T.O.C. - Obcecado por você. escrita por Hamal, Rosenrot


Capítulo 1
O Presente Perfeito.


Notas iniciais do capítulo

Fic nova na área pessoal *-*

Como prometido aqui está, essa fic se passa NO MESMO universo de "formiguinhas" e "não basta ser pai". è uma especie de continuação, mas na verdade ela se inicia ANTES do nascimento da Lakshimi, entre as duas fics na verdade.

Espero que se divirtam com a fic, porque ela foi escrita a muito tempo inspirada em um vídeo do youtube que no ultimo capítulo eu mostro qual *-*, e estava no forno a um tempão, quando fomos betar quase morremos de tanto rir.

Alem disso Juju CAPRICHOU nas capas, vcs vão ver hahah

inclusive a capa da fic e desse capítulo são dela.

Ps: beijão especial pra Ivi, nosso xuxu, que não escreveu mas merece menção honrosa pq participou do making of



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Fazia uma manhã agradável no Santuário de Atena.

Com o início do Outono o calor intenso do verão grego diminuíra consideravelmente, fato que era sempre muito bem vindo para um certo ferreiro e seu jovem filho.

Na Primeira Casa Zodiacal, Mu de Áries trabalhava na forja transmitindo seu conhecimento milenar sobre as artes lemurianas da ferraria para seu filho Kiki.

Sentado no colo do pai o pequeno garotinho ruivo, no alto de seus três anos e meio, o observava atento enquanto ele derramava minúsculas partículas de um pó dourado sobre as rachaduras, invisíveis a seus olhos, de uma armadura de prata colocada sobre um grande balcão de ferro.

— Está vendo, filhote? — disse Mu enquanto usava seu dom telecinético para conduzir o pó até o lugar desejado — Esse é o Pó de Estrelas!

Kiki arregalou os olhos em encantamento. Aqueles grãozinhos minúsculos dourados brilhavam tanto quanto os raios mais intensos do Sol.

— As partículas entram pelas rachaduras e curam a armadura de dentro para fora. — disse o ariano concentrado — Lá dentro, o Pó de Estrelas irá religar as partes avariadas que foram separadas pela fissura, depois ele se fundirá ao metal e se tornará parte da própria armadura. A telecinese é imprescindível nessa hora, por isso apenas o nosso povo pode executar esse ofício.

— Pu que, papai? — Kiki perguntou curioso.

— Porque somente nós, lemurianos, conseguimos sentir onde está a avaria para guiar o Pó de Estrelas até ela, grão por grão.

— O kiki não entendeu. — fez um muxoxo.

Mu riu descontraído.

— Só nós conseguimos curar os machucados das armaduras, isso porque podemos “fazer flutuar”, como você faz com seus dinossauros, o pozinho de estrelas para dentro delas. — disse com voz mansa enquanto com a ponta dos dedos continuava a despejar o pó brilhante sobre o metal, sendo observado por um par de olhos fascinados que mal piscavam.

— Agola o Kiki entendeu! — o menino sorriu.

— Com a prática você aprenderá a fazer como eu. Aprenderá a manipular o Pó de Estrelas e seus milhares e minúsculos grãos. Os fará viajar pelo ar até a armadura e os conduzirá com sabedoria até a avaria.

— O Kiki pode tentá, papai? — perguntou o menino, eufórico.

— Pode sim filhote, mas com cuidado! — disse o Santo de Áries já ajeitando o pequeno de pé sobre suas pernas — A armadura está viva, por isso tem que se lembrar sempre de que nós estamos manipulando suas feridas... Ela sente dor como nós sentimos, então você precisa ser muito cuidadoso. Vamos lá, tente com apenas alguns grãozinhos, não mais do que cinco!... Concentre-se, em seus dons lemurianos e também em seu Cosmo. Envolva o Pó de Estrelas com eles e devagar peça gentilmente para que “voem” até o local onde está a ferida.

Aquela não era uma tarefa fácil para Kiki. O pequeno logo descobriu já nas primeiras tentativas.

