Você é meu destino -Quileutes -pós Saga Crepúsculo escrita por Karina Lima


Capítulo 34
You are my heaven


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei aqui depois de muitos anos finalmente com uma nova atualização. A fanfic está terminada, então irei postar os capítulos num curto período de tempo.



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— Lavine, para. – Seth gemeu pela terceira vez. – Não vou te contar.

— Por favor. – arrastei meus lábios em sua orelha. – Hmm, diz?

Deixei meu hálito se arrastar na pele sensível que era seu pescoço, o sentindo estremecer outra vez.

— Não. – ele tentava deixar a voz firme, mas falhava. Eu não ajudava, já que eu o tinha deitado na cama, e estava em seu colo. – Conto se me deixar saber o que está acontecendo com você. Isso está me matando. Quero poder te proteger.

Sua voz falhou satisfatoriamente ao que meus lábios encontraram o caminho para sua clavícula e então seu peitoral.

— Não se preocupe com isso essa noite. – rocei meus dentes ali, ouvindo um grunhido subir seu peito.

— Claro, vou ter que me preocupar em manter os pensamentos longe desse momento essa noite. Você me deixa louco.

— Gosto de te deixar louco. – chupei seu pescoço, e seus dedos se firmaram em meu quadril.

— Você não tem ideia de como é negar algo a você dessa forma. O que me faz ficar firme é seu segredinho.

— Não pense sobre isso. – repeti. Fiz uma linha de beijos de sua nuca, indo em seu maxilar até parar com uma mordida em seu queixo. Finalizei com um carinhoso beijo na boca. – Eu te amo. Isso você precisa saber.

— Queria dizer que não basta, mas estaria mentindo.

— Eu sei. – ri, saindo de seu colo ao ouvir pneus entrando ao meu alcance auditivo. – Vou receber Ness. Você coloque seus pensamentos em ordem. Edward que está trazendo-a.

— Oh. Vou tomar meu banho gelado. Por causa de você. – passou por mim e sussurrou em meu ouvido. Soltei um risinho, dando meia volta e indo para a porta.

...

— Fala sério! – gritei ao estacionarmos em frente ao local. – Um Zonda R? Sem aquele aerofólio ficou mais bonito.

— Uau, ela entende de carros. – Jake assobiou, me elogiando. Algo raro. – Bells decidiu me dar de presente. – deu de ombros. – Assim posso ficar um pouco mais a altura de sair com essa monstrinha mimada.

— Jake, sabe que não ligo para isso, contanto que esteja com você.

— Awnn, blábláblá, o amor é lindo, claro, claro. Quanto ele atinge, Black? Oh, meu Deus, esse carro é maravilhoso! – continuei sem o deixar responder. – Você tem que me levar para sair algum dia desses.

— Seu namorado está aí para isso. – zombou.

— Seu grosso! – dei um soco em seu braço, o fazendo gemer de dor. – Nunca mais sugiro de fazermos algum programa de irmãos.

— Calma, garota. Eu estava brincando. – sibilou, esfregando o local. – Te levo qualquer dia desses para o limite de Forks.

Meus olhos brilharam.

— Aparentemente, todos aqui falam a língua de car and drive.

— Trezentos e cinquenta, e atinge cem em três segundos. – Jacob se gabou.

Seth tampou minha mão no meio de um palavrão gritado que saiu por entre meus lábios.

— Mamãe deve ser a única que não gosta de ser presenteada. – Ness riu.

— Cara! Isso é fantástico! Agora que tenho tempo, vou trabalhar muito para ter um carro desse.

— Quem sabe não te dou um de presente. – ela piscou para mim.

— Claro que não, Nessie. – corei.

— Bom, vamos? O resto do pessoal está nos esperando.

Sem conseguir conter minha euforia, Seth teve que manter uma mão em minha cintura enquanto eu praticamente saltitava atrás do meu irmão e minha cunhada.

— Jake tem um carro daquele, Seth. – falei entre dentes, animada. – Quero ter logo dinheiro para tirar minha carta.

