The White Rose escrita por Senhora Darcy


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo queridos... espero que aproveitem e não me matem! kkkkk
Boa leitura!



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Depois de uma entrada triunfal, me senti sendo seguida por dezenas de pares de olhos o tempo todo. Alguns cavalheiros ainda me lançavam sinais um tanto quanto obscenos. Dancei cerca de sete músicas, com rapazes diferentes, todos com broches dourados. Recebi diversos presentes também. Joias, tecidos, echarpes, perfumes, fitas e mais. Felizmente todos também pareciam bem adoráveis. Conversei com poucos, porém. Em geral, eles mandavam servos entregar os presentes, provavelmente para alimentar um ar misterioso em torno deles. Enquanto andava por aí, trocando olhares e cumprimentando pessoas que nem conhecia, um outro servo se aproximou. Sem dizer uma palavra, me entregou uma rosa branca, enorme e totalmente florescida. A mais linda de todas. Não tinha espinhos, e seu perfume me envolveu por inteiro. Será que...? Mas não, não era possível. Uma coincidência, sim. Certamente. Imaginar coisas só iria me machucar. Olhei em volta, mas nenhum cavalheiro se pronunciou como o dono da rosa. De qualquer forma, fiquei feliz com o presente. Era o que eu mais apreciara até então. Coloquei a rosa no meu cabelo, prendendo seu caule aos meus fios.

A corneta soou, imponente, anunciando a dança principal. Era apenas uma formalidade, eu deveria dançar com todos os pretendentes numa quadrilha que trocava os pares rapidamente.

Começou a música, e veio o primeiro rapaz. Depois outro, e mais outro. Eu mal havia decorado seus nomes ou rostos, para saber quem é quem. Sabia apenas que eram gentis e que adoravam me dizer que estava linda. Troquei de pares novamente. Me virei de costas para o rapaz que se aproximou, conforme a coreografia. Senti a mão firme e grande envolver minha cintura de forma um tanto ousada. A outra encontrou minha mão e minhas costas se acomodaram em seu peito largo. Com certeza eu não havia visto esse homem ainda, ou teria me lembrado de todo esse porte. A dança começou e ele me puxou para mais junto de si. De alguma forma, me senti confortável em seus braços e estava curiosa para ver seu rosto. Será que era ele que me mandara a rosa? Sua postura mostrava que ele sabia como se destacar e tinha uma boa estratégia para se sobressair ali. Mais alguns passos e eu me viraria para dançarmos de frente. Apenas mais alguns passos e....

— Céus, você está me matando com esse vestido.

Meu coração parou um instante e tive certeza de que haviam centenas de borboletas no meu estômago.

— Não pode ser! – Eu me virei tão rápido que quase trombei com Gregory.

— Shh... temos que disfarçar. – ele disse e piscou para mim.

— Mas, o que... como? Você não está a caminho da América!

— Eu acho que não.

— E por que não? O que está fazendo aqui?

— Garota, eu prometo que vamos falar disso. Mas agora temos de manter o disfarce ou vão me reconhecer.

— eu... Céus, Gregory! Não acredito nisso! Mas tudo bem, conversaremos depois.

— Certo, - ele disse e me puxou para perto, ainda dançando – agora preciso marcar meu território pois ver todos esses olhos em você está me deixando louco. Você me deixa louco. O que estava pensando quando pôs esse vestido?

— Estava pensando que precisava encontrar um marido rápido, já que o homem da minha vida estava indo para outro continente. – eu sussurrei – E nem me venha com esse ciúmes todo agora.

Gregory abriu um sorriso enorme.

— Então eu sou o homem da sua vida? – disse, sarcástico.

— Ah, você não muda nunca não é?!

— Não. E você terá de me aceitar, pois eu vim para ficar. – ele disse e só então eu percebi um pequeno detalhe em suas vestes, um mínimo e delicado broche dourado.

— Gregory.... – eu estava sem palavras.

— Eu não consegui ficar longe de você, garota. E não quero ter de ficar nunca mais.

Uma lágrima escorreu do meu rosto e eu tive de me virar para disfarçar. Só então percebi que não tínhamos trocado de par por umas cinco vezes já. Alguns rapazes olhavam feio para Gregory, e um deles se aproximou, corajosamente.

