O Jogo do Desafio Duplo - Leoa & Paola escrita por Leonardo, Temmie


Capítulo 1
One da Leoa - A Ajuda


Notas iniciais do capítulo

Título: A Ajuda
Mínimo - Máximo de Palavras: 1000 - 3000
Tema: Realidade alternativa
Música: Tempo Perdido
Personagens (1-4): Helena Diassis, Laura Alves e Cássia "Annie Lee" Viana

P.s.: Caso não tenha lido Passional, o CESS (Centro Educacional São Sebastião) é o colégio onde elas estudam.



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A garota de cabelos rosados estava encolhida em um canto do vestiário do CESS soluçando depois de ser violada pela capitã do time de vôlei, Laura Alves.

— Olha. — A atleta se aproximou e começou a lhe afagar o braço. — Eu sei que doeu, mas é por que foi sua primeira vez. Isso é normal.

— Você me estuprou. — Sussurrou incrédula com o tom doce que a garota de cabelos de fogo usou. — Eu podia te denunciar.

Laura mudou drasticamente o semblante mais uma vez, sorrindo em deboche. — Não seja ridícula, Diassis. Ninguém vai acreditar em você. No máximo vão achar que cê tem um namoradinho idiota e quer uma desculpa pra explicar essas marcas no seu pescoço. E mesmo que acreditem, você tem grana pra bancar um processo judicial? Porque eu tenho e poderia arrancar cada tostão furado seu e da sua família. — Helena tremeu e se agarrou ainda mais as próprias pernas, Alves se ajoelhou em frente a ela e segurou seu queixo. — Ei, calma. Vai ficar tudo bem, eu prometo. — Beijou suavemente os lábios de Helena, levantou e saiu do vestiário.

A pequena garota de cabelos rosados voltou a chorar por vários minutos. De todo o amontoado de sentimentos inundando seu coração, ela era incapaz de decidir qual o pior.

Como não participava das aulas de educação física por ser muito frágil para praticar esportes, não tinha roupa extra em seu armário, o que a obrigou a vestir as mesmas peças meio rasgadas que lhe foram arrancadas de forma bruta para voltar para casa. O caminho foi percorrido as pressas, Helena estava coberta de vergonha e louca para tomar um banho, talvez junto com o suor e o sangue dos arranhões, as memórias horríveis descessem pelo ralo.

Porém seus planos foram estragados ao abrir a porta e ser recebida com um “BOO” de uma Júlia animada que deveria estar na faculdade aquele horário se um de seus professores não estivesse doente. Mas é claro que o sorriso divertido sumiu no momento em que viu o estado da irmã.

— Meu Deus, Sis! O que aconteceu com você? — Exclamou verificando todo o corpo da caçula achando uma marca nova em cada lugar que olhava.

Helena não conseguiu falar nada de imediato, apenas negava freneticamente com a cabeça enquanto os soluços contidos no caminho voltavam a ficar fortes pouco a pouco.

— Me conta, Sis. Eu só quero te ajudar. — Júlia segurou com o máximo de delicadeza possível as bochechas banhadas de lágrimas para poder fazê-la lhe encarar nos olhos. — Eu te amo. Pode confiar em mim. Me diz o que houve, por favor.

Atirando-se nos braços da irmã mais velha, a garota de cabelos rosados gaguejou com dificuldade. — U-uma ga uma ga-garota.

— Ela tem bateu? — Questionou com o cenho franzido enquanto afagava as costas da menor com cuidado.

— Pi-pior.

Depois dessa palavra, Helena não teve mais como prosseguir com tantos soluços e foi levada até o sofá para ser acalmada. Por sorte, ainda tinham muito tempo antes que seus pais voltassem do trabalho.

Quando o choro já havia diminuído, Júlia desfez o abraço e se afastou um pouco, apenas o suficiente para conversarem cara a cara. — Não precisa ficar com medo, tá bom? Me conta o que foi que houve.

