Você é meu destino -Quileutes -pós Saga Crepúsculo escrita por Karina Lima


Capítulo 6
Coração aquecido


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer aos comentários que estão deixando, e as pessoas que estão lendo. Isso é um grande incentivo na minha escrita.



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Estava muito divertido ali. Todos com seus respectivos casais, menos Brady e Quil.
— Filmes de suspense são os melhores. - insisti contra Paul, que preferia ação.
— Você não tem gosto bom para filmes. - provocou. Fiz uma careta em sua direção, e Rachel riu dele.
Estávamos todos sentados ao redor de uma fogueira improvisada.
— Seth, eu preciso falar com você. – cochichei em seu ouvido.
Parece que todos os garotos ouviram, pois alguns sorriram maliciosos, e outros olharam em nossa direção, e disfarçaram imediatamente. Caramba, falei tão alto assim?
Ele sugeriu de irmos a um lugar distante, onde havia uma floresta. Que lindo! Uma floresta perto da praia. La Push é mágica!

 

Ed Sheeran - Kiss me

 

— Sim? – ele perguntou, quando adentramos pouco a floresta.
— Hoje, na escola. – comecei, me sentindo extremamente boba ao tocar no assunto. – No refeitório, você ficou com ciúme de mim quando Steven me beijou?
Ele separou seus lábios, surpreso. Isso também surpreendeu a mim. Pensei que ele ia rir de mim, e negar tudo no mesmo instante.
— Seth, eu te fiz uma pergunta. – murmurei delicadamente, me aproximando alguns passos dele.
— Lav, eu... – ele pausou por alguns segundos. Eu adorei quando ele me deu esse apelido. Nunca inventaram um apelido para mim. – Eu fiquei sim com ciúme de você quando o vi te beijando na bochecha. Você deve pensar: foi só na bochecha. Mas ainda sim, eu senti.
Fui tomada pela surpresa com a sua confirmação. Como um garoto tão lindo como ele poderia sentir ciúmes de uma garota como eu?
— Você deve me achar um tolo nesse momento. – ele falou, sem jeito.
— Não, não acho que você é um tolo. – me apressei a dizer, me aproximando cada vez mais até que eu podia sentir o calor de seu corpo. Ainda não diminuiu a temperatura? Mas isso não me importou. Tudo o que eu via e sentia era aquele garoto extremamente lindo a minha frente.
— Eu... eu... – ele gaguejava, olhando meus lábios entre abertos. Desejo queimava neles, enquanto ele me olhava, e acho que os meus diziam a mesma coisa. – Eu te amo. – sussurrou, e seu hálito quente bateu em meu rosto, me desconcertando. Meu coração acelerou bastante, e comecei a suar. Apesar do frio, minha nuca e testa estavam úmidas. Meu corpo inteiro começou a tremer de leve. Caramba, eu ouvi direito? Ele realmente falou que me amava? Acho que preciso limpar meus ouvidos melhor.
E então seus lábios se chocaram contra os meus num selinho. Seus lábios macios e quentes fizeram minhas pernas bambas, e para me apoiar, coloquei os braços ao redor de seu pescoço. E isso fez com que o beijo se aprofundasse. Quase me tirou o fôlego quando ele segurou minha cintura e juntou nossos corpos. Caramba, não tem outro jeito de descrever.
Meus lábios se partiram levemente, igualmente aos seus, e começamos um beijo apaixonado. Eu não me sentia nervosa por ser meu primeiro beijo. Era como se ele me passasse uma onda de tranquilidade, que funcionava incrivelmente bem.
Senti que ele estava andando – praticamente carregava todo o meu peso, e isso me surpreendeu também, pois ele parecia estar segurando uma caixa vazia – até sentir minhas costas contra uma árvore.
Ele parou de me beijar, de repente, me olhando nos olhos. Eu acho que foi porque ele me tinha contra a árvora, e não queria apressar nada, ou que eu pensasse algo dele. Mas isso não aconteceu. Ao invés disso, puxei mais uma vez seus lábios para os meus. Deus do céu! O que estava acontecendo comigo?
