The Four Halstead: Season 2 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 6
Carta




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Como é bom acordar às duas da tarde e seria ainda melhor se não tivessem ido dormir às seis da manhã, a noite foi muito longa com toda aquela confusão no Chicago MED, a descoberta de que a melhor amiga transou com um amigo/rival e colega de trabalho não melhorava nada.

Will quase arrancou os cabelos ao pensar nessa história, e ainda mais, Elliot podia ser filho…

— O que Elliot não seja filho do Rhodes pelo amor de Deus — Will resmungou indo ao banheiro.

Jay servia um copo de café para si mesmo e achocolatado para o filho da amiga. O moreno riu ao ouvir o comentário do irmão;

—  Melhor ser um Rhodes do que ser de um otário que só aparece para dar problema — Jay disse quando Will entrou na pequena cozinha.

— Não sei não — o ruivo bateu o pé descalço na quina da mesa e soltou um palavrão recebendo como resposta um olhar feio do irmão — Ele não entende a nossa língua.

— Funcking è una parola sporca — o garoto falou entre os goles do achocolatado e o pedaço de torta.

—Cassy é americana tenho certeza de que ele aprendeu alguns palavrões mesmo que sem quer — Jay alertou o irmão — Então eu vou trabalhar e  você cuide bem dele em.

Will não respondeu, apenas fez um gesto para que o irmão fosse embora. Atrás de Elliot, Jay mostrou a língua para Will, assim como faziam quando crianças  para irritar um ao outro quando não podiam se xingar, Will revirou os olhos com a atitude infantil do ex ranger.

O dia seria de folga para Will e ele falava um ‘Amém’ baixo toda vez que lembrava disto. Os últimos dois turnos não foram nada fácil, principalmente ao descobrir que a melhor amiga estava em perigo. Já fazem meses que Cassy voltou para a Suíça, que agora ele sabia que era o lar dela, ele devia ter desconfiado por ela não ter dado notícias ? Não tinha certeza, mas estava realmente procurando uma maneira de se culpar. Claro que não iria contar isso para o irmão, tudo o que não precisava é de um sermão dele.

Elliot estava sentado na sala assistindo algum desenho, enquanto Will estava no banho. Alguém bateu na porta, fazendo Will tropeçou ao sair do box com uma toalha presa na cintura, ele abriu a porta já sem jeito e tudo piorou quando ele deu de cara com Connor Rhodes, o ruivo tentou mascarar o pouco do desprezo em meio a sua surpresa.

— Connor?

— Oi Will, podemos conversar? — ele perguntou, o ruivo abriu caminho para o moreno entrar.

— Vou me vestir já volto — Will fechou a porta e voltou pro quarto colocar uma roupa.

Não sabia se a visita seria boa ou ruim, mas só pelo fato de não ter sido Natalie a aparecer e vê-lo depois de sair do banho. Claro que ele já fantasiou com isso, porém com uma criança em casa não nada bom.

— Então — ele voltou para a sala, Connor estava vendo Elliot assistir desenho — quer beber algo?

— Não — o moreno se virou — queria falar sobre a…

— Cani? — Will interrompeu — é o apelido de infância da Cassy.

— Isso sobre a Cani — ele concordou. Os dois foram se sentar na cozinha — Vocês se conhecem a quanto tempo?

— Anos, éramos vizinhos — Will respondeu dando de ombros antes de estreitar os olhos  — por que?

Connor engoliu um nó que se formou em sua garganta, conversar com um colega de trabalho sobre uma antiga transa não era uma conversa ideal, principalmente por não saber se Will tinha algum sentimento além da amizade por Cassy.

— Você acha que é pai dele — Will recostou na cadeira vendo os olhos de Connor mudar de indecisão para surpresa.

— Talvez eu seja — ele disse, não queria ofender Cassy, mas também não tinha certeza.

Elliot o lembrava da infância da época de paz antes da morte da mãe, além do formato do rosto e a cor do cabelo serem parecidas também. É uma possibilidade que lhe dava medo, não sabia se estava pronto para ser pai.

— Só Cassy é quem sabe — Will olhou para Elliot, e voltou o rosto para Connor. É talvez eles fossem parecidos, mas não iria dizer isso em voz alta — Cá entre nós, conversei com a senhora Montenegro, a mãe da Cani, e ela disse que não sabe quem é o pai dele.

Connor pareceu surpreso, porque de Cassy não procurar a mãe, ou pelo menos contar a ela quem era o pai da criança. Isso era confuso, mas quem era ele para dizer algo, foi apenas um fim de semana não é como Will que cresceu com ela.

— Alguma noticia sobre ela?

— Nada, Jay disse que iria ligar qualquer novidade, mas nada ainda — Will respondeu dando de ombro.

Estava morrendo de preocupação com Cani, ela poderia estar morta, apesar de não acreditar nessa hipótese.

Uma batida na porta e Will foi abrir, uma entrega, uma caixa de papelão endereçado a Jay Halstead. O ruivo levou a caixa para a cozinha e pegou uma faca abrindo a caixa.

Um passo para trás é tudo que Will conseguiu fazer ao ver o conteúdo da caixa. um pouco trêmulo ele pegou o celular ligando para o irmão. Curioso Connor olhou dentro da caixa e ficou assustado. Um dedo cortado no meio de um pote com gelo.

Dez minutos depois Jay e Erin entraram no apartamento, os médicos contaram o que tinha acontecido. Olhando melhor dentro da caixa eles encontraram uma carta.

“Vocês realmente acharam que iriam destruir a Vetrue? Minha família é muito mais poderosa do que vocês pensam.
E agora sua amiguinha está nas minhas mãos, vocês podem ter encontrado o fedelho, mas nós vamos pega-lo de novo e quando isso acontecer, a próximas cabeças que vocês vão achar dentro de uma caixa na porta de vocês, serão a deles. E no fim vocês não poderão fazer nada e toda a culpa é de quem prendeu os meu irmãos.

O munda dá voltas soldadinho e desta vez será quem você ama que vai pagar pelo o que fez”

— Quem mandou isso? — Erin questionou — Você viu quem deixou a caixa?

— Não vi, quando abri a porta a caixa estava no chão — Will respondeu nervoso. Será que isso nunca iria acabar.

Um tic tac começou a ser ouvido, um cronômetro fazia contagem 7:00:00. Sete horas mas para o que?


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