— A garota... Ela... Ela... — Com uma breve pausa para respirar fundo e criar coragem, soltou a bomba de uma vez. — Ela me estuprou.

— O que? — Júlia bufou um sorriso incrédulo.

Helena cobriu o rosto vermelho de vergonha com ambas as mãos e repetiu segurando para não cair em prantos outra vez. — Ela me estuprou.

Por alguns segundos, a Diassis mais velha ficou absolutamente sem palavras até que, ainda em tom choque, conseguiu balbuciar. — Isso é sério?

— Sim. Foi a capitã do time de vôlei da escola, eu não tive como fazê-la parar, sou bem menor e mais fraca. Ela me arranhou, mordeu, chupou, lambeu e... E fez coisa pior. Com... Com os dedos. Por favor, não entenda o que eu quis dizer com isso.

— Meu Deus do céu. — Júlia tapou a boca com uma mão e levou a outra ao peito. — Precisamos ir pra delegacia denunciar enquanto tem provas no seu corpo todo.

— Não! Eu não posso. — Helena arregalou os olhos e gesticulou de forma exagerada. — Ela me ameaçou com um processo que ia arrancar cada tostão meu e da minha família. A gente não pode com alguém com a condição financeira dela.

— Mas a gente tem provas e não podemos deixar ela livre circulando na escola pra te forçar a olhar pra cara dela todo dia. Se tiver com medo de passar por isso, saiba que eu vou estar do seu lado o tempo todo, te apoiando e protegendo.

E foi a vez da Diassis mais nova bufar um sorriso incrédulo. — Logo você?

— Como assim logo eu?

 — Logo você que fica fazendo piadas sobre minha sexualidade na frente do pai e da mãe só pra me machucar. Isso era só porque nunca namorei, agora que uma garota fez o que fez comigo, vai ser um prato cheio pra você.

Júlia abriu e fechou a boca várias vezes se sentindo muito ofendida. — Helena... Eu falo porque acho engraçado, não pra te machucar...

— Mas sabe que machuca! Sabe e não para, isso é o pior.

— Me desculpa. — Pediu sincera. — Eu só sabia que te chateava, não que machucava. Juro que se eu soubesse, pararia. Você é minha irmã, eu te amo acima de tudo. Nunca quis que minhas piadas te fizessem duvidar disso. Me perdoa?

Helena sentiu vontade de chorar de novo, mas não tinha mais lágrimas. — Perdoo.

Depois de um abraço longo e apertado, a Diassis mais nova se deixou ser levada para a delegacia.

(...)

Oito meses haviam se passado e mesmo com os estudos, Júlia tentava ficar o máximo de tempo possível com Helena para que ela não pensasse demais naquele dia fatídico onde o pai da estupradora propôs um acordo para que o nome de sua família não fosse parar na mídia de forma tão negativa. A denúncia contra Laura foi retirada, mas com as condições de que ela saísse do CESS e pagasse uma indenização mensal por dois anos para o tratamento psicológico de sua vítima.

No momento a vida estava tranquila e, longe do drama do ano anterior, as duas Diassis conversavam tranquilas em uma das mesas da sorveteria Pik Nik Gelado pela primeira vez desde que a futura bióloga começara a faculdade. O lugar era praticamente igual desde a infância das irmãs, com uma pintura branca impecável, mesas e cadeiras multicoloridas, e vários quadros nas paredes com fotos de diversos tipos de sorvete. Porém, os funcionários, sempre jovens, estavam constantemente mudando. A própria Júlia trabalhara lá em sua adolescência, como a maioria de seus amigos. E Helena também estaria passando pela experiência se não fosse a pouca vontade que tinha de interagir com outras pessoas.

Enfim, não foi surpresa para nenhuma delas não conhecer a morena baixinha de olhos verde folha que lhes atendera de forma tão gentil. Muito atenciosa. Ainda mais com Helena.