— Queria ter dinheiro para te dar um.

— Não importa, certo? – parei de dançar no ar, captando seu desânimo ao não poder me dar algo tão extravagante. – Sabe que não me importo realmente. É só bem material. Me empolguei. Só isso.

— Um dia vou te comprar um carro veloz.

Não pude deixar de sorrir. Ele queria me fazer feliz, não ser o que impõe dinheiro da relação.

— Hey, Paul! – acenei. – Como vai, cara?

Batemos um high-five.

— Estou bem, garota. Que bom ver vocês juntos outra vez.

Sorri.

— Oi, Rach. – sorri, a abraçando.

— Ei, garota. – falou animada. Rebecca estava ao seu lado, e a abracei também.

— É bom ver vocês duas.

Fui cumprimentar o resto deles. Dani tinha vindo, e estava animada de me ver. Apresentei-lhe Renesmee.

— E então, o que vai ser? – Leah perguntou, mexendo na máquina. – Lobos contra imprintings?

— Me parece legal. – sorri maliciosa.

— Bom, acho que Quil e eu vamos fazer um time esta noite. – ela disse, mexendo em algo ali, e eu logo vi no nosso painel escrito "garotos" e "garotas". – Quem serão os primeiros?

— Acho justo Lavine ir. Ela nunca foi antes.

Sorri para Seth, agradecida.

— E você é meu adversário, então. – propus.

Fez uma expressão de que gostou.

— Fechado.

— Vamos lá, Seth! – gritaram Jared e Paul.

— Não deixe uma garota te vencer! – esse foi Collin, e isso resultou em Dani lhe dando um tapa.

— Cale a boca, Collin. – revirei os olhos. – Vamos ver se uma garota pode te vencer. – sorri para Seth.

— O que?! Ele diz essas coisas e a culpa cai para mim?

Ri alto, e me posicionei. Nossas bolas rolaram ao mesmo tempo. Esperei, esperei, e...

— Isso, Lav! – as meninas gritaram.

— Ela fez um strike?

Pelo tom de voz indignado de Quil, isso era algo muito bom.

— Seth! não importa o quanto você ame essa garota. Se a deixar ganhar, eu te mato.

— Não se preocupe. - respondeu a Paul. - Não vai acontecer de novo.

Mas aconteceu. De novo. E outra vez. E na quarta, e quinta.

— Nós somos demais! – comemorei, abraçando Ness e Dani de lado. – Devíamos ter feito algum tipo de aposta.

— Deveriam mesmo. – Leah disse, também contente de ter derrotado Quil. Daniela perdeu uma vez apenas para seu namorado, o que não dificultou em nada nossa vitória.

— Cam, você arrebentou! Sem dúvidas deixou Embry mais encantado. Se é possível isso.

— Pare. – ela me empurrou de leve, com um rubor em sua face.

— Você foi simplesmente demais! - Seth me abraçou quando fui em sua direção.

Seu cheiro e seu corpo fizeram meu coração disparar.

— Você também não foi nada mal.

— Claro. Só perdi para uma garota. Bem, - continuou, ignorando meu olhar. - só uma garota que é maravilhosa em todos os sentidos. Não podia esperar nada menos.

Revirei os olhos, ignorando as batidas frenéticas do meu coração com suas palavras. Realmente ele não me decepcionava.

Ainda estava cedo, e Paul sugeriu de irmos a uma pizzaria. Eu ri, só imaginando a bagunça que seria.

Um rodízio era perfeito. Os lobos comeram tanto, que com certeza deixariam o estabelecimento no prejuízo.

— Como vocês podem comer tanto?

— Coisa de lobo. - falei orgulhosa para uma Camila espantada. Ela não desgrudou de Embry a noite toda. Eles realmente formavam um belo casal.

— Oh, fala sério. - ouvi minha amiga híbrida choramingar.

Olhei na mesma direção do seu olhar, e vi o problema.

Edward não esperaria por Jacob a levar para casa. Não esta noite. Não sozinhos.

