Você é meu destino -Quileutes -pós Saga Crepúsculo escrita por Karina Lima


Capítulo 39
I'll be your everything


Notas iniciais do capítulo

Bom, estamos quase finalizando. Teremos só mais dois depois desse. Agradeço aos que me acompanharam até aqui!



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Me sentei na cadeira ao lado de Renesmee, colocando a minha sacola na penteadeira a frente. As meninas haviam ido buscar as coisas que faltavam para nos arrumar. Eu acabei chegando um pouco mais cedo do combinado; a empolgação mal me deixara dormir.

—Ansiosa? – perguntei a minha amiga.

—Muito. – ela respondeu.

Vi na frente da penteadeira dela uma tiara diferente da que ela comprou.

—Você não vai mais usar a de Paris? – indaguei, encarando fixo o objeto.

—Não. – ela confirmou no mesmo instante, sorrindo pegou a tiara na mão e me mostrou. – O velho e azul. Foi da minha avó. – ela abaixou a cabeça e a lágrima caiu direto em seu colo. – Mamãe disse que quando ganhou, achou que nunca iria ser passada para frente, já que pretendia ser transformada logo após sua lua de mel.

—É muito lindo. – sussurrei, chocada com os detalhes minuciosos.

—Obrigada. – ela voltou a me olhar e limpou as lágrimas.

—Eu ganhei algo da minha mãe também. – confessei.

—O que?! – sua voz aumentou dois oitavos. – Você ganhou algo da Sarah Black?

—Sim. – sorri, também tentando segurar as lágrimas. Abri a sacola e tirei a caixa menor, abrindo a tampa. – Foi o colar que ela se casou com o meu pai.

—É lindo, Lavine.

A deixei pegar de minhas mãos, me lembrando da conversa que tive com Billy ao me contar um pouco da Sarah. Eu pedi que, se tudo bem a ele e Jacob, me dissessem detalhes sobre tudo.

—... Lavine?

Pulei da cadeira, assustada.

—Desculpa. – pedi, me endireitando.

—Entrou no mundo da lua? – brincou, colocando a minha caixinha na mesa.

—Só estava me lembrando do que foi dito sobre ela. – murmurei, encostando a nuca na cadeira e encarando o teto. – Billy não sabe como eu nasci. Como eu fui retirada de dentro dela sem que ninguém soubesse. Acho que ela nem sabia que estava grávida também. E nem o motivo de não terem chamado parentes próximos com o nascimento do bebê.

—Poxa, Lavine, isso é terrível. – ela sussurrou, colocando sua mão na minha.

—Muito menos ter ido para outra família. – continuei. – Em uma cidade totalmente oposta dessa. Sinceramente? É algo que não quero saber. Meus pais me deram uma vida boa, apesar de tudo o que aconteceu. Não sinto remorso de nada. Só é estranho desconhecer minha adoção.

Arrumei meu colar e meu sapato juntos a mesa, e coloquei as caixas e a sacola em baixo dela.

—Billy também se incomoda com isso. – falei, me lembrando de seu olhar vazio quando falamos nisso. – Não sei sobre o que exatamente...

—Jake me disse que ele se sente culpado por não ter sido seu pai durante todos esses anos. Imagina! Você é a filha que ele nunca soube que tinha. É seu sangue. Um descendente de Ephraim Black.

—É tudo muito estranho. – concordei. – Mas estou compensando o tempo perdido. As nossas festas do pijama em família foram muito legais. – sorri, me lembrando de como Jake conseguia ser um ótimo irmão quando não queria ser rabugento. – Billy fica assistindo filme conosco até de madrugada. Quero dizer, ele dorme no meio, mas se esforça.

—Por culpa sua, Jacob passa minutos contando sobre a noite de vocês. Ele reclama que você parece uma mãe que toma o celular.

—Em minha defesa. – exclamei levantando as mãos em sinal de rendição. – Eu também morro de saudades do Seth quando durmo lá, só que é um tempo de irmãos e pai. Se ficarmos melosos no celular, não conta.

—Você tem um ponto. – disse rindo.

—Todas prontas para começar os preparativos? – a voz de sinos de Alice tomou ali, entrando no quarto em seus pulinhos. Atrás dela vinha Bella, Esme e Rosalie. Alice e Rosalie especialmente carregavam algo que eu tinha o palpite forte de que eram nossos vestidos.

