Time for Us escrita por The Deserters


Capítulo 5
Troubled Thursday


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!
Desculpem o sumiço, os últimos meses foram complicados e eu decidi me ater aos meus estudos e à minha saúde.
Estou melhorando e espero estar o mais próximo de 100% em breve kkkkk.



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O sentimento lhe era peculiar. Segundo alguns relatos, deveria sentir um calor amargurado que culminaria nos mesmos princípios da fúria desenfreada; outros, por outro lado, diriam se tratar de uma dor gélida e perfurante que se apodera de seu corpo, submergindo-o em tristeza.

Margaery testemunhava um misto de ambos, uma maldição entre gelo e fogo desencadeada pela visão desagradável à sua frente. Não era a primeira vez que tal sentimento era despertado, porém parecia ter a mesma origem todas as vezes que se manifestara.

Seu irmão ria ao seu lado e constatava zombeteiro que nunca imaginara a combinação de suas feições carismáticas ao ciúme.

Em resposta, a morena fechara ainda mais o semblante, o traçado de sua boca acostumado com sorrisos de todas as naturezas se endurecia; e o seu olhar, antes cálido, se tornara desconfiado e impiedoso – novamente, sem medo algum de eventual antecipação de sua morte, Loras comentara ser a melhor “bitch face” que vira em anos no rosto da irmã.

A poucos passos, sua namorada gargalhava junto a Daenerys Targaryen, esta que não apenas segurava a mão da ruiva por cima da mesa, mas se movera para ajeitar os fios ruivos que teimavam em cair pelo rosto de Sansa.

A morena vira os tons de vermelho se alastrarem ao entrar no café com sua companhia importuna – sim, negaria seu irmão enquanto este não parasse de se comportar como um idiota, o que, no momento, consistia em mandar milhares de mensagens a Renly, Willas e Garlan relatando o seu estado de possível crueldade e vilania.

Margaery marchara lentamente em direção às duas e colocara as mãos levemente nos ombros da ruiva, massageando-os, e, então abaixara-se para beijar seu rosto. A nortenha se virara e o grande sorriso que ornava seu rosto segundos atrás se dissipava ao ver a expressão irônica da morena, as sobrancelhas arqueadas e o olhar penetrante de encontro ao seu fizeram com que a ruiva engolisse em seco e desvencilhasse sua mão do aperto da Targaryen.

“Olá, San-sa. Como vai?”. A morena deliciava-se lentamente com as sílabas proferidas e a rouquidão revelava seu efeito nos arrepios que podia sentir percorrer pela ruiva.

“B-b-bem”, respondera com a voz trêmula e o rosto corado.

A companhia inicial da ruiva observava curiosa a interação e decidira por intervir ao sentir a tensão se alastrando.

“Olá, você deve ser a Srta. Tyrell. Me chamo Daenerys, mas pode me chamar de Danny”, oferecera a introdução com um sorriso confiante e levantara a mão para um aperto que se passara cordialmente, mas com certo tom implícito de animosidade.

“Prazer, Srta. Targaryen. Curioso como trabalhamos no mesmo departamento e foi necessária a intervenção da querida Sansa para que nos apresentássemos devidamente”.

O tom formal de Margaery aliado ao seu semblante mordaz eram o suficiente para ameaçar a compostura da maioria das pessoas, porém o mesmo não ocorrera com Danny, que apenas retribuíra a ironia da morena e se virara com os olhos sonhadores para a ruiva.

“De fato, a doce Sansa tem esse efeito especial de trazer as pessoas para a sua órbita. É quase como se ela tivesse uma força de atração própria tão forte quanto a gravidade”.

A Tyrell respondera, então, risonha: “É uma verdade, de fato. E ainda bem que não estamos falando da lei da gravidade seletiva”.

“Perdão?”, arguira a Targaryen.

“A lei que se refere à probabilidade de que um objeto caia do jeito que cause mais dano, incômodo ou prejuízo. Sei que não estamos falando dela, mas vejo que há aplicações cada vez mais concretas hoje em dia”, Margaery dissera com um tom de desinteresse, mas era evidente ao quê, ou melhor, a quem se referia.

O silêncio que se seguira fora o suficiente para deixar a nortenha e o outro Tyrell – afinal, Loras continuava renegado para Margaery – apreensivos. Era como assistir uma acirrada partida de tênis, porém sem movimentos e gritos de frustração, apenas a troca de olhares fulminantes e os xingamentos mentais que pareciam ser tão reais e ressoar tão altos quanto se estivessem sendo proferidos.

Passados mais alguns segundos, Daenerys gargalhava estrondosamente e dissera à ruiva: “Você realmente não estava brincando quando disse que ela era tão intensa quanto brilhante”. O rubor de Sansa se intensificara e Margaery restara confusa diante da afirmação.

Os eventos seguintes foram ainda mais confusos para morena. Daenerys se despedira em virtude de sua palestra sobre Liberdade e Democracia no campus, Sansa abraçara a loira timidamente e esta fizera questão de abraçar os irmãos Tyrell, revelando com uma piscadela atrevida que havia sido um encontro memorável com os espinhos e as rosas de Highgarden.

“O que foi isso?”, perguntara Loras à irmã.

“Não faço a mínima ideia”, a morena oferecera aturdida e virara-se para sua namorada, que a observava incrédula.

“Você parece um pouco cansada”, disse Sansa a contragosto.

“Você parece um pouco tanto quanto má”, respondera Margaery assustada com o semblante da ruiva.

“Ótimo”, suspirara irritada. “Porque o seu ciúme te presenteou com uma noite no sofá, Mar-gae-ry”.

A risada de Loras claramente renderia esforços para deserdá-lo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem.
O feedback de vocês é sempre bem-vindo!

P.s.: Tem uma referência de Elementary nesse capítulo.



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