— Nos divertimos muito, Nessie. - a abracei. - Fico feliz que seu pai deixou você vir.

— Obrigada. - retribuiu o abraço. Abraçou Jake, se despediu do resto com poucas palavras e foi em direção ao Volvo.

— Quero andar um pouco. - pedi a Seth. - Pode deixar Embry levar Camila para casa em sua moto? Te contarei sobre o meu pequeno problema.

Clearwater não pensou duas vezes. Cada um seguiu seu caminho. Alguns de táxi, outros com seu próprio carro. Jake deu carona para Leah e Quil.

Andamos um pouco na rua deserta. Eu não sabia por onde começar. Como pedir desculpas por tentar protegê-lo e falhar imperdoavelmente. Por ter terminado para não arriscar sua vida, porém quase perdê-lo sem eu nunca o ter lembrado como eu o amava e como ele era importante para mim.

—Eu sei que vai dizer que a gente podia ter enfrentado isso, mas por favor, se coloque no meu lugar. - falei, quebrando o silêncio. Desde que nos despedimos do pessoal, estávamos mudos.

Por mais bobo que pareça ser, eu ainda me sentia mais protegida com ele ao meu lado. Não iria conseguir andar em uma rua dessas sem ficar nervosa. Mesmo que eu pudesse acabar com a raça de um babaca que tentasse algo comigo, até de um vampiro.

—Eu prometo.

Senti-me mais segura de contar sem esperar uma bronca.

—Olha, naquele dia que Charlie me ligou contando que íamos viajar, e eu fui dar uma volta... Se lembra?

—Como não lembrar? Te vi finalmente completa. Vi o brilho nos seus olhos com a menção da sua irmã.

—Foi depois disso que tudo mudou. - sussurrei. - Foi nessa maldita saída que encontrei o tal amigo de Jackson. Ele... Me ameaçou.

Parei quando suas mãos tremeram nas minhas.

—Seth, se quiser que eu conte, tem que manter a calma. - falei firme, mas envolvi meus braços em sua cintura. Ele abraçou meus ombros.

—Continue. - sua voz tremeu, porém ele estava sob controle.

—Ele falou... Falou que eu tinha que ficar com Jackson se quisesse poupar sua vida. E eu sabia que se te contasse, você ia me convencer a ficar e irmos atrás dele.

—Você me conhece. - riu sem humor.

—E agora, eu não vou te deixar mais. Não depois do que houve. Se aparecer um problema assim de novo, vou te contar e deixar você decidir o que é melhor.

No meio de uma respiração, meu corpo congelou por inteiro. A brisa veio em nossa direção, e eu senti...

—Ele está por aqui. - engasguei, olhando em volta. - Droga, Seth, você precisa ir.

—Você só pode estar louca, né? Você devia ir.

—Eu sou a raiz do problema. É a mim que ele quer.

—Algo que não terá. - rosnou, estreitando seus braços em mim.

Agucei minha audição. Ele tinha que estar na floresta. Mas eu só conseguia ouvir o barulho das folhas ao que o vento batia nelas. Nada suspeito.

—Vamos, seu covarde. Apareça.

Um "crack" de algum lugar não muito longe foi ouvido. Aquilo não poderia ter sido feito por um esquilo.

— Então você quis pagar para ver, loba?

Em instantes, ele apareceu em nossa vista. Saiu de trás das árvores e ficou a dezenas de metros de distância.

— Você não se meta com ela. - Seth rosnou. Eu nunca ouvi algo tão parecido com o som de um animal.

— Agora - suspirou, como se ele não tivesse falado. - vou ter que matar só por matar. - pareceu pensar melhor. - Ou posso provar o gosto. Algo novo. Vai ser divertido.

— Não se meta com ele! - gritei, segurando-o atrás de mim, apesar de sua insistência de me colocar para trás. - Você quer a mim! Deixe-o ir embora.

— Não, eu não quero você. Apesar de que... - me mediu de cima para baixo. - você é até ajeitadinha.

