Capítulo 27- Revelações.

Neville Longbothon caminhava ao lado de sua senhora, Belatrix Lestrange. Todos ali presentes no salão haviam se levantando e sacado suas varinhas apontando-as para eles. As pessoas olhavam para seu rosto surpresas por vê-lo ali, ao lado daquela que havia destruído com sua família. Naquele momento Neville não fazia idéia do que ou de quem era, ele simplesmente caminhava esperando que sua senhora lhe desse alguma ordem. Então ele ouviu o comando em sua mente “Pegue a sua varinha” e ele o fez.

No instante em que ele tirou a varinha do cós de sua calça o som de choque e descrença pode ser ouvido vindo das pessoas. Ele manteve erguida e apontada a Varinha das Varinhas para que todos pudessem vê-la e teme-la.

Não havia sido fácil encontra-la, uma vez que o próprio Harry Potter a havia escondido depois da grande batalha, mas no fim das contas depois de muito treinamento ele pode usar a Maldição Imperius no amigo e ele facilmente o levou até ela, escondida em um lugar onde ele nem havia pensado em procurar, atrás do quadro de Alvo Dumbledore na sala do diretor. Uma vez em suas mãos não ouve feitiço algum que ele não pudesse dominar, e com sua senhora lhe direcionando aos caminhos certos ele estava em pé de ser um grande bruxo.

Todos ainda olhavam em choque para Neville.

–Mas ela está morta. –uma voz de criança disse, e através do silencio cruel que se instalara no salão o som de sua voz propagou e caiu aos ouvidos de Belatrix Lestrange.

–Eu pareço estar morta? –perguntou ela desdenhosa, abrindo os braços para que todos a enxergassem melhor.

–Como? –foi só o que Harry disse se aproximando alguns passos dela, a varinha em mãos.

–Meu querido vocês realmente super-estimam as Artes das Trevas não é? –disse ela. –Vocês realmente, por um segundo, sequer acreditaram tudo teria acabado tão fácil? Não, não acabou e eu sou a prova disso, estou aqui mais uma vez, para fazer jus ao nome de meu grande senhor e mestre. –disse ela. –Esta noite ele será vingado não por mim... Mas por ele! –disse ela apontando para Neville que ainda segurava a varinha.

–Neville. –disse Harry. –Você não sabe o que está fazendo sabe? –ele não respondeu nada, e a gargalhada fria e cruel de Belatrix foi ouvida.

–Vocês acham mesmo que ele pode fazer algo sem que eu ordene? –disse ela ainda rindo. –Ele é um fraco de mente e coração. Foi só alguém oferecer um pouco de poder para ele que ele entregou-se de corpo e alma, infelizmente para ele, quando ele percebeu com quem estava lidando e quis desistir já era tarde demais não é meu querido? –ela olhou para Neville que continuava imóvel. –Explique a eles meu querido, como tudo aconteceu... Pra quem, como nós, que já ganhou a luta antes mesmo de começa-la, temos muito tempo de sobra.

“-Depois da grande batalha. –disse a voz sem vida e emoção de Neville. –Eu ajudava a carregar os corpos dos feridos e mortos em combate. Fiz questão de carregar o corpo de Belatrix Lestrange. Então percebi que havia algo em sua mão. Era um colar com os brasões das famílias Malfoy, Black e Lestrange. O carreguei como um troféu pessoal. Comigo ali eu senti que meus pais finalmente havia sido vingados. –ele franziu a testa, o que passou despercebido por Belatrix que olhava diretamente para a cicatriz de Harry Potter. –Então o carreguei comigo. Durante as férias eu sentia algo diferente no colar, uma magia diferente. Ele vibrava toda vez que encostava nele e então um dia o colar ‘falou’ comigo eu me assustei de inicio, mas depois com o tempo me acostumei.

“Ele sabia o que eu sentia e me entendia, ele sabia quem eu realmente era e queria me ajudar... Então a voz começou a me ensinar magia, no começo eram somente feitiços simples e banais, mas depois de um tempo vi que havia crueldade neles, tarde demais percebi que eu havia começado a aprender Magia das Trevas e tentei me desfazer do colar. –disse ele, agora ele tinha uma careta em seu rosto, uma careta de alguém que tentava se libertar. –Então o joguei na linha de trem próxima a minha casa, no dia seguinte eu acordei e o colar estava na cabeceira da minha cama.

