um caco. Mas prometo que a história vai ficar mais legal daqui pra frente. Obrigada ♥



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