Os tremores de Clearwater só aumentavam. Firmei meu braço em sua cintura. Se ele sentisse que eu estava com medo, talvez tentaria se controlar mais para me proteger ali.

— Eu deixei claro que se você não cumprisse sua parte do acordo, - abri a boca, incrédula. Acordo?— quem sofreria as consequências seria seu namoradinho.

— Não, por favor. - chorei. - Deixe ele em paz...

Minha frase foi cortada. Algo me tirou o fôlego. E meu tórax latejava. Mal conseguia puxar uma respiração suficiente.

— Lavine!

Vozes me gritavam, e eu abri os olhos. Que lugar era esse?

Prestei mais atenção em volta, e percebi ser o mesmo lugar. Só que eu estava jogada em algum lugar na floresta.

Gemi, tentando rolar para ficar mais confortável. E outra dor de tirar o fôlego me impossibilitou novamente.

— Lavine. - a voz de Carlisle foi identificada por meus ouvidos zonzos. - Fique assim, está bem? Preciso ver o que você tem.

— Não consigo... respirar. - engasguei.

— Droga... Edward! A costela perfurou o pulmão. Precisamos levá-la agora ou então vamos perdê-la.

— Cadê o Seth? - chorei, ofegante. Eu via os Cullen por ali, mas a dor não me permitia prestar atenção.

— Se acalme, querida. Está tudo resolvido. Tudo bem. Edward, diga a Seth para vir conosco e deixe os outros resolver o resto.

— Que resto? - choraminguei, mas eu só sentia vento no meu rosto. A única coisa clara a minha frente era o rosto de Carlisle.

— Lavine, tente normalizar a respiração. - agora era Edward. Eu não conseguia o ver na escuridão. Não por estar escuro, e sim pela dor ofuscante que eu sentia.

Tentei fazer o que ele pedia. Isso não diminuiu a dor.

— Não vai diminuir. - falou. - Mas você não pode fazer movimentos bruscos. Carlisle, temos que nos apressar. Pode curar totalmente a qualquer momento...

Ele estava falando isso baseado em meus pensamentos? Porque eu sentia algo acontecendo dentro de mim. Só não sabia o que era.

Não sei quanto tempo se passou. Nem sabia se estava viva ou não.

— Ainda temos morfina? - era Bella agora. - Seth, fique lá fora.

— Não! - houve um rosnado. - Ela estava me chamando.

— Agora não é uma boa hora! - rosnou de volta.

Queria ter forças para dizer a ele que ficasse. Mas eu não sentia mais nada. Até a dor tinha ido embora. Eu estava morta?

— Deixe-o. - Edward disse.

— Lav, meu amor. Eu estou aqui.

E a voz do anjo entrou por meus ouvidos. Agora eu podia morrer em paz. Se essa voz fosse ficar comigo pela eternidade.

A dor voltou. Por que doía tanto, se era o paraíso?

— Logo vai passar, querida. Eu prometo. - uma voz aveludada me disse. Eu ouvia gritos altos. - Coloque mais morfina.

— Tenha certeza de que será a última vez que vai usar. Não temos mais.

E a dor cessou novamente, me deixando extremamente aliviada. Estava insuportável.

Os múrmuros em minha volta se tornaram uma coisa distante.

"Ela está confusa. Converse com ela.".

"Meu amor. Está tudo bem. Não grite. Eu prometo que nada mais vai acontecer com você. Eu te amo tanto. Você vai ficar bem. Estão cuidando de você.".

Eu não entendia o significado. Apenas o som do anjo falando bastava.

"Ela está consciente?" ahhh que som do paraíso... A dor só era suportada por causa dele.

"Está." não foi o meu anjo. "Ela está confusa. Deve ter desmaiado em algum momento. A morfina a está drogando, mas o efeito logo passará. Ela... acha que está morta.".

Anjo, fale mais. Se estou morta, não quero parar de te ouvir nunca.