“Durante o resto dos dias que se antecederam a volta à Hogwarts eu tentei lutar contra ele, usei os feitiços que ele havia me ensinado contra ele mesmo e nada adiantava. Tive esperanças de que quando voltasse para cá que eu conseguisse me livrar dele... Então dias antes da volta eu acordei sentindo uma queimação no peito, e vi que o colar estava em meu pescoço, eu não sei ao certo como ele foi parar ali, tentei arranca-lo mas nada adiantou e então... O que quer que existisse no colar me possuiu e desde então eu tenho feito tudo o que ele me pede.

“Quando voltamos para Hogwarts encontrei um lugar seguro, como o colar havia pedido. A câmara secreta nos serviu, só precisei pedir para as pessoas certas como fazer para entrar nela. –ele olhou para Rony. –E quando entramos lá o colar pediu que eu o retirasse e que o depositasse no chão eu o fiz e de lá saiu uma fumaça negra e densa. Achei que naquele momento eu poderia me livrar dele, mas no momento em que pensei nisso minha varinha escapou de minhas mãos. A fumaça havia tomado forma e uma nova Belatrix Lestrange estava à minha frente. –ele respirou fundo e balançou a cabeça, Belatrix não reparara que ele estava resistindo aos seus feitiços de tão preso que seu olhar estava em Harry. –E desde então eu tenho sido controlado por ela. Ela me mandou conseguir alguém que fizesse o papel de suspeito e eu o fiz, Rony estava cansado de ser sempre tratado em segundo plano e Hermione havia acabado de terminar com ele, foi perfeito e ele fez bem o papel de suspeito.

“Com a Maldição imperius ele nos contou tudo o que precisávamos saber sobre as Relíquias da Morte. Sobre a Varinha das Varinhas, a primeira relíquia que obtemos. Lancei a Maldição Imperius contra Harry e ele me levou até a varinha que até então se encontrava escondida através de encantamentos, atrás do quadro de Dumbledore na diretoria da escola. Minha senhora ficou contentíssima ao ver que havíamos conseguido a primeira relíquia, e me deu ela de presente dizendo que eu era o único merecedor dela. Mas ela queria a Pedra da Ressurreição. E então nós agimos para que pudéssemos consegui-la sem levantarmos suspeitas contra nós. Mandei Rony formar uma seita de alunos, controlando a todos com a Maldição Imperius, e que com essa seita que ele atacasse alunos da Sonserina para que parecesse que era Harry Potter e seus amigos que o faziam, muito bem... Não tinha como ninguém saber que eu estava por trás dos ataques, já que parecia apenas uma vingança boba entre alunos.

“Claro que eu fui o primeiro a atacar um Sonserino, Giliard Birk, foi daí que tirei a idéia da Seita e que a expus a minha senhora que a aprovou de imediato. E desde então por um tempo ficamos a espreita esperando o momento certo de agir. E então precisávamos saber o paradeiro da pedra. Um pouco da Maldição Cruciatus em Rony foi o bastantes, ele arduamente tentou resistir e estava disposto a morrer a me entregar a informação, mas quando ameaçamos buscar Hermione Granger para força-lo a nos contar ele o fez, disse quem sabia onde estava a pedra e então ontem a noite fui até o sala comunal da Grifinória entrei em meu quarto e lancei a Imperius em Harry Potter e juntos fomos até a floresta proibida em direção a pedra.

“Ele me levou ao ponto exato em que ela se encontrava e voltamos para a escola. Fiz com que Harry se revelasse assim que entramos e segui em baixo da capa da invisibilidade até a câmara secreta, Harry ficou com Hermione e Draco que o levaria até a sala do diretor quando, como o combinado, no exato momento em que eu abria a câmara Rony e sua seita de alunos atacaram os alunos da Sonserina e então todos vocês sabem do resto da história. –disse Neville terminando o seu depoimento, todos estavam chocados com a história. Hermione era uma delas, ela olhava diretamente para Ronald Weasley, chocada, pois para protege-la ele entregou a informação que poderia causar a queda do mundo bruxo para todo o sempre.

–Você fez uma Horcrux? Como? –perguntou Harry olhando diretamente para Belatrix que também o encarava. Ela jogou a cabeça para trás gargalhando alto.