—Sim. – respondemos Renesmee e eu juntas. Nos olhamos e rimos.

—Certo, então vamos começar com as maquiagens. Rose, faz da Ness e eu faço da Lavine. O que eu te disse sobre dormir bem, mocinha? – indagou, levantando meu queixo e analisando meu rosto.

—Fiquei ansiosa. – encolhi meus olhos, lhe mandando um olhar de desculpas.

—Bella também ficou. – e revirou os olhos para a mesma, parecendo se recordar.

—Não fiquei. – discordou minha irmã postiça. – Só tive um pesadelo.

—Por causa da ansiedade, dã!

Prendi o riso e olhei para Bella, dando razão a Alice.

E então ela começou a preparar minha pele para a maquiagem. Quando ficou pronta, arrumou o meu cabelo. Uma trança escama de peixe na lateral do cabelo, e finalizou com a minha tiara. Eu sempre tive um crescimento rápido de cabelo, então a trança ficou até acima do meu busto.

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—Lavine, eu não pude deixar de ouvir você dizendo que já tem o “antigo” e o “azul”. – Bella falou, chegando perto de mim. – Você me permite ser a responsável pelo novo e emprestado?

—Claro. – afirmei na mesma hora, não esperando por isso e já me esforçando para não estragar a maquiagem com lágrimas.

—Bom, eu sou uma vampira. – apontou o óbvio, e eu ri. – Não posso ter perfurações na pele. Então comprei isso semana passada, pois senti vontade de usar uma joia na orelha. – e me ofereceu uma caixinha vermelha de veludo. A abri e vi um par de ear cuff de pressão. Pegava mais ou menos um terço da orelha, porém era elegante. Tinha aspecto de asas, parecendo combinar com a minha tiara.

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—Eu achei que o novo já era o vestido. – sussurrei, maravilhada com a joia. Eu não me denomino uma especialista nesse tipo de coisa, mas eu tinha certeza de que eram diamantes.

—Ah, não, isso não é o novo. – ela sorriu. – Esse é o emprestado. O novo está aqui.

E trouxe em minha direção uma caixa quase tão pequena quanto a do brinco. A diferença se via no tipo de caixa. Essa era comum. A abri e vi uma renda branca. Quando tirei, identifiquei uma calcinha.

—Eu ia te dar a lingerie completa. – dizia ela, e eu sorria, tímida. – É que Alice disse que seu vestido não vai ser usado com sutiã pelas costas serem transparentes, então somente a calcinha nesse caso.

—Obrigada, Bella. – a abracei, agradecida de verdade. – Sério, está tudo absolutamente perfeito. Vocês são maravilhosas. Desde os preparativos, o vestido, o casamento, vocês estão tornando isso algo surreal para mim.

—Eu fico feliz em ouvir isso, mas vamos cortar aqui. – Alice disse firme. – Se borrar a maquiagem, eu esgano vocês duas.

—Verdade. – concordei, me recompondo e mandando as lágrimas de volta.

—Subindo a esquerda. – ouvi a voz de Carlisle, e o “obrigada” de Sue.

Respirei fundo, me lembrando de me recompor.

—Olá, meninas. – disse ela ao aparecer ali, e sorriu abertamente ao me ver. – Você está linda. – E me abraçou. – Mal vejo a hora de ver seu vestido!

—Íamos coloca-los agora mesmo. – Esme falou, pegando o meu e entregando para Alice.

—Ah. Um minuto. – pedi, pegando a caixa que Bella me deu e fui para o banheiro. Sem tirar o robe, troquei minha roupa íntima, e depois fui com as garotas novamente.

Fomos ajudadas a colocar os vestidos, terminar os últimos ajustes. E Alice colocou o brinco falso em mim, e outro em Renesmee.

—Oh, meu Deus, eu estou casando minha filha. – Sue se emocionou, e Rose lhe ofereceu um lenço.

Aquelas palavras mexeram comigo. Até aquele momento, nunca enxerguei Sue ou Charlie como mãe e pai. Somente como meus guardiões. Billy eu enxergava como meu pai pois sabia de sua paternidade. Agora, Sue e Charlie me buscaram de um orfanato.