"A gente vai seguir o nosso sonho" e o anjo estava de volta. "Vou fazer de tudo que estiver ao meu alcance para nunca deixar esse sorriso ir embora. Mas você também tem que me ajudar. Não pode deixar de lutar.".

Sempre vou lutar para continuar ouvindo sua voz, eu queria dizer em voz alta. Não sei o que me impedia.

"Falta muito?" para que? O anjo estava querendo ir embora? Eu não podia deixar!

— Está tudo bem, Lavine.

De repente a minha consciência recobrou.

— Estará boa em pouco tempo.

Meu cérebro parecia claro, de repente. Consegui abrir os olhos e me focar em algo. E foi o meu anjo que vi.

— Seth. - suspirei, deslumbrada com sua beleza. - Nunca vou me cansar de te olhar, sabia?

— Compartilhamos o mesmo pensamento. - sorriu.

— O que aconteceu com...?

— Ele não vai mais incomodar você, Lavine. - Edward prometeu. - Jacob e os outros foram procurar o seu... amigo. Dizer a ele o que houve.

— Me deixe ver ela!

Era Renesmee.

— Deixe ela vir. - pedi a quem quer que estivesse a impedindo.

A porta foi aberta com tudo, e ela correu até mim.

— Você está bem. - ela suspirou, aliviada. - Jake ficou preocupado com você.

— Como...?

— Estávamos nos falando pelo celular. Papai sentiu o cheiro, e falou para Jacob, para avisar. Ele só faltou atravessar pela linha para chegar mais rápido até você.

— Agradece ele. - pedi.

— Vamos, querida. Deixe-a descansar um pouco.

— Ok. Melhore logo, hein. - deu um beijo na minha bochecha, e projetou imagens de nós duas juntas se divertindo. Não pude deixar de sorrir.

— Eu vou.

— Se precisar de qualquer coisa, nos chame. - Bella disse, passando a mão em meus cabelos e bagunçando do Seth.

— Sue e Charlie?

— Dissemos que você iria dormir aqui, Nessie cuidou disso. Amanhã você já deve amanhecer ótima.

— Obrigada. - respirei aliviada.

— Ouvi Leah ajudando na persuasão. - Renesmee prendeu o riso. - Acho que ela vai gostar de dormir na cama do Seth.

— Ahh, que legal. - ele gemeu.

— Seja bonzinho. - falei suave. - Leah está sendo ótima comigo.

— Ela estaria sem os braços se não fosse.

Belisquei seu braço de leve.

— Ai! - reclamou, se afastando. Bom, eu achei que foi leve. - Estou te defendendo, meu amor.

— E falando mal da sua irmã. Ela sempre me tratou bem.

— Eu sei. - falou rápido. - E isso é bom para a saúde dela.

Olhei para os vampiros, a procura de uma resposta. Eles fingiram que não ouviram e nos deram licença, arrastando uma Ness resmungona dali.

— Leah nem sempre foi uma pessoa amável. Quero dizer, ela sempre foi. Até Sam chegar em sua vida. Aí ele teve imprinting pela Emily, e Leah ficou amargurada desde então. Só melhorou quando ela sofreu imprinting por Jaiden.

— Eu não sabia disso. - sussurrei.

— É claro que não.

E ficou quieto. Senti que algo o incomodava. Mas antes que eu perguntasse, ele mesmo disse.

— Não cansamos de vir parar nessa cama, né? - riu, porém não chegava aos seus olhos. - Tanto tempo você esteve aqui por mim. Fico feliz que se importa desta maneira.

— Hey. - levantei seu queixo. - Eu ficaria por mil anos, se fosse preciso. Esperaria mil anos de incerteza, só para olhar nesses lindos olhos e ver esse sorriso maravilhoso.

Deu meu sorriso torto.

— Você não existe. Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

Meu coração se aqueceu com suas palavras, e eu afaguei seu rosto.

— Compartilhamos o mesmo pensamento. - o imitei, fazendo-o soltar uma risada.

— Estou curioso com uma coisa... - começou a brincar com meus dedos.