Muitas meninas que já conversaram comigo, já tocaram no assunto de eu nunca ter beijado. Bem, elas ficavam surpresas quando eu falava que nunca beijei nenhum garoto, nem mesmo um selinho. Elas tentavam arrumar algo com algum menino, apenas para eu perder ter a experiência. Eu nunca quis. E depois falavam “Você não sabe o que está perdendo”, ou “É tão bom que quando chegar a sua vez, você vai se arrepender de nunca ter beijado”. Mas não me arrependo. Beijar é realmente muito bom, até demais, mas só de Seth ser o primeiro garoto que eu beijo, isso já faz tudo valer a pena. Literalmente.
Infelizmente, precisávamos de ar. E nos separamos um pouco. Meu corpo estremeceu quando sua mão roçou em minha bochecha, e levou meu cabelo atrás da orelha.
— Tem uma coisa que eu preciso te contar. – falou de súbito, ainda com a mão em meu rosto.
— O que? – sussurrei, sem perceber o que eu estava fazendo até fazer, agarrei sua jaqueta e trouxe seu corpo para mais perto do meu, que ele fez o favor de separar para, provavelmente, me dar espaço.
Isso pareceu tirar-lhe o fôlego, pois ele me olhou meio abobalhado. Eu adorei a sensação do seu corpo definido contra o meu, assim como seu nariz quase no meu.
— Na verdade... – ele pausou, mordendo o lábio inferior, pensando. Deus! Como ele ficava sexy desse jeito. Normalmente, eu achava que ele tinha uma cara de anjo, e continuo achando, mas essa cara que ele fez ficou bem sensual. – Pode ser amanhã? Depois da escola?
Fiz que sim com a cabeça, e lhe dei um selinho. não sabia quanto isso iria durar. Mas fiquei feliz de o meu primeiro beijo ter sido com Seth Clearwater.
Me surpreendeu quando ele começou um novo beijo, segurando minha cintura, colando nossos corpos. Eu senti um fogo crescer dentro de mim. Mas não fogo de queimar, ou de suar, mas sim de... desejo!
Recuei um pouco com a cabeça quebrando o beijo, afim de parar. Pois não estava preparada para isso.
— O que foi? – perguntou deixando suas mãos caírem de lado, preocupado com a minha parada súbita. – Eu fiz algo errado?
— Não. – me apressei a dizer. – Mas não acha que é melhor a gente voltar?
Ele fez que sim com a cabeça, e me deu espaço para sair.
— Estavam se pegando? – Jacob perguntou, assim que sentamos de volta na roda.
— Idiota. – o xinguei, de brincadeira, e todos riram.
Bem, não era mentira. Mas se “pegar” é uma palavra um pouco chata.
— O que vocês foram fazer? – Paul perguntou, sorrindo de lado, um tanto malicioso. Tudo bem, muito malicioso.
— Eu tinha uma pergunta... para fazer para ele... e fomos conversar. – expliquei, um pouco nervosa.
— Tinha que ser em privacidade? – Jared continuou.
— Meio que... – parei, sem saber o que dizer. – Ah, cuida da sua vida.
Todos riram de novo. Mas o que eu poderia dizer?
Logo a diversão se desfez quando quem estudava – poucos de nós – precisávamos ir para casa. Bem, Nessie parecia mais aborrecida com o fato de que seu pai a estava chamando. Foi engraçado como ela e Jacob pareceram compartilhar o mesmo sentimento com tal fato.
Mandei um olhar interrogativo para Seth, enquanto a gente andava até a moto.
— Edward, o pai de Nessie, é bem rigoroso com o relacionamento dos dois. – ele respondeu.
— Ou seja, extremamente protetor? – sugeri.
— É, pode ser. – deu de ombros. – Quase nunca os deixa sair sozinho. Hoje foi um milagre. Mesmo que tenha sido com os amigos.
— Meu pai faria a mesma coisa. – falei sem pensar.
— Não fica assim, não. – ele sussurrou, limpando algo em minha bochecha. Lágrimas.
— Está tudo bem. – respondi, fungando. – Eu só sinto muito a falta deles. E tenho que me concentrar em encontrar a minha irmãzinha.
— Quero que me conte mais dela. – ele pediu.
— Primeiro vamos embora, pois sua mãe não vai gostar de chegarmos tarde.
Ele assentiu, me dando a razão.


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