— Sabe quem é ela? — Júlia perguntou para a irmã depois que a garçonete saiu com os pedidos anotados.

— Não que eu me lembre. Por quê? — Helena franziu o cenho, confusa. Não havia prestado atenção o suficiente para notar o excesso de atenção da morena.

— Por nada. Só pareceu que se conheciam. — A futura bióloga deu de ombros e, logo em seguida, sorriu. — E aí, sis? Qual a piadinha de implicância o papai fez quando viu que você retocou o cabelinho rosa?

— Dessa vez foi bem criativo até. — A adolescente riu e fez voz grave, imitando a de Henrique. — “Que animes você anda assistindo ultimamente pra querer fazer cosplay de algodão doce?”.

— “Cosplay de algodão doce”. — Júlia repetiu soltando uma gargalhada que durou até os cantos de seus olhos acumularem água. — Ai ai. Essa foi a melhor até hoje.

— Com licença. — A morena baixinha voltou com os pedidos. — Aqui está, um milk shake de morango e um sorvete de flocos.

— Obrigada. — A Diassis mais jovem murmurou educadamente.

— De nada. — A garçonete respondeu, fixando o olhar em Helena por alguns instantes, fazendo-a corar e sorrir sem graça.

— Simpática ela, né maninha? — Júlia comentou assim que a morena se afastou.

— E lá vem aquele tom. — A garota de cabelos rosados largou a colher que havia acabado de pegar e cruzou os braços. — Ju, eu pensei que essas brincadeiras idiotas sobre a minha sexualidade tinham ficado no passado.

— As piadas ficaram. — Respondeu com um olhar sincero. — Agora é sério, a menina tava te dando o maior mole. E ela é bem bonitinha.

— Acho que um parafusinho soltou na sua cabeça e você não tá conseguindo assimilar uma parte importante da sua frase. — É claro que anos de convivência com a irmã mais velha tinham que ensinar Helena a usar ao menos um pouco de ironia. — “A menina”. Sis, ela é uma garota.

— Sim. E? — Júlia fez a expressão mais neutra possível enquanto tomava um bom gole de seu milk shake.

— E? — Repetiu bufando um sorriso. — Você fala como se não fosse filha da irmã Flora e do irmão Henrique.

— Sou, mas isso não quer dizer que tenho que concordar com eles. Quantos namoros você acha que eu tive dos meus treze aos dezoito? Zero, né? Errado. — A garota de cabelos castanhos sorriu convencida. — Tive quatro e a mamãe nunca desconfiou que eu não fosse a santa Júlia dos cultos de domingo. Aí eu entrei pra faculdade, decidi sossegar e me concentrar nos estudos, certo? Nãããããããããão. Eu virei foi a maior nerd vadia da facul, milhares de “mãe, vou dormir na casa da fulana pra fazer trabalho porque lá a net é mais rápida” ou era festa ou eu tava indo dar.

— Meu Deus. — O queixo de Helena caiu, aquilo não era possível.

— Olha, você vai ser a primeira pessoa pra quem eu vou contar isso... Na minha época de caloura, eu... Peguei duas veteranas.

— O que? — A pergunta sequer chegava a ser um sussurro. — Mentira.

— Ok, eu só peguei uma. A outra me pegou. — Júlia tomou mais um gole de milk shake e sorriu com uma lembrança. — E como pegou, nossa. Ainda bem que o que eu to bebendo é gelado, porque dá calor só de pensar naquele dia.

— Socorro. — A garota de cabelos rosados se encolheu na cadeira e cobriu o rosto vermelho de vergonha. — To passada. Então é por isso? — Afastou as mãos para que sua irmã visse sua expressão indignada. — É por isso que insiste? Você quer que eu seja pra não ser a única sapatão da família?

