The White Rose escrita por Senhora Darcy


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Uma batida na porta me assustou, e eu parei de dobrar minhas roupas para abri-la. Era Rupert, dizendo que o Capitão queria falar comigo. Engoli em seco e o segui para o Gabinete, já pensando no que ele diria. Provavelmente tinha recebido notícias de meus pais. Será que eles haviam pago a quantia de dinheiro do meu resgate? Pouco provável. De qualquer modo, me deu um frio na barriga.

No gabinete, fui deixada sozinha com minha coragem vacilante, o capitão e Gregory. Resisti ao impulso de ir até ele e fiquei parada na frente da porta. Com a postura ereta, as mãos juntas no abdômen e um vestido simples e comportado, eu parecia a princesa que fora há algumas semanas, nervosa e tímida.

— Aproxime-se, princesa. – O Capitão mandou, e eu o fiz – Como você é uma moça esperta, irei direto ao ponto.

— Obrigada.                            

— Em dois dias nesse porto, não recebi nenhuma carta, notícia ou boato de seus pais. Nada que indique que eles ao menos tentaram nos contatar. E como você sabe, hoje é o prazo máximo para eles.

Eu soltei o ar que segurava, e me sentei na cadeira mais próxima.

— E então? Vamos para a América? – perguntei.

— Você não parecer nem um pouco surpresa, princesa. – O capitão comentou e pude ver Gregory se remexer na cadeira do canto.

Suspirei e resolvi contar a verdade.

— Não mesmo. E é porque não estou surpresa.

— Mas como...

— Eu avisei a você que não conseguiria tirar nada do rei por minha causa.

— Mas eu não entendo...Ele é o Rei, você é a princesa, e...

— E ele não é meu pai. – Eu declarei.

Os dois homens me encararam e se levantaram imediatamente. Antes que algum deles pudesse dizer alguma coisa, eu levantei uma mão e expliquei:

— Não sou a filha do Rei. E ele sabe disso. Há muito tempo. E, bem, ele não reagiu bem com a notícia. Ele não me trata como sua filha, e não iria pagar tudo o que vocês pediram por uma filha bastarda. Na verdade, vocês fizeram um favor a ele. Agora não precisará passar a coroa a uma filha ilegítima, e poderá escolher o nobre de sua preferência para ser o sucessor.

— Mas como ele...

— Para manter as aparências. Por isso ele não disse nada quando descobriu. E também, já era tarde demais para ter outro filho. Eu era tudo o que ele tinha. E agora ele está livre. Me desculpem por enganar vocês. Eu ainda tinha alguma esperança de que minha mãe o convencesse, mas ela nunca foi uma mulher muito forte.

— E agora? – Gregory perguntou ao capitão, mas me fitava produndamente.

— Agora, eu.... – O capitão pensou um pouco – Preciso pensar.

Ele disse isso e fez um gesto para que nós saíssemos. Nós o fizemos em silêncio e rapidamente.

— Por que não me contou? – Gregory perguntou assim que saímos do gabinete.

Eu respirei fundo e me joguei em uma poltrona ali perto.

— Não sei. Não é um assunto que eu gosto muito... e bem, nunca surgiu a oportunidade, eu acho. Me desculpe.

— Tudo bem. Só quero que saiba que pode me contar essas coisas.

— Eu sei. – Sorri para ele e segurei suas mãos.

— Então... Como isso aconteceu?

Eu ri, com sarcasmo.

— Essa é uma longa história....

“Minha mãe engravidou aos vinte anos, de um namorico passageiro no seu reino, pelo que ela me disse. E para não perder a honra, minha avó aumentou seu dote e tratou logo de achar um marido para a minha mãe. Como ainda estava recente, ela conseguiu casar e consumar o casamento sem nenhuma suspeita, anunciando a gravidez logo em seguida. Pelo que ela me contou, o Rei tinha ficado imensamente feliz, e já mandara fazer todos os preparativos. Ela dizia que ele ia à missa todos os dias, rezar para que fosse um menino. Quando eu nasci, porém, apesar da decepção do Rei, ele ficou feliz e me acolheu como a princesinha dele. Até meus cinco anos. Foi quando ele ficou muito doente. Uma infecção na barriga ou algo assim, você deve ter ouvido. Durante os exames, o médico acabou descobrindo que ele era estéril. Não poderia, jamais, ter um filho. Essa parte foi a pior. Ninguém nunca me contou, mas eu me lembrava bem da gritaria, das brigas e das discussões para entender que eu não era a filha do meu pai, anos mais tarde. O problema é que mudou alguma coisa no rei, naquele dia. Minha mãe diz que ele se sentiu amaldiçoado. Primeiro, pela filha menina. E segundo, por nem mesmo ser o pai da filha. E também por nunca poder ter herdeiros. Ele queria anular o casamento ali mesmo. Fazer um escândalo, decapitar o amante da minha mãe. Mas ela lhe explicou que aquilo fora antes de eles se casarem.  Ainda assim, meu pai ficou com raiva dela, por ter usado ele como um disfarce. E quando ele descobriu quem era o meu pai... Bem, as coisas não melhoraram nem um pouco.”