Contudo meu cérebro deu um estalo com aquelas palavras. Estou casando minha filha. Ela me considerava mesmo. E eu a vi como mãe. Ali, no mesmo quarto que eu, me preparando para o meu casamento. Como Sarah deveria estar fazendo. Como Carmen deveria estar fazendo. Mas era Sue. E isso a fazia minha mãe.

—Sim, mãe. – respondi, com um aperto na garganta.

—Esse é um momento lindo, mas a noiva está com uma maquiagem perfeita, portanto, lágrimas estão proibidas. – Alice determinou, nos fazendo rir.

—Tem razão. – funguei, me certificando de que nenhum líquido vazou dos meus globos oculares.

Ficamos conversando enquanto Alice e Rosalie terminavam os últimos detalhes dos vestidos, das maquiagens, e dos nossos pertences.

—Certo, os buquês estão aqui. – Esme nos entregou.

O meu era de flores brancas, e haviam alguns enfeites lindos. As folhas e as flores menores davam um caimento elegante, contornando um V na minha frente.

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O de Ness era basicamente parecido. Só que o dela estava mais para um formato de pirulito. E eram duas cores de flores. Branco e vinho.

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—Por que cores diferentes? – a perguntei.

—Ah, bom. – ela ficou tímida, olhando para baixo, encarando o buquê. – Jake e eu somos o oposto um do outro, achei que ia cair bem.

—Caiu muito bem. – a elogiei, e ela sorriu em minha direção.

—Certo, Rose já está no piano, e Edward e Charlie estão a seus postos. Todos esperando por vocês. – Alice dizia. – A qualquer momento.

—É isso? Está acontecendo? – verbalizei minhas emoções. – Nosso casamento duplo finalmente está aí?

—Parece que sim. – minha amiga híbrida deu de ombros, sorrindo de orelha a orelha. O carmesin em seus lábios deixava seus dentes lindamente brancos.

—Bom, estou indo para o meu lugar, então. – Sue beijou minha bochecha. – Te vejo daqui a pouco.

Respondi apenas com um ligeiro movimento dos lábios.

Bella e Alice nos ajudaram a descer. Bem, naturalmente nós duas temos reflexos maravilhosos. Mas no dia do nosso casamento, o nervosismo poderia trapacear e nos fazer pisar no vestido, ou tropeçar em nada e dar de cara com o chão.

Não, Lavine. Hoje o dia seria perfeito. Todo mundo fez sua parte para que fosse. Também tem um futuro marido perfeito te esperando no final do altar.

Respirei fundo, segurando firme o braço de Alice, que estava entrelaçado ao meu.

Avistei nossos padrinhos.

Paul e Rachel, Jared e Kim, Embry e Camila, Collin e Daniela estavam em seus lugares, prontos para entrarem ao sinal da melodia. Claire e Emma nervosas com um mini buquê em suas mãos. Leah parecia perfeitamente inabalada perto das pequenas. Era engraçado. Ela iria entrar junto para evitar que alguma parasse ou ficasse nervosa demais. Para todos os efeitos, também a dama de honra. Quil e Brady entrariam com as nossas alianças.

Parados mais atrás, por últimos na fila, estavam Edward e Charlie. Elegantíssimos em seus ternos. Mais uma vez, precisei me conter com a cena. Meu pai iria me levar ao altar.

—Billy realmente não aceitou? – insisti uma última vez.

—Ele disse que está sem jeito, e que a cadeira não facilita para ele. – Charlie deu de ombros. Não deixei de perceber seus olhos marejando ao me ver. – Você está linda, meu amor.

—Você também. – sussurrei, engolindo o nó que tentou se formar em minha garganta.

—Estão prontas? – Edward perguntou a nós duas. – Rose já está no piano.

Olhei para Renesmee ao mesmo tempo que ela virou sua cabeça em minha direção. Segurou minha mão e de repente nos vi caminhando até o altar, Jake e Seth nos esperando enquanto caminhávamos com os nossos pais.

Assenti.

—Prontas. – afirmei, e ela sorriu.

E o piano começou. As notas fluíam lindamente no ar, enquanto eles entravam cada um à sua vez.

Edward e Charlie se colocaram aos nossos lados. Entrelacei meu braço com o dele, e notei estar tremendo.

