Trustiness escrita por Lilykah


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Enjoy =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/733650/chapter/4

Durante o jogo no camarote

— Se esse placar não melhorar eu vou acabar sem minhas unhas! – disse ao seu lado uma apreensiva e grávida Angelina Weasley. – Olha ali, errado de novo. Merlin! – Ela lhe encarou - Sério Hermione, como você está tão calma?

Hermione olhou pra Angelina à sua direita, ao lado dela George apertava as mãos uma há outra. E saltitava. Depois dele estavam Bill com Victoire nos braços, ao lado de Fleur , grávida de poucos meses de outra menina,  apertava o guarda-corpo como se dependesse dele para permanecer em pé. Charlie, pra variar não conseguira vir, e Percy estava em casa com Audrey, cuidando das gêmeas, Molly e Lucy, que tinham apenas um mês de vida. Os sogros a sua direita estavam mudos. Sentia falta de Harry e Rony nestes momentos.

— Eu não estou calma, Angie. – respondeu Hermione – Você é que não pode se deixar ficar nervosa, não faz bem pra Roxanne -  disse apontando para a barriga da cunhada.

—Eu sei que não é saudável, mas eu to morrendo de nervoso aqui, e você parece calma demais. Afinal, o que está acontecendo com a Ginny?

— Você sabe o que está acontecendo – respondeu George – Aquela cretina da Skeeter e aquela matéria idiota. É isso que está acontecendo.

— George está certo. – Hermione concordou – Aquele verme rastejante da Skeeter sem saber pegou Ginny onde mais dói. E nem são as mentiras que aquela porca repulsiva inventou, para a Ginny, o maior problema é não saber a situação do Harry, como ele está. Isso que está a incomodando.

— Verme rastejante e porca repulsiva em uma mesma frase. - riu George – Hermione Granger! Que falta de educação é essa? Roniquinho está te influenciando com um linguajar chulo dele, cunhadinha.

Hermione deu de ombros. Angie virou para o marido

— Se a Harpias perder eu quero um boneco da Skeeter pra socar, igual o que você fez do Voldemort. Sério!

Hermione riu. Um dos brinquedos da loja de George era um boneco com forma de balão que flutuava, começou com uma caricatura do Voldemort estampada, mas depois melhoraram e a versão nova era bastante realista. Servia para adultos treinarem socos.

— Prefiro que elas ganhem. Mas te faço um mesmo assim. – respondeu George, e emendou - Quer também Hermione? Podemos variar o estilo, colocar a cara do Rony sabe, ai em vez de socar você pode dar uns beijinhos também – riu piscando pra cunhada que enrubesceu e saiu rolando os olhos.

Hermione se afastou do casal e ficou ao lado dos sogros. Molly e Arthur estavam extremamente nervosos e o silencio quase total dominava o ambiente.

Sentiu um pesar no seu ombro, como se alguém estivesse apoiando a mão nela. Virou-se para trás. Ninguém. Não fora Molly, ou Arthur. Olhou pra George pra ter certeza que não era brincadeira dele.

“Estranho. Será que? “

Olhou para frente a tempo de ver uma atacante da Harpia que não sabia o nome perder uma chance de acertar o aro sem goleiro. E em meio a vaias da torcida sentiu novamente o peso no ombro acompanhado de uma voz familiar em seu ouvido.

— Sou eu Mione. Harry. – Ela sorriu e ameaçou se virar – Não vira! Olha pra frente e finge ver o jogo. Espera!

Ela obedeceu. Harpias marcou e o camarote todo festejou. Harry aproveitou o barulho pra lhe passar instruções.

—  Me escuta. Da uma desculpa e vem comigo até as Lanchonetes ali em cima dos vestiários. Na saída à esquerda. Ok? Preciso da sua ajuda.

Olhou pro lado. O Silencio voltou ao camarote.

— Er...Hum... Molly? Importa-se se eu der uma saída? Eu, hum... Eu preciso ir ao toalete e também comer alguma coisa.

— Lógico que não me importo Hermione, mas,  você acabou de comer querida, está tudo bem? – A sogra lhe olhou desconfiada.

— Está, é só que...- soltou um suspiro – Eu to nervosa! – Ela fez sua melhor cara de “estou dizendo a verdade”

—  Quer companhia? – Angie se ofereceu.

— Não, não precisa, eu acho que vou demorar um pouco e eu sei que você não gosta de perder nada do jogo - Virou-se e saiu quase correndo.

— Hermione? – A sogra disse e ela se virou – Não esqueça sua bolsa querida.

— É verdade, e pegou a bolsinha de contas em cima da mesa e levou-a consigo.

—*-

“Lanchonetes... Lanchonetes... onde estão... “

Saiu andando seguindo as placas de orientação, desviando das pessoas que transitavam olhando mais pro campo que pros pés. E praguejavam. E vaiavam. A torcida das Catapultas pulava e gritava.

Merlin que inferno!

Esbarrou em alguém.

— Por Merlin será que é possi... – sua fala foi interrompida por um abraço. Sentiu familiaridade dos braços a apertando e quando se soltou sorriu para o amigo.