Manipular partículas tão poderosas quanto pequenas era praticamente impossível para alguém tão jovem, por isso em cada tentativa que fazia Kiki deixava um tanto cair pelo caminho, sobre a mesa de ferro.

Outra tentativa e outra falha, mas nem assim o ruivinho desistia.

O pai, orgulhoso, mantinha-se paciente enquanto o incentivava.

Atento a cada nova tentativa do filho, Mu tinha os olhos vidrados no pó dourado, na armadura sobre a mesa, na aura determinada do pequeno, porém sua mente estava longe dali.

Na cabeça do lemuriano mais velho se desenrolava um conflito muito maior do que simples armaduras danificadas ou complexas restaurações.

Em poucos dias seria seu aniversário de casamento com a luz de sua vida, Shaka de Virgem!

Aquele ano Mu não queria comprar um simples presente para Shaka, já que em todos os anos seguia um mesmo ritual; comprava-lhe livros, ou forjava ele mesmo alguma peça de ouro bonita para o virginiano, isso quando não lhe dava apenas incensos ou algum objeto de decoração para a casa.

Não.

Esse ano Mu queria algo diferente!

O cavaleiro de Áries desejava do fundo de seu coração presentear Virgem com algo especial e sensual, afinal Shaka, mesmo sendo um homem discreto e recluso, esbanjava sensualidade e erotismo até quando passava um café para ambos às seis da manhã.

Claro que tinham as vezes em que o indiano era sensual por querer, como quando o hipnotizava com suas danças exóticas carregadas de erotismo, ou quando decorava o ambiente com velas aromáticas e flores... Isso sem falar quando apelava e resolvia usar praticas indianas milenares aplicadas ao sexo, o que só deixava o pobre carneiro cada vez mais apaixonado.

Os anos vivendo juntos, e depois a adoção de Kiki, não prejudicaram em nada o desejo entre eles. Muito pelo contrário!

A cada ano Shaka parecia se desfazer mais de suas amarras religiosas e de seus pudores mentais, envolvendo Mu cada vez mais em seus jogos de sedução.

Por esse motivo Áries estava decidido a ser ele a seduzir Virgem naquele aniversário.

Era ele quem surpreenderia o amado com algo bem sensual, diferente e único.

Algo que seria capaz de fazer apenas por Shaka.

— Olha papai, o Kiki conseguiu! Conseguiu pegar... — Kiki trouxe Mu de volta à quando, eufórico, conseguiu enfim levitar cinco grãos de Pó de Estrelas, porém na empolgação os deixou cair — Aaaah nãoooo! — lamentou choroso.

— Tudo bem meu amor. — Áries o consolou com um abraço — Você conseguiu pega-los não foi? É apenas uma questão de tentativa e erro. O papai também não conseguiu de primeira. Precisei de muitas horas de tentativas e erros para conseguir depositar os primeiros grãozinhos. Moldar o metal é muito mais fácil do que curá-lo. — afagou os cabelos do filho, depois levitou todo o pó o depositando de volta ao recipiente de origem — Venha filhote. Vamos encerrar por hoje... Daqui a pouco o seu Bába nos chama para almoçar e ainda estamos aqui.

Enquanto Mu juntavam as ferramentas celestiais para guarda-las, sua cabeça trabalhava a mil, tentando resolver o dilema do presente.

Definir que faria uma surpresa erótica para Shaka ao em vez de lhe dar um presente tinha sido a parte mais fácil, agora a parte difícil era saber o que exatamente faria.

Foi quando guardou o martelo dourado dentro de um organizador de madeira que Shaka havia lhe arrumado que Mu teve uma epifania.

Arregalou os olhos divisando as ferramentas organizadas com primor e então soube que tinha encontrado o presente perfeito!

— Atena! É claro! — murmurou para si mesmo, eufórico — É tudo que ele mais gosta! Mas... Será que consigo? E... como farei isso?