—Estou com medo de cair. – confessei, me sentindo insegura com o salto. Não tinha certeza de que Charlie seria forte o suficiente para me segurar se eu tropeçasse.

—Não vou te deixar cair. – prometeu.

Olhei para cima, em seus olhos, e realizei de que não estava se referindo somente àquele momento.

Assenti, sorrindo.

A marcha nupcial se iniciou. Meu coração errou uma batida, e bateu contra o meu peito violentamente.

Ouvi todos se levantarem de seus assentos.

—Vai ser ridículo se eu começar a chorar agora? – Ness sussurrou, e ainda dava para notar o engasgo em sua voz.

Segurei sua mão, e lhe mandei um sorriso confortante.

—Vamos lá. – Edward ordenou.

Passo a passo fomos entrando à vista dos convidados. Eu tentava me concentrar em andar no salto junto do chão do quintal florestal. De repente não parecia uma boa escolha. Eu nunca tive problemas com salto, entretanto naquela ocasião especial, eu sentia que iria cair a qualquer momento.

Mais alguns lentos passos, e avistei meus colegas de escola. Alguns colegas de faculdade da Renesmee. Os Denali que só foram me apresentados quando cheguei ali mais cedo. De início fiquei chocada com outros vampiros que tinham o mesmo hábito alimentar dos Cullen. E não demorou muito para o casamento ocupar minha mente outra vez. Sam e Emily com seu casal de filhos, Jaden e Maya. E nas primeiras fileiras, Os Cullen elegantes como jamais visto na face da Terra.

Conforme avançávamos, ele entrou no meu campo de visão, e o resto sumiu da minha mente.

O homem da minha vida. Mais lindo como nunca em seu terno e gravata. Contrariando a septuagésima sétima vez que eu pensei que não poderia ficar mais bonito, ele me vem com um penteado que o deixou totalmente charmoso.

E aquele sorriso... assim que me viu, abriu o meu sorriso. Perfeito. Harmonioso. Singular. As borboletas haviam levantado voo em meu estômago. E fazia cócegas.

Segurei firme o buquê; não a ponto de amassá-lo, somente para que não caísse das minhas mãos. Ter aquele homem me esperando para começarmos a nossa eternidade juntos de repente era surreal. O cara que sofreu imprinting por mim, anos atrás, na porta da nossa casa, estava agora me esperando no altar, na frente de todas aquelas testemunhas, para nos tornarmos um.

Conforme nos aproximávamos deles, mandei um sorriso para os presentes ali, numa tentativa não muito sucessiva de chorar. Mas foi inevitável olhar para o seu lindo rosto, já que chegara a hora de Charlie ir para o seu lugar.

O mesmo se virou para mim, e depositou um beijo na minha testa.

—Eu te amo, minha filha.

E lá se foram meus esforços de segurar as lágrimas.

—Obrigada, pai. – sussurrei.

Charlie segurou minha mão e a entregou na palma estendida de meu noivo.

—Cuide bem dela, garoto. – ordenou, porém sua voz embargada destruiu qualquer chance de ser durão.

—Com a minha vida. – prometeu Seth.

Me perdi em seus olhos, e o senti me conduzir até o altar, onde Carlisle faria a cerimônia. Nos postamos de frente para o mesmo, enquanto os convidados atrás de nós voltavam aos seus assentos.

—Senhoras e senhores, convidados dos noivos, é um imenso prazer tê-los aqui essa tarde, e mais honrado ainda estou por ser chamado para ser a voz da cerimônia.

Sorri para ele, porém seu olhar encontrou o de sua neta, e um sorriso brotou nos lábios do loiro. Eu sabia que ela tinha dito algo em particular.

—Estamos aqui hoje reunidos para falar sobre o amor. A confiança. A fidelidade. A lealdade. Esses dois casais passaram por coisas difíceis em suas vidas. Antes e depois de se juntarem. Mas nada foi capaz de separá-los. Tanto é que estão aqui, juntos, iniciando suas incríveis jornadas perante a lei, o que já tinham perante a Deus.

Eu nunca fui muito ligada à religião. Não cresci em uma família assim. Entretanto Carlisle me deixou muito feliz ao citar sua crença. Eu gostei de como ele parecia satisfeito de estarmos fazendo o certo em seu ponto de vista.

Suas palavras foram lindas. Eu me peguei chorando.