— E quem é? O seu pai?

— Isso eu só fui descobrir ha pouco tempo. Só consegui ligar os fatos recentemente. A única outra pessoa que eu conhecia e que era íntimo de mim, sem ser o rei ou minha mãe...

— Era o seu tio.

— Exato. – eu suspirei – Descobri que ele não era irmão da minha mãe. E sim um primo bem distante, que vivia na corte da minha mãe alguns meses antes de ela se casar. Seria, então, bem estranho ele frequentar o castelo todos os verões. Cuidar de mim pessoalmente, e ser o mais fiel conselheiro do rei em relações internacionais.

“ Acontece que minha mãe contou a ele sobre mim, e ele deu um jeito de vir para a nossa corte. Ficou lá até que eu tinha doze anos, quando ele faleceu de tuberculose.”

— O rei já sabia que...

— Essa parece ser a questão, não é mesmo? O rei descobriu, e se sentiu imensamente traído. Foi aí que ele pegou repulsa de mim. O meu tio era como um irmão para ele, sempre fiel e sempre junto. Eram amigos. E depois de toda a polêmica, ele olhava para mim e conseguia ver apenas o rosto do meu tio. Sei disso porque uma vez o encontrei no corredor, logo depois do caos. Eu sorri para ele, achando que estava tudo bem. Lembro de ter pensado que ia ficar tudo certo, porque ele sempre fora meu herói. Achei que ele tinha se acertado com a minha mãe e agora todos voltaríamos a nos falar. Mas então ele olhou para mim e fez uma careta. Depois disse: “Por que você tem de ser tão parecida com o maldito marujo?!”. Descobri que “marujo” era o apelido do meu tio, por seu hobbie com barcos. Então a partir daí, ele nunca mais falou comigo do mesmo jeito. Até hoje, só nos falamos em público. Eu ainda acho que ele sente repulsa por mim e pelo que eu significo. – Eu disse, com mais lágrimas nos olhos do que esperava.

— Uau. – Gregory disse. – A corte realmente é mais ativa do que eu esperava. Não acredito que passou por tudo isso. Quem te vê pensa que...

— Que meu maior problema é decidir a cor do meu vestido, sim, eu sei. E esse parece ser o objetivo, ao esconder tudo isso. Mas, bem, é o que temos para hoje. E agora você entende por que, pelo Rei, não haveria nenhum problema em meu sumiço. Se eu me for logo, ele não precisa pagar resgate, não precisa olhar para mim nunca mais ou fingir que é meu pai. Além de não precisar me entregar o trono daqui a alguns anos. Ele vai poder escolher o nobre de sua preferência para ser o novo rei. E é isso, todos saem felizes.

— E a sua mãe?

— Ela ainda acha que as mulheres só devem sentar e assistir. Não dá para contar com ela.

— Sinto muito.

— Tudo bem, é o que temos para hoje.

Ele sorriu e me beijou. O beijo acabou esquentando, sem que nenhum de nos ligasse para quem viesse. Estava em seu colo quando Tatcher abriu a porta. Me pus de pé em um pulo, e ele não percebeu nada.

— Princesa, gostaria de ter uma palavrinha com você.

Eu olhei para Gregory, apreensiva e ele me deu um discreto aperto nas mãos em resposta. Entrando no gabinete, me senti extremamente enjoada. Notei o espaço vazio entre as poltronas, onde havia uma mesinha de centro. Podia imaginar o capitão agarrando Marianne pelos cabelos e jogando-a na mesa. Pude ouvi-la gritar e espernear, e depois sair correndo em direção a porta, fugindo daquele homem horrível.

— Princesa? – Ele me despertou.

— Sim?

— Não quer se sentar?

— Não, estou bem aqui.

— Certo. Bem, você me colocou numa situação difícil, sabe? Com o rei se recusando a pagar o resgate, os guardas em nosso rastro e a tripulação querendo o ouro prometido, eu realmente me vejo sem alternativas.

— Sem alternativas a me levar para as Américas?

— Pff... – Ele zombou – Não achou mesmo que íamos para as Américas, achou? Não, não. Não nos traria lucros. Então, só vejo uma saída aqui.

— Que seria....

Ele suspirou e veio até mim lentamente. Quando chegou perto, fez a última coisa que achei que ele faria: se ajoelhou.

— Princesa Katherine de Andorra, aceita se casar comigo?

