Menina de Família escrita por Lupe


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Capitulo curto, desculpa



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[Thiago]: Claro gata ♥

[Thiago]: Vc é maravilhosa de qualquer jeito ;-)

[Thiago]: Sempre quis namorar uma líder de torcida, mas linda que nem vc? Sonho demais ♥ ♥

Eu senti o fluxo de sangue aumentar nas minhas bochechas, que queimavam. Thiago era um babaca, mas ainda fazia meu coração acelerar. Desgraçado
Sentei na minha mesa, antes que o sinal do começo da aula tocasse.

[Chris]: Haha. Tá bom

[Chris]: Até parece

[Chris]: Mas vlw

Alguém deu uma risadinha do meu lado. Virei e vi Daniel inclinado por cima do meu ombro, lendo a conversa.
Você deve estar pensando "quem diabos é Daniel?". Uma informação importante que eu deveria ter te dado a algum tempo atrás, é que eu tenho muitos amigos. Tem o Daniel na minha turma, o Marcelo e a Marina na outra sala, o Gabriel no nono ano, Robson e Kami no terceirão, Naomi, Giulia, e Benny no segundo... Além de Elis e Sofia, minhas amigas da minha cidade natal, e Gaby que é de outro colégio. É bastante gente. Sinceramente, até eu me confundo as vezes.

— Tá falando com o boy? - disse ele em tom de provocação, rindo e me dando um soquinho no ombro.

Tava mais pra embuste, mas na minha cabeça eu era apaixonada por ele.

— É, tipo isso...

— Você vai ser cheerleader? - disse, colocando a mochila na mesa do lado e se sentando.

Acenti com cabeça. Thiago mandou mais uma mensagem.

[Thiago]: Ah, para né

[Thiago]: Tu é linda, pra que ficar se desmerecendo

Daniel olhou para meu meu celular de novo, lendo.

— Ele quer teu corpo nu. Só vai.

Eu segurei uma risadinha irônica.

— É, pois é...

Suspirei. Me sentia confusa. Eu gostava dele. Achava que gostava. Mas não tinha certeza.

[Chris]: Valeu... Olha, logo minha prof vai chegar na sala. Depois eu falo com vc, pode ser?

[Thiago]: Okay bb, boa aula ♡

Eu guardei o celular no bolso e me sentei de lado na cadeira, para conversar com o Daniel.

— Mas ei, você não ia sair com sua namorada ontem de tarde?

Ele deu um sorriso de orelha a orelha.

— Eu tava esperando você perguntar.

— Uhh, o que aconteceu?

— Adivinha?

— Nãããoo. Sério?

Ele fez que sim com a cabeça.

— Aham. A gente transou.

— Meu deeussss. Eles crescem tão rápido - eu dei um abraço nele e fingi enxugar uma lágrima invisível. - Eu sabia que mesmo depois de tantos anos jogando League of Legends você ainda tinha esperança de não morrer virgem.

Ele me empurrou, rindo.

— Ah, vai se foder vai Chris.

Eu ri.

— Vou mesmo. Adoorooo miga.

— Hmm sei.

— Tá mas me conta isso direito!!!

Ele riu.

— Okay. Bom, foi normal no começo. Eu fui pegar ela na saída da escola, aí a gente ficou passeando e comprou um churros no caminho da casa dela. Chegamos lá, daí a gente foi assistir série. Mas sabe né, mais beijando que assistindo. Aí uma hora, mão boba vai, mão boba vem, ela colocou a mão dentro da minha calça.

— Sério? Ela não era de igreja? - eu ri.

— Uhum, eu também me surpreendi. Ela nunca deixou eu fazer isso.

— E tu tentou né, safado.

— Óbvio. Mas tá, ela abriu meu zíper e começou a bater uma pra mim.

Eu não consegui segurar o riso. Ele parecia um garotinho falando da pista nova da Hot Wheels que tinha ganhado de natal.

— Nossa. A famosa "Crente do Cu-Quente".

— Siiim, meu deus. Aí eu tirei a calça dela e fiz um oral gostoso nela.

Eu me senti corando, envergonhada.

— Meu Deus, Daniel.

— Ah cala a boca, quem vê tu assim até acha que tu é santa né.

— Eu sou, oras. Pura e casta.

— Virgem safada você quis dizer.

— Vai se foder Martines.

— Também te amo.

— Uhum, tá. Mas e depois?

— Eu disse que você era tarada. Mas okay. Ah, depois eu pedi pra ela se rolava ou não, ela disse que sim, aí eu peguei uma camisinha na carteira, e rolou.

— Oloco bicho.

Ele deu de ombros.

— Fazer o que, sou foda né.

— Ihh, ó lá. Comeu a namorada uma vez e tá se achando o menino transudo já.

— Óbvio - disse ele, rindo alto.

— OOOIII BOM DIAAA - gritou minha professora de literatura, entrando na sala - Todo mundo sentado meus amores. Quem aí tá preparado pra entrar nos Mads e arregaçar as outras equipes? Opa, quero dizer, vencer os Jogos.

Meus colegas riram e se sentaram. Diana, nossa professora de literatura, era um amor de pessoa, mas ela ficava enlouquecida quando os Jogos começavam. Ela era madrinha declarada dos Mads, desde que entrou no colégio. Isso tinha sido tipo, 11 anos antes. Ela também gostava muito de mim, e sabia que tinha sido do Mads ano passado, meu primeiro ano na escola.

— Chrissy, meu amor, você tá no Mads, né? Vamos ganhar de novo!

— Na verdade, eu tô no Soldiers.

— O que?? Como assim querida? Você precisa ser da nossa equipe! Eu tava torcendo pra te ver dançando nos jogos e na na final esse ano.

Ouvi algumas meninas rindo no canto oposto da sala. Elas não gostavam de mim, sabe lá Deus porque. A clássica falsiane de escola.

— Mas você vai me ver dançando prof, mas nos Soldiers.

— Ah, sei. Boa sorte na equipe derrotada então.

Cruzei os braços.

— Que eu saiba, você deveria estar incentivando a competição saudável, não atacar as equipes que não são a sua.

— Eu não tenho culpa que os Mads são a melhor equipe, Chris.

— E as outras equipes não tem culpa de quem não sabe vencer.

A sala toda ecoou um "Uhhhhhhhh". As coisas estavam esquentando, e as mesmas meninas que riram da possibilidade de eu ser cheerleader estavam parecendo revoltadas. Uma delas se virou para mim, visivelmente se sentindo atacada.

— Olha aqui meu amor, se você não tem o que falar nem fala. Só porque não ficou na melhor equipe esse ano, quer ficar enchendo o saco dos outros. Vai arranjar o que fazer.

— Em primeiro lugar, eu não seu seu "amor", tá bom? Te controla que não te dei essa intimidade. Além do mais educação faz falta, né? Se toca Amanda.

Ela grunhiu, irritada. Mais um "Uhhhhh" foi ecoado pela sala.

— Bom, - exclamou a professora Diana - Já vi que tá todo mundo bem no clima dos Jogos né. Agora bora pra aula. Abram a apostila na página 27.

A aula continuou normalmente, mas o clima estava pesado.

Os Jogos haviam começado.


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