—... Essas alianças são o símbolo mais forte do que há entre vocês, Jacob Black, Renesmee Cullen, Seth Clearwater, Lavine Stewart. Não as tire para nada. Pois quando alguém olhar para esses morenos altos e bonitos, – isso arrancou risadas dos convidados. – e para essas belas moças, e repararem em seus dedos, saberão que tem alguém os esperando em casa. Que a pessoa pertence a algum lugar. A alguém.

E essa foi a deixa para Quil e Brady se aproximarem de nós. Os pares das alianças descansavam em duas pequenas almofadas brancas, com babados delicados decorando ao redor.

Peguei a de Seth, e vice versa. Sinceramente eu não estava notando muito Ness e Jake. Meu mundo girava em torno de Seth no momento.

—Lavine Stewart. – Seth começou, me olhando nos olhos e segurando minhas mãos. – Por muito tempo eu achei que nunca encontraria a pessoa certa para mim. Parecia que todos ao redor estavam com o seu amor, e eu ficando para trás. Isso me deixava frustrado, e não me orgulho das minhas atitudes antes de te conhecer.

“Contudo, você chegou na minha vida. Naquele dia de chuva, aquela menina linda de óculos e cabelos longos mudou minha perspectiva. Meu mundo mudou naquele momento. Eu tinha certeza de que tudo ficaria bem, porque tinha você. Porque eu tenho você. Sinto que posso enfrentar qualquer coisa, ou qualquer um, porque você me faz forte.”

As lágrimas vieram, e eu não pude nem tentar as impedir. Esperava que Alice tivesse usado maquiagem a prova d’água. Sentir a aliança sendo posta no meu dedo me deu uma sensação de leveza, de paz. Estava realmente acontecendo!

—Seth Clearwater. – iniciei minhas palavras, arrependida de não ter a minha cola. – Nossa jornada até aqui não foi fácil. Foram situações de tirar o fôlego. Mas nunca na minha vida eu pensei em desistir de você. Nada faria sentido sem você ao meu lado.

“Eu te amo tanto, que eu não consigo imaginar te amar mais do que eu te amo agora. Mas eu tive esse mesmo pensamento ontem, e anteontem, e no dia anterior, e no dia antes... então tenho certeza de que, de alguma maneira, amanhã acordarei te amando mais do que amo hoje.”

Seus olhos brilharam ao que eu escorregava o anel em seu anelar. Nossas mãos tremiam juntas, e eu tive que me concentrar para o pequeno objeto não cair.

As palavras ditas por Ness e Jake mal foram ouvidas por mim. Seth era o meu sol. Radiante ali a minha frente, com um sorriso único. Acolhedor. Seu olhar transmitia toda a segurança que eu precisava.

Seth e Jacob iriam repetir as palavras de Carlisle.

—Eu, Seth Clearwater... prometo ser fiel... te amar... te respeitar... na alegria e na tristeza... na saúde e na doença... na riqueza e na pobreza... por todos os dias das nossas vidas... enquanto ambos vivermos.

Sorri imensamente. Ficou perfeito a pequena mudança nos votos.

—Eu, Lavine Stewart... prometo ser fiel... te amar... te respeitar... na alegria e na tristeza... na saúde e na doença... na riqueza e na pobreza... por todos os dias das nossas vidas... enquanto ambos vivermos.

—Jacob e Renesmee, Seth e Lavine, eu os declaro... maridos e mulheres. Podem beijar as noivas!

E o lugar irrompeu em aplausos e gritos.

Seth se inclinou para beijar meus lábios. Cedo demais, ele se afastou. Passou o dedo em sua boca e voltou a olhar.

—Ah, o batom não sai. – falou surpreso e me deu outro selinho. Ouvi algumas risadas, que com certeza eram dos super dotados ali. Não havia como ouvir com as palmas e o falatório.

Voltamos pelo pequeno corredor, e Alice e Rosalie já nos tinha praticamente sequestradas para seu quarto. Tínhamos combinado de trocar o vestido para a festa.

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E eu amei o meu tomara que caia. Era fabuloso. Ia até os pés.

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O de Renesmee também era magnífico. As alças finas lhe caiam lindamente. Por baixo era um mini short, já que o tecido era levemente revelador.