A ideia genial de Mu iria lhe requerer, além de coragem, muita desenvoltura e uma luta contra sua timidez, porém valeria a pena.

— Shaka com certeza vai adorar! — outro murmúrio animado.

Sorria feito um bobo quando ouviu por telepatia o Santo de Virgem lhe chamar, e também a Kiki.

“Mu, o almoço está pronto. Venham antes que esfrie. Fiz o risoto com ricota que você adora e os bolinhos de espinafre que o Kiki gosta. Ah! Tem também suflê de queijo! Mas, já sabem! Não quero os dois suados e cheios de cinzas da fornalha na mesa. Lavem as mãos e os rostos pelo menos.”

Shaka falava com extrema naturalidade, enquanto no Templo de Virgem ele mesmo já ia novamente lavar as mãos depois de ter retirado o lenço da cabeça, o qual era seu companheiro inseparável sempre que cozinhava.

Soltou os longos cabelos loiros e depois guardou o lenço dentro de uma gaveta na dispensa.

Voltando à cozinha foi colocar a mesa.

Cada prato, talher e copo estavam milimetricamente organizados um ao lado do outro, obedecendo a um padrão que o próprio Shaka estabelecera como o ideal, com uma distância precisa que satisfazia tanto à necessidade de se ter espaço para comer livremente, quanto seu desejo por afeto.

Assim, ele distribuía os pratos e talheres para que ficassem bem pertinho um do outro, mesmo tendo espaço de sobra na mesa.

Não demorou para que logo Mu e Kiki chegassem, já limpos. Tinham lavado muito bem as mãos e rostos no banheiro da Casa de Áries mesmo. Trocaram de roupa e também de sapatos, para que não sujassem a cozinha de Virgem com fuligem.

Foi em clima de amor e alegria que os três fizeram a refeição.

Depois do almoço os lemurianos foram direto para o banho. Kiki para poder brincar com seus dinossauros sem sujar o tapete da sala, e Mu para ficar cheiroso e limpo para o marido.

No meio da tarde, o cavaleiro de Áries deixou a Sexta Casa para dar andamento a seu plano, e assim ele faria também nos próximos dias.

Ao final de quatro dias Mu tinha o presente de Shaka em suas mãos.

Não fora tarefa fácil, visto que tivera muita dificuldade em algumas partes da realização do projeto, afinal fazer tudo sozinho era trabalhoso, ainda mais quando tinha que driblar sua timidez, mas ao imaginar as reações de Shaka quando visse o presente uma nova injeção de ânimo e ansiedade o fazia seguir com o intento.

E finalmente o grande dia chegara!

Era pouco mais de oito da noite quando Mu deixou Kiki em Touro aos cuidados de Aldebaran e desceu até Áries para se arrumar.

Tomou um banho demorado, caprichado, pois a noite prometia!

Ansioso, perfumou-se e vestiu-se com elegância, calça em corte de alfaiataria em tecido escuro, camisa branca e blazer preto.

Subiu as escadarias animado, ansioso e muito, mas muito nervoso!

Nunca, em toda sua vida, havia feito algo tão audacioso, e por isso suas mãos suavam segurando o embrulho.

Parou em frente à Casa de Virgem e respirou fundo, tomando coragem, então adentrou o Templo e seguiu até a parte interna.

— Luz da minha vida! Cheguei! — disse em voz alta se anunciando.

Na outra mão trazia um buque obscenamente grande de girassóis.

Shaka havia se preparado para Mu também.

No dia anterior Áries havia lhe proposto um jantar romântico, mesmo que não fosse para sair de casa. Uma que não podiam se ausentar do Santuário, outra que preferiam ficar em Virgem mesmo, pois assim Shaka podia fazer tudo à sua maneira. Podia cozinhar o que se permitia comer e por a mesa obedecendo à suas regras de distância mínima entre os talheres, já que a disposição destes nos restaurantes era sempre um suplício para o indiano, uma vez que vinham todos desalinhados e com espaços diferentes entre si.