Eu o observei incrédula.

— Está brincando comigo?

— Não, muito pelo contrário. Estou esperando uma resposta.

— Bom...eu me vejo inclinada a dizer... Não. O que deu em você? Bebeu rum demais? Qual é o seu problema, capitão?

— Entendo seu estranhamento, princesa. Mas pense bem, poderia ser lucrativo para todos nós. Você não precisa se casar com alguém que não conhece. A tripulação não precisa ir presa... Podemos esquecer essa história de sequestro. Você diz que veio por vontade própria.

— E o que você ganha com isso? – Perguntei, ainda sem acreditar.

— Bem, além de ser o futuro rei?

— Então você quer poder?

— Sim. E você quer sair dessa.

— E sua tripulação? O que acontece com eles?

— Bom, eles não vão para forca. Isso já é alguma coisa. Além disso, eu deixo meu navio com eles e eles poderão continuar com a vida de pirata que eles tanto gostam. Todos saem felizes. Podemos nos divertir muito, princesa. Garanto que a farei feliz.

— Você é inacreditável. – Eu disse, calmamente.

— Eu prefiro o termo visionário.

Eu ri amargamente com o comentário.

— Meu Deus, você está falando sério.... – Eu suspirei – Sabe qual a pior parte de viver na corte? Conviver com o bando de pessoas interesseiras, hipócritas, enxeridas e superficiais da corte. Ter de aguentá-los todos os dias, sorrir, cumprimenta-los, dançar com eles e aceitar de bom grado os elogios falsos. Mas ainda assim, é só o que elas sabem fazer, é o mundo delas. Agora você... Você é pior. Da pior espécie. Tenho certeza de que já viajou, já conheceu pessoas, lugares, já esteve em várias situações... E ainda assim não dá a mínima importância para pessoas que convivem com você todos os dias! Você pode enganá-los com seu jeito arrogante e o que você acha que é esperteza, mas eu vejo quem você realmente é. Um aproveitador. Ignorante. Egoísta. Você realmente acha que continuar nessa vida é o que eles querem? Com o dinheiro, duvido que algum deles iria passar mais um dia que fosse nesse navio. Eles têm ambições dignas, sonhos, caráter. Você só quer se dar bem, e ainda por cima tem a audácia de achar que todos são idiotas o suficiente para cair nessa sua mentira. Tatcher....e não capitão, porque você não merece tal título... você é uma piada. Gaba-se de seus ganhos e vitórias, quando na verdade está falido. Acha que não percebi? Você pode se esconder atrás de roupas caras e gabinetes luxuosos, mas a verdade é que você está totalmente quebrado. Ao ponto de sequestrar a princesa. E ainda assim, quando você viu que o plano não iria funcionar, você quer fugir. Vai largar toda a sua tripulação à mercê dos seus erros e vai se arranjar na vida como rei. Realmente, se eu fosse ingênua o bastante para pensar em sua proposta, como você conseguiria dormir de noite?  Você não tem honra, nem coragem, muito menos moral. E ainda assim quer mandar e desmandar na vida de 14 homens, no mínimo, melhores que você? Isso é de dar pena, Tatcher.

— Oh, princesa, mil perdões ter destruído sua imagem de pirata heroico e honrado. Isso aqui é a vida, e não mais um dos romances finos que você tem na sua preciosa biblioteca. E não me venha dizer que é melhor que eu, garota. Afinal você mesma está usando esse sequestro como um esconderijo para suas obrigações, uma aventura que você vai poder contar a seus netos nobres um dia.

— Não. Não acho que eu seja melhor do que ninguém. Mas minhas ações comparadas as suas nos colocam em posições bem opostas numa classificação de caráter. E espero que você não seja presunçoso ao ponto de achar que vai se sair bem dessa. Eu jamais me casaria com você. E quando tudo isso acabar pode ter certeza de que vou contar sobre como você lida com os seus tripulantes. Vai perder todo o respeito que poucos idiotas ainda lhe tem. – Respirei fundo – Isso se você sobreviver após ser o responsável pelo sequestro da princesa e pela morte de uma moça de rua. – Ele empalideceu. – Isso mesmo. Você pode ter enganado todos os outros, mas eu sei bem o que aconteceu naquele quarto. Você é tão nojento que desconta suas frustrações com violência em uma dama!

— Ela não era uma dama!

— E você não merece ser chamado de homem! – Eu gritei mais alto ainda.

— Você está pisando em gelo fino, garota.

— Não, é você quem está esquecendo quem aqui é da Realeza. Você pode ter poder no navio, mas eu vou mandar nesse reino e tenha certeza que farei com que pessoas como você tenham o destino que merecem.