—Certo, não vou mais segurar vocês. – Alice disse, ajeitando o vestido da minha amiga. – Vão cumprimentar a todos.

—Mas não antes... – Rose a cortou. E Alice revirou os olhos.

—Óbvio que não.

A loira me abraçou, murmurando as felicitações.

—Estou muito feliz por vocês. – a baixinha disse nos meus braços quando já havia dito a Ness.

—Obrigada. – agradeci, feliz de estar de maquiagem, assim ninguém poderia ver eu ficando igual um tomate.

Descemos e fomos cumprimentar o pessoal. Fiquei feliz que realmente todos os que eu convidei puderam vir. Os presentes foram postos separados, os meus e de Seth, e de Jake e Ness. Me surpreendi que eram muitos.

Quiseram tirar fotos com os recém casados também, então foi um tempinho pareceu uma eternidade.

—Obrigada. – agradeci ao que Carlisle me ofereceu um copo de champagne quando saí da sessão de fotos. – É sem...

—Sim. – respondeu num tom pleno, me direcionando um sorriso.

—Perfeito. – e virei numa golada só. Não percebi que estava com sede até o momento presente.

—Tem mais. – apontou com a cabeça para a mesa das crianças. Rosalie com a garrafa da bebida borbulhante, encantada com os pequenos seres a sua volta lhe pedindo mais, empolgados de tomarem o que os adultos estavam tomando. Lhes servia em copos descartáveis.

—Obrigada. – repeti, segurando suas mãos nas minhas.

—Não tem de que. – piscou para mim, me beijou na testa e foi para a festa.

Observei tudo aquilo. Todos se divertindo. Seth estava conversando com sua mãe, e eu me perdi naquele homem.

—Que noite, hein.

Me virei para a voz.

—Charlie. – murmurei e o abracei.

—Você está deslumbrante. – falou em meu ouvido. – Ainda estou nas nuvens. – confessou, se afastando. O olhei, esperando-o esclarecer. – Depois de casar minha filha, anos atrás, cá estou eu, casando minha outra filha e vendo minha neta casar.

—Imagino como deve ter sido tudo tão inesperado. – falei, compreendendo.

—Inesperado e maravilhoso. – suspirou, de repente seu olhar ficou abatido. – Sabe, lá vai ser para sempre o seu lar. Sempre que precisar de um tempo, ou brigar com Seth, sei lá. – deu de ombros, mexendo em uma mecha do meu cabelo. Seus olhos estavam vermelhos pela luta de conter o choro para dentro.

—Eu sei.

Engoli em seco, pois não estava muito diferente dele.

Pigarreou, e olhou para a sua taça vazia.

—Preciso reabastecer.

—Vai lá. – ri dele.

Me juntei ao meu marido, nos comes e bebes.

—Você está linda. – falou quando notou minha presença.

—Obrigada pelo elogio, pela sétima vez. – soltei um riso.

—Não vou me desculpar. – deu de ombros, com um pão recheado na mão. – Não vou guardar para mim mesmo.

Não aguentei, a risada saiu mais alto.

Foi muito bom o resto da festa. Falei bastante com o pessoal da escola, do trabalho, e conheci de verdade os Denali. Eram uma espécie de primos dos Cullen.

Eu estava me sentindo muito elegante. Alice prometera que iria manter os dois vestidos em perfeito estado, mesmo no meu closet. Disse que havia uma capa especial que os manteria sem nenhum amassado ou mofo. Iriam continuar novinhos. Claro, eventualmente, em alguns anos, precisaria fazer alguma manutenção. Mas basicamente, estariam sãs e salvos.

—Você estava linda! – Melissa me elogiou, com sua bebida em mãos. Parecia alegre demais.

—Acho que já bebeu demais, amor. – Steven tentou tirar a taça de sua mão, mas ela puxou para longe.

—Eu estou bem. – riu alto, e eu escondi os lábios para dentro, evitando rir.

Ela e Steven ficaram juntos pouco depois da escola.

—Cuidado para Melissa não passar dos limites. – Alisson provocou, a observando.

—Leve uma garrafa de champagne para casa. – ofereci a Steven. – Melissa parece ter gostado.

—Ela nem sabe do que você está falando agora, mas vai agradecer quando estiver sóbria. – me lançou um olhar terno.