— Diga. - o incentivei.

— Quando Carlisle estava cuidando de você... Edward disse... disse que você pensou que estava morta.

— Ah.

Me lembrava vagamente da sensação. Eu estava ciente de que a morfina fazia efeito, sobretudo não demorava para a dor sufocante voltar. Nunca tinha sentido tamanha dor física na vida.

— Acho que a situação me deixou lelé da cuca. - dei de ombros, e ele riu, beijando minha testa. - Ouvi Carlisle dizendo que teriam que me tratar logo, ou seria tarde demais. Quando a dor cessou, eu achei... que tinha morrido. Aí ouvi sua voz, e tive certeza.

— Minha voz? - indagou.

— Sim. Sua voz seria o meu paraíso. Se eu tiver você lá comigo, ficarei em paz.

Sorri com esse pensamento, e tornei a olhá-lo. Meu sorriso sumiu na hora.

— O que eu disse? - perguntei, preocupada.

— Você me ama.

— É claro que amo. - franzi a testa, confusa. - E você tem alguma dúvida?

— Não. - limpou a lágrima que escapuliu. - É só que as vezes você me surpreende.

Acariciei seu rosto, gostando de ter sua pele macia em contato com a minha.

— Tem outro evento que não podemos perder. - falei, me lembrando dos meus presentes de Natal. - Quer ir ao baile comigo?

Ele sorriu da inversão de papeis. Eu lembro de Bella ter dito que no ano escolar dela em Forks, as meninas que convidavam. Então aderi.

— Não poderia ter outra melhor companhia. - falou ele, doce. - Só tenho que ver minhas economias para o aluguel do smoking e do seu vestido...

— Alice e Rose têm isso resolvido desde o Natal. - o cortei, e me olhou surpreso. - Ninguém nunca deixou de esperança. Todos te queriam de volta.

— Estamos rodeados por pessoas maravilhosas, não?

— Sem dúvida. Eu me apaixonei pelo meu vestido, e a sua roupa...

— O que tem? Não acha que vai ficar boa em mim? - se preocupou.

Ahh, eu acho. Boa demais para o meu gosto. O tanto de piranha que vai dar em cima...

Ouvi a risada de Edward de algum lugar. Imaginei que ele não iria dessincronizar meus pensamentos caso eu sentisse algo errado.

— Vai ficar perfeito. - garanti, e seu olhar confuso não abandonou seu rosto.

— E há algum problema, certo?

— Só estou imaginando o tanto de autocontrole que vou precisar para não arrancar cabelos de cada oferecida que tiver os olhos em você.

— É ciúme? - indagou, meio incrédulo e meio risonho.

— Você está rindo? - rosnei, descrente. Só me mantive quieta porque minha costela recém remendada reclamou um pouco com minha tensão.

— Sim. Isso é absurdo. Não tenho olhos para ninguém além de você.

— Isso não impede ninguém de te olhar. - revirei os olhos. - E certamente não me impede de querer arrancar os olhos delas quando te encaram mais do que o necessário.

— Eu nunca reparei nisso.

Não pude deixar de sorrir. Claro que não.

Puxei seu rosto, e ele entendeu o que eu queria.

— Toda vez que ele me beijava, eu experimentava seus lábios. Ele me abraçava, eu sentia nojo de mim mesma. - ele começou a protestar, e eu o parei. - Não, Seth. Eu estava enganando alguém. Isso não sou eu. Eu nunca faria isso com prazer. Fiz porque tive medo de te perder. E agora, estou olhando nos olhos que eu quero ficar. Me sinto transbordada. Que eu me sinto em casa.

— Eu espero te fazer feliz como você merece, meu amor.

— Você já me faz. - ele sorriu lindamente, e eu continuei penteando seu cabelo com meus dedos. - Vamos começar uma vida. Assim que eu terminar a escola, vamos construir nossa casa. Vamos dar paz a Sue e Charlie. - ele riu nessa parte. - E seremos você, Emma e eu.

— Eu prometo. - beijou minha boca.


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