— Harry! – Deu lhe um tapa no ombro, ele estava sério – O que é isso, que palhaçada é essa o que...

Ele não a deixou terminar, começou a praticamente arrastá-la desviando das pessoas.

— Aconteceu alguma coisa? Cadê o Rony? Você quer falar o que está acontecendo? – Ela dizia enquanto ele a conduzia.

— Depois, vou falar de uma vez só. Primeiro vai lá e cumprimenta seu namorado. – Disse Harry sorrindo e apontando para um ruivo distraído de costas pra ela.

Rony.

E Hermione foi. Seus pés tremeram e vacilaram, o coração quase saiu pela boca e os olhos marejaram. Em cinco passadas ela estava a suas costas. O abraçou pelas costas e sentiu que o namorado primeiro se assustava e depois relaxava, ele girou em seus braços. Dois segundos depois seus lábios se encontraram em um beijo terno. Cinco semanas e estava morrendo de saudades dele. Aprofundaram no beijo, as mãos dele sustentavam a ela na ponta dos pés. A língua dele dançava em sua boca. Até que um barulho estranho vindo de sua interrompeu o reencontro.

— Caham… Ei.. Oi... – ouviu Harry dizer – Hermione? Rony? Será que dá pra vocês pararem de se engolir por alguns minutos? Estamos com um problema sério aqui – Acompanhou com seu olhar para onde o amigo apontava.

Cento e quarenta para as Harpias. Duzentos para as Catapultas.

— O que você quer fazer? – perguntou Hermione para Harry, ainda abraçada a Rony.

— Preciso que vocês dois criem uma distração pros guardas ali na entrada do vestiário – o moreno respondeu. – Você não tem uma pena ou algo do tipo não?

— Tem na minha bolsa – Ela disse enquanto procurava naquele buraco sem fundo.

— Você pretende fazer o que exatamente? – ouviu quando Rony perguntou

— Fazer sua irmã perceber que isso aqui – viu Harry tirar do bolso a matéria recortada – é uma tremenda merda.

— justo – respondeu o namorado.

Harry pegou sua pena e escreveu alguma coisa que ela não conseguiu ler por cima da matéria da Skeeter. Dobrou com cuidado e colocou o papel no bolso da calça. Retirou a capa e se cobriu. Ninguém percebeu.

— Agora criem uma distração para o segurança, eu já volto - disse Harry enquanto desciam as escadas.

— Qual sua ideia de distração? – perguntou Ronald ao chegarem próximo ao vestiário.

Ela simplesmente pegou um copo sobre uma mesa qualquer e em um movimento rápido jogou no rosto do namorado.

— VOCÊ É UM TRASGO INSENSÍVEL MESMO! NÃO SEI POR QUE NAMORO COM VOCÊ!

Ronald parou surpreso. Olhou para ela sem entender muito. Ela continuou a falar, o guarda estava mais atento. Sentiu Rony se aproximar, com um olhar divertido pra ela, ele a segurou pelo braço.

— QUE É? ESTÁ MALUCA? O QUE EU FIZ?

— VOCÊ PASSA CINCO SEMANAS LONGE E NÃO ME MANDA NEM UMA CARTA E A PRIMEIRA COISA QUE FAZ É ME ARRASTAR PARA UM JOGO DE QUADRIBOL?

— ESSE JOGO É IMPORTANTE. VOCÊ CONCORDOU EM VIR, QUAL O PROBLEMA?

Rony estava quase rindo, ela desviou o olhar para disfarçar .O guarda se aproximou deles.

— Senhor? Senhorita? Está área é restrita, não posso deixa-los aqui.

É a sua deixa Harry.

—*-

Harry passou por trás do guarda quando ele se aproximou do casal de amigos. Seguiu até a bifurcação e virou para o corredor escrito visitantes. Os guardas estavam conversando de frente um para o outro, mas a porta do vestiário estava aberta. Ele entrou e identificou qual era a divisória com as coisas de Ginny –numero Sete, logicamente. Colocou a folha embaixo de uma pilha de roupas, mas de modo que ela percebesse que havia algo ali.

Tomara que de certo.

—*-

Encenar a briga com o guarda para que Harry pudesse entrar no vestiário havia sido divertido, pensou Hermione enquanto retornava ao camarote sozinha. Soltar algumas palavras de raiva para ele, brincar com as brigas deles mesmos e terminar com um beijo estilo desentupidor que deixou o guarda desconcertado e foi no mínimo interessante.

Harry veio do lado oposto e chamou-lhes já sem a capa, como se estivesse os procurando há algum tempo. Assim que saíram o juiz apitou para um intervalo técnico e os times se retiraram para os vestiários.

Os meninos voltaram para seus lugares na arquibancada. Harry preferiu esperar o desenrolar do jogo. Se a Harpias perdesse ele e Rony iriam encontrar todos na Toca, mas se o time de Ginny conseguisse a classificação a ideia era surpreender a ruiva na festa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Trustiness" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.