Eu estava verdadeiramente surpresa de como ele havia mudado. Não me olhou diferente nenhuma vez, e parecia ter olhos somente para a sua namorada.

—Vai mesmo deixar o emprego? – Denise perguntou, fazendo um biquinho.

—Eu não sei. – respondi sincera, rindo de sua decepção. Éramos boas amigas no escritório. – Prometo que vou avaliar tudo muito bem após voltar da lua de mel.

—Avalie bem. – implorou com os olhos. – A Senhora Jones disse que a vaga estará aberta para quando você voltar.

—Não vai ser o mesmo sem você. – Nathan concordou.

Abracei os dois, sentindo a sinceridade em suas palavras.

Sobre a nossa lua de mel, bem... Alice disse que não queria que eu surtasse no meu casamento, então Ness e eu já estávamos bem cientes de onde iríamos. Daríamos algumas voltas pelo mundo, nos melhores lugares, nos melhores hotéis, nas melhores passagens de avião.

Eu? Já desisti de lutar contra isso desde a volta de Paris. Sei que isso tudo não fez nem cócegas na fortuna deles.

Mais uma vez, Ness e eu trocamos de roupa.

—Nas suas bolsas de mão, tem um moletom para vocês, caso queiram se trocar antes de entrar no avião. – Alice dizia enquanto terminava o laço nas costas nuas de Ness.

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—Não vou querer me livrar desse vestido tão cedo. – prometi, me olhando no espelho, encantada.

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A gola alta não tirava nem um pouco da elegância daquele preto brilhoso.

—Haha, acho que ela esqueceu o que vem depois da cerimônia de casamento. – Rose tirou uma com a minha cara, e eu fiquei tímida.

—Rose, deixe-a em paz. – Bella me defendeu, e eu agradeci em minha mente. – Guarde para a volta.

—Hey! – exclamei, ofendida. Elas riram de mim.

Logo mais estávamos nos despedindo de todos, e fomos escoltados até lá fora com a famosa chuva de arroz. Alguém estava jogando com mais força que o necessário, e soube na mesma hora que se tratava de Emmett.

Me surpreendi que tinha uma limousine Hummer nos esperando em frente à mansão. E sem nenhuma surpresa, meus colegas de escola e trabalho a estavam admirando de perto.

—É incrível. – dizia Steven, a analisando.

Parece que parou de ter pensamentos inconvenientes, já que Edward não deu indícios de impaciência.

—Documentos?

—Certo.

—Passagem?

—Tudo ok.

—Celular?

—Comigo.

—Passaporte?

—Sue! – a interrompi, vendo-a emocionada. – Eu ficarei bem. Serão poucos meses. Logo estarei de volta.

—Ai, meu Deus! – exclamou, me puxando para um abraço apertado. A multidão conversando ainda dava a sensação de ter festa rolando. – Meus meninos estão casados! Não posso acreditar.

—Também te amo. – sorri, me afastando de seus braços. – Amo vocês dois, Sue, Charlie... mãe, pai.

Ele assentiu, e eu soube que choraria se dissesse uma única palavra.

—Não o deixe comer tanto peixe frito. – aconselhei ela. – E quando ele quiser, use a air fryer. Ele precisa cuidar da saúde.

—Minha saúde é de ferro. – se orgulhou. – Billy e eu vamos sair para pescar em alguns dias. Prometo que testarei mais aquela belezinha.

—E eu agradeço. – beijei sua bochecha.

Dei um passo para trás notando o meu pequeno tesouro. Todas as vezes que conversamos e ela não ficava chateada, agora transbordava de seus olhos. Corri em sua direção e a peguei em meus braços.

—Vou sentir sua falta, sweetcheeks. – cochichei, e ela me abraçou mais forte. – Se cuide, se comporte com os Cullen e com Charlie e Sue. E com Camila.

—Prometo. – pronunciou com a voz vacilando, e logo se entregou ao choro. – Eu vou ficar bem. – resmungou, fungando. – Só... também vou sentir sua falta. Talvez isso esteja me lembrando de quando fomos separadas.

—Ei. – a coloquei no chão, a fazendo olhar em meus olhos. A festa e os convidados de repente estavam em outra realidade para mim. Só o que me importava era se aquele pequeno ser iria ficar bem em minha ausência. – Nada nesse mundo vai nos separar novamente. Eu estou te fazendo uma promessa. De mindinho.