— com licença, senhor, gostaria de compartilhar a princesa um instante? – ele perguntou a Gregory.

Este por sua vez, colocou toda sua cara de mal no rosto e encarou o rapaz desafiador.

— Na verdade eu não gostaria, não. – o rapaz engoliu em seco – Estou brincando, pode dançar com ela. É a última dança, de qualquer jeito.

Então ele se afastou com uma piscadela e não tirou os olhos de mim até que a dança acabasse.

— Ah, me desculpe por aquilo. É que já nos conhecemos de outro lugar, e tínhamos muito para pôr em dia. Eu expliquei ao rapaz, para não dar uma impressão ruim.

— Bom, então creio que se é assim, nenhum de nós tem chances, não é mesmo?

— Eu... – não sabia o que dizer, então apenas abaixei a cabeça enquanto ele saia.

Um dos criados anunciou, com um grito, que o jantar estava sendo servido. Antes mesmo de eu me virar para achar Gregory, ele me puxou pelo braço para fora do salão, até uma das alcovas. Quando estávamos a sós, eu o encarei.

—Então, agora me diga o que estava pensando quando...hum – ele me calou com um beijo.

Eu retribuí de bom grado, e quase chorei de felicidade. Era quase irreal! Eu sonhara com aquilo tantas vezes nas últimas semanas que agora era difícil de acreditar que era verdade.

— Desculpe, mas era só nisso que eu pensava nos últimos dias.

— Eu sei, eu também... – Eu sorri e enrosquei minhas mãos em seus cabelos compridos, tirando algumas mechas de seu rosto – O que você fez?

— Vim atrás da minha felicidade.

— E perdeu sua liberdade no caminho. Terá de viver na corte agora, tudo o que você não queria.

— Isso não importa. Não mesmo. Não quando tenho tudo o que eu quero bem aqui.

— Mas Gregory...

— Quando você me disse aquilo, no porto, eu achei que você estava certa, no começo. Seria bem melhor pro nosso filho crescer no palácio, como um membro da família real, com tudo do bom e do melhor. E você seria feliz, se casaria com um príncipe e todos ficariam bem. Mas então, eu comecei a pensar no que você tinha dito sobre nós, sobre o que sentia... e eu não tinha dito a minha parte. Eu tinha que falar para você como eu me sentia, e aquilo estava me deixando louco. Eu disse ao Rupert, que estava comigo, que precisava voltar e falar com você. Mas era besteira, vir só para dizer isso. E então eu percebi que não era apenas aquilo. Era tudo, era você. Eu estava arranjando desculpas desesperadamente, para pular daquele navio e vir atrás de você. Não porque é o certo, ou apenas por causa do nosso filho. Mas porque é você que eu quero. É você que eu quero todos os dias, na minha cama, ao meu lado, de mãos dadas e corações atados. Então eu vim...vim para te entregar isso, - ele colocou a mão na rosa em meu cabelo – vim para te dizer como te amo, e te pedir para ficar comigo.

Eu não tinha o que dizer, então apenas o abracei, sentindo as lágrimas escorrerem e ele depositar um beijo em minha testa.

— Meu coração é seu, garota. Desde quando nos conhecemos. Desde que eu te ofereci aquela rosa... eu te dei meu coração com ela, e ele nunca mais foi meu.

Eu chorava feito uma criança a esse ponto. Nunca achei que pudesse ser tão feliz. Gregory então se afastou alguns passos.

— E eu estou aqui agora, disposto a tudo para ficar ao seu lado. E se tiver que passar por esse cortejo... bem, não vejo nenhum problema desde que eu ganhe no final. – ele sorriu, presunçosamente. – Mas de qualquer maneira.... – Ele pigarreou e se ajoelhou pegando um singelo anel de prata, com um cristal em formato de rosa em cima – Katherine, você aceita se casar comigo?


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Notas finais do capítulo

Bom, gostaria de agradecer imensamente aos que chegaram até aqui comigo e aturaram todas as minhas ideias doidas e incorrigivelmente românticas! Mil desculpas se decepcionei vocês, mas essa história veio na minha cabeça como um filme, e eu queria muito que terminasse assim...Mais uma vez obrigada a todos que chegaram até o final.
Beijos e até a próxima!



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