— Fala sério, Hel. É claro que não. — Respondeu de maneira ofendida. — Pra começar, eu não sou sapatão. Tive minhas experiências e gostei, ué. Repetiria? Talvez. Mas diria que sou no máximo uma bi curiosa. Eu não quero que você seja nada que você já não é. O Problema é que eu nunca te vi olhar pra um garoto de um jeito diferente, já as garotas... Parece que você faz força pra não olhar. E eu sei que com a família que nós temos, é normal ter medo de ser diferente. Eu tive sorte de nascer com a cabeça aberta, personalidade forte e certa habilidade pra fingir. E você... Eu não sei se tenho razão, mas se tiver, quero que se liberte. Se precisar, te ajudo a esconder isso dos nossos pais e, quando eu me mudar depois da graduação, você pode morar comigo.

— Me dá um tempo pra pensar sobre isso, tá? — Helena odiava admitir para si mesma, mas o discurso de Júlia fazia sentido. — Vou ao banheiro.

— Seu sorvete tá derretendo todo.

— Relaxa. Eu volto rápido.

Helena se levantou e caminhou distraidamente até o banheiro sem notar que a garçonete, que estava observando as irmãs de longe, a seguiu. Então tomou um grande susto quando ela disse. — Oi.

— Oi. — Respondeu pondo a mão sobre o peito depois do sobressalto.

— Me desculpa, eu não queria te assustar. — A garota era mesmo bonita, em especial os olhos verde-folha, e o fato de ficar fofa constrangida.

— Ah. Não tem problema. — Sorriu para acalmá-la.

— Bom... — A morena coçou a nuca, um pouco envergonhada. — Eu... Você... Você parece ser uma pessoa legal... Então eu tava pensando se a gente não podia se conhecer.

— Eu acho que sim.

— Ótimo. — Ela sorriu de orelha a orelha e puxou um papel do bolso. — Meu nome é Annie. Esse aqui é meu número.

— Certo. Prazer em conhecer, Annie. Deixa eu dar um toque pra você salvar logo meu número também. — Após fazer isso, olhou para a garçonete e se sentiu meio nervosa sem saber como prosseguir. — Bom... Agora eu tenho que ir, minha irmã tá me esperando.

— Tudo bem. A gente se vê.

Quando Helena voltou para a mesa, recebeu um sorrisinho esperançoso de Júlia que vira a garçonete saindo logo depois do banheiro. Porém, não disse uma palavra sequer à irmã. Não queria falar sobre isso até entender.

(...)

Conforme as semanas iam seguindo, Lee e Diassis passavam mais tempo conversando e um sentimento ia crescendo entre elas. Helena tinha que admitir que a garçonete era uma das pessoas mais inteligentes com quem já tivera o prazer de conversar. Já Annie adorou o fato de terem gostos parecidos em questão de séries, filmes e livros, pois era um pouco excêntrica quanto a isso.

Em uma terça-feira, Helena decidiu aparecer na sorveteria Pik Nik Gelado e encontrou Annie em cima do pequeno palco que servia para as noites de karaokê. Ela havia acabado de testar o microfone e estava aproveitando para cantar um pouquinho, sabia que suas colegas adoravam quando fazia isso. E ao ver a garota de cabelos rosados passando pela porta, sorriu e continuou cantando olhando para ela.

Então me abraça forte

E diz mais uma vez que já estamos

Distantes de tudo

Temos nosso próprio tempo

Temos nosso próprio tempo

Temos nosso próprio tempo

Não tenho medo do escuro

Mas deixe as luzes

Acesas agora

O que foi escondido

É o que se escondeu

E o que foi prometido

Ninguém prometeu

Nem foi tempo perdido

Somos tão jovens

Tão jovens

Tão jovens

 

Helena aplaudiu e se aproximou com um sorriso no rosto. — Acho que essa acabou de virar minha música favorita.

— Devia ver quando ela cantar Evanescence. — Milena se intrometeu na conversa sem sair detrás do balcão.