Ergui o meu dedinho, e ela fez o mesmo, entrelaçando-os.

—Eu vou cuidar de você. Eu sou sua irmã e sua guardiã. Ninguém pode te tirar de mim.

—Eu sei. – sussurrou, esfregando seu olho com a mão fechada em um soco frouxo. – Foi só um pensamento estúpido.

—Não diga isso. Quero que me conte toda vez que algo te incomodar.

Finalmente um sorriso irrompeu em seu rosto, e ela me deu um último abraço.

—Odeio interromper, mas está na hora de irem. – Alice apareceu educadamente, sorrindo em nossa direção.

Jake e Ness já haviam se despedido, e estavam prestes a entrar no carro.

Corri para Billy, lhe dando um abraço.

—Que Clearwater cuide de você. – cochichou para mim. – Posso ser um velho numa cadeira de rodas, mas ainda darei uma lição nele.

—Tenho certeza que sim. – ri, dei um beijo em sua bochecha e me virei para entrar no carro. Acenei para todos, e entrei enquanto Seth segurava a porta para mim.

O carro entrou em movimento. Era estupendo ali dentro. Os bancos brancos em formato de ondas, eram de couro. O tapete era de veludo vermelho, dava a impressão de você estar pisando no tapete vermelho.

Um mini bar colorido com luzes neon, abastecido com garrafas de bebidas e taças, e muitos petiscos. No alto, colada na cabine do motorista, tinha uma TV. E reparei que haviam mais duas telas menores por ali.

—Estamos casados! – Renesmee gritou, abrindo uma garrafa. Comemoramos quando fez o “pop”. Jake pegou quatro taças, enquanto eu estava boquiaberta com o interior daquilo.

—Sério, uma limousine não era o suficiente, tinha que ser uma Hummer! – exclamei, me jogando no banco. Eles riram. – Não, estou bem. – recusei a bebida que me foi oferecida.

—Vai recusar um vinho de... – ela parou para olhar na embalagem. – Sessenta anos?

Engoli seco, resistindo àquilo.

—Eu bebi demais na festa. – menti.

—Eu só vi você se servindo de bebida infantil. – ela estreitou os olhos em minha direção.

Jake ergueu a sobrancelha para mim, lançando um olhar desconfiado.

—E você ficou de olho em mim a festa inteira? – retruquei, revirando o olhar. – Óbvio que bebi. Só quis experimentar também das crianças. Que a propósito é só um refrigerante de maçã. – torci a cara, sentindo falta de uma bebida de verdade.

Mas eu não iria contradizer nenhuma ordem de Carlisle. Se eu fosse trazer uma criança ao mundo, seria da forma certa.

Eles pararam de insistir, e bebericaram em seus copos. Parecíamos quatro crianças, mexendo em tudo ali.

Eu estava me sentindo muito feliz. Se tudo desse certo nessa lua de mel, iriamos dois e voltaríamos três.

Olhei para o amor da minha vida, gargalhando com Jacob futricando os botões, que faziam as janelas abrirem, as luzes mudarem, as janelas ficarem insulfilm. Esse era o pai que eu queria para o meu possível bebê. E não havia sombra de dúvida no meu coração.


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Notas finais do capítulo

Trança: https://www.amordiverso.com/y/4030/tranca-lateral-e1513108635287.jpg

Brinco: https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_941612-MLB33000495197_112019-O.jpg

Buquê Lavine: https://lapisdenoiva.com/wp-content/uploads/2019/08/buque-noiva-cascata-2.jpg

Buquê Renesmee: https://russianoivas.com/fonte-icasei.jpg

Lavine pós festa, o primeiro: https://i.pinimg.com/564x/2e/c5/38/2ec538e677b3fbe42986b240aa1b0974.jpg

Renesmee pós festa, do meio: https://i.pinimg.com/564x/7a/ae/b2/7aaeb243d8d1b6315653f97db82cd2bb.jpg

Renesmee pré lua de mel: https://img.ltwebstatic.com/images3_pi/2020/12/23/1608708113e54e11cf3b9f66035138784f1241317e_thumbnail_600x.webp


Lavine pré lua de mel: https://cdn.eutotal.com/imagens/image-529.jpg



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