Em casa Shaka também podia decorar a sala como gostava, escolher a música ambiente, e depois da refeição podiam deitar sobre o tapete felpudo e se esticarem entre as almofadas enquanto tomavam um vinho...

Muito melhor mesmo ficar em casa.

Quando o Santo de Áries adentrou a parte interna de seu Templo, da sala Shaka já podia sentir o perfume delicioso que vinha dele. Sorriu espantado consigo mesmo devido sua euforia e ansiedade.

Parecia até um primeiro encontro!

Rapidamente acendeu as velas que estavam em castiçais sobre a mesa e guardou o acendedor na terceira gaveta da peça que ficava ao canto da sala.

Parou em frente a um espelho preso à parede e ajeitou o bracelete de ouro em seu braço esquerdo, o qual julgava estar meio torto, depois passando os dedos nos fios lisos da franja tentou domar, pela milésima vez, um chumaço de cabelo que teimava em ficar levantado.

— Mas que droga! — lutava com a mecha rebelde.

Vencido novamente pela madeixa deixou escapar um suspiro e seguiu ao encontro de seu amado lemuriano, que já despontava na porta da sala.

Shaka então parou e ficou à observa-lo.

— Nossa! — disse após uma breve pausa — Por todas as Eras que já passaram por essa Terra... — caminhou com leveza até o marido cravando seus olhos azuis aos verdes dele — A cada ano que passa você fica ainda mais bonito, Mu.

Shaka então beijou os lábios de Mu com volúpia e paixão, depois olhou para as flores e para o pacote que ele trazia em uma das mãos.

— Eu adoro girassóis! — disse o loiro pegando as flores que o outro lhe oferecia — Você sempre se lembra deles!... E o que é isso? — apontou para o pacote.

— Isso? — disse Mu, meio atrapalhado — Isso... É o seu presente! — sorriu, depois abraçou o virginiano pela cintura colando seus corpos — Mas só poderá abrir depois do jantar.

— Ah é? Hum, que mistério! — Shaka sorriu.

— Não é mistério, é que ele é para mais tarde, ou ficaremos sem jantar. — Mu disse o final da frase com um sussurro, o qual foi seguido de uma leve mordida no pescoço perfumado do indiano.

— Então é uma surpresa! — disse Virgem, sentindo-se arrepiar com aquela mordida — Shaka adora surpresas! — agora ele era quem dava uma mordida leve no queixo do ariano.

— Eu sei que Shaka adora surpresas! — Mu sorriu enquanto corria as mãos pelos ombros do loiro.

— Bom... se é para depois do jantar, vou ter que por em prática minha paciência budista, mas mal posso esperar para abrir! — disse o indiano, e com outro beijo afogueado nos lábios do amado apartou-se dele para seguir até o fundo da sala e deixar o pacote com o presente em cima da estante, ao lado da televisão.

Os girassóis Shaka colocou em um vaso rústico de cerâmica indiana que ficava ao lado de uma grande janela oculta por graciosas cortinas de tecido transparente em tons quentes.

Mu tirou o casaco e se sentou à mesa. Logo Shaka se juntou a ele.

O jantar foi maravilhoso.

O indiano havia preparado canelones de acelga com queijo gorgonzola. Estavam tão deliciosos que Áries teve que usar de toda sua força de vontade para não comer demais, acabar letárgico e com a barriga estufada, afinal tinha planos para aquela noite, e comer canelone até passar mal com toda certeza atrapalharia seus planos.

Haviam jantado, conversado muito, trocado carícias...

Shaka tinha arrumado o ambiente com velas aromáticas, flores e música agradável...

O clima não poderia estar mais perfeito!

Era a hora!


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Estão curiosos? A fic tem poucos capítulos, e prometemos betar o mais rápido que pudermos *-*
o que será que Mu aprontou ein?

Grupo "Fics trio ternura":
https://www.facebook.com/groups/1522231508090735/


Ps: sacaram a referencia da imagem? hahah



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