— Vocês estão me deixando sem jeito. — Annie desceu do palco sorrindo embora um tom de vermelho começasse a pintar suas bochechas.  — Já acabei de arrumar tudo. Dá tempo de fazer uma pausa e tomar um sorvete antes de abrir. Quer um? Por minha conta.

— Aceito.

— Mi, me vê um de chiclete e um de flocos.

— Pega tu, vadia.

— Nossa, pra que essa violência toda? — Annie riu fazendo sinal para Helena sentar, então arrodeou o balcão para pegar os sorvetes.

Quando Diassis escolheu uma mesa para esperar, Milena chegou perto de Lee para falar discretamente. — E aí, Cássia? Ela é o motivo dos seus sorrisos bobos constantes esses tempos?

— Me chama pelo nome de novo e vai levar um soco. — Ignorou a pergunta, mas não conseguiu evitar um sorriso que já foi a resposta.

Enquanto tomavam soverte, Annie e Helena conversavam e riam. O clima começava a se formar entre elas e depois de alguns minutos, a garçonete segurou a mão da garota de cabelos rosados por cima da mesa e, olhando nos olhos azul-piscina, foi aproximando seus rostos.

Porém, antes que seus lábios se tocassem, Diassis se levantou tão rápido que derrubou a cadeira, em seguida saiu correndo.

Annie e Milena se entreolharam sem entender nada.

Ao chegar em casa, ainda com a respiração ofegante, Helena foi até o quarto de sua irmã e fechou o notebook em seu colo. — Preciso conversar.

— Eita. — A Diassis mais velha deixou o aparelho de lado e sentou melhor na cama para dar atenção a caçula. — O que foi?

— Eu sei que você já sabe disso, mas... Eu sou sapatão e to a fim da garçonete. — Júlia começou a abrir um sorriso, porém antes que tivesse tempo de terminar, Helena continuou. — Só que tem um problema. Eu tenho medo dela.

— O que? Como assim?

— Olha... Hoje eu fui lá na Pik Nik pra ver a Annie justamente porque eu sabia que nas terças a tarde fica fechado pra arrumarem tudo pra noite do karaokê, então na minha cabeça já tinha a possibilidade da gente se beijar. Aí quando ela pegou na minha mão e foi chegando perto, toda a vontade que eu tinha se transformou em pavor e sem nem perceber saí correndo de lá e agora to te contando isso.

— Porque você ficou com medo?

— Ela é uma garota. Você sabe o que eu já passei nas mãos de uma garota. — O corpo de Helena tremeu. — Você viu todas as marcas. Não acho que seja só com Annie, eu teria medo de qualquer mulher.

— Vou te perguntar e quero que pense bem antes de responder. — Júlia olhou no fundo dos olhos da irmã. — Você gosta da Annie? De verdade?

Alguns minutos de silêncio foram seguidos de um sussurro. — Gosto. Gosto muito.

— Então conversa com ela. Se essa garota te merecer, vai saber esperar o seu tempo e te ajudar a superar isso. O que você não pode é deixar uma ruiva escrota controlar a sua vida mesmo depois de meses sem te ver.

— Você tem razão, Ju. Obrigada.

— De nada, sapatão. Agora vai lá conquistar a outra metade do seu velcro.

— Se não estragasse o momento, não seria você, né Júlia? — Helena revirou os olhos enquanto a irmã ria, em seguida se levantou e saiu correndo de novo, passou pela mãe que chegava do trabalho no portão, mas ignorou ao ser cumprimentada.

No meio do caminho despencou uma chuva forte do nada, porém mesmo encharcada e tremendo de frio, a garota de cabelos rosados não parou até estar de frente para garçonete.

— Meus Deus! Você vai pegar um resfriado assim. — Annie exclamou preocupada se aproximando ao vê-la entrar.

— Precisamos conversar antes que eu perca a coragem. Tenho que contar uma coisa.

— An... Tá bom.


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