Ele estava com as narinas dilatadas e suor escorria de seu rosto. Ele deu um soco na mesa e se levantou bruscamente, me assustando. Mais revoltada ainda, me levantei também.

— Vai me empurrar também, Tatcher? Ou vai acabar comigo com suas próprias mãos, ao invés de me jogar para fora daqui? – Ele se aproximou – Um passo a mais e eu grito e mostro para todo mundo aqui quem você é.

— Ah, então é você quem está negociando agora, princesa?

— Isso não é uma negociação. Você vai se entregar como meu raptor, e vamos dar um jeito de deixar todos os homens ali livres disso. Eles terão o dinheiro que merecem e a vida que desejarem. Você será julgado e com sorte e ajuda minha, não será enforcado imediatamente. Poderá passar o resto da sua vida miserável na prisão.

— E se eu não for?

— Não viverá mais do que dois dias. Isso eu te asseguro.

— E eu que sou o presunçoso aqui....- Ele riu – Acha mesmo que conseguirá inocentar uma tripulação inteira de piratas? Faça-me o favor, princesa.

— Não sei. Mas eu vou tentar ajuda-los, de alguma forma. E isso cabe a mim fazer. Você só irá manter-se calado até a Corte pedir uma confissão sua, que você dará assumindo a culpa. E dê-se por satisfeito. – Eu me aproximei da porta, mas ele a bloqueou.

— Se eu afundar, princesa, a minha tripulação afunda comigo. Isso eu te garanto.  – E então abriu a porta, fazendo uma mesura.

Lá fora, a tripulação imediatamente se reuniu para ver o que se sucedera. Eu respirei fundo e saí da sala, tentando diminuir a vermelhidão da minha face.

— Preparem um chá para o capitão, por favor. Ele está delirando um pouco. – Eu disse e segui para o meu quarto, o mais rápido que pude sem correr.

Depois de minutos gritando no travesseiro até ficar rouca, as lágrimas de raiva finalmente secaram, e eu consegui respirar mais calmamente. Eu tinha de fazer alguma coisa. Urgentemente. Mas não podia me entregar assim fácil, sem antes ter um plano certeiro para proteger a tripulação. Eles não eram homens maus, e não mereciam morrer por um crime que nem crime era mais. Mas para isso, eu teria de ser mais esperta que Tatcher. Ele não iria levar a culpa pelo sequestro sozinho, e eu não teria como provar tal coisa também. Então eu teria de achar algo que Tatcher tivesse feito só. Algum crime. E considerando o mau caráter que ele tinha, eu não duvidava que havia tal crime. Respirei fundo. Então era isso. No dia seguinte, eu iria à vila e tentaria achar algum indício contra aquele homem. Se fosse bem sucedida, era só inventar alguma história para o sequestro e me entregar, acusando Thatcher. Eu esperava de todo o meu coração que aquilo desse certo. Não aguentaria viver mais um dia num mundo onde um homem como aquele fosse livre.

 Gregory entrou no quarto lentamente, e provavelmente esperava me encontrar desmanchada em lágrimas, pois sua feição se suavizou e surpreendeu-se.

— Katherine... Você está bem? – Era uma pergunta um tanto complexa para o momento.

— Sim, estou melhor.

— O que aconteceu lá dentro? Ouvimos gritos....

— Gregory, Thatcher é seu tio. E eu não quero entrar numa discussão que não fará bem para nenhum de nós. Pelo menos não agora. Por ora, só tenha em mente que ele não é tão confiável quanto parece. – Eu respirei fundo – E Marianne?

— Está piorando. Seu pulso enfraquece a cada minuto. Acredito que dentro de uma hora....Katy, não há nada que possamos fazer. Sinto muito.

— Eu sei. Eu sei. Só...estou tão cansada. Acho que... tudo bem eu dormir um pouco? Tem legumes picados na cozinha... é só juntá-los na agua e colocar no fogo.

— Katherine, não é nossa empregada, sabe disso.

— O que eu sou então?

— Como?

— O que eu sou? O que estou fazendo aqui? Se não estou sendo prisioneira, não estou aqui como uma amiga, não estou aqui como empregada...

— Você está aqui como vítima de piradas covardes demais para te libertar.

— Para me libertar?

— Sim. Sem o dinheiro do resgate agora, você não nos serve mais como refém. Era para termos te libertado já e estar fugindo para longe daqui o mais rápido que conseguirmos. E ainda assim, cá estou eu, arranjando desculpas para te manter aqui comigo. – Ele respirou fundo. – Porque eu não quero que você vá. Quero que você fique aqui. Largue tudo e venha comigo.

— Gregory, eu...

— Shh... não diga nada porque eu sei exatamente o que você vai dizer. E neste momento eu só quero uma coisa.... – Ele se aproximou de mim, me beijando levemente enquanto